O dia hoje começou às 08:00 horas com a Vera a acordar com 35 de glicémia, bastante agressiva e completamente descontrolada. Depois de passada a crise, a Vera ficou em casa para me ajudar a desmantelar o quarto porque sozinho já não o conseguiria fazer e o esforço foram enormes porque já não tenho forças para trabalhos desta natureza.
Tinha telefonado na sexta-feira a uma Loja Solidária (Betel) para marcar a recolha da mobília de quarto, ficou agendado para as 11:00 horas de hoje, mas dado que a médica e enfermeira vinham de manhã, telefonei para eles a pedir para virem um pouco mais tarde dado que a Tina tinha de ser tratada e observada na cama.
Parecendo que eram eles que estavam a fazer um enorme favor dada a fraca humildade e enorme arrogância demonstrada no trato, informaram-me que tinham atrasado uma entrega de manhã, de tarde tinham uma mudança para fazer e já não poderiam vir cá hoje recolher a mobília (doada).
Como não sou de tretas e já constatei que ser bonzinho não ajuda absolutamente nada, telefonei para a Câmara Municipal de Lisboa, pedi o levantamento dos objectos, disseram-me para os colocar na rua depois das 20:00 horas mas como aqui os passeios são parques de estacionamento privativos dos lordes cá do sítio, o espaço é sempre zero. Assim, eu e a Vera começámos a carregar com a tralha para a rua dado que existia um “buraco” disponível à nossa porta e passada nem uma hora, já lá não estava nada!
Estamos completamente derreados mas ainda falta vir a cama e o colchão para acabarmos a nova arrumação do quarto. Entretanto, a Vera pediu à médica uma semana de apoio à família (sem vencimento) e fomos informados que a Tina terá de ser operada à úlcera que tem na anca para que o osso não saia dado o estado de necrose em que a zona circundante já se encontra. Mais outro problema a juntar a tantos outros…
Entretanto a Tina está a não querer alimentar-se e a médica falou na eventual hipótese de lhe colocar uma sonda. Veremos o desenrolar dos próximos capítulos.
Mais tarde, quando tivermos a disposição final do quarto, colocarei aqui as imagens.
17:00 horas, chegou a cama da Tina mais o colchão viscoelástico, que já foi montada pelos técnicos da empresa e a funcionar (parte eléctrica do comando manual). Tem elevação do tronco e das pernas (duas secções).
Por cima do viscoelástico foi colocado o colchão pneumático com compressor, mesmo à medida e a Tina já se encontra a descansar mais confortável e adaptada às suas maleitas. Não sei se por obra do ruído do aspirador (limpezas), se eu e a Vera estarmos sempre a falar, a Tina está um pouco agitada.
Esta foi a cama e o colchão que a irmã Esmeralda negou dar ajuda através dos restantes irmãos da Tina e da sua filha Isabel que nem se dignou responder ao meu segundo e-mail a saber se tinha entregue o primeiro e-mail à mãe… E anda esta gente a invocar Deus (o delas), orações & companhia… Beatas de merda!
A primeira refeição da Tina na cama:
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