A startup japonesa ispace divulgou uma actualização a respeito do status da sonda Hakuto-R, que seria a primeira nave de uma empresa privada a pousar na Lua.
Na última quarta-feira (26), os engenheiros perderam contacto com a sonda segundos antes do pouso. Informações preliminares divulgadas pela ispace apontam que o problema, provavelmente, teria sido causado por falta de combustível, com uma “grande possibilidade” que a Hakuto-R tenha feito um pouso duro na superfície lunar, o suficiente para danificar o equipamento.
Mesmo assim, essa tentativa pioneira de pouco foi encarada como um relativo sucesso pela ispace, já que a Hakuto-R cumpriu com louvou 8 dos 10 objectivos estabelecidos para a missão.
Agora, a ispace vai estudar os dados de telemetria da sonda para entender o que causou o problema. Essas informações serão divulgadas assim que estiverem disponíveis. A próxima tentativa de pousar uma nave da startup na Lua está prevista para 2024.
A empresa privada japonesa Ispace anunciou hoje o fracasso da missão de aterrar na Lua, depois de ter perdido contacto com a nave, que provavelmente se despenhou no solo lunar.
“Há uma elevada probabilidade de o módulo de pouso ‘Lunar Lander’ ter feito eventualmente uma alunagem forçada na superfície da Lua”, disse a Ispace, num comunicado.
“Não temos planos para retomar a alunagem”, admitiu o director executivo e fundador da ‘start-up’, Takeshi Hakamada, mais de seis horas depois de a Ispace ter perdido contacto com a nave Hakuto-R.
A nave japonesa deixou de ter contacto com o centro de controlo que a guiava a partir de Tóquio, e os controladores de voo que acompanhavam o trajecto ficaram sem qualquer comunicação.
A missão devia ter chegado ao destino às 15:41 de domingo, em Lisboa, de acordo com a contagem decrescente, vista na transmissão ao vivo que a empresa japonesa fez do início do processo de aterragem.
A nave começou a descer de uma altitude de 100 quilómetros acima da Lua e estava programada para aterrar em Atlas, uma cratera de 87 quilómetros no hemisfério norte lunar, e foi já durante o processo para a aterragem que o contacto se perdeu.
Se a nave tivesse aterrado, a empresa seria a responsável pelo primeiro projecto privado a conseguir realizar uma aterragem lunar.
Apenas três projectos estatais, da Rússia, dos Estados Unidos e da China, conseguiram até à data pousar na Lua.
Em 2019, uma organização sem fins lucrativos israelita tentou fazê-lo, mas a nave espacial foi destruída com o impacto.
Fundada em 2010, a Ispace define-se como uma “empresa global” cuja visão é “expandir o planeta” e “expandir o futuro”, com base em acções concretas como a oferta de serviços de transporte entre a Terra e a Lua.
A empresa tem escritórios no Japão, no Luxemburgo e nos Estados Unidos, e desenvolve projectos conjuntos com a agência espacial norte-americana (NASA) e com a Agência Espacial Europeia.
Uma empresa privada japonesa perdeu o contacto com uma sonda que deveria ter pousado esta terça-feria na superfície lunar, e anunciou que, aparentemente, a missão falhou.
A nave japonesa Hakuto-R deixou de ter contacto com o centro de controlo que a guiava e seguia da Terra e os controladores de voo que acompanhavam o trajecto ficaram sem qualquer comunicação, presumindo que tenha caído.
A empresa Ispace, responsável pelo projecto, emitiu um comunicado no qual indicou que, “até ao momento, o centro de controlo da missão Hakuto-R em Nihonbashi (Tóquio) não foi capaz de confirmar o sucesso do Lunar Lander”, a nave que iria explorar o satélite.
A missão deveria ter chegado ao seu destino às 16:41 GMT (17:41 em Lisboa), de acordo com a contagem regressiva, que pôde ser vista na transmissão ao vivo que a empresa japonesa fez do início do processo de aterragem.
A nave começou a descer de uma altitude de 100 quilómetros acima da Lua e estava programada para aterrar em Atlas, uma cratera de 87 quilómetros no hemisfério norte lunar, e foi já durante o processo para a aterragem que o contacto se perdeu.
“Temos de presumir que não conseguimos completar o pousar na superfície lunar”, disse Takeshi Hakamada, fundador e presidente executivo da empresa Ispace.
Se a nave tivesse aterrado, a empresa seria a responsável pelo primeiro projecto privado a conseguir realizar uma aterragem lunar.
Apenas três projectos estatais — da Rússia, dos Estados Unidos e da China — conseguiram até à data pousar com sucesso na Lua.
Uma organização sem fins lucrativos israelita tentou fazê-lo, em 2019, mas a nave espacial foi destruída com o impacto.
Fundada em 2010, a Ispace define-se como uma empresa “global” cuja visão é “expandir o planeta” e “expandir o futuro” com base em acções concretas como a oferta de serviços de transporte entre a Terra e a Lua.
A empresa tem escritórios no Japão, Luxemburgo e Estados Unidos, e desenvolve projectos conjuntos com a NASA e a Agência Espacial Europeia.
Há uma corrida à Lua. Os americanos poderão ter mais conhecimentos, os chineses, estão no seu encalço, os russos parecem atrasados, mas são os japoneses que poderão pousar a primeira nave privada na Lua. E o que procura esta missão? Assista ao momento, é já hoje.
A sonda vai hoje tentar aterrar na Lua
A sonda japonesa “Hakuto-R” está a tentar uma aterragem histórica na cratera Atlas, no inexplorado Mare Frigoris.
Acreditamos que, em 2040, a Lua terá uma população de 1.000 pessoas, com 10.000 a visitá-la todos os anos.
É esta a esperança da ispace, uma empresa japonesa de exploração lunar que vai tentar, hoje, tornar-se a primeira missão privada a aterrar na Lua.
A sonda japonesa Hakuto-R – que tem o tamanho de um frigorífico grande – vai tentar aterrar em Atlas, uma cratera de impacto no extremo norte da Lua, dentro do inexplorado Mare Frigoris, ou Mar do Frio.
Se for bem sucedida, tornar-se-á não só a primeira nave espacial a aterrar nesta área, mas também a primeira empresa privada a aterrar na superfície lunar.
O objectivo da ispace é liderar a “economia espacial”, extraindo água na Lua e enviando experiências, fornecimentos e outros materiais para clientes governamentais ou empresariais.
Imaginamos a Lua a suportar a construção, a energia, a aquisição de aço, as comunicações, os transportes, a agricultura, a medicina e o turismo.
A Lua tem muitas riquezas e é esse o objectivo do momento
À medida que as grandes potências espaciais preparam missões para regressar à Lua, a previsão da empresa japonesa parece cada vez mais realista.
A empresa de consultoria PwC estima que os serviços de transporte lunar se tornarão um negócio no valor de 150 mil milhões de dólares até 2036, em comparação com os actuais 6,6 mil milhões de dólares. A empresa japonesa quer ser a primeira a começar a ter lucro.
O projecto ispace nasceu de uma espécie de fracasso. O seu objectivo era ganhar o prémio Lunar X Prize de 20 milhões de dólares da Google para a primeira empresa a aterrar na Lua e a deslocar-se 500 metros na sua superfície. O prémio foi abandonado em 2018, depois de nenhum dos candidatos ter atingido esse objectivo.
Um dos candidatos era a Beresheet, uma sonda concebida por três engenheiros israelitas que se despenhou em 2019. Foi um final decepcionante para um investimento que custou quase 90 milhões de euros (99 milhões de dólares).
O projecto era a tentativa de Israel de se tornar o quarto país a aterrar com sucesso na Lua, depois dos Estados Unidos, da Rússia e da China. É o mesmo objectivo que o ispace, fundado pelo empresário japonês Takeshi Hakamada, de 44 anos, persegue agora.
We’ve received another incredible photo from the camera onboard our Mission 1 lander!
Seen here is the lunar Earthrise during solar eclipse, captured by the lander-mounted camera at an altitude of about 100 km from the lunar surface. (1/2) pic.twitter.com/pNSI4lPnux
Coelho branco quer aterrar ver e vencer… e tem a ajuda da Europa
Em japonês, Hakuto-R significa “coelho branco” – um nome inspirado numa lenda asiática sobre um coelho branco na Lua. No entanto, também a Europa deu importantes contributos para a nave espacial.
A Agência Espacial Europeia (ESA) assegura a comunicação entre a sonda e o centro de controlo, que está localizado em Tóquio. O sistema de propulsão da nave e a sua montagem final foram efectuados pela empresa europeia Ariane.
O sistema de orientação da sonda é fabricado pela Draper, um laboratório aeroespacial privado com sede perto de Boston. A Draper, que colabora com a ispace, já ganhou um dos contratos milionários da NASA para levar equipamento científico à Lua em 2025, no âmbito do seu programa Artemis.
O objectivo do programa Artemis – liderado pelos Estados Unidos, juntamente com a Europa, o Canadá, o Japão e outros países – é fazer regressar os astronautas à Lua em 2025 e desenvolver uma presença a longo prazo no local.
Uma vez instalados, o objectivo é extrair água da Lua e transformá-la em combustível para foguetões, numa tentativa de chegar a Marte dentro de duas décadas.
We are excited to share a new photo of the Moon taken by the lander's on-board camera from an altitude of about 100 km above the lunar surface. The photo was taken at 4:32 am on April 15 (JST). (1/2) pic.twitter.com/PWux4GJLIx
Desde o seu lançamento em Dezembro de 2022, a Hakuto-R cumpriu com êxito todos os seus objectivos. A ideia era chegar à Lua em cerca de cinco meses, o que significava uma poupança significativa de combustível.
A 14 de Abril, a sonda disparou os seus motores durante 10 minutos para ajustar a órbita em torno da Lua e preparar a aterragem.
Hoje pelas 16 horas de Portugal
A Hakuto-R já enviou as primeiras imagens da superfície lunar. Tudo parece pronto para a aterragem. A sonda deverá disparar novamente os seus propulsores hoje, altura em que iniciará a sua descida de uma altura de 100 quilómetros). A sonda começará por se aproximar do Mare Frigoris e, aproximadamente uma hora depois, tentará uma aterragem suave na cratera Atlas.
A aterragem será totalmente automática. Se houver algum problema, a empresa japonesa terá mais oportunidades para tentar a aterragem durante esta semana e a próxima.
A Hakuto-R transporta um pequeno protótipo de um robot lunar concebido pela Agência Espacial Japonesa.
Este robô será utilizado para realizar experiências com o regolito lunar (os detritos finos que cobrem a superfície da Lua) e participará no desenvolvimento do Lunar Cruiser, um rover lunar pressurizado desenvolvido com a Toyota que poderá ajudar os astronautas a viver na Lua. A sonda japonesa transporta também o rover Rashid dos Emirados Árabes Unidos.