626: China inaugura maior telescópio astronómico de visão ampla no hemisfério norte

 

🇨🇳 CHINA // 🌃 ASTRONOMIA // 📡TELESCÓPIOS

Um dos destaques do WFST é a capacidade de capturar imagens precisas de galáxias distantes, como a que registou da galáxia de Andrómeda, localizada a mais de 2 milhões de anos-luz de distância.

A China inaugurou, no domingo, o seu novo telescópio astronómico de visão ampla (WFST, na sigla em inglês), o maior do género no hemisfério norte, que produziu já uma imagem da galáxia vizinha de Andrómeda.

O telescópio, localizado no Observatório da Montanha Púrpura, na província de Qinghai, está sob tutela da Academia Chinesa de Ciências, e é o mais poderoso do seu género no hemisfério norte, noticiou a agência noticiosa oficial Xinhua.

O WFST, desenvolvido em conjunto desde 2019 pela Universidade de Ciência e Tecnologia da China e pelo observatório, cobre todo o hemisfério norte do céu, o que beneficiará a investigação astronómica e a monitorização do espaço próximo da Terra.

Com 2,5 metros de diâmetro, este telescópio está localizado na aldeia de Lenghu, a uma altitude média de 4.200 metros. Este local é conhecido como o “Acampamento Marte” da China, devido à sua paisagem desértica semelhante à superfície do planeta vermelho.

Um dos destaques do WFST é a capacidade de capturar imagens precisas de galáxias distantes, como a que registou da galáxia de Andrómeda, localizada a mais de 2 milhões de anos-luz de distância.

O seu grande campo de visão e alta resolução tornam possível fotografar galáxias difíceis de serem observadas por outros telescópios.

Este telescópio também vai ajudar na monitorização de eventos astronómicos dinâmicos e em pesquisas de observação astronómica no domínio do tempo.

O aparelho vai ainda melhorar a capacidade da China de monitorizar objectos próximos à Terra e emitir alertas precoces.

Este novo tipo de telescópio tira fotos do universo com maior largura e profundidade, usando um método que reflecte a luz entre vários espelhos, antes de capturar a imagem numa câmara gigante.

A área de Lenghu, que quando estiver concluída será a maior base de observação astronómica da Ásia, começou a ser construída em 2017 e abriga já 12 telescópios.

No total, mais de 30 telescópios vão ser instalados na montanha Saishiteng, incluindo o MUST (telescópio de pesquisa multiplexado) de 6,5 metros, e o EAST (telescópio segmentado de abertura estendida), que tem também 6,5 metros.

A cidade, com uma área total de 17.800 quilómetros quadrados, está localizada a 944 quilómetros da capital da província de Qinghai, Xining.

Nos últimos anos, o programa espacial chinês alcançou vários sucessos, como pousar a sonda Chang’e 4 no lado oculto da Lua — um feito inédito — e colocar uma sonda em Marte, tornando-se o terceiro país — depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética — a fazê-lo.

A China concluiu também no ano passado uma estação espacial permanente, no culminar de mais de uma década de esforços para manter presença constante de tripulantes em órbita.

DN/Lusa
18 Setembro 2023 — 08:05


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432: A construção do Extremely Large Telescope do ESO vai a metade

 

ESO // 🔭 EXTREMELY LARGE TELESCOPE

O Extremely Large Telescope (ELT) do Observatório Europeu do Sul (ESO) é um telescópio terrestre revolucionário que terá um espelho principal de 39 metros e será o maior telescópio óptico/infravermelho do mundo: o maior olho do mundo virado para o céu.

A construção deste projecto tecnicamente complexo está a avançar a bom ritmo, tendo o ELT chegado agora a metade da sua construção.

O telescópio situa-se no topo do Cerro Armazones no deserto chileno do Atacama, onde engenheiros e operários estão actualmente a montar a estrutura da cúpula do telescópio a um ritmo impressionante. Notando-se claramente mudanças de dia para dia, a estrutura de aço adquirirá em breve a típica e conhecida forma redonda das cúpulas dos telescópios.

Os espelhos do telescópio e outros componentes estão a ser construídos por empresas na Europa, onde os trabalhos também estão a avançar a bom ritmo. O ELT do ESO contará com um design óptico pioneiro composto por cinco espelhos, que inclui um espelho principal gigante (M1) constituído por 798 segmentos hexagonais.

Mais de 70% das peças em bruto e dos suportes para estes segmentos já foram fabricados, enquanto os espelhos M2 e M3 já foram fundidos e estão agora a ser polidos.

Os progressos no M4, um espelho adaptável e flexível que ajustará a sua forma mil vezes por segundo para corrigir as distorções causadas pela turbulência do ar, são particularmente impressionantes: as suas seis pétalas finas estão finalizadas, estando actualmente a ser integradas na sua unidade estrutural.

Além disso, as seis fontes de laser, outro componente-chave do sistema de óptica adaptativa do ELT, foram também já fabricadas e entregues ao ESO para serem testadas.

Todos os outros sistemas necessários para completar o ELT, incluindo o sistema de controlo e o equipamento necessário para montar e pôr em funcionamento o telescópio, estão também a progredir bem no seu desenvolvimento ou produção.

Além disso, os quatro primeiros instrumentos científicos com que o ELT será equipado encontram-se na fase final de concepção, estando alguns prestes a começar a ser fabricados. Adicionalmente, a maior parte das infra-estruturas de apoio ao ELT está já instalada no Cerro Armazones ou nas suas proximidades.

Por exemplo, o edifício técnico que, entre outros, será utilizado para o armazenamento e revestimento de diferentes espelhos do ELT está totalmente construído e equipado, enquanto uma central fotovoltaica que fornece energia renovável ao local do ELT começou a funcionar o ano passado.

A construção do ELT do ESO começou há nove anos atrás com uma cerimónia de lançamento da primeira pedra. O topo do Cerro Armazones foi aplanado em 2014 para dar espaço ao telescópio gigante.

Prevê-se, no entanto, que a conclusão dos restantes 50% do projecto seja significativamente mais rápida do que a construção da primeira metade do ELT.

A primeira metade do projecto incluiu o longo e meticuloso processo de finalização da concepção da grande maioria dos componentes a fabricar para o ELT.

Adicionalmente, alguns dos elementos, tais como os segmentos de espelho e os seus componentes e sensores de apoio, exigiram a construção de protótipos pormenorizados e ensaios significativos antes de se passar à produção em massa.

Não nos podemos ainda esquecer que a pandemia de COVID-19 afectou a construção, tendo o local estado encerrado durante vários meses e a produção de muitos dos componentes do telescópio sofrido atrasos.

Com os processos de produção agora totalmente retomados e optimizados, prevê-se que a finalização da restante metade do ELT demore apenas cinco anos.

No entanto, a construção de um telescópio tão grande e complexo como o ELT não está obviamente isenta de riscos até este estar concluído e a funcionar.

O Director Geral do ESO, Xavier Barcons, afirma: “O ELT é o maior da próxima geração de telescópios terrestres que operarão no óptico e infravermelho próximo, sendo também o que está mais avançado na sua construção. Atingir os 50% de conclusão não é de todo um feito menor, tendo em conta os desafios inerentes a projectos grandes e complexos. A chegada a este marco só foi possível graças ao empenho de todas as pessoas que trabalham no ESO, ao apoio contínuo dos Estados Membros desta Organização e ao empenho dos nossos parceiros na indústria e nos consórcios de instrumentos. Estou muito orgulhoso pelo facto do ELT ter atingido este marco“.

Previsto para dar início às observações científicas em 2028, o ELT do ESO abordará questões astronómicas tais como: Estaremos sós no Universo? Serão as leis da física universais? Como é que se formaram as primeiras estrelas e galáxias? O ELT irá mudar radicalmente a nossa compreensão do Universo, fazendo-nos repensar o nosso lugar no cosmos.

Observatório Europeu do Sul (ESO)
eso2310pt — Nota de Imprensa Institucional
11 de Julho de 2023



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127: Elon Musk já tem data para o primeiro voo de teste da Starship da SpaceX

 

🇺🇸 STARSHIP // 🚀 SPACE X // TESTES

Elon Musk e a SpaceX querem iniciar os testes da sua Starship, para mostrar ao mundo que esta está pronta. Com tudo tratado para que possa acontecer o primeiro voo, o homem forte da empresa veio agora revelar a data esperada. Elon Musk revelou agora que já há data para o primeiro voo de teste da Starship da SpaceX.

Tudo apontava para que o primeiro voo da Starship iria acontecer ainda esta semana. Tudo estaria dependente de uma aprovação, algo que tem limitado os testes que Elon Musk e a SpaceX querem realizar e precisam para validar os seus equipamentos.

Sem uma certeza de que essa autorização iria acontecer, Elon Musk vinha a anunciar que a Starship da SpaceX estaria pronta para os testes. Isso não influenciaria nada, mas mostrava que a preparação necessária estaria realizada e até terminada.

A grande mudança agora vem do anúncio de Elon Musk sobre a nova data prevista para estes primeiros testes. O homem forte da SpaceX revelou que este momento deverá acontecer em breve, perto do final da terceira semana de Abril.

Importa lembrar que este momento ainda não pode acontecer de forma natural. A SpaceX ainda necessita que a FAA emita a licença que está em falta. Esta será a autorização para que os testes da empresa de Elon Musk possam acontecer. Assim, não existe ainda uma data certa para que esse momento aconteça.

Para o teste inicial, o foguete Super Heavy da SpaceX terá o trabalho de impulsionar a Starship. Após alguns minutos de voo, o Super Heavy vai-se separar e fazer uma descida controlada no Golfo do México.

A Starship vai continuar a acelerar com os motores do seu estágio superior até atingir o espaço. Ainda não está claro se a nave entrará de fato em órbita da Terra, antes de pousar verticalmente no Oceano Pacífico, próximo do Havai.

Pplware
Autor: Pedro Simões
12 Abr 2023


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89: Primeira chamada de telemóvel foi há precisamente 50 anos

 

TECNOLOGIA // TELEMÓVEIS // 50º. ANIVERSÁRIO

Ter actualmente um telemóvel e realizar uma chamada telefónica é algo banal. Mas nem sempre foi assim!

Hoje, dia 3 de Abril, comemora-se o 50.º aniversário da primeira chamada telefónica realizada através de um telemóvel.

Telemóvel usado pesava 1 kg e tinha autonomia de 30 minutos

Martin Cooper era engenheiro da Motorola e usou um protótipo de telefone móvel (telemóvel) designado de DynaTAC (Dynamic Adaptive Total Area Coverage), que pesava cerca de 1 kg e tinha dimensões de 23 x 13 x 4,5 cm. Cooper encontrava-se em Nova York.

Resolveu ligar para o seu amigo Joel Engel, que se encontrava nos laboratórios Bell em Washington DC.

O telemóvel usado na comunicação demorava cerca de 10 horas a carregar e tinha apenas uma autonomia de meia hora. A chamada entre eles durou apenas 10 minutos.

Sabes de onde te estou a ligar?” Foram estas as primeiras palavras do cientista da Motorola, Martin Cooper, em conversa com Joel Engel.

O Motorola DynaTac 8000X era um telemóvel de 9”, sem ecrã, com 30 circuitos.

Depois da chamada, Martin Cooper deu uma conferência de imprensa, no hotel Hilton, onde apresentou o Motorola Dyna Tac 8000X. Decorridos dez anos, este equipamento passou a estar à venda por 3.999 dólares (cerca de 10.000 dólares actualmente).

Em 1983 tornou-se o primeiro telefone celular portátil do mundo. A primeira chamada telefónica móvel continua a ser um marco na história das telecomunicações.

É também considerado um momento marcante na era da tecnologia moderna. A forma como as pessoas comunicam mudou completamente a partir desse momento.

Pplware
Autor: Pedro Pinto
03 Abr 2023


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23: Vai cair com estrondo: NASA já tem data para destruir a Estação Espacial Internacional

 

🇺🇸 NASA // EEI // DESACTIVAÇÃO

A Estação Espacial Internacional (ISS) é um dos maiores feitos da tecnologia e ciência da história da humanidade. Contudo, este colossal aglomerado de módulos já tem data para “cair” na Terra.

Para não depender do “rebocador” da Rússia, a NASA está já a preparar um módulo que irá lançar a ISS para o seu fim. Como são 420 toneladas métricas de material, a sua destruição vai ser épica dentro de poucos anos!

Quando cair a ISS, vai ser com estrondo

O primeiro módulo da Estação Espacial Internacional (ISS) é chamado de “Zarya”. Zarya foi lançado ao espaço em Novembro de 1998, como parte da primeira missão de montagem da Estação Espacial Internacional.

É um módulo de armazenamento e controlo de propulsão, projectado e construído pela Rússia, e foi o primeiro componente da ISS a ser lançado ao espaço. O nome “Zarya” significa “Aurora” em russo.

Contudo, a NASA não quer depender dos módulos russos para o fim deste laboratório espacial. A Casa Branca, nesta semana passada, deliberou atribuir 180 milhões de dólares “para iniciar o desenvolvimento de um novo rebocador espacial”.

Este módulo irá retirar de órbita, em segurança, a ISS que irá despedir-se do planeta Terra sobre o oceano aberto após o seu fim de vida operacional em 2030.

O novo rebocador irá complementar as capacidades de “desorbitar” existentes dos parceiros da Estação Espacial Internacional (as agências espaciais dos EUA, Rússia, Europa, Canadá e Japão).

O plano actual para fazer descer a estação em segurança depende da proporção dos motores da nave espacial não tripulada Progress, que são fornecidos pela Rússia.

EUA não querem depender da Rússia em nada

Esta medida não só tem a ver com a vontade dos EUA de ter em mãos esta missão, como resulta substancialmente dos múltiplos problemas, geralmente relacionados com objectos externos, que ensombraram a ISS.

Por exemplo, o laboratório espacial já foi obrigado a reposicionar-se para evitar colisões, já sofreu um acidente no módulo Soyuz MS-22, que colocou seriamente em perigo parte da tripulação, deixando-a sem um “navio salva-vidas”. Entre outros problemas relacionados com o que está no exterior da Estação Espacial Internacional.

Não podemos também esquecer que em Novembro próximo o módulo inicial celebra 25 anos do primeiro dia em que foi colocado em órbita, e a instalação já começa a mostrar sinais de idade.

Além disso, a Rússia manifestou o desejo de deixar a parceria ISS mais cedo (nalgum momento “depois de 2024”) para se concentrar na construção do seu próprio posto avançado em órbita baixa terrestre.

Esta informação é um sinal forte para a NASA avançar com os planos de produção do rebocador que vai desorbitar a ISS. Claro, tudo isto se precipitou depois da invasão da Ucrânia por parte da Rússia.

O confronto no terreno também chegou ao espaço e as parcerias que os russos tinham com os EUA começaram a ser cortadas.

Os planos da NASA para a operação de desorbitar a ISS culminarão num mergulho ardente no meio do Oceano Pacífico – um local chamado Point Nemo, também conhecido como “cemitério de naves espaciais”, o ponto mais distante de toda a civilização.

A NASA tem o seu foco máximo na missão Artemis que está a “voar” dentro dos planos e em breve terá novos desenvolvimentos.

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Autor: Vítor M
19 Mar 2023


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