579: Solar Orbiter descobre pequenos jactos que podem alimentar o vento solar

 

CIÊNCIA // ASTRONOMIA // SOLAR ORBITER

A sonda espacial Solar Orbiter da ESA/NASA descobriu uma multiplicidade de pequenos jactos de material que escapam da atmosfera exterior do Sol. Cada jacto dura entre 20 e 100 segundos e expele plasma a cerca de 100 km/s. Estes jactos poderão ser a fonte, há muito procurada, do vento solar.

Este mosaico de imagens mostra uma multiplicidade de pequenos jactos de material que escapam da atmosfera exterior do Sol. As imagens são da nave espacial Solar Orbiter da ESA/NASA. Neste mosaico, aparecem como riscas escuras sobre a superfície solar. As imagens são “negativas”, o que significa que embora os jactos sejam apresentados como escuros, são flashes brilhantes contra a superfície solar. Cada jacto dura entre 20 e 100 segundos e expele partículas carregadas, conhecidas como plasma, a cerca de 100 km/s. Estes fenómenos podem ser a fonte, há muito procurada, do “vento solar”, o fluxo constante de partículas carregadas que vem do Sol e atravessa o Sistema Solar. Nesta colecção de imagens, o pólo sul do Sol está à esquerda.
Crédito: ESA e NASA/Solar Orbiter/Equipa EUI; reconhecimento – Lakshmi Pradeep Chitta, Instituto Max Planck para a Investigação do Sistema Solar

O vento solar é constituído por partículas carregadas, conhecidas como plasma, que escapam continuamente do Sol. Propaga-se para o exterior através do espaço interplanetário, colidindo com tudo o que se encontra no seu caminho. Quando o vento solar colide com o campo magnético da Terra, produz as auroras.

Embora o vento solar seja uma característica fundamental do Sol, a compreensão de como e onde é gerado perto do Sol tem-se revelado ilusória e tem sido um foco chave de estudo durante décadas. Agora, graças à sua instrumentação superior, a Solar Orbiter deu um importante passo em frente.

Os dados provêm do instrumento EUI (Extreme Ultraviolet Imager) da Solar Orbiter. As imagens do pólo sul do Sol, obtidas pelo EUI no dia 30 de Março de 2022, revelam uma população de características ténues e de curta duração que estão associadas a pequenos jactos de plasma ejectados da atmosfera do Sol.

“Só foi possível detectar estes pequenos jactos graças às imagens de alta resolução e alta cadência sem precedentes produzidas pelo EUI”, afirma Lakshmi Pradeep Chitta, do Instituto Max Planck para a Investigação do Sistema Solar, Alemanha, e principal autor do artigo que descreve este trabalho.

Em particular, as imagens foram obtidas no canal ultravioleta extremo do gerador de imagens de alta resolução do EUI, que observa plasma solar com milhões de graus a um comprimento de onda de 17,4 nanómetros.

De particular importância é o facto de a análise mostrar que estas características são provocadas pela expulsão de plasma da atmosfera solar.

Há décadas que os investigadores sabem que uma fracção significativa do vento solar está associada a estruturas magnéticas chamadas buracos coronais – regiões onde o campo magnético do Sol não se volta para o Sol. Em vez disso, o campo magnético estende-se até às profundezas do Sistema Solar.

O plasma pode fluir ao longo destas linhas “abertas” do campo magnético, dirigindo-se para o Sistema Solar, criando o vento solar. Mas a questão era: como é que o plasma é lançado?

O pressuposto tradicional era que, devido ao facto da coroa solar ser quente, se expandiria naturalmente e uma parte dela escaparia ao longo das linhas de campo.

Mas estes novos resultados analisam o buraco coronal situado no pólo sul do Sol e os jactos individuais revelados desafiam o pressuposto de que o vento solar é produzido apenas num fluxo contínuo e constante.

“Um dos resultados aqui é que, em grande medida, este fluxo não é realmente uniforme, a ubiquidade dos jactos sugere que o vento solar dos buracos coronais pode ter origem num fluxo altamente intermitente”, diz Andrei Zhukov, do Observatório Real da Bélgica, um colaborador do trabalho que liderou a campanha de observação da Solar Orbiter.

A energia associada a cada jacto individual é pequena. No extremo superior dos fenómenos coronais estão as erupções solares de classe X e no extremo inferior estão as chamadas nanoerupções. Há mil milhões de vezes mais energia numa erupção de classe X do que numa nanoerupção.

Os minúsculos jactos descobertos pela Solar Orbiter são ainda menos energéticos do que isso, manifestando cerca de mil vezes menos energia do que uma nanoerupção e canalizando a maior parte dessa energia para a expulsão do plasma.

A ubiquidade destes jactos, que as novas observações denotam, sugere que estão a expulsar uma fracção substancial do material que vemos no vento solar. E podem haver eventos ainda mais pequenos e mais frequentes que forneçam ainda mais.

“Penso que é um passo significativo para encontrar algo no disco que está certamente a contribuir para o vento solar”, diz David Berghmans, do Observatório Real da Bélgica e investigador principal do instrumento EUI.

Actualmente, a Solar Orbiter ainda está a orbitar o Sol perto do seu equador. Por isso, nestas observações, o EUI está a olhar para o pólo sul num ângulo rasante.

Impressão de artista da Solar Orbiter numa órbita interior à de Mercúrio.
Crédito: ESA/ATG medialab

“É mais difícil medir algumas das propriedades destes jactos minúsculos quando os vemos de lado, mas dentro de alguns anos vamos vê-los de uma perspectiva diferente da de qualquer outro telescópio ou observatório, o que, em conjunto, deverá ajudar muito”, diz Daniel Müller, cientista do projecto Solar Orbiter na ESA.

Isto porque, à medida que a missão prossegue, a nave espacial irá inclinar gradualmente a sua órbita em direcção às regiões polares.

Ao mesmo tempo, a actividade do Sol irá progredir ao longo do ciclo solar e os buracos coronais começarão a aparecer em muitas latitudes diferentes, fornecendo uma nova perspectiva única.

Todos os envolvidos estarão ansiosos por ver que novos conhecimentos podem recolher, porque este trabalho vai para além do nosso próprio Sistema Solar.

O Sol é a única estrela cuja atmosfera podemos observar com tanto pormenor, mas é provável que o mesmo processo funcione também noutras estrelas. Este facto transforma estas observações na descoberta de um processo astrofísico fundamental.

// ESA (comunicado de imprensa)
// Instituto Max Planck para a Investigação do Sistema Solar (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Science)
// Artigo científico (arXiv.org)

CCVALG
29 de Agosto de 2023


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567: Sonda indiana envia para a Terra primeira imagem de solo lunar após alunagem

 

🇮🇳 ÍNDIA // 🌕 LUA // SONDA CHANDRAYAAN-3

A imagem captada por um dos instrumentos do engenho, logo após ter alunado, mostra uma zona relativamente plana.

© IRSO/Twitter

A sonda indiana Chandrayaan-3, que hoje pousou com sucesso na região do pólo sul da Lua, num feito inédito para a exploração espacial, enviou para a Terra a sua primeira imagem do solo lunar.

A imagem captada por um dos instrumentos do engenho, logo após ter alunado, mostra uma zona relativamente plana.

A Organização Indiana para a Investigação Espacial divulgou na rede social X (ex-Twitter) também imagens do solo lunar durante a fase final de descida do aparelho.

O engenho, lançado para o espaço em Julho, está equipado com um veículo robótico que, em breve, se separará do aparelho principal e irá explorar o local de alunagem e realizar uma série de experiências científicas.

A alunagem bem-sucedida da Chandrayaan-3 às 13:33 (hora de Lisboa) fez da Índia o primeiro país a conseguir pousar um engenho espacial no pólo sul da Lua, região inexplorada e onde haverá grandes quantidades de água gelada.

Para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, hoje foi “um dia histórico” para o país.

A missão Chandrayaan-3 terá na superfície lunar a duração de 14 dias, de acordo com um comunicado da Agência Espacial Europeia (ESA), que acompanha a missão através das suas estações de transmissão de dados telemétricos e científicos.

A alunagem da Chandrayaan-3 ocorreu poucos dias depois de a Rússia, que já felicitou a Índia pelo feito de hoje, ter falhado a alunagem da sonda Luna-25 na mesma região da Lua.

É no pólo sul da Lua que os Estados Unidos querem colocar em Dezembro de 2025 a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro, ao abrigo do novo programa lunar Artemis.

Apenas os Estados Unidos tiveram astronautas na superfície da Lua, entre 1969 e 1972, todos homens, no âmbito do programa Apollo.

Estados Unidos, Rússia (ex-União Soviética) e China já tinham enviado engenhos espaciais para a Lua, mas para outras zonas da sua superfície.

DN/Lusa
23 Agosto 2023 — 20:39


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564: Há quem acredite que já encontrámos vida em Marte, mas destruímo-la sem querer

 

CIÊNCIA // NASA // MARTE // VIDA

Por cá, estamos muito interessados em explorar a superfície de Marte e, especialmente, em encontrar vida por lá. Apesar de ser uma vontade que cresceu, nos últimos anos, aparentemente, há quem teorize que já a encontrámos, em Marte, mas destruímo-la sem querer…

Estamos sedentos de encontrar vida em Marte – seja ela na forma que for. Para aqueles que anseiam a sua descoberta, estas serão notícias interessantes. Depois de muitos anos de exploração, há uma nova teoria sobre a razão pela qual ainda não fomos capazes de descobrir vida no planeta vermelho.

A hipótese aponta que podemos ter tido a vida marciana debaixo dos nossos olhos, mas que a matámos, sem querer e sem nos apercebermos. Segundo a teoria, isto terá acontecido nas missões enviadas, pela NASA, há quase 50 anos.

As sondas Viking foram enviadas pela agência espacial americana e carregam o título de terem sido as primeiras a aterrar no planeta vermelho com sucesso.

O programa previa o envio de sondas não tripuladas e, por isso, a bordo encontravam-se instrumentos destinados à exploração e investigação. Estes procuravam encontrar vida, em Marte.

De acordo com a hipótese, as experiências terão, de facto, encontrado sinais de vida no planeta vermelho. Contudo, a falta de conhecimento do ambiente marciano, na altura, terá levado a nave espacial a matar todas as amostras recolhidas antes de a poder analisar.

A sustentar esta hipótese estão os compostos orgânicos que, como vamos vendo, são moléculas comuns, em Marte. No entanto, na altura, os resultados da sua análise foram considerados negativos ou inconclusivos.

Há investigadores que acreditam que há vida em Marte

Segundo Dirk Schulze-Makuch, professor da Universidade Técnica de Berlim (TU) e um dos principais defensores da hipótese levantada, quando foram encontrados compostos orgânicos clorados, os responsáveis ​​da NASA atribuíram-nos à contaminação terrestre. A partir daí, assumindo que não foram encontrados compostos orgânicos nativos, deduziram que a vida, em Marte, não era possível.

Para o professor, as sondas Viking, enviadas há cerca de 50 anos, pela NASA, terão recolhido amostras de vida, mas tê-la-ão matado, durante os testes.

Isto, porque as sondas adicionaram água às amostras – por ser um composto básico, na Terra, poderia ajudar a que a vida hipotética prosperasse e ficasse mais fácil de detectar -, pelo que há especialistas que acreditam que essa decisão afogou as amostras.

Dirk Schulze-Makuch, professor da Universidade Técnica de Berlim (TU) e um dos principais defensores da hipótese levantada

Além dos compostos orgânicos, também o peróxido de hidrogénio (ou a água oxigenada, como é conhecida comercialmente) constitui importância para a teoria de que a matámos a vida que encontrámos, em Marte, há cerca de 50 anos.

Abundante em algumas áreas do planeta vermelho, o peróxido de hidrogénio é higroscópico, ou seja, ajuda a absorver a humidade do ar. Embora por cá consideremos que é incompatível com a vida, Dirk Schulze-Makuch exemplifica que há organismos que convivem com a água oxigenada.

Isto significa que, em vez de afogarem as suas amostras, as sondas Viking poderão tê-las aquecido. A teoria explica que o calor poderá ter matado as amostras hipotéticas e feito o peróxido reagir com possíveis moléculas orgânicas.

Gilbert Levin, engenheiro de referência que trabalhou nas missões Viking

O professor não é o único teórico que crê nesta teoria. Além dele, também Gilbert Levin, engenheiro de referência que trabalhou nas missões Viking, defende que é possível que tenhamos encontrado vida, em Marte, e que a tenhamos matado, por não sabermos lidar com ela.

A corroborar esta hipótese de existência de vida está a experiência conhecida como Labeled Release (LR). Os resultados desta foram consistentes e os estudos posteriores levados a cabo por Levin e pela colega Patrícia Ann Straat, ditam que é a explicação mais provável.

Pplware
Autor: Ana Sofia Neto
21 Ago 2023


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322: Histórico: ESA faz primeira transmissão ao vivo de Marte (Veja aqui)

 

CIÊNCIA // ESA // MARTE // TRANSMISSÃO

O momento é raro, mas a ESA quis marcar o 20.º aniversário da sonda Mars Express. Nesse sentido, foi quase durante uma hora que a ESA transmitiu imagens directamente de Marte.

Marte é o quarto planeta do Sistema Solar. Está a 227 milhões de km do Sol

Marte (também designado de Planeta Vermelho) é o quarto planeta do Sistema Solar, que fica entre a Terra e Júpiter. Está a 227 milhões de km do Sol, e é um planeta formado por superfície rochosa e com uma atmosfera rica em CO2.

Para completar uma voltar ao redor do próprio eixo, o Planeta Marte precisa de 24 horas e 37 minutos. O movimento de translação demora 687 dias.

Hoje a European Space Agency (ESA) fez história ao fazer a primeira transmissão ao vivo deste Planeta.

De acordo com as informações, a ESA referiu que iria partilhar novas imagens a cada 50 segundos.

As imagens iam ser transmitidas directamente da Câmara de Monitorização Visual (Visual Monitoring Camera ou Mars Webcam) a bordo da Mars Express.

Esta é a sonda que orbita em redor de Marte há cerca de duas décadas e que continua altamente produtiva.

A emissão foi feita no YouTube e também no Twitter da Agência Espacial Europeia.

James Godfrey, do centro de controlo de missão da ESA em Darmstadt, na Alemanha, referiu que…

Normalmente, vemos imagens de Marte e sabemos que foram tiradas dias antes. Estou animado para ver Marte como é agora – o mais próximo possível de um ‘agora’ marciano!

Por norma, a Câmara de Monitorização Visual da Mars Express, envia, para a Terra, um lote de imagens a cada dois dias.

Pplware
Autor: Pedro Pinto
02 Jun 2023


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197: Pela primeira vez, terramotos foram detectados em Marte

 

CIÊNCIA // GEOLOGIA // MARTE // TERRAMOTOS

Pela primeira vez, uma equipa internacional de cientistas observou uma série de ondas sísmicas a atravessar o núcleo de Marte.

Planet Volumes / Unsplash

Estas observações revelaram que o núcleo do Planeta Vermelho é menor e mais denso do que se estimava (com um raio de aproximadamente 1.780 km-1.810 km) — e é composto por uma liga de ferro completamente líquida com altas percentagens de enxofre e oxigénio.

Esta descoberta, feita a partir de medições da sonda Insight da NASA, a agência espacial norte-americana, vai oferecer uma melhor compreensão de como é que o planeta teve origem e de como difere geologicamente do nosso.

Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Em 1906, cientistas descobriram o núcleo da Terra pela primeira vez, observando como é que as ondas sísmicas causadas por terramotos eram afectadas ao passar por ele.

“Mais de cem anos depois, estamos a aplicar o nosso conhecimento sobre ondas sísmicas em Marte”, explicou Vedran Lekic, professor de Geologia da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, e co-autor do estudo.

A equipa conseguiu acompanhar a progressão de dois eventos sísmicos (um causado por um terremoto, e outro pelo impacto de um asteróide), que ocorreram no hemisfério oposto ao que se encontra a Insight.

Ao medir o tempo que levavam para atravessar o núcleo e compará-lo com as ondas do manto, e ao combinar essa informação com outras medições sísmicas e geofísicas, os investigadores conseguiram estimar a densidade e a compressibilidade do material atravessado pelas ondas.

Isto mostra que o núcleo de Marte é provavelmente completamente líquido, ao contrário do núcleo da Terra, que tem uma parte externa líquida e um núcleo interno sólido.

Campo magnético

Por outro lado, o núcleo de Marte contém uma alta proporção de elementos leves misturados dentro dele. Cerca de um quinto de seu peso é formado por esses elementos (predominantemente enxofre, com quantidades menores de oxigénio, carbono e hidrogénio).

Isto significa que estamos diante de um núcleo bem menos denso do que o da Terra, e essa diferença aponta para condições diferentes na formação dos dois planetas.

“As propriedades do núcleo podem servir como um resumo de como o planeta se formou e como evoluiu dinamicamente ao longo do tempo”, explicou Nicholas Schmerr, professor de Geologia da Universidade de Maryland, outro co-autor do estudo.

E o resultado final desses processos de formação e evolução são aqueles que podem ou não dar origem a condições favoráveis ​​à vida.

“A singularidade do núcleo da Terra permite gerar um campo magnético que nos protege dos ventos solares, permitindo-nos conservar a água”, afirmou Schmerr.

Em contrapartida, “o núcleo de Marte não gera esse escudo protector, sem o qual as condições na superfície do planeta são hostis à vida”.

Embora esse campo magnético não esteja presente em Marte actualmente, estudos anteriores sugerem que poderia ter existido no passado, mas foi perdendo certos elementos e evoluindo de tal forma que passou de um planeta com um ambiente potencialmente habitável a um planeta hostil.

“Determinar a quantidade destes elementos no núcleo planetário é importante para entender as condições no nosso Sistema Solar quando os planetas estavam a formar-se e como é que essas condições afectaram os planetas que se formaram”, explicou Doyeon Kim, da Escola Politécnica Federal de Zurique, na Suíça, outro co-autor do estudo.

Estudar o interior de Marte — principal objectivo da missão Insight — vai ajudar os cientistas a entender melhor como é que todos os planetas rochosos, incluindo o nosso, se formaram.

ZAP //  BBC Brasil
28 Abril, 2023

28.04.2023


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195: NASA estende operação científica da sonda Voyager 2

 

🇺🇸 🚀 NASA // 🛰️ VOYAGER 2

Junto da irmã Voyager 1, a sonda espacial Voyager 2 é um dos objectos humanos mais distantes da Terra. Lançada em 1977, a sonda estava programada para deixar de contar com um dos seus instrumentos científicos a partir deste ano.

Mas os engenheiros da NASA conseguiram estender a operação plena dos equipamentos de pesquisa até 2026.

Imagem da NASA mostra a Voyager 2 antes do lançamento © Fornecido por Tech Break

Junto da irmã Voyager 1, a sonda espacial Voyager 2 é um dos objectos humanos mais distantes da Terra. Lançada em 1977, a sonda estava programada para deixar de contar com um dos seus instrumentos científicos a partir deste ano.

Mas os engenheiros da NASA conseguiram estender a operação plena dos equipamentos de pesquisa até 2026.

A sonda depende de geradores termoeléctrico de radio-isótopos para gerar electricidade através do decaimento radioactivo. Ou seja: a cada ano, esses equipamentos produzem menos energia para alimentar os sistemas da Voyager 2.

Por conta disso, depois de quase cinco décadas no espaço, os técnicos já desligaram aquecedores e outros sistemas não essenciais da sonda para manter os instrumentos científicos em operação.

A Voyager 2 está equipada com três geradores termoeléctrico de radioisótopos © Fornecido por Tech Break

Sem a opção de desligar esses sistemas secundários, os técnicos decidiram utilizar a energia de um sistema de segurança desenhado para evitar danos causados por oscilação de voltagem.

Para compensar a perda desse recurso, a equipa de engenharia vai monitorizar de perto as oscilações de voltagem para adoptar medidas correctivas quando necessário.

Caso a estratégia dê certo na Voyager 2, os engenheiros da NASA pretendem implantar a mesma solução para estender a vida dos instrumentos da Voyager 1.

MSN Notícias
Redacção
27.04.2023 às 23:19

Tech Break Tech Break


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Há duas luas de Úrano que podem ter segredos ‘escondidos’

 

CIÊNCIA // ASTRONOMIA // ÚRANO // LUAS

Dados recolhidos pela sonda Voyager 2 há mais de 40 anos estão a ser encarados como promissores.

Image: Vadimsadovski / Adobe

Um novo estudo partilhado na revista científica Geophysical Research Letters indica que duas luas de Úrano podem albergar oceanos de água em estado líquido por baixo da superfície.

As conclusões foram elaboradas a partir de dados de radiação obtidos pela sonda Voyager 2, que passou pelo planeta há mais de 40 anos. Conta o site BGR que a análise destes dados sugere que pelo menos uma destas luas está a expelir material de um oceano subterrâneo para o Espaço.

Ainda que seja difícil ter certezas a partir destes dados com mais de 40 anos, os dados tornam no entanto clara a necessidade de estudar de forma mais aprofundada não só Úrano como também as suas luas.

Desta forma será possível perceber como foram formadas ou se têm condições para alojar algum tipo de forma de vida.

MSN Notícias
Miguel Dias
22.03.2023

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