655: Histórica nave lunar da Índia poderá já ter morrido para sempre

 

🇮🇳 ÍNDIA // 🌕 LUA // 🚀MÓDULO LUNAR

A Índia fez história no mês passado como o primeiro país a aterrar perto do pólo sul da Lua. Contudo, algo poderá ter corrido mal, já que alguns dias depois de ter adormecido, a sonda deveria receber de novo a luz do Sol e activar os sistemas. O módulo lunar Chandrayaan-3 e o seu companheiro rover lunar continuam a dormir profundamente.

Sonda e rover da Índia podem ter “morrido” para sempre

As esperanças de que a sonda lunar indiana volte a despertar estão a esmorecer, depois de os cientistas indianos não terem conseguido comunicar com a nave espacial, que entrou em modo de paragem para sobreviver às condições geladas da noite lunar.

A missão indiana Chandrayaan-3 fez uma aterragem histórica no pólo sul da Lua em Agosto, após uma viagem de 40 dias, e o rover passou mais de uma semana a recolher dados da superfície lunar.

Em 2 de Setembro, o módulo de aterragem Vikram e o rover Pragyan foram colocados em “modo de suspensão” para hibernar e proteger os componentes eléctricos durante as condições brutais de uma noite lunar, que dura duas semanas e em que as temperaturas na Lua descem até aos -250 graus Celsius.

Os cientistas da Organização de Investigação Espacial Indiana (ISRO) afirmaram estar confiantes de que a nave espacial conseguiria sobreviver às condições extremas e que voltaria a acordar por volta de 22 de Setembro, altura em que seria novamente banhada pela luz solar e os painéis solares poderiam recarregar as baterias.

No entanto, os cientistas da ISRO não conseguiram estabelecer contacto com os robôs, desde então, e afirmaram que “as esperanças estão a diminuir” quanto ao seu reaparecimento.

De acordo com os cientistas, há cerca de 50% de hipóteses de os aparelhos resistirem às temperaturas negativas.

Os esforços para estabelecer comunicação com o módulo de aterragem Vikram e o rover Pragyaan vão continuar.

Afirmou a ISRO no Twitter/X, na sexta-feira, não fazendo qualquer anúncio oficial desde então.

A ISRO disse que continuaria a tentar estabelecer contacto com a nave espacial até 30 de Setembro, data prevista para o próximo pôr do sol lunar.

Antes de colocar o módulo de aterragem e o rover em modo de espera, os cientistas da ISRO fizeram questão de sublinhar que a missão Chandrayaan-3 já tinha sido um grande sucesso e atingido os seus principais objectivos.

Se Vikram e Pragyaan não acordarem, ficarão na Lua como embaixadores lunares da Índia.

Afirmaram.

A missão Chandrayaan-3 fez da Índia o primeiro país a alcançar a região polar sul lunar e apenas o quarto país a aterrar na Lua, afirmando a sua posição como líder mundial na exploração espacial.

A aterragem foi assistida por milhões de pessoas e a missão foi uma enorme fonte de orgulho nacional, com o primeiro-ministro Modi a saudá-la como “um grito de vitória de uma nova Índia”.

Durante a sua semana de exploração da superfície lunar, o rover Pragyaan foi incumbido do que a ISRO descreveu como “a procura dos segredos lunares”.

Percorreu uma distância de 100 m, transmitindo imagens e dados para a Terra, e confirmou a presença de enxofre, ferro, oxigénio e outros elementos na Lua.

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Autor: Vítor M
27 Set 2023



Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator



published in: 4 dias ago

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643: A sonda indiana que foi à Lua deixou de dar sinais de vida

 

🇮🇳 ÍNDIA // ⚗️ CIÊNCIA // 🌕 LUA // SONDAS

A sonda indiana Chandrayaan-3 que pousou na lua há cerca de um mês não dá sinais de vida, há duas semanas, desde que “hibernou”, para sobreviver ao frio da noite lunar. Os cientistas estão a começar a ficar alarmados.

ISRO
Sonda indiana Chandrayaan-3 na Lua

A Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO) está, em desespero, à espera de sinais da missão Chandrayaan-3, depois de o módulo de aterragem Vikram e o rover Pragyan terem hibernado.

A 23 de Agosto, a Índia fez história, ao ser o primeiro país a colocar uma sonda no pólo sul da lua.

Nesse dia, o Vikram conseguiu alunar com sucesso, libertando depois, para o solo, o rover Pragyan.

Depois de terem encontrado oxigénio e enxofre e detectado movimento na lua, os dispositivos entraram em modo de suspensão, para sobreviver ao frio extremo da noite lunar de cerca de duas semanas, que pode chegar aos -238°C.

Esta sexta-feira, através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter), a ISRO informou que estão a ser feitos esforços para estabelecer comunicação com o módulo de pouso Vikram e o rover Pragyan, mas, até agora, nenhum sinal foi recebido.

Apesar das condições adversas, a ISRO não perde a esperança: “Os esforços para estabelecer contacto vão continuar”, pode ler-se.

Missão já tinha sido concluída

A missão já tinha sido oficialmente concluída, antes da sonda entrar em modo de suspensão, e os cientistas já sabiam que tal cenário podia acontecer.

Como tal, a globalidade dos dados recolhidos foi transmitida à base, previamente.

Os painéis solares do módulo de aterragem foram estrategicamente orientados para apanhar o próximo nascer do sol, com o objectivo de iniciar e retomar a transmissão, caso a sonda sobrevivesse à ‘gelada noite lunar’.

No entanto, os engenheiros sempre estiveram cientes dos desafios que iam encontrar.

“Este período prolongado de frio pode ter causado problemas com o equipamento, e pode levar mais tempo para aquecer do que o previamente planeado, em especial se o rover estiver à sombra de um rochedo”, disse Sarah Casewell da Universidade de Leicester, no Reino Unido, citada pela New Scientist.

Mas ISRO quer mais

Embora a missão tenha sido inicialmente concebida para operar apenas durante 14 dias, despertar os dispositivos, para levar a cabo mais explorações seria um grande feito.

Os engenheiros da ISRO estão optimistas e acreditam que, quando o sol nascer outra vez, o rover e o módulo de aterragem consigam retomar as actividades científicas.

No entanto, também reconhecem que as condições são extremamente desafiantes, para certos componentes de hardware.

O que quer que venha a acontecer, os indianos já venceram.

 Miguel Esteves, ZAP //
22 Setembro, 2023


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
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586: Índia encontra oxigénio na Lua

 

CIÊNCIA // 🇮🇳 ÍNDIA // 🌕LUA

No passado dia 23 de Agosto, a missão espacial da Índia, Chandrayaan-3, concluiu com sucesso o pouso no Polo Sul da Lua. Não tardou para que os resultados aparecessem. A sonda encontrou oxigénio, cálcio, enxofre e outras substâncias no nosso satélite natural.

Índia torna-se no primeiro país a alunar no seu Polo Sul da Lua

Estes componentes não são desconhecidos das muitas missões que anteriormente orbitaram e alunaram no satélite. Contudo, agora foi a vez do veículo lunar indiano detectar a presença de oxigénio.

Com isso iniciou a procura de hidrogénio no âmbito da missão Chandrayaan-3, segundo a agência espacial do país.

Conforme correu mundo, a Índia tornou-se o quarto país a conseguir uma aterragem suave na Lua e o primeiro a atingir o seu Polo Sul, depois de ter aterrado na semana passada.

A missão visa descobrir quais os minerais presentes na superfície lunar, para além de procurar água.

De acordo com a Organização Espacial e de Investigação Indiana (ISRO), a tecnologia a bordo do rover efectuou as primeiras medições in situ sobre a composição elementar da superfície lunar perto do Polo Sul.

Para além de confirmar a presença de enxofre na região – algo que não era possível com os instrumentos a bordo das sondas – o instrumento de espectroscopia de ruptura induzida por laser (LIBS) detectou oxigénio e uma série de outros minerais.

A LIBS é uma técnica científica que analisa a composição dos materiais expondo-os a impulsos laser intensos. Um pulso de laser de alta energia é focado na superfície de um material, como uma rocha ou um solo.

O impulso de laser gera um plasma extremamente quente e localizado. A luz do plasma recolhida é resolvida espectralmente e detectada por detectores como os dispositivos de carga acoplada. Uma vez que cada elemento emite um conjunto característico de comprimentos de onda de luz quando se encontra num estado de plasma, a composição elementar do material é determinada.”

Explicou a agência num comunicado.

O solo lunar é muito rico

As análises iniciais revelaram também a presença de alumínio (Al), cálcio (Ca), ferro (Fe), crómio (Cr), titânio (Ti), manganés (Mn) e silício (Si).

O rover de 26 kg, chamado Pragyan (“Sabedoria” em sânscrito), percorrerá a superfície lunar a uma velocidade de cerca de 1 cm por segundo, enquanto envia dados para o módulo de aterragem, que serão depois transmitidos para o Chandrayaan-2 em órbita.

Ao atingir o território lunar desconhecido do Polo Sul da Lua, a Índia conseguiu um feito que nenhum outro país conseguiu igualar.

O módulo de aterragem russo Luna-25 tentou aterrar poucos dias antes, mas uma manobra orbital falhada resultou num acidente que pôs fim à missão.

Depois de ter revelado o seu objectivo de lançar uma missão tripulada de três dias na órbita da Terra, a ISRO também elaborou planos para trabalhar com os EUA naquela que seria a primeira missão da Índia à Estação Espacial Internacional no próximo ano.

Alimentar a descoberta

A procura de água congelada pelo rover poderá conduzir a uma fonte de água potável para os futuros astronautas e poderá mesmo desempenhar um papel fundamental, na prática da Utilização de Recursos In Situ (ISRU) – a utilização de materiais locais para apoiar a exploração humana.

A ISRU há muito que é considerada como uma forma possível de reduzir a dimensão da carga útil que tem de ser lançada da Terra para explorar um corpo planetário.

De acordo com o Universe Today, custa cerca de 10 mil euros colocar apenas 1 kg no espaço. Ao aproveitar a ISRU, estes custos poderiam ser significativamente reduzidos.

A Iniciativa de Inovação da Superfície Lunar (LSII) da NASA foi lançada para desenvolver capacidades transformadoras para a exploração da superfície lunar.

Ao centrar-se na utilização de recursos espaciais para a exploração do espaço profundo, a agência prevê a criação de uma “economia espacial vibrante” com utilidades e produtos de apoio.

Isto inclui o mapeamento da superfície da Lua à escala do metro para exploração mineira comercial.

O regolito criado durante o processo de extracção poderia ser utilizado como matéria-prima derivada in situ para projectos de construção, enquanto os elementos e materiais têm potencial para serem aproveitados para a produção e armazenamento de energia de vários megawatts.

A água encontrada na Lua também pode ser utilizada para cultivar alimentos, produzir oxigénio ou uma série de outros processos industriais. Ao processar o gelo de água detectado nos pólos, foi também sugerida a produção de propulsores para foguetões. Isto implicaria a electrólise da água no local para produzir hidrogénio e oxigénio antes de ser colocada em armazenamento criogénico como líquidos.

Pplware
Autor: Vítor M

– Seria positivo informar nas imagens acima, que são montagens fotográficas.


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567: Sonda indiana envia para a Terra primeira imagem de solo lunar após alunagem

 

🇮🇳 ÍNDIA // 🌕 LUA // SONDA CHANDRAYAAN-3

A imagem captada por um dos instrumentos do engenho, logo após ter alunado, mostra uma zona relativamente plana.

© IRSO/Twitter

A sonda indiana Chandrayaan-3, que hoje pousou com sucesso na região do pólo sul da Lua, num feito inédito para a exploração espacial, enviou para a Terra a sua primeira imagem do solo lunar.

A imagem captada por um dos instrumentos do engenho, logo após ter alunado, mostra uma zona relativamente plana.

A Organização Indiana para a Investigação Espacial divulgou na rede social X (ex-Twitter) também imagens do solo lunar durante a fase final de descida do aparelho.

O engenho, lançado para o espaço em Julho, está equipado com um veículo robótico que, em breve, se separará do aparelho principal e irá explorar o local de alunagem e realizar uma série de experiências científicas.

A alunagem bem-sucedida da Chandrayaan-3 às 13:33 (hora de Lisboa) fez da Índia o primeiro país a conseguir pousar um engenho espacial no pólo sul da Lua, região inexplorada e onde haverá grandes quantidades de água gelada.

Para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, hoje foi “um dia histórico” para o país.

A missão Chandrayaan-3 terá na superfície lunar a duração de 14 dias, de acordo com um comunicado da Agência Espacial Europeia (ESA), que acompanha a missão através das suas estações de transmissão de dados telemétricos e científicos.

A alunagem da Chandrayaan-3 ocorreu poucos dias depois de a Rússia, que já felicitou a Índia pelo feito de hoje, ter falhado a alunagem da sonda Luna-25 na mesma região da Lua.

É no pólo sul da Lua que os Estados Unidos querem colocar em Dezembro de 2025 a primeira astronauta mulher e o primeiro astronauta negro, ao abrigo do novo programa lunar Artemis.

Apenas os Estados Unidos tiveram astronautas na superfície da Lua, entre 1969 e 1972, todos homens, no âmbito do programa Apollo.

Estados Unidos, Rússia (ex-União Soviética) e China já tinham enviado engenhos espaciais para a Lua, mas para outras zonas da sua superfície.

DN/Lusa
23 Agosto 2023 — 20:39


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442: A Índia vai tentar aterrar na Lua esta sexta-feira. Pode acompanhar a viagem em directo

 

🇮🇳 ÍNDIA // 🌕LUA // DIRECTO

Está a chegar a hora. Depois do falhanço do Chandrayaan-2 em 2019, a Índia não baixou a cabeça e aponta aos céus uma segunda vez.

ISRO / Twitter
Chandrayaan 3

Esta sexta-feira, pelas 10h05 de Portugal Continental, o Chandrayaan-3 da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), agência espacial indiana, vai tentar ser o primeiro rover indiano a aterrar na Lua, após ser lançado por um foguete LVM3 a partir do Centro Espacial Satish Dawan, no sul da Índia.

A última tentativa semelhante da Índia, com o Chandrayaan-2, deixou um desgosto nos corações dos cidadãos indianos, tendo a aeronave colidido na fase final.

O novo Chandrayaan-3 — que significa “veículo lunar”, em português — foi construído com um humilde orçamento de cerca de 67 milhões de euros.

Caso seja bem sucedida, a Índia será o quarto país no Mundo a conseguir aterrar na Lua, a seguir aos EUA, à antiga União Soviética e à China.

Este ano, dois países já falharam as respectivas aterragens no satélite natural — o Japão, cuja aeronave ficou sem combustível, e Israel, que não conseguiu aterrar após, segundo a Al Jazeera, se despenhar contra a superfície lunar.

A viagem pode ser acompanhada em directo a partir do Youtube ou do Facebook.

ZAP //
13 Julho, 2023



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