Está a chegar a hora. Depois do falhanço do Chandrayaan-2 em 2019, a Índia não baixou a cabeça e aponta aos céus uma segunda vez.
ISRO / Twitter Chandrayaan 3
Esta sexta-feira, pelas 10h05 de Portugal Continental, o Chandrayaan-3 da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), agência espacial indiana, vai tentar ser o primeiro rover indiano a aterrar na Lua, após ser lançado por um foguete LVM3 a partir do Centro Espacial Satish Dawan, no sul da Índia.
A última tentativa semelhante da Índia, com o Chandrayaan-2, deixou um desgosto nos corações dos cidadãos indianos, tendo a aeronave colidido na fase final.
O novo Chandrayaan-3 — que significa “veículo lunar”, em português — foi construído com um humilde orçamento de cerca de 67 milhões de euros.
Caso seja bem sucedida, a Índia será o quarto país no Mundo a conseguir aterrar na Lua, a seguir aos EUA, à antiga União Soviética e à China.
Este ano, dois países já falharam as respectivas aterragens no satélite natural — o Japão, cuja aeronave ficou sem combustível, e Israel, que não conseguiu aterrar após, segundo a Al Jazeera, se despenhar contra a superfície lunar.
A viagem pode ser acompanhada em directo a partir do Youtube ou do Facebook.
LVM3 M4/Chandrayaan-3 Mission: Mission Readiness Review is completed. The board has authorised the launch. The countdown begins tomorrow.
O telescópio espacial europeu Euclid descolou este sábado para a primeira missão de sempre que tem como objectivo lançar luz sobre dois dos maiores mistérios do universo: a energia escura e a matéria escura.
O telescópio descolou com sucesso de Cabo Canaveral, Florida, às 11h12, horário local (16h12 portuguesas), num foguetão Falcon 9 da empresa norte-americana SpaceX.
A Agência Espacial Europeia foi forçada a recorrer à empresa do bilionário Elon Musk para lançar a missão depois de a Rússia ter retirado os seus foguetões Soyuz, como resposta às sanções relacionadas com a guerra na Ucrânia.
Depois de uma viagem de um mês pelo espaço, Euclid vai juntar-se ao seu “colega” James Webb – telescópio espacial desenvolvido em conjunto entre a Agência Europeia, NASA e a agência espacial canadiana – num ponto estável a cerca de 1,5 milhões de quilómetros (mais de 930.000 milhas) da Terra, chamado de segundo ponto de Lagrange.
A partir daí, o Euclid “desenhará” o maior mapa do universo, abrangendo até dois mil milhões de galáxias em mais de um terço do céu.
Ao capturar a luz que levou 10 mil milhões de anos para chegar à vizinhança da Terra, o mapa também oferecerá uma nova visão da história do universo de 13,8 mil milhões de anos.
Os cientistas esperam usar essas informações para abordar o que o director do projecto Euclid, Giuseppe Racca, chama de “embaraço cósmico”: 95% do universo permanece desconhecido para a humanidade.
Acredita-se que cerca de 70% seja energia escura, o nome dado à força desconhecida que está a causar a expansão acelerada do universo. E 25% é matéria escura, a qual se acredita que sirva unir o universo e componha cerca de 80% da sua massa.
“Desde que pudemos ver as estrelas que nos perguntamos: o universo é infinito? De que é feito? Como funciona?”, refere o cientista da NASA, Michael Seiffert, também inserido no projecto Euclid, à AFP.
“É absolutamente incrível que possamos recolher dados e realmente começar a progredir um pouco em algumas dessas questões.”
“Detective sombrio”
Guadalupe Canas, membro do consórcio Euclid, disse em conferência de imprensa antes do lançamento que o telescópio espacial era um “detective sombrio” que pode revelar mais sobre ambos os elementos: matéria escura e energia escura..
O Euclid, que tem 4,7 metros de altura e 3,5 metros de largura, usará dois instrumentos científicos para mapear o céu. A sua câmara de luz visível permitirá medir a forma das galáxias, enquanto o seu espectrómetro e fotómetro de infravermelhos permitirão medir a que distância elas estão.
Mas, como é que o Euclid tentará localizar coisas que não podem ser vistas? Procurando a sua ausência.
A luz vinda de biliões de anos-luz de distância é ligeiramente distorcida pela massa de matéria visível e escura ao longo do caminho, um fenómeno conhecido como lente gravitacional fraca.
“Ao subtrair a matéria visível, podemos calcular a presença da matéria escura que está no meio”, disse Racca à AFP.
Embora isso possa não revelar a verdadeira natureza da matéria escura, os cientistas esperam que ela apresente novas pistas que ajudarão a rastreá-la no futuro.
Para a energia escura, o astrofísico francês David Elbaz comparou a expansão do universo a encher um balão com linhas desenhadas nele. Ao “ver a rapidez com que ele infla”, os cientistas esperam medir a respiração – ou energia escura -, fazendo com que ele se expanda.
“Mina de ouro”
Uma grande diferença entre o Euclid e outros telescópios espaciais é o seu amplo campo de visão, que ocupa uma área equivalente a duas luas cheias.
O cientista do projecto, Rene Laureijs, disse que essa visão mais ampla significa que o Euclid será capaz de “surfar no céu e encontrar objectos exóticos” como buracos negros que o telescópio Webb poderá depois investigar com mais detalhe.
Além da energia e da matéria escuras, espera-se que o mapa do universo de Euclid seja uma “mina de ouro para todo o campo da astronomia”, disse Yannick Mellier, chefe do consórcio Euclides.
Os cientistas esperam que os dados do Euclid os ajudem a aprender mais sobre a evolução de galáxias, buracos negros e muito mais.
As primeiras imagens são esperadas assim que as operações científicas começarem, em Outubro, com grandes lançamentos de dados planeados para 2025, 2027 e 2030.
A missão de 1,4 mil milhões de euros deve durar até 2029, mas pode prolongar-se um pouco mais se tudo correr bem.
O telescópio Euclid pretende compreender o que está, efectivamente, a acelerar a expansão do Universo. Portugal faz parte de um consórcio que foi criado para o desenvolver, construir e explorar.
A Europa lança-se este sábado, a partir dos Estados Unidos, à “conquista” do lado oculto do Universo com o envio para o espaço do telescópio Euclid, numa missão com “cunho” português de cientistas, empresas e engenheiros.
A missão da Agência Espacial Europeia (ESA), com participação da congénere norte-americana NASA, tem lançamento marcado para as 16:11 (hora de Lisboa) da base da NASA de Cabo Canaveral.
O telescópio, que tem o nome do matemático Euclides e está equipado com dois instrumentos científicos, irá para o espaço acoplado a um foguetão Falcon 9, da empresa aeroespacial norte-americana SpaceX, do magnata Elon Musk.
Portugal, Estado-membro da ESA desde 2000, ocupa pela primeira vez um lugar de destaque numa missão espacial da ESA, ao fazer parte de um consórcio que foi criado para desenvolver, construir e explorar o telescópio.
De Portugal são oriundos cientistas, engenheiros e empresas que contribuem para a missão em diversos domínios, desde o controlo das operações de voo até ao fabrico de diversos componentes do telescópio espacial e ao planeamento das observações.
Tiago Loureiro, engenheiro aeroespacial que há 19 anos trabalha na ESA, vai co-dirigir as operações de voo a partir da Alemanha, onde funciona o Centro Europeu de Operações Espaciais da ESA.
Trata-se da primeira missão espacial concebida para tentar compreender o que está, efectivamente, a acelerar a expansão do Universo e que, segundo as teorias cosmológicas, se deve à energia escura, uma misteriosa força que se opõe à atracção gravitacional.
Juntas, a energia escura e a matéria escura (matéria invisível, que não emite nem absorve luz) compõem 95% do Universo que continua por desvendar.
Para ajudar a “fazer luz” sobre o Universo oculto, o telescópio Euclid vai, durante os seis anos que duram a sua missão, fazer cerca de 50 mil observações de galáxias, um trabalho que teve no seu planeamento o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.
O telescópio vai observar milhares de milhões de galáxias, sobre as quais a matéria e a energia escuras geram efeitos na sua estrutura, forma, distribuição, movimento e evolução, em mais de um terço do céu e “recuando” até 10 mil milhões de anos.
O Euclid será colocado a 1,5 milhões de quilómetros da Terra, num ponto estável, sem interferência da luz do planeta, da Lua e do Sol, onde chegará um mês depois do lançamento.
Espera-se a primeira divulgação de imagens em Novembro e os primeiros dados científicos em Dezembro de 2024.
Caso o lançamento deste sábado falhe há uma segunda oportunidade no domingo.
O lançamento do telescópio Euclid chegou a estar previsto para 2020 e posteriormente para 2022, da base da ESA, na Guiana Francesa, num foguetão russo Soyuz.
Contudo, em 2022, a ESA cortou relações com a Rússia quando o país invadiu a Ucrânia, em Fevereiro.
Elon Musk e a SpaceX querem iniciar os testes da sua Starship, para mostrar ao mundo que esta está pronta. Com tudo tratado para que possa acontecer o primeiro voo, o homem forte da empresa veio agora revelar a data esperada. Elon Musk revelou agora que já há data para o primeiro voo de teste da Starship da SpaceX.
Tudo apontava para que o primeiro voo da Starship iria acontecer ainda esta semana. Tudo estaria dependente de uma aprovação, algo que tem limitado os testes que Elon Musk e a SpaceX querem realizar e precisam para validar os seus equipamentos.
Sem uma certeza de que essa autorização iria acontecer, Elon Musk vinha a anunciar que a Starship da SpaceX estaria pronta para os testes. Isso não influenciaria nada, mas mostrava que a preparação necessária estaria realizada e até terminada.
Starship launch trending towards near the end of third week of April
A grande mudança agora vem do anúncio de Elon Musk sobre a nova data prevista para estes primeiros testes. O homem forte da SpaceX revelou que este momento deverá acontecer em breve, perto do final da terceira semana de Abril.
Importa lembrar que este momento ainda não pode acontecer de forma natural. A SpaceX ainda necessita que a FAA emita a licença que está em falta. Esta será a autorização para que os testes da empresa de Elon Musk possam acontecer. Assim, não existe ainda uma data certa para que esse momento aconteça.
Teams are focused on launch readiness ahead of Starship’s first integrated flight test as soon as next week, pending regulatory approval – no launch rehearsal this week https://t.co/SpsRVRsvz1pic.twitter.com/ovYUQgAjAc
Para o teste inicial, o foguete Super Heavy da SpaceX terá o trabalho de impulsionar a Starship. Após alguns minutos de voo, o Super Heavy vai-se separar e fazer uma descida controlada no Golfo do México.
A Starship vai continuar a acelerar com os motores do seu estágio superior até atingir o espaço. Ainda não está claro se a nave entrará de fato em órbita da Terra, antes de pousar verticalmente no Oceano Pacífico, próximo do Havai.