628: O futuro da humanidade na Lua: Por que a Rússia, a Índia e outros países estão correndo para o pólo sul lunar

 

⚗️ CIÊNCIA // 🌕 LUA // 👪 HUMANIDADE

Meio século depois de os primeiros seres humanos terem pousado na Lua, o interesse global está novamente a aumentar em visitar o nosso vizinho celestial. Desta vez, as nações estão de olho no pólo sul lunar. Por que?

Um mapa gravitacional do pólo sul da lua, mostrando regiões de menor gravidade em roxo e de maior gravidade em vermelho. Muitas nações estão correndo para estabelecer uma presença permanente aqui. (Crédito da imagem: Estúdio de Visualização Científica da NASA)

Enquanto desciam à superfície da Lua em 20 de Julho de 1969, os astronautas da Apollo 11 Neil Armstrong e Buzz Aldrin lutaram com alarmes de um computador sobrecarregado e comunicação irregular com o controle da missão em Houston, onde os controladores folheavam freneticamente as notas para identificar códigos de erro.

Depois de suportar 13 minutos stressantes e ultrapassar o local de pouso em 6 quilómetros, a tripulação conseguiu pousar ilesa perto do equador da Lua, com apenas 15 segundos de combustível restante, e transmitiu por rádio para casa uma mensagem muito aguardada. : “A águia pousou.”

Entre 1969 e 1972, os EUA pousaram 12 astronautas na Lua como parte do programa Apollo, que foi formado principalmente para chegar à Lua antes da antiga União Soviética no calor da Guerra Fria .

Agora, mais de 50 anos depois de o primeiro ser humano ter pousado na Lua, surge novamente o interesse em visitar o nosso vizinho celestial.

Desta vez, porém, as nações que viajam pelo espaço estão de olho no pólo sul lunar, que se tornou um ponto importante para a exploração espacial de curto e longo prazo.

Por que focar no sul lunar? Porque lá, os cientistas pensam que inúmeras áreas permanentemente sombreadas abrigam depósitos abundantes de água congelada que poderiam ser exploradas para suporte de vida e combustível para foguetes.

No entanto, “é realmente especulação; ninguém sabe” se há água abundante lá, disse Martin Barstow , professor de astrofísica e ciências espaciais da Universidade de Leicester, no Reino Unido, ao WordsSideKick.com. “E é por isso que é importante dar uma olhada.”

Recentemente, várias nações têm tentado fazer exactamente isso.

Rastros do veículo lunar da Índia aparecem na superfície cinzenta e empoeirada do pólo sul da lua (Crédito da imagem: ISRO)

Corra para o sul lunar

A sonda lunar russa Luna 25 tentou pousar perto do pólo sul em 19 de Agosto, mas caiu após comunicações erráticas após uma importante manobra orbital, criando uma cratera de 10 metros de largura na região sudeste da lua.

Um raro vislumbre de sucesso na busca pelo pouso na Lua ocorreu em 23 de Agosto, quando a Índia se tornou a primeira nação a pousar perto do pólo sul lunar com sua missão Chandrayaan-3. Lá, a dupla robótica lander-rover do país passou um dia lunar explorando a região próxima.

Os exploradores movidos a energia solar confirmaram a presença de enxofre , um ingrediente de construção de infra-estruturas que poderá ser fundamental para futuros acampamentos; mediu a temperatura lunar inserindo uma sonda no solo pela primeira vez; e provavelmente detectou um terremoto lunar .

No início de Setembro, a equipe da missão colocou a dupla em modo de espera, na esperança de que as baterias totalmente carregadas aguentassem a noite amarga e acordassem no próximo nascer do sol lunar.

Em 2026, a China planeia enviar a sua nave espacial Chang’e-7 numa ambiciosa empreitada para o pólo sul lunar. De acordo com o plano da missão, a espaço-nave consistirá em um orbitador, um módulo de pouso, um rover e uma pequena sonda voadora que irá caçar água gelada em regiões sombreadas.

No final desta década, o programa lunar Artemis da NASA pretende pousar uma tripulação perto do pólo sul para uma missão de uma semana, com um rover australiano pegando boleia numa das missões.

O foguete do Sistema de Lançamento Espacial (SLS) é um dos mais poderosos já construídos e está sendo usado na missão Artemis da NASA para levar humanos de volta à Lua. (Crédito da imagem: NASA/Ben Smegelsky)

Casa, casa na lua?

Para muitas nações envolvidas na nova corrida espacial, o objectivo não é apenas visitar o Pólo Sul, mas construir ali uma presença permanente.

“Com 50 anos de progresso tecnológico, qualquer um pode ir à lua – desta vez, para ficar”, disse Jack Burns , director da Rede de Exploração e Ciência Espacial da Universidade do Colorado, em Boulder, financiada pela NASA, ao Live Science.

O programa Artemis da NASA, por exemplo, visa construir uma cabine na Lua para os astronautas viverem e trabalharem durante dois meses seguidos, quando irão aprimorar a tecnologia usando recursos locais, como água gelada, para suporte de vida e geração de combustível para foguetes.

“A ideia de fabricar no espaço é muito interessante para muitas pessoas, mas ninguém realmente fez isso ainda”, disse Barstow. “E acho que é aí que estamos agora.

Todos nós sabemos o que queremos fazer. Podemos até conceber como podemos fazê-lo. Mas temos que fazer os primeiros testes de engenharia e ver se realmente podemos. “

As futuras missões espaciais enfrentarão o desafio de construir materiais que sejam leves e fortes o suficiente para sustentar as cargas de lançamento.

“Ainda não temos instalações para fazer isso”, disse Barstow. Embora chegar ao pólo sul da Lua seja mais desafiante do que um caminho simples até ao seu equador, já temos a tecnologia para o fazer.

Por exemplo, a única maneira de pousar no pólo sul da Lua seria realizar uma descida controlada alimentada por foguete. “Os princípios disso são bastante simples”, disse Barstow. O desafio mais urgente será descobrir como pousar com segurança.

Em última análise, a busca por estabelecer uma presença sustentável na Lua também servirá como um trampolim para chegar a Marte, dizem os cientistas.

Embora possamos ter a tecnologia para enviar humanos para visitar o Planeta Vermelho, os custos envolvidos são extremamente elevados e “nenhum governo tem apetite para investir a quantia de dinheiro que necessita agora”, disse Barstow.

A logística e o custo humano do estabelecimento de uma colónia em Marte também são uma questão em aberto que necessita de extensa investigação.

Com a corrida de volta à Lua finalmente começando com força, ainda podem levar décadas até que qualquer “Águia” pouse em Marte.

Livescience

Por
Publicado em 18.09.2023


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623: O plasma da Terra pode estar a formar água na Lua

 

⚗️CIÊNCIA // 🌎TERRA // 🌕LUA // 💧ÁGUA // PLASMA

Um estudo recente liderado por um cientista planetário da Universidade do Havai, em Mānoa, sugere que a folha de plasma da Terra pode estar a desempenhar um papel significativo na formação de água na superfície da Lua.

ZAP // NASA; ext. DALL-E-2
A Lua na magnetocauda da Terra, conceito artístico

Um novo estudo, publicado esta quinta-feira na Nature Astronomy, lança luz sobre os processos de erosão da superfície lunar.

A água na Lua é não só crucial para compreender a sua formação e evolução, mas também é um recurso potencial para futuras missões humanas ao nosso satélite natural.

A descoberta agora apresentada, realça uma nota de imprensa da universidade, publicada no EurekAlert, pode explicar a presença de gelo de água no lado oculto da Lua.

A magnetosfera, campo de força protector da Terra resultante do seu magnetismo, protege-nos contra contra radiação solar nociva e parte dos corpos celestes que se aproximam do planeta..

Influenciada pelo vento solar, a magnetosfera forma uma cauda no lado nocturno da Terra, conhecida como magnetocauda, composta por uma folha de plasma de electrões e iões de alta energia.

Historicamente, os cientistas concentraram-se no impacto destes iões de alta energia, principalmente do vento solar, na erosão da Lua. O vento solar, rico em partículas de alta energia como protões, tem sido considerado uma fonte significativa de formação de água na Lua.

Embora se pudesse supor que a formação de água diminuiria quando a Lua está dentro da magnetocauda, dados da missão Chandrayaan 1 da Índia, recolhidos entre 2008 e 2009, revelaram taxas consistentes de formação de água na superfície da Lua, independentemente da sua posição em relação à cauda magnética da Terra.

“Quando a Lua está fora da magnetocauda, a superfície lunar é bombardeada pelo vento solar. Dentro da cauda magnética, quase não existem protões de vento solar e esperava-se que a formação de água caísse quase para zero”, diz Shuai Li, investigador da UH Mānoa e corresponding author do estudo.

“Para minha surpresa, as nossas observações mostraram que a formação de água na cauda magnética da Terra é quase idêntica aos momentos em que a Lua está fora da cauda magnética”, explica Li, que em 2020 já nos tinha surpreendido com a revelação de que a Lua está a enferrujar.

“Isto indica que, na cauda magnética, pode haver processos adicionais de formação ou novas fontes de água não directamente associadas à existência de protões de vento solar.

Em particular, a radiação por electrões de alta energia mostra efeitos semelhantes aos protões de vento solar”, conclui Li.

ZAP //
16 Setembro, 2023


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613: Cientistas revelam plano para montar um hiper-telescópio gigante na Lua

 

⚗️ CIÊNCIA // 🌕LUA // 🔭HIPER-TELESCÓPIO

Construímos telescópios nos nossos quintais, no topo de montanhas remotas e até lançámos telescópios para o Espaço.

NASA
A Terra vista da Lua por Bill Anders, astronauta da missão Apollo 8

Com cada avanço tecnológico, fizemos descobertas surpreendentes e incríveis sobre o Universo. Qual deverá ser o nosso próximo avanço em observatórios? De acordo com um novo artigo no arXiv, uma boa escolha seria a superfície lunar.

Colocar telescópios na Lua não é uma ideia nova. A NASA já financiou uma bolsa exploratória para o Telescópio de Rádio da Cratera Lunar (LCRT).

Durante as missões Apollo, os astronautas colocaram retro-reflectores na Lua, permitindo aos astrónomos medir a distância até à Lua com precisão de milímetros. Neste novo artigo, os autores resumem várias ideias conhecidas e introduzem um novo conceito a que chamam de hiper-telescópio.

Embora telescópios de rádio no lado oculto da Lua, como o LCRT, sejam talvez a proposta mais popular, outros incluem o Life Finder Telescope At Lunar Poles (LFTALP), uma matriz de telescópios de 6,5 metros focados em estudar atmosferas de exoplanetas durante o seu trânsito estelar.

Há também o Lunar Optical UV Explorer (LOUVE), focado em objectos ultravioleta brilhantes. Existem até propostas para um observatório de ondas gravitacionais semelhante ao LIGO.

O problema com todas estas propostas é que exigiriam uma construção técnica que seria um desafio até na Terra. Construir observatórios matriciais na Lua é um objectivo ambicioso, mas actualmente está além das nossas capacidades técnicas.

Assim, os autores propõem uma ideia mais simples: um telescópio óptico básico que tiraria proveito do terreno lunar. A potência de um telescópio óptico depende em grande parte do tamanho do seu espelho primário e da distância focal do telescópio.

Um hiper-telescópio poderia usar uma matriz de espelhos como espelho primário, dispostos ao longo do terreno de uma cratera.

O cluster de detectores do telescópio poderia ser suspenso por um cabo, semelhante ao modo como os detectores do Observatório de Arecibo foram suspensos acima da placa de rede.

Como os espelhos não precisariam ser grandes, seriam muito mais fáceis de construir. Uma variante desta ideia seria colocar espelhos de um lado de uma cratera e a instrumentação do outro.

Todas estas ideias estão ainda nas suas fases iniciais. Existem sérios desafios a superar além da sua construção. O pó acumular-se-ia nos espelhos ao longo do tempo e teria de ser removido.

E embora a Lua tenha muito menos actividade sísmica do que a Terra, isso ainda poderia afectar o alinhamento dos espelhos e detectores.

Mas uma coisa é clara: voltaremos à Lua, e onde os humanos vão, constroem telescópios. Um observatório lunar é apenas uma questão de tempo.

ZAP // Universe Today
13 Setembro, 2023


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592: Novo mapa da Lua revela segredos escondidos debaixo da superfície lunar

 

⚗️ CIÊNCIA // 🌕 LUA // DESCOBERTAS

Estudo usa dados obtidos pelo módulo de aterragem chinês Chang’e 4 e pelo seu rover Yutu-2. Novo mapa pode ajudar-nos a compreender melhor a história da Terra e apoiar a busca por planetas semelhantes ao nosso.

Wikimedia commons
Chang’e-4

Um novo mapa da Lua revela estruturas até cerca de 305 metros abaixo da sua superfície.

Os dados foram adquiridos a partir do módulo de aterragem Chang’e 4 e do seu rover Yutu-2, ambos importantes membros da histórica missão chinesa de 2019 que tornou a China o primeiro país a aterrar suavemente uma nave espacial no lado mais distante da Lua.

Inicialmente com duração prevista de apenas um ano, a missão continua em operação e a enviar continuamente dados e amostras valiosas, que agora permitiram que uma equipa de investigação internacional liderada pelo Instituto de Ciências Planetárias no Arizona lançasse um mapa inovador dos segredos lunares.

Os investigadores utilizaram o Radar Lunar de Penetração (LPR) a bordo do Yutu-2 para recolher os dados inéditos, segundo o Big Think. O LPR envia, da profundidade, sinais de rádio para a superfície da Lua, registando os ecos de retorno para mapear estruturas abaixo da superfície.

Anteriormente, a tecnologia já tinha sido usada para sondar os primeiros 40 metros abaixo da superfície; agora, o novo estudo expandiu com sucesso essas quatro dezenas de metros para uma profundidade notável de 305 metros numa área perto do pólo sul da Lua.

O que descobriram?

O autor principal do estudo, Jianqing Feng, destacou algumas das descobertas mais significativas da equipa ao Live Science.

A equipa encontrou provas de uma cratera nos primeiros 40 metros, acompanhadas por camadas de poeira e rocha fragmentada que acreditam ter sido ejectadas no momento do impacto.

Adicionalmente, o novo mapa identifica cinco diferentes camadas de rocha vulcânica localizadas profundamente sob a superfície. Segundo os investigadores, estas camadas formaram-se provavelmente há milhares de milhões de anos como resultado de impactos de asteróides ou cometas que levaram a erupções vulcânicas.

Curiosamente, as camadas mais finas e mais próximas da superfície sugerem que a actividade vulcânica da Lua tem vindo a diminuir, com menos lava a ser libertada nas erupções mais recentes.

O novo mapa lunar pode vir a ter implicações profundas no nosso conhecimento da história da Terra e na busca por planetas semelhantes à Terra.

Acredita-se que a Lua tem orbitado o Planeta Azul desde pouco depois da sua formação. Por essa mesma razão, aprender mais sobre a sua história geológica enriquece o nosso conhecimento dos factores ambientais que moldaram a Terra.

ZAP //
2 Setembro, 2023


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586: Índia encontra oxigénio na Lua

 

CIÊNCIA // 🇮🇳 ÍNDIA // 🌕LUA

No passado dia 23 de Agosto, a missão espacial da Índia, Chandrayaan-3, concluiu com sucesso o pouso no Polo Sul da Lua. Não tardou para que os resultados aparecessem. A sonda encontrou oxigénio, cálcio, enxofre e outras substâncias no nosso satélite natural.

Índia torna-se no primeiro país a alunar no seu Polo Sul da Lua

Estes componentes não são desconhecidos das muitas missões que anteriormente orbitaram e alunaram no satélite. Contudo, agora foi a vez do veículo lunar indiano detectar a presença de oxigénio.

Com isso iniciou a procura de hidrogénio no âmbito da missão Chandrayaan-3, segundo a agência espacial do país.

Conforme correu mundo, a Índia tornou-se o quarto país a conseguir uma aterragem suave na Lua e o primeiro a atingir o seu Polo Sul, depois de ter aterrado na semana passada.

A missão visa descobrir quais os minerais presentes na superfície lunar, para além de procurar água.

De acordo com a Organização Espacial e de Investigação Indiana (ISRO), a tecnologia a bordo do rover efectuou as primeiras medições in situ sobre a composição elementar da superfície lunar perto do Polo Sul.

Para além de confirmar a presença de enxofre na região – algo que não era possível com os instrumentos a bordo das sondas – o instrumento de espectroscopia de ruptura induzida por laser (LIBS) detectou oxigénio e uma série de outros minerais.

A LIBS é uma técnica científica que analisa a composição dos materiais expondo-os a impulsos laser intensos. Um pulso de laser de alta energia é focado na superfície de um material, como uma rocha ou um solo.

O impulso de laser gera um plasma extremamente quente e localizado. A luz do plasma recolhida é resolvida espectralmente e detectada por detectores como os dispositivos de carga acoplada. Uma vez que cada elemento emite um conjunto característico de comprimentos de onda de luz quando se encontra num estado de plasma, a composição elementar do material é determinada.”

Explicou a agência num comunicado.

O solo lunar é muito rico

As análises iniciais revelaram também a presença de alumínio (Al), cálcio (Ca), ferro (Fe), crómio (Cr), titânio (Ti), manganés (Mn) e silício (Si).

O rover de 26 kg, chamado Pragyan (“Sabedoria” em sânscrito), percorrerá a superfície lunar a uma velocidade de cerca de 1 cm por segundo, enquanto envia dados para o módulo de aterragem, que serão depois transmitidos para o Chandrayaan-2 em órbita.

Ao atingir o território lunar desconhecido do Polo Sul da Lua, a Índia conseguiu um feito que nenhum outro país conseguiu igualar.

O módulo de aterragem russo Luna-25 tentou aterrar poucos dias antes, mas uma manobra orbital falhada resultou num acidente que pôs fim à missão.

Depois de ter revelado o seu objectivo de lançar uma missão tripulada de três dias na órbita da Terra, a ISRO também elaborou planos para trabalhar com os EUA naquela que seria a primeira missão da Índia à Estação Espacial Internacional no próximo ano.

Alimentar a descoberta

A procura de água congelada pelo rover poderá conduzir a uma fonte de água potável para os futuros astronautas e poderá mesmo desempenhar um papel fundamental, na prática da Utilização de Recursos In Situ (ISRU) – a utilização de materiais locais para apoiar a exploração humana.

A ISRU há muito que é considerada como uma forma possível de reduzir a dimensão da carga útil que tem de ser lançada da Terra para explorar um corpo planetário.

De acordo com o Universe Today, custa cerca de 10 mil euros colocar apenas 1 kg no espaço. Ao aproveitar a ISRU, estes custos poderiam ser significativamente reduzidos.

A Iniciativa de Inovação da Superfície Lunar (LSII) da NASA foi lançada para desenvolver capacidades transformadoras para a exploração da superfície lunar.

Ao centrar-se na utilização de recursos espaciais para a exploração do espaço profundo, a agência prevê a criação de uma “economia espacial vibrante” com utilidades e produtos de apoio.

Isto inclui o mapeamento da superfície da Lua à escala do metro para exploração mineira comercial.

O regolito criado durante o processo de extracção poderia ser utilizado como matéria-prima derivada in situ para projectos de construção, enquanto os elementos e materiais têm potencial para serem aproveitados para a produção e armazenamento de energia de vários megawatts.

A água encontrada na Lua também pode ser utilizada para cultivar alimentos, produzir oxigénio ou uma série de outros processos industriais. Ao processar o gelo de água detectado nos pólos, foi também sugerida a produção de propulsores para foguetões. Isto implicaria a electrólise da água no local para produzir hidrogénio e oxigénio antes de ser colocada em armazenamento criogénico como líquidos.

Pplware
Autor: Vítor M

– Seria positivo informar nas imagens acima, que são montagens fotográficas.


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583: Super-lua azul de 30.08.2023

 

ASTRONOMIA // SUPER-LUA AZUL

Bandeira de PortugalLisboa, Portugal — Nascer, pôr da lua e fases da lua, Agosto de 2023

Lua: 99.9%

Lua cheia

Hora atual: 31 de Ago de 2023, 1:09:04
Direção da Lua: 170,47° S
Altitude da Lua: 37,24°
Distância da Lua: 357.297 km
Próxima Lua Cheia: 31 de Ago de 2023, 2:35
Próxima Lua Nova: 15 de Set de 2023, 2:39
Próximo pôr da lua: Hoje, 7h16

Um pequeno esclarecimento a quem não se encontra devidamente esclarecido na área astronómica: ontem, dia 30.08.2023 foi noite de super-lua azul.

– Super-lua porque a sua distância em relação à Terra é mais curta e por isso parece maior quando não é.

– Azul também não é, continua a ser cinzenta quase esbranquiçada dado que sendo uma fase de lua cheia, a luz solar reflecte-se nela em plenitude, sendo esta a fase menos propícia para obter imagens lunares dado que os relevos das crateras quase não se distinguem.

– Vermelha, como alguns dizem, muito menos. Quase que derem à Lua um contorno de arco-íris o que é falso.

As imagens que obtive ontem, 30.08.2023 às 23:47 no sítio de observação do meu backyard, foram as que publico a seguir. E para colorir artificialmente esta super-lua, nada como utilizar os filtros da Nikon calibrada a uma DF de 900mm.

Cor da Lua normal.
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Lua vermelha filtrada.
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Lua azul filtrada,
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Em 2016 teremos outra lua azul que continuará a ser cinzenta.

Stellarium

30.082023


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576: Lua Azul: o que é e quando será a próxima?

 

🇵🇹 CIÊNCIA // 🔭ASTRONOMIA // 🌕 LUA AZUL

É consensual que a Terra foi bafejada pela sorte quando a Lua caiu na sua órbita. O nosso satélite natural brinda-nos com eventos fantásticos, como, por exemplo, o espectáculo da Lua Azul.

Lua Azul: o que é e quando será a próxima?

A próxima Lua Azul ocorrerá na próxima quinta-feira, 31 de Agosto, à 01:35 GMT. Nessa altura, a Lua estará a uma distância de 357.344 km da Terra e será a maior Lua que veremos em 2023, além de que será 30% mais brilhante.

Este é um fenómeno invulgar que ocorre a cada dois anos e meio ou três anos, e que está para acontecer este ano e este mês. Chamaram-lhe Lua Azul, mas, na verdade, astronomicamente falando, trata-se de Lua cheia.

Conforme é sabido, a Lua cheia ocorre quando a Terra está entre o Sol e a Lua, um fenómeno que acontece aproximadamente a cada 29,5 dias. Isto significa que normalmente temos uma Lua cheia por mês, doze por ano, embora como os meses são mais longos do que 29 dias, isto não é totalmente exacto.

Já a cor azul que pinta o nome da Lua cheia tem que ver com as gotículas de água no ar ou as partículas lançadas para a atmosfera por catástrofes naturais, como cinzas e fumos vulcânicos. Isto porque, na realidade, o que vamos ver é uma Lua cheia, normal e sem nada de azul.

Então, qual a razão para lhe chamarem azul?

Segundo a NASA, em 1883, um vulcão indonésio chamado Krakatoa produziu uma erupção tão grande que os cientistas a compararam a uma bomba nuclear de 100 mega-toneladas. As cinzas da explosão do Krakatoa subiram tão alto na atmosfera quanto 80 quilómetros.

Muitas dessas partículas de cinzas podem ter cerca de 1 mícron de tamanho, o que poderia espalhar luz vermelha e agir como um filtro azul, fazendo com que a Lua pareça azul.

Luas de cor azul apareceram durante vários anos após a erupção de 1883. Muitos outros vulcões ao longo da história, e até mesmo incêndios florestais, têm sido conhecidos por afectar a cor da Lua.

Para criar uma Lua azulada, as partículas de poeira ou cinzas devem ser maiores que cerca de 0,6 mícron, o que espalha a luz vermelha e permite que a luz azul passe livremente.

Dito tudo isso, o que chamamos de Lua Azul normalmente aparece em cinza pálido, branco ou de cor amarelada – assim como a Lua em qualquer outra noite.

Depois desta, temos de esperar 3 anos para ver outra

Geralmente, as Luas Azuis ocorrem a cada 2 a 3 anos. A nossa última Lua Azul foi em 31 de Outubro de 2020. Marte era vermelho e muito grande, já que estava mais perto da Terra, e era visto no céu perto da Lua Azul.

Portanto, não veremos outra Lua Azul até Agosto de 2026.

Pplware
Autor: Vítor M
26 Ago 2023

A minha Lua “azul” em 31/10/2020 – © Copyright inforgom.pt # Powered by F Gomes # 2020-2023 # All Rights Reserved


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568: Lunar Astrophotography 🇵🇹

 

Flag for Portugal Lisbon, Portugal — Moonrise, Moonset, and Moon Phases, Agosto 2023

Lua: 55,7%

Depilação Gibosa

Hora actual: 24 de Ago de 2023, 23:47:39
Direcção da Lua: 231,98° SW
Altitude da Lua: 4,33°
Distância da Lua: 380.394 km
Próxima Lua Cheia: 31 de Ago de 2023, 2:35
Próxima Lua Nova: 15 de Set de 2023, 2:39
Próximo pôr da lua: Amanhã, 0:19

Stellarium

24.08.2023

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567: Sonda indiana envia para a Terra primeira imagem de solo lunar após alunagem

 

🇮🇳 ÍNDIA // 🌕 LUA // SONDA CHANDRAYAAN-3

A imagem captada por um dos instrumentos do engenho, logo após ter alunado, mostra uma zona relativamente plana.

© IRSO/Twitter

A sonda indiana Chandrayaan-3, que hoje pousou com sucesso na região do pólo sul da Lua, num feito inédito para a exploração espacial, enviou para a Terra a sua primeira imagem do solo lunar.

A imagem captada por um dos instrumentos do engenho, logo após ter alunado, mostra uma zona relativamente plana.

A Organização Indiana para a Investigação Espacial divulgou na rede social X (ex-Twitter) também imagens do solo lunar durante a fase final de descida do aparelho.

O engenho, lançado para o espaço em Julho, está equipado com um veículo robótico que, em breve, se separará do aparelho principal e irá explorar o local de alunagem e realizar uma série de experiências científicas.

A alunagem bem-sucedida da Chandrayaan-3 às 13:33 (hora de Lisboa) fez da Índia o primeiro país a conseguir pousar um engenho espacial no pólo sul da Lua, região inexplorada e onde haverá grandes quantidades de água gelada.

Para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, hoje foi “um dia histórico” para o país.

A missão Chandrayaan-3 terá na superfície lunar a duração de 14 dias, de acordo com um comunicado da Agência Espacial Europeia (ESA), que acompanha a missão através das suas estações de transmissão de dados telemétricos e científicos.

A alunagem da Chandrayaan-3 ocorreu poucos dias depois de a Rússia, que já felicitou a Índia pelo feito de hoje, ter falhado a alunagem da sonda Luna-25 na mesma região da Lua.

É no pólo sul da Lua que os Estados Unidos querem colocar em Dezembro de 2025 a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro, ao abrigo do novo programa lunar Artemis.

Apenas os Estados Unidos tiveram astronautas na superfície da Lua, entre 1969 e 1972, todos homens, no âmbito do programa Apollo.

Estados Unidos, Rússia (ex-União Soviética) e China já tinham enviado engenhos espaciais para a Lua, mas para outras zonas da sua superfície.

DN/Lusa
23 Agosto 2023 — 20:39


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562: Sonda russa Luna-25 despenhou-se na Lua

 

🇷🇺 MOSCÓVIA // 🚀LUNA-25 // 🌕LUA // DESPENHAMENTO 🔥

O director da Roscosmos, Yuri Borisov, já tinha afirmado que o empreendimento seria “arriscado”, tendo dito pessoalmente ao presidente Vladimir Putin em Junho que a probabilidade de sucesso era “cerca de 70 por cento”.

© HANDOUT / Russian Space Agency Roscosmos / AFP

A sonda Luna-25, a primeira missão lunar da Rússia em quase 50 anos, caiu na Lua após um incidente durante manobras antes da alunagem, disse a agência espacial russa este domingo. A comunicação com a Luna-25 foi perdida às 14.57 (11.57 em Lisboa) no sábado, informou a Roscosmos.

De acordo com descobertas preliminares, a sonda “deixou de existir após uma colisão com a superfície da Lua”, disse a Roscosmos. “As medidas tomadas a 19 e 20 de Agosto para localizar a nave e fazer contacto com ela não tiveram sucesso.”

A agência espacial disse ainda que uma investigação será lançada sobre as causas do acidente, sem dar nenhuma indicação sobre quais os problemas técnicos que poderão ter ocorrido.

Com a Luna-25, Moscovo esperava cimentar o legado do seu programa Luna da era soviética, marcando um regresso à exploração lunar independente em face do crescente isolamento do Ocidente.

A sonda Luna-25, de 800 quilos, deveria ter feito pousado de forma suave no pólo sul lunar, o primeiro da história.

A Rússia não tentava pousar num corpo celeste desde 1989, quando a malfadada sonda Phobos 2 da União Soviética, destinada a explorar as luas de Marte, falhou devido a um mau funcionamento do computador de bordo.

O director da Roscosmos, Yuri Borisov, já tinha afirmado que o empreendimento seria “arriscado”, tendo dito pessoalmente ao presidente Vladimir Putin em Junho que a probabilidade de sucesso era “cerca de 70 por cento”.

DN/AFP
20 Agosto 2023 — 10:54


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