105: Dinossauros ainda dominariam o mundo se o asteróide tivesse atrasado alguns segundos

 

CIÊNCIA // PALEONTOLOGIA // DINOSSAUROS // EXTINÇÃO

Há 60 milhões de anos, um asteróide colidiu no planeta Terra, onde hoje é a Península de Yucatán, no litoral Mexicano. Esse impacto levantou uma quantidade enorme de detritos para a atmosfera, gerando um longo período de frio e escuridão no planeta. Assim, animais grandes, como os dinossauros desapareceram da face da Terra.

Se esse atraso estivesse ocorrido, o asteróide se chocaria no meio do oceano. Apesar de causar mortes, possivelmente não ocasionaria uma extinção em massa. Reprodução/Hugo Cafasso © Reprodução/Hugo Cafasso

Obviamente que isso é uma enorme simplificação. Os dinossauros não sumiram da noite para o dia, como a história do impacto nos faz pensar. Foi um processo bastante lento, que durou algumas gerações, ocasionado pelos efeitos do impacto.

Além disso, não foi apenas o impacto do asteróide que causou a extinção em massa que levou embora os dinossauros e outras inúmeras espécies. Alguns estudos sugerem, por exemplo, que uma alta na actividade vulcânica possa ter iniciado o processo de extinção em massa, e que o asteróide foi apenas o rastilho.

Mesmo assim, no entanto, há uma relação muito forte entre a queda do asteróide e essa extinção em massa. Mesmo que o asteróide não tenha sido a única causa do sumiço dos dinossauros, ele claramente foi um dos principais. Essa extinção em massa matou 75% das espécies animais da Terra.

E bom — se o asteróide estivesse atingido a Terra 30 segundos após o momento que atingiu, o mundo poderia ter tomado um rumo completamente diferente: os seres humanos não existiriam e os dinossauros poderiam estar ainda vagando e dominando o planeta.

Se esse atraso estivesse ocorrido, o asteróide não teria se chocado com o continente, como ocorreu. O asteróide se chocaria no meio do Oceano Pacífico ou do Oceano Atlântico.

Bom, isso ocasionaria enormes tsunamis pelo mundo, e causaria sim algum estrago; muitos animais morreriam e muitas áreas seriam alagadas. No entanto, seria um estrago muito menor do que o choque com o continente. Apesar de causar algumas mortes, possivelmente não ocasionaria uma extinção em massa.

Isso viralizou em 2017 graças à BBC. Estudos de 2016 dos geofísicos Jo Morgan, do Imperial College de Londres, e Sean Gulick, da Universidade do Texas sobre a cratera trouxeram algumas informações importantes.

A equipe apresentou alguns de seus resultados em Março de 2017, na Conferência de Ciência Lunar e Planetária. Mas a maior viralização do facto que que um atraso na queda do asteróide poderia não ter ocasionado a extinção em massa ocorreu quando a BBC fez o documentário ‘The Day the Dinosaurs Died”.

E bom, os pequenos mamíferos foram bem após a extinção dos dinossauros já que predação ficou menor.

“Apenas meio milhão de anos após a extinção dos dinossauros, as paisagens se encheram de mamíferos de todas as formas e tamanhos. As chances são de que, se não fosse por esse asteróide, não estaríamos aqui hoje”, disse Alice Roberts, apresentadora da BBC, ao jornal The Times em 2017.

“Eu suspeito que alguns deles ainda estariam por perto. Não sabemos muito sobre os últimos 10 milhões de anos de seu reinado e o que sabemos é baseado em apenas uma área no mundo, o oeste da América do Norte.

Há um registo muito bom daqueles últimos dinossauros não-pássaros clássicos, como o tiranossauro e o tricerátopo”, disse o pesquisador Paul Barrett em uma publicação no site do Museu de História Nacional de Londres.

“A partir dessa parte do mundo, parece que os dinossauros estão prosperando em termos de números, mas o número de diferentes tipos de dinossauros é reduzido. Não sabemos se esse padrão se manteve em outro lugar – ainda é um grande mistério”, diz o pesquisador.

Então, os dinossauros poderiam ter continuado a reinar sobre o planeta Terra, embora num número muito menor. Mas por menor que fosse, possivelmente não sobreviveríamos.

MSN Notícias
Da redacção
06.04.2023

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74: A sexta extinção em massa já começou, segundo estudo

 

TERRA // EXTINÇÃO EM MASSA

©Fornecido por The Daily Digest

Já começou

A quinta extinção em massa ocorreu há 65 milhões de anos, quando um asteróide eliminou os dinossauros da face da Terra. Agora, os cientistas temem que a sexta extinção já tenha começado.

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Estágios iniciais

Uma equipe liderada pelo professor Robert Cowie, da Universidade do Havaí, argumenta em um estudo publicado pela Biological Reviews que “parece cada vez mais provável” que estejamos nos estágios iniciais de uma nova extinção em massa.

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Não há espaço para cepticismo

“Há uma montanha de dados se acumulando rapidamente, e não há mais espaço para cepticismo ou pergunta-se se isso realmente está acontecendo”, argumenta o estudo, citado pelo site de notícias Vice.

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O que é uma extinção em massa?

Uma extinção em massa ocorre quando cerca de 70% da vida animal e vegetal deixa de existir. Em outras palavras, é uma catástrofe mundial envolvendo a biodiversidade e o ecossistema.

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Moluscos

O estudo se concentra em animais invertebrados, especificamente moluscos. Considera que a União Internacional para a Conservação da Natureza dá atenção desproporcional aos vertebrados, como aves e mamíferos.

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Diversidade animal

“A União Internacional para a Conservação da Natureza não avaliou nada além de uma minúscula fracção de invertebrados, como insectos, caracóis, aranhas e crustáceos, que constituem 95% da diversidade animal”, disse Cowie à Vice.

Imagem: Ed van Duijin / Unsplash

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Desde 1500

O estudo indica que entre 7,5% a 13% das espécies desapareceram desde 1500, o que sugere que estamos caminhando para a extinção em massa.

Na foto: Uma réplica de um tigre da Tasmânia (Thylacine), que foi declarado extinto em 1936, é exibido no Museu Australiano em Sidney.

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A culpa é nossa

Se realmente caminhamos para a sexta extinção em massa, seria a primeira (que conhecemos) causada pela intervenção de uma espécie. Neste caso, humanos.

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O Antropoceno

De fato, o efeito humano no meio ambiente é tão intenso que muitos cientistas acreditam que vivemos em uma nova época geológica: o Antropoceno.

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Agricultura

Embora, até agora, permaneça hipotético, o Antropoceno teria começado com os primeiros impactos do ser humano na geologia e nos ecossistemas da Terra. E isto data de quando desenvolvemos a agricultura, 12.000-15.000 anos atrás.

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A grande aceleração

Outros especialistas relacionam o Antropoceno com a Grande Aceleração, ao espantoso aumento da taxa de crescimento humano e de consumo de recursos, após a Segunda Guerra Mundial.

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Admirável mundo novo

Em outras palavras, o mundo em que nossos avós nasceram é completamente diferente do mundo em que vivemos agora.

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Abelhas e borboletas

Um bom exemplo de que a sexta extinção em massa se aproxima é o desaparecimento de abelhas e borboletas em todo o mundo.

Imagem: Dmitry Grigoriev / Unsplash

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Dentro de uma única geração

De acordo com o The Guardian, a população de abelhas na Europa e na América do Norte diminuiu mais de 30% no período de uma única geração.

Imagem: Annie Spratt / Unsplash

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Mais que mel

O colapso da população de abelhas também afecta os seres humanos. Elas não são apenas responsáveis pelo mel, também polinizam plantações. Sem estes animais, menos alimentos são produzidos.

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O efeito borboleta

Ao mesmo tempo, a National Geographic relata que mais de 450 espécies de borboletas no sudoeste dos Estados Unidos também estão desaparecendo.

Imagem: Ed van Dujin / Unsplash

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O papel das borboletas

As borboletas também são cruciais para polinizar muitas plantas e flores, afectando a cadeia alimentar e todo o ecossistema.

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Um habitat inóspito

O principal culpado pelo declínio das abelhas e borboletas são os ambientes mais quentes, causados pelas mudanças climáticas. As temperaturas crescentes transformam o antigo lar dessas espécies em algo inóspito.

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Terra e matérias-primas

Isso sem levar em conta o uso desordenado da terra e das matérias-primas, que afectam ou destroem ecossistemas inteiros.

Na foto, o desmatamento na selva amazónica.

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Danos irreversíveis

Os danos que os humanos causaram ao planeta provaram ser irreversíveis. O mais preocupante é que, apesar das inúmeras iniciativas e melhores intenções, continua até hoje.

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O tempo está acabando

Enquanto isso, o tempo está se esgotando para ainda manter o precioso equilíbrio que permitiu à humanidade viver por milhares de anos. Uma vez que tenhamos perdido este equilíbrio, quem sabe quais desafios enfrentarão a próxima geração?

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30.03.2023


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