646: “Bem-vinda a casa”. NASA traz amostras de asteróide para a Terra pela primeira vez

 

🇺🇸 NASA // 🛰️ OSIRIS-REX // ☄️ ASTERÓIDES // BENNU

A NASA conseguiu este domingo, pela primeira vez na sua história, trazer para a Terra uma amostra de um asteróide, que poderá proporcionar informações únicas sobre a origem da vida e a formação do sistema solar.

OSIRIS-REx Mission/ NASA, The University of Arizona
Nave espacial OSIRIS-REx da NASA em visita ao asteróide Bennu

A cápsula da NASA que contém as amostras do asteróide Bennu aterrou às 08:52 locais (15:52 em Lisboa), no deserto de Utah, nos Estados Unidos, pondo fim a uma viagem de sete anos.

Foi a primeira vez que a agência espacial dos Estados Unidos conseguiu recolher amostras de um asteróide. A Agência de Exploração Aerospacial do Japão conseguiu recuperar restos de asteróides em 2020, mas em quantidade mínima.

A missão da NASA, baptizada como “Osiris-Rex”, espera ter recolhido 250 gramas do asteróide Bennu, embora só se saiba com maior certeza quando a cápsula for aberta dentro de dois dias.

Os peritos crêem que o asteróide Bennu contém moléculas que remontam à formação do sistema solar, há 4.500 milhões de anos e que pode dar algumas respostas a questões que intrigam a humanidade há séculos, como a origem da vida e do próprio sistema solar.

O asteróide Bennu é o mais perigoso do Sistema Solar. Já não devemos cá estar para o presenciar, mas sempre podemos marcar no calendário: o dia 24 de Setembro de 2182 será o dia em que o asteróide Bennu terá maior probabilidade de colidir com a Terra nos próximos 300 anos.

A probabilidade de colisão é de apenas 0.057% – ou de uma em 11 750. A 24 de Setembro de 2182, o Bennu vai ter uma probabilidade de 0.037% de chocar com a Terra, ou seja, uma em cada 2700. Cálculos anteriores apontavam para uma probabilidade de um em 2700 até ao ano 2200.

A NASA transmitiu em directo a aterragem e o momento mais emocionante ocorreu quando foi accionado um para-quedas que permitiu reduzir a velocidade da cápsula e evitar o seu despenhamento no deserto.

“Bem-vinda a casa”, afirmou Noelia González, da equipa de comunicação da NASA, no momento da chegada.

A viagem começou em 2016, quando a sonda “Osiris-Rex” partiu do centro da NASA em Cabo Canaveral, Florida. Chegou a Bennu em 2018 e depois de voar ao redor do asteróide durante dois anos em busca do melhor local para a recolha de amostras, a nave aproximou-se da superfície para extrair poeira e pedaços de rochas.

Quando a NASA enviou uma nave para recolher amostras da superfície do asteróide Bennu, em 2020, causou uma explosão e abriu uma cratera de 8 metros de largura ao aterrar.

Um cientista da NASA observou que “as partículas que compõem o exterior do Bennu são tão soltas, que agem mais como um fluido do que como um sólido”.

“Esperávamos que a superfície fosse bastante rígida”, contou Dante Lauretta, investigador principal do OSIRIS-REx, ao Space.com.

“Vimos uma parede gigante de detritos a voar para longe do local da amostra. Para os operadores de naves espaciais, foi realmente assustador“, acrescentou Lauretta.

A NASA descreve o asteróide como sendo semelhante às piscinas de bolas em que as crianças brincam — coloca-se qualquer tensão nas rochas e pedaços de pó na superfície de Bennu, e elas deslizam facilmente umas para as outras.

ZAP // Lusa
24 Setembro, 2023



Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator



published in: 6 dias ago

Loading

575: Um lugar misterioso no Pacífico é o berçário de milhares de polvos. Já sabemos porquê

 

🇺🇸 EUA // 🐙POLVOS // NIDIFICAÇÃO

A pesquisa descobriu que o calor emitido por um vulcão atrai os polvos para o Monte Davidson, ao largo da costa da Califórnia.

Monterey Bay Aquarium Research Institute

Nas profundezas do Monte Davidson, ao largo da costa da Califórnia, encontra-se um viveiro de polvos extraordinário, o mais extraordinário do seu tipo alguma vez descoberto.

Lá, milhares de polvos (Muusoctopus robustus) reúnem-se para acasalar e cuidar dos seus ovos num local carinhosamente apelidado de Jardim dos Polvos.

Descoberto em 2018, este viveiro único despertou o interesse dos cientistas marinhos. Um novo estudo publicado na Science Advances liderado por James Barry do Instituto de Investigação do Aquário da Baía de Monterey (MBARI) descobriu o que é que atrai os animais para este local.

A equipa de pesquisa realizou 14 mergulhos ao longo de três anos, contando até 20 000 polvos em todo o local. Os autores descobriram que a chave para a obsessão dos polvos está no calor que se sente através do fundo do mar a partir do vulcão abaixo.

A temperatura média do abismo do Monte Davidson, uns frios 1,6 graus Celsius (35 Fahrenheit), normalmente atrasa o metabolismo dos polvos, que são animais de sangue frio.

O calor proveniente do fundo do mar aquece a água até cerca de 11 graus Celsius (51 Fahrenheit) nas fendas onde os polvos escolhem nidificar.

Este calor inesperado acelera o desenvolvimento dos ovos e o metabolismo das mães, reduzindo o período típico de incubação de cinco a oito anos para cerca de 21 meses.

O calor emanado do vulcão não só aumenta a probabilidade de sobrevivência dos polvos como também proporciona uma visão da adaptabilidade notável do mar profundo, explica o Science Alert.

“Estas descobertas podem ajudar-nos a entender e proteger outros habitats únicos do mar profundo contra impactos climáticos e outras ameaças,” afirmou Barry.

A uma profundidade de 3200 metros, o Jardim dos Polvos dá-nos pistas sobre o sistema hidrotérmico anteriormente desconhecido. O calor da actividade vulcânica subjacente cria um ambiente de cuidado perfeito para os polvos, encurtando o seu período de incubação, reduzindo a vulnerabilidade aos predadores e aumentando as suas probabilidades de sobrevivência.

“Ao nidificar nas nascentes hidrotermais, as mães polvo dão uma vantagem aos seus descendentes,” comentou Barry.

A descoberta do Jardim dos Polvos destaca-se como um testemunho da resiliência da natureza e das formas inovadoras que os organismos evoluem para prosperar nos ambientes mais desafiadores da Terra.

ZAP //
25 Agosto, 2023


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator



published in: 1 mês ago

Loading

484: Alta temperatura do oceano provoca desastre ambiental no sul da Florida

 

🇺🇸 EUA // 🌡️ ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS // FLORIDA

“A água morna não é boa para nenhum organismo marinho, sejam corais, peixes, lagostas. Corremos o risco de ver mortes em massa de peixes, tartarugas marinhas” e outras espécies, dizem cientistas

Corais no mar de Florida Key
© Joseph Prezioso / AFP

O sul da Florida (EUA) enfrenta uma catástrofe. Ao longo da extensa costa de recifes do arquipélago Florida Keys, dezenas de cientistas trabalham contra o tempo para resgatar os corais dos recifes, que correm o risco de morrer devido ao grande aumento da temperatura do oceano.

Funcionários de organizações locais navegaram diariamente, nas últimas duas semanas, até aos viveiros que instalaram no mar, a fim de recolher amostras de cada espécie de coral antes que seja tarde demais.

O objectivo é mantê-los a salvo em diversos laboratórios da região, onde serão conservados em tanques com água salgada na temperatura ideal para eles.

Esses seres vivos sobrevivem entre temperaturas de 21 a 28,8 ºC, explicou o coordenador de tecnologia da ONG Coral Restoration Fundation, Alex Neufeld.

Mas se o mar está quente demais, os corais expulsam as zooxantelas – algas que vivem nos seus tecidos e fonte de alimentação, energia e coloração. Os corais ficam brancos quando isso acontece, um sinal de que correm risco de vida caso a condição do ambiente não mude.

As temperaturas da água no estreito da Florida ultrapassaram os 32 ºC na última semana. A baía Manatee bateu o seu recorde na segunda-feira, ao atingir 38,38 ºC.

“A água morna não é boa para nenhum organismo marinho, sejam corais, peixes, lagostas”, diz Neufeld. “Portanto, corremos o risco de ver mortes em massa de peixes, tartarugas marinhas” e outras espécies.

A magnitude do branqueamento dos corais e o facto de ter ocorrido tão cedo, com grande parte do verão ainda por decorrer, são as maiores preocupações dos cientistas.

O recife da Florida, um dos maiores do mundo, estende-se por cerca de 580 quilómetros das Ilhas Dry Tortugas – 110 quilómetros a oeste de Keys – até St. Lucie Inlet, a quase 200 quilómetros a norte de Miami.

E o seu papel no meio ambiente é fundamental. Além de ser o habitat de diversos animais marinhos, constitui uma das principais barreiras de protecção contra furacões e ressacas.

Impacto económico

Brian Branigan, um capitão de 65 anos e dono de uma empresa de aluguer de barcos em Big Pine Key, uma região do arquipélago, é uma testemunha da degradação diária dessa barreira de recifes.

“O que aconteceu nas últimas duas semanas é terrível, chocante. Apetecia-me chorar enquanto estava na água, a mergulhar”, diz ele, enquanto pilota uma lancha até ao recife Looe Key, a cerca de 10 km da costa.

Ali, a poucos metros da superfície do mar, nadam barracudas, peixes-papagaio e peixes-cirurgião no local do desastre. Ao lado, os normalmente coloridos corais do recife são agora uma enorme mancha branca.

Negócios como o dele, que levam turistas para pescar ou mergulhar, dependem muito da sobrevivência dos recifes de corais. “Estamos preocupados com o impacto pessoal e financeiro. Tenho a certeza de que isso terá alguma consequência negativa, catastrófica mesmo”, lamenta Branigan.

De acordo com o Escritório Nacional de Gerenciamento Oceânico e Atmosférico dos EUA, os recifes de corais da Florida geram dois mil milhões de dólares em receita para a economia local e 70.400 empregos.

DN/AFP
29 Julho 2023 — 17:55


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator



published in: 2 meses ago

Loading

Night sky ‘bleeds’ over Arizona after SpaceX rocket punches a hole in the atmosphere. Here’s why.

 

SPACE X // NIGHT SKY

The recent launch of a SpaceX Falcon 9 rocket in California created a gap in Earth’s ionosphere, which resulted in a blood-red glow across the sky visible for hundreds of miles.

A red streak of light appeared in the sky above Arizona on July 19 after the launch of a SpaceX Falcon 9 rocket. (Image credit: Jeremy Perez)

A SpaceX rocket recently punched a hole in Earth’s upper atmosphere while venturing into space, leaving behind a blood-red streak of light in the sky similar to an aurora.

The Falcon 9 rocket, which was carrying 15 SpaceX Starlink satellites into orbit, lifted off from Vandenberg Space Force Base in California on July 19 at around 9 p.m. PDT, according to Live Science’s sister site Space.com. As the rocket rose into the upper atmosphere, its exhaust plume became illuminated by sunlight, which created a stunning spectacle seen across California and parts of Arizona. But what followed was even more awe-inspiring.

“After the rocket passed overhead, a red fluorescent glow expanded southward and crossed over with the Milky Way [in the sky],” Jeremy Perez, a photographer based in Flagstaff, Arizona, told Spaceweather.com. Perez captured several epic shots of the “fluorescent red glow” from his vantage point at the San Francisco Volcanic Fields, located north of Flagstaff. The light show lasted around 20 minutes, he added.

The unusual red light was the result of the rocket disrupting the ionosphere, the part of Earth’s atmosphere where gases are ionized, or lose electrons, and turn into plasma. The ionosphere stretches between roughly 50 and 400 miles (80 and 644 kilometers) above Earth’s surface, according to NASA. This is a previously known phenomenon, but the latest episode is one of the most vivid examples to date, Spaceweather.com reported.

The red streak began to emerge as the rocket’s exhaust fumes reflected sunlight back to Earth. (Image credit: Jeremy Perez)

“Ionospheric holes” are created when a rocket’s second stage burns fuel between 124 and 186 miles (200 and 300 km) above Earth’s surface, Jeffrey Baumgardner, a physicist at Boston University, told Spaceweather.com. At this height, the carbon dioxide and water vapor from the rocket’s exhaust cause ionized oxygen atoms to recombine, or form back into normal oxygen molecules, which excites the molecules and causes them to emit energy in the form of light, he added.

This is similar to how auroras form, except the dancing lights are caused by solar radiation heating up gases rather than recombining them. The holes pose no threat to people on the surface and naturally close up within a few hours as the recombined gases get re-ionized.

The rocket’s exhaust was illuminated by sunlight as the rocket exited the atmosphere. (Image credit: Jeremy Perez)

Scientists have known that rockets can trigger these sorts of effects since at least 2005, when a Titan rocket triggered “severe ionospheric perturbations” that were equivalent to a minor geomagnetic storm. But they are becoming more common.

In August 2017, a Falcon 9 rocket created a hole four times bigger than the state of California, the largest ever recorded. And in June 2022, another Falcon 9 punched a hole over the U.S. East Coast, sparking a display of red lights from New York to the Carolinas that many observers mistook for the northern lights, Spaceweather.com reported at the time.

As the number of rocket launches, particularly by private companies such as SpaceX, continues to increase in the coming years, it is likely that these ionospheric holes and their associated light shows will become much more common, according to Spaceweather.com.

Live Science
By
published 26.07.2023


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator



published in: 2 meses ago

Loading

476: Ex-agente denuncia programa secreto dos EUA para a captura de OVNIs ao longo de décadas

 

– Ainda gostava de saber qual é a paranóia destes gajos em esconderem assuntos relacionados com OVNIS…

🇺🇸 EUA // 👽OVNIS // SECRETISMO

David Grusch diz que sofreu represálias por denunciar publicamente os programas secretos dos Estados Unidos para a recolha de OVNIs.

US Navy
OVNI avistado pela Marinha dos EUA

Um ex-agente dos serviços de inteligência da Força Aérea dos Estados Unidos acusa o Governo do país de estar a esconder um programa com várias décadas de recolha de objectos voadores não-identificados (OVNIs).

A revelação foi feita por David Grusch na mais recente audição no Congresso sobre Fenómenos Áreos Não Identificados.

Grusch afirma que o chefe de um grupo de trabalho governamental sobre OVNIs lhe pediu em 2019 que identificasse todos os programas altamente confidenciais relacionados com a missão do grupo.

“Fui informado na duração dos meus deveres de um programa de multi-décadas de recolha de destroços de OVNIs e de engenharia reversa cujo acesso me foi recusado”, alega.

Questionado sobre se o Governo americano tem informações sobre vida extraterrestre, Grusch revela que é provável que Washington saiba de “actividades não-humanas” desde a década de 1930, explica a Associated Press.

O ex-agente diz ainda que sofreu retaliações “muito brutais” por causa das suas declarações públicas e afirma ter conhecimento de pessoas que foram “prejudicadas ou feridas” no âmbito dos esforços do Governo para encobrir o programa.

Sobre se sabia se alguém teria sido assassinado, Grusch diz que orientou “pessoas com esse conhecimento para as autoridades apropriadas”.

Nem todos ficaram convencidos com o testemunho de Grusch, já que o ex-agente parecia menos aberto nas declarações sob juramento do que em entrevistas que deu à imprensa.

Em entrevista ao NewsNation em Junho, Grusch afirmou que o Governo tinha uma nave alienígena “muito grande, do tamanho de um campo de futebol”, e disse ainda ao Le Parisien que os EUA tinham uma nave “semelhante a um sino” que o governo de Benito Mussolini recuperou no norte da Itália em 1933.

No entanto, Grusch hesitou em dar muitos detalhes sobre estas naves na audição no Congresso, alegando riscos de segurança.

O Pentágono já reagiu às declarações do ex-agente. Num comunicado, o Departamento de Defesa alega que os investigadores não descobriram “qualquer informação verificável para apoiar as alegações de que quaisquer programas sobre a posse ou engenharia reversa de materiais extraterrestres possam ter existido no passado ou existam actualmente”.

 Adriana Peixoto, ZAP //
27 Julho, 2023

Loading

407: Europa lança hoje telescópio que vai estudar lado oculto do Universo

 

CIÊNCIA // EUCLID // ESA

O telescópio Euclid pretende compreender o que está, efectivamente, a acelerar a expansão do Universo. Portugal faz parte de um consórcio que foi criado para o desenvolver, construir e explorar.

© Facebook da Agência Espacial Europeia

A Europa lança-se este sábado, a partir dos Estados Unidos, à “conquista” do lado oculto do Universo com o envio para o espaço do telescópio Euclid, numa missão com “cunho” português de cientistas, empresas e engenheiros.

A missão da Agência Espacial Europeia (ESA), com participação da congénere norte-americana NASA, tem lançamento marcado para as 16:11 (hora de Lisboa) da base da NASA de Cabo Canaveral.

O telescópio, que tem o nome do matemático Euclides e está equipado com dois instrumentos científicos, irá para o espaço acoplado a um foguetão Falcon 9, da empresa aeroespacial norte-americana SpaceX, do magnata Elon Musk.

Portugal, Estado-membro da ESA desde 2000, ocupa pela primeira vez um lugar de destaque numa missão espacial da ESA, ao fazer parte de um consórcio que foi criado para desenvolver, construir e explorar o telescópio.

De Portugal são oriundos cientistas, engenheiros e empresas que contribuem para a missão em diversos domínios, desde o controlo das operações de voo até ao fabrico de diversos componentes do telescópio espacial e ao planeamento das observações.

Tiago Loureiro, engenheiro aeroespacial que há 19 anos trabalha na ESA, vai co-dirigir as operações de voo a partir da Alemanha, onde funciona o Centro Europeu de Operações Espaciais da ESA.

Trata-se da primeira missão espacial concebida para tentar compreender o que está, efectivamente, a acelerar a expansão do Universo e que, segundo as teorias cosmológicas, se deve à energia escura, uma misteriosa força que se opõe à atracção gravitacional.

Juntas, a energia escura e a matéria escura (matéria invisível, que não emite nem absorve luz) compõem 95% do Universo que continua por desvendar.

Para ajudar a “fazer luz” sobre o Universo oculto, o telescópio Euclid vai, durante os seis anos que duram a sua missão, fazer cerca de 50 mil observações de galáxias, um trabalho que teve no seu planeamento o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.

O telescópio vai observar milhares de milhões de galáxias, sobre as quais a matéria e a energia escuras geram efeitos na sua estrutura, forma, distribuição, movimento e evolução, em mais de um terço do céu e “recuando” até 10 mil milhões de anos.

O Euclid será colocado a 1,5 milhões de quilómetros da Terra, num ponto estável, sem interferência da luz do planeta, da Lua e do Sol, onde chegará um mês depois do lançamento.

Espera-se a primeira divulgação de imagens em Novembro e os primeiros dados científicos em Dezembro de 2024.

Caso o lançamento deste sábado falhe há uma segunda oportunidade no domingo.

O lançamento do telescópio Euclid chegou a estar previsto para 2020 e posteriormente para 2022, da base da ESA, na Guiana Francesa, num foguetão russo Soyuz.

Contudo, em 2022, a ESA cortou relações com a Rússia quando o país invadiu a Ucrânia, em Fevereiro.

DN/Lusa
01 Julho 2023 — 11:01



Web-designer, Investigator, Astronomer
and Digital Content Creator


published in: 3 meses ago

Loading

370: Plano da Força Aérea dos EUA para travar a rotação da Terra erradicaria a espécie humana

 

🇺🇸 EUA // FORÇA AÉREA // 🌎 ROTAÇÃO DA TERRA

“Project Retro” previa accionar mil mísseis de motores Atlas para parar a rotação da Terra momentaneamente, de forma a “desviar” eventuais mísseis soviéticos.

Arek Socha / Pixabay

Uma peculiar (e fatal) estratégia de defesa dos Estados Unidos poderia ter sido posta em marcha em plena Guerra Fria, que viu nascer uma guerra nuclear entre os norte-americanos e a União Soviética.

Os EUA teriam, segundo um analista do think tank dos EUA, RAND Corporation, um louco plano para parar momentaneamente a rotação do planeta — o “Project Retro”

“O oficial que originou esta proposta imaginou que, se os nossos [dos EUA] radares do Sistema de Alerta Antecipado de Mísseis Balísticos (BMEWS) detectassem e relatassem nas enormes telas de visualização do NORAD um grande voo de mísseis vindos do Polo Norte da União Soviética — visando os nossos campos de mísseis em Dakota do Norte e do Sul, Wyoming, Montana e Missouri — a série de mísseis Atlas seria accionada, o mais próximo possível ao mesmo tempo, para parar a rotação da Terra momentaneamente”, escreveu Daniel Ellsberg, de acordo com o Daily Grail, no seu livro de 2017 que recorda o momento histórico.

Mas como é que os foguetes conseguiriam tal proeza? Não conseguiriam, e Ellsberg explica porquê.

“A ideia era “um gigantesco conjunto de mil foguetes Atlas serem presos firmemente à Terra numa posição horizontal”.

À medida que os mísseis se aproximavam, os foguetes disparariam, parando a rotação do planeta por tempo suficiente para os mísseis nucleares adversários passarem por cima dos seus alvos.

Os mísseis soviéticos, na sua navegação inercial, contornariam ou sobrevoariam os alvos pretendidos. A nossa força de retaliação em Terra estaria a salvo, para realizar — presumivelmente, quando as coisas se acalmassem e a Terra voltasse a girar normalmente — um ataque de retaliação contra as cidades e alvos militares fracos na União Soviética.”

No entanto, o estrategista fez os cálculos e percebeu que seriam necessários não mil, mas mil biliões destes foguetes. Além disso, o propulsante necessário seria de “cerca de 500 vezes a massa da atmosfera da Terra”.

O que aconteceria se o plano fosse levado a cabo pelos EUA?

O término momentâneo do movimento de rotação da Terra causado por este plano maléfico dos EUA constitui uma cadeia de acontecimentos totalmente diferente da que se desenrolaria se o planeta parasse subitamente de girar.

No primeiro cenário, nem era necessário a Terra parar de girar para nos erradicar. Ellsberg explica que “mesmo que os alvos sobrevivessem à guerra nuclear, toda a gente seria incinerada por todos os gases de exaustão que se espalhariam pelo planeta” após um eventual disparo destes motores.

No segundo cenário, de acordo com uma “experiência imaginária”, conduzida por James Zimbelman, geólogo do Museu Nacional Aeroespacial do Smithsonian nos Estados Unidos, a súbita cessação de rotação afectaria a nossa atmosfera, criando ventos incrivelmente fortes seguidos de tsunamis massivos.

A paragem repentina achataria a protuberância no Equador, fazendo com que os oceanos e mares migrassem para os pólos, uma região onde a gravidade é mais forte.

Como consequência, o nosso planeta teria dois super-oceanos – um no norte e outro no sul – e um continente gigante no meio. Os terráqueos teriam Sol seis meses durante o ano, sendo que os outros seis seriam passados na escuridão.

Tomás Guimarães, ZAP //
17 Junho, 2023


Web-designer, Investigator, Astronomer
and Digital Content Creator


published in: 4 meses ago

Loading

338: Viram algo “não humano”, com “três metros” e “olhos grandes”. Polícia de Las Vegas investiga OVNI

 

– Não acreditam… mas eles “andem” por aí…

🇺🇸 EUA // 🛸 OVNIS // AVISTAMENTO

O vídeo da câmara de um agente de polícia mostra um objecto com um brilho a verde no céu e uma família alega ter visto extraterrestres no seu jardim.

A polícia de Las Vegas divulgou áudios e imagens das câmaras nas fardas de agentes que responderam à chamada de uma família que alega que um OVNI aterrou no seu jardim.

A família chamou a polícia a 30 de Abril para reportar que algo tinha caído do céu no seu jardim e que tinham visto criaturas não humanas lá dentro.

Na chamada, um homem diz que ele, o seu pai e o seu irmão estavam no jardim a trabalhar numa carrinha quando sentiram um impacto.

“Vimos no canto de olho algo a cair do céu e tinha luzes e quando caiu houve um grande impacto e sentimos uma energia.

E depois ouvimos muitos passos perto de nós e vimos um grande, grande equipamento e vimos uma pessoa de 2,5 metros ao seu lado com olhos grandes e está a olhar para nós. Eles são muito grandes, têm 2,5 ou três metros“, pode ouvir-se na gravação da chamada.

“E não são humanos. 100%, não são humanos. Parecem aliens. Eu juro por Deus que isto não é uma piada, isto é verdade, estamos aterrorizados”, acrescenta.

Um dos membros da família relata ainda ter ouvido sons vindos do seu telhado e que as criaturas tinham um tom cinza-esverdeado e eram altas e magras.

O agente que recebeu a chamada disse que iria averiguar a situação porque um colega seu disse ter visto algo a brilhar no céu poucos minutos antes que correspondia com a descrição da família.

O vídeo da câmara na farda do colega mostra um objecto com uma luz verde a cair no céu e uma câmara nas imediações registou o som de um impacto.

“Eu não vos vou enganar. Um dos meus parceiros disse que viu algo a cair do céu também, por isso estou meio curioso. É estranho o facto de o nosso parceiro ter visto algo exactamente no mesmo momento”, responde.

Os agentes responderam à chamada e chegaram à casa cerca de 40 minutos depois, mas nessa altura, o OVNI já não estava no local. Apenas é visível uma marca circular onde o OVNI terá aterrado. A investigação foi fechada por falta de provas.

A família alega ainda ter visto homens com fatos num fato com matrículas do Governo a conduzir lentamente perto da sua casa nos dias seguintes ao incidente.

O governo dos Estados Unidos recebeu mais de 510 relatórios de avistamentos de OVNIs entre o final de 2004 e meados de 2022, de acordo com uma versão desclassificada de um relatório anual publicado a 12 de Janeiro.

O relatório disse que centenas de “fenómenos aéreos não identificados” foram relatados apenas desde 2021.

Um ex-agente norte-americano está também a acusar o Congresso de estar a esconder ilegalmente informações sobre alegados artefactos de origem não humana que estarão na posse do Governo.

Adriana Peixoto, ZAP //
9 Junho, 2023

 


Web-designer, Investigador
e Criador de Conteúdos Digitais


published in: 4 meses ago

Loading

327: Ex-agente revela que serviços secretos dos EUA recolheram “artefactos de origem não humana”

 

👽🛸OVNIS // 🇺🇸 EUA // SERVIÇOS SECRETOS

Um ex-agente de inteligência diz ter entregado ao Congresso dos Estados Unidos informações classificadas sobre programas altamente secretos que, segundo o denunciante, têm em sua posse artefactos intactos e parcialmente intactos de origem não humana.

20th Century Fox
“Independence Day”, (Roland Emmerich, 1996)

O Congresso dos EUA está a reter ilegalmente informação sobre artefactos de origem não humana recuperados por programas secretos de inteligência especializados na recuperação e análise de artefactos não humanos.

A denúncia é feita por David Charles Grusch, antigo agente da National Geospatial-Intelligence Agency (NGA) e do National Reconnaissance Office (NRO) dos Estados Unidos.

O denunciante, ex-oficial do Exército e condecorado veterano do Afeganistão, diz ter sido perseguido e ter sofrido retaliações ilegais pelas suas revelações, agora tornadas públicas pela primeira vez.

Segundo o DeBrief, outros agentes de inteligência de diferentes agências governamentais, quer activos quer retirados, têm conhecimento destes programas secretos, e forneceram ao Congresso informações semelhantes, que corroboram a denúncia de Grusch.

O ex-agente, que foi entre 2019 e 2022 oficial de ligação da NGA na task force Unidentified Aerial Phenomena (UAP), especifica que, “com base na análise da sua estrutura única e arranjos atómicos dos seus componentes, os objectos recolhidos são de origem extraterrestre ou desconhecida“.

Não estamos a falar de artefactos corriqueiros“, clarifica Grusch, referindo-se à informação que forneceu ao Congresso. “Estamos a falar de veículos intactos e parcialmente intactos.”

A task force UAP, foi criada pela Marinha dos EUA, sob coordenação do Gabinete do Subsecretário de Defesa para a Inteligência e Segurança dos Estados Unidos para investigar fenómenos aéreos não identificados.

Estes fenómenos, até recentemente conhecidos como “UFO” (objectos voadores não identificados, os famosos “OVNIs), são agora oficialmente designados como UAP — “fenómenos anómalos não identificados“, ou FANIs, em Português.

Segundo Grusch, estes objectos total ou parcialmente intactos estão a ser recuperados há décadas e mantidos em segredo pelo governo dos EUA, seus aliados e pela indústria da defesa, no que diz ser uma “Guerra Fria desconhecida do público destinada a proporcionar vantagens de defesa assimétricas”.

Para tornar públicas as suas denúncias, Grusch diz ter seguido os protocolos de  segurança, apresentando-as ao Gabinete de Revisão de Segurança do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

O seu depoimento foi “aprovado para divulgação” nos dias 4 e 6 de Abril, e enviado pelo ex-agente ao DeBrief.

Segundo o site especializado em assuntos de inteligência, há agora outros agentes e ex-agentes dispostos a correr o risco de vir a público com informação relacionada com estes programas de recuperação de artefactos de origem desconhecida.

Esse é o caso de Jonathan Grey, atualmente oficial do National Air and Space Intelligence Center (NASIC) e antigo membro de diversas task forces especiais do Departamento de Defesa , cujo trabalho envolve a análise dos referidos fenómenos anómalos não identificados.

“O fenómeno da inteligência não humana é real. Não estamos sozinhos“, diz Grey. “A recolha deste tipo de artefactos não está limitada aos Estados Unidos, é um fenómeno global — e a sua divulgação continua a ser-nos sonegada”.

Também Christopher Mellon, investigador do Projeto Galileo da Universidade de Harvard e antigo director do Comité de Inteligência do Senado norte-americano, considera que é tempo de as autoridades mundiais tornarem pública a informação que possam estar a reter sobre estas descobertas.

Os benefícios destas descobertas para a Humanidade ultrapassam o medo de descobrimos que não estamos sozinhos”, considerou recentemente Mellon num artigo de opinião no Politico.

Segundo o consultor de inteligência, a democracia requer transparência, e as descobertas feitas pelos programas secretos do governo pertencem ao povo norte-americano. “Somos capazes de lidar com a revelação”, diz.

Mellon salienta que, com o cada vez maior número de satélites comerciais em órbita, não é possível aos governos continuarem durante muito mais tempo a controlar a informação acerca destes fenómenos.

A revelação da existência destes fenómenos “é uma questão de tempo“, diz Christopher Mellon.

A reportagem do DeBrief surge numa altura em que a NASA organizou pela primeira vez uma sessão pública sobre os agora FANIs, onde se tornou claro que nem o Pentágono nem a NASA conseguem explicar cerca de 3% dos fenómenos anómalos detectados até hoje.

A acreditar nas denúncias de Grusch e na opinião de Mellon, brevemente ficaremos a saber que a famosa Area 51 afinal existe mesmo — e que algures numa base secreta subterrânea, há (pelo menos) uma nave espacial extraterrestre pronta a ser pilotada por um hacker talentoso para nos salvar de uma invasão.

Armando Batista, ZAP //
5 Junho, 2023


Web-designer, Investigador
e Criador de Conteúdos Digitais


published in: 4 meses ago

Loading

270: Há 50 anos, um louco plano americano ia fazer explodir a Lua

 

🇺🇸 EUA // 🌕 LUA // 💥 EXPLOSÃO

Em 1958, a pressa de vencer a corrida espacial levou os EUA a magicar o Project A119. O plano intitulado de “Um Estudo de Voos de Pesquisa Lunar, Vol 1” consistia, na verdade, em detonar uma bomba de hidrogénio na Lua.

Freepik

Alterando um pouco o curso da História, poderíamos hoje ter uma Lua ferida.

Corria a década de 1950 e a Rússia, para grande desgosto dos norte-americanos, liderava a corrida espacial, lugar que foi consolidado após o lançamento do Sputnik 1, primeiro satélite artificial do mundo.

Habitualmente atrás dos americanos no armamento, os russos conseguiram mudar esse cenário ao potenciarem cada vez mais o seu arsenal nuclear, e a Guerra Fria começava a fugir aos americanos.

Apesar do acompanhamento norte-americano em quase todas as inovações tecnológicas, a urgência de ficar à frente teve impactos particularmente negativos para os americanos, com fracassos como o lançamento do Vanguard, que seria a próxima lua artificial, não tivesse acabado em chamas no momento do lançamento.

Uma acção espectacular era, do ponto de vista norte-americano, necessária, uma vez que a tecnologia por trás do lançamento do Sputnik permitia que os soviéticos ‘bombardeassem nuclearmente’ o território americano.

Com as bombas de hidrogénio a emergirem como a mais recente e mais destrutiva arma nuclear, os cientistas dos EUA conspiraram, juntamente com a Força Aérea, um plano absolutamente louco para consolidar a posição dos EUA na frente da corrida — explodir a Lua.

Um plano “tecnicamente viável”

Todo o plano, denominado Project A119, seria uma proposta ultra-secreta para detonar uma bomba de hidrogénio na Lua. Após ser desclassificado em 2000, tornou-se público e está disponível online.

Na terceira de 190 páginas do documento intitulado “Um Estudo de Voos de Pesquisa Lunar, Vol 1”, que remete a 1958, vê-se o emblema do Centro de Armas Especiais da Força Aérea na Base Aérea de Kirtland, Novo México, que teve um papel fundamental no teste de armas nucleares.

O autor da proposta, segundo o documento: Leonard Reiffel, um dos maiores físicos nucleares dos EUA, que em 2000 — após a desclassificação do documento que comprova tudo — falou com o The Guardian sobre o bizarro plano, confirmando que este seria “tecnicamente viável” e que seria visto da Terra a olho nu.

“Era claro que o principal objectivo da detonação era um exercício de relações públicas e uma demonstração de vantagem. A Força Aérea queria uma nuvem de cogumelo tão grande que fosse vista a partir da Terra”, afirma.

O programa planeava que a bomba explodisse na “linha cinza” — a linha que separa o lado luminoso do escuro da Lua — de modo a que pudesse ser observada por todo o mundo, a olho nu.

“A explosão seria obviamente melhor se ocorresse no lado negro da Lua e a teoria era que a bomba explodisse na fronteira da Lua, a nuvem de cogumelo seria iluminada pelo sol.”, disse Reiffel, segundo o All That’s Interesting.

E se a Lua tivesse ‘levado’ com uma bomba?

Inicialmente, o impacto da bomba iria formar uma enorme cratera na Lua que hoje conhecemos.

Para além de certamente dividir opiniões éticas, alguns cientistas revelaram que o bombardeamento poderia revelar algo sobre a química lunar e a estrutura interna do satélite, que foi recentemente conhecida.

Além disso, a explosão iria redireccionar completamente a corrida e dar continuidade à luta nuclear.

Viesse a acontecer, os americanos destruiriam não só a Lua, mas também um dos momentos mais memoráveis da sua história — a caminhada de Neil Armstrong na superfície do satélite natural.

Não tivessem percebido que caminhar na Lua consolidaria a sua posição como número um do espaço, o Projecto A119 seria uma alternativa a tal caminhada.

Segundo a BBC, muitos detalhes do misterioso projecto estão ainda escondidos e muitos documentos valiosos foram destruídos.

ZAP //
19 Maio, 2023


Web-designer, Investigador
e Criador de Conteúdos Digitais


published in: 4 meses ago

Loading