624: Degelo na Antárctida pode atingir níveis irreversíveis, avisam peritos

 

🇦🇶 ANTÁRCTIDA // 🏔️🐧 DEGELO

É um problema e os especialistas de várias áreas estão fartos de avisar. Apesar de afirmarem que ainda não é irreversível, explicam que o degelo na Antárctida poderá vir a sê-lo em breve.

Um relatório publicado pelo Instituto de Potsdam para a Pesquisa sobre o Impacto das Alterações Climáticas, na Alemanha, há uns dias, concluiu que o degelo na Antárctida ainda não é irreversível, mas poderá sê-lo, em breve.

Conforme partilhado pela Euronews, com o mundo a atingir recordes de temperaturas, houve 2,7 milhões de quilómetros quadrados de gelo marinho perdido na Antárctida, em comparação com as estimativas dos peritos para esta época do ano.

É mais ou menos o mesmo que dez vezes a área do Reino Unido. É uma enorme anomalia negativa no gelo marinho, que nunca tínhamos visto a esta escala no período que monitorizámos nos últimos 45 anos.

Explicou Norman Ratcliffe, British Antarctic Survey.

Esta perda de gelo já está a ter impacto, afectando, nomeadamente, a reprodução das espécies locais, como o pinguim imperador.

A menos que queiramos assistir a muito mais destas coisas no futuro, temos mesmo de avançar com a descarbonização. Isso não vai resolver o problema, mas haverá uma adaptação que é absolutamente necessária.

Alertou, por sua vez, Martin Siegert, cientista polar.

O relatório concluiu que a situação ainda não é irreversível. Contudo, a Antárctida pode vir a colapsar, de forma lenta, mas com efeitos severos na subida do nível médio das águas.

Pplware
Autor: Ana Sofia Neto
16 Set 2023


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator



published in: 5 dias ago

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330: Oceano Árctico poderá ficar sem gelo no verão a partir de 2030

 

OCEANO ÁRCTICO // ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Nova previsão aponta para que o Árctico fique sem gelo dez anos antes do previsto anteriormente.

© Arquivo

O oceano Árctico poderá ficar sem gelo no verão a partir de 2030, dez anos antes do previsto anteriormente, segundo uma investigação publicada esta terça-feira que estudou todos os cenários de emissões de dióxido de carbono, incluindo as baixas.

A investigação, hoje publicada na revista da especialidade Nature Communications, foi conduzida por cientistas da Coreia do Sul, Alemanha e do Canadá, que utilizaram dados de observação do período 1979-2019 para fazer novas simulações.

O sexto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU, divulgado em Março, apontava que o Árctico estaria praticamente sem gelo no mês de Setembro perto de meados do século em cenários de emissões poluentes intermédias e altas.

Setembro é o mês em que o gelo no oceano costuma atingir o seu mínimo anual.

A ausência de gelo significa, segundo os cientistas, uma área inferior a um milhão de quilómetros quadrados, já que pode haver gelo residual ao longo da costa.

O oceano Árctico totaliza uma área de aproximadamente 14 milhões de quilómetros quadrados e está coberto de gelo durante a maior parte do ano, mas a sua extensão tem diminuído acentuadamente desde 2000.

O gelo desempenha um papel fulcral no verão ao reflectir os raios solares permitindo arrefecer o oceano.

De acordo com os autores do novo estudo, o desaparecimento do gelo irá acelerar o aquecimento do Árctico, levando ao aumento de fenómenos meteorológicos extremos em latitudes médias, como as canículas e os fogos florestais.

D.N.
DN/Lusa
06 Junho 2023 — 21:44


Web-designer, Investigador
e Criador de Conteúdos Digitais


published in: 4 meses ago

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