MNE sobre “observador” português na Ucrânia ocupada: “eleições” são “ilegítimas e ilegais”

 

– Não basta o MNE afirmar que na Ucrânia ocupada: “eleições” são “ilegítimas e ilegais”! E é bom lembrar os mais “distraídos”, que esse pró-russonazi PZP,  “enquanto ainda se encontrava em território ucraniano, ter designado o local onde estava como “daqui da União Soviética”.” E mais: “Numa entrevista em inglês publicada no sábado no site DNR news – que numa outra publicação usa a expressão “ucronazis” para designar os ucranianos -, o deputado municipal, apresentado como “perito internacional” (o título da entrevista é “Peritos internacionais confirmam que as eleições no Donbass estão a decorrer de acordo com a lei internacional”) garante – após ouvir o “perito” ao seu lado (não identificado) certificar que o processo tinha decorrido “de acordo com a lei internacional”, e que estavam ali para verificar se o sentimento era de “opressão ou de libertação” – que tinha visto “o sentimento de liberdade, que é muito importante em eleições”, e que havia “uma atmosfera muito livre”.

🇷🇺  RUSSONAZIS // 🇷🇺 MOSCÓVIA  // 🇷🇺 ELEIÇÕES ILEGAIS NA UCRÂNIA

Confrontado com a presença de um deputado municipal do PCP, qualificado nos media russos como “observador” do “processo eleitoral”, nos territórios ucranianos ocupados, o ministério dos Negócios Estrangeiros recusa qualquer comentário, reiterando a posição de Portugal sobre a ilegalidade da ocupação e das “eleições”.

Manuel Pires da Rocha está ao centro, na parte de trás da foto, com a mão no ombro da mulher que aparece ao seu lado esquerdo

“Representante de Portugal”; “perito internacional”, “observador do processo eleitoral”. Foi designado por essas três qualificações que Manuel Pires da Rocha, deputado municipal do PCP em Coimbra e desde pelo menos 2009 cabeça de lista da CDU/PCP às legislativas por aquela cidade, surgiu este fim de semana em publicações de propaganda russa sobre o “processo eleitoral” que entre sexta-feira e domingo teve lugar nos territórios ucranianos ocupados pela Rússia.

Tendo a imagem, discurso e nacionalidade deste representante português eleito sido usados nessas publicações para credibilizar uma votação condenada como ilegal e sem qualquer valor pela ONU e União Europeia, o DN confrontou o ministério dos Negócios Estrangeiros com esse facto.

Que comentário merece ao MNE a participação de um representante português eleito na credibilização daquilo que a UE e portanto o Estado português qualificam como um ato ilegal e “mais uma manifesta violação da lei internacional, incluindo da Carta das Nações Unidas, da independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia”, perguntou o jornal, que também quis saber se o ministério chefiado por João Gomes Cravinho queria reagir ao facto de Rocha, em entrevista à Rádio Observador enquanto ainda se encontrava em território ucraniano, ter designado o local onde estava como “daqui da União Soviética”.

A resposta enviada ao DN evita referir Pires da Rocha, limitando-se a uma demarcação total das afirmações do deputado municipal: “Portugal reafirma as posições inequívocas que tem vindo a tomar, seja com os seus parceiros europeus, a nível UE, seja no seio de organizações internacionais como a ONU e a NATO, sublinhando que o referido ato é ilegítimo e ilegal. Portugal reconhece as fronteiras da Ucrânia estabelecidas em 1991, que o Memorando de Budapeste de 1994 reiterou, e apoia a soberania ucraniana sobre todos os territórios ilegalmente ocupados pela Federação Russa.”

Recorde-se que a presença de Pires da Rocha no Donbass como “perito observador” foi detectada a partir de uma publicação surgida sexta-feira da semana passada na rede social antes denominada Twitter, na qual se anunciava a presença de “representantes” de vários países, incluindo Portugal, para “monitorizar” o processo eleitoral no Donbass. Numa das fotos que acompanham o anúncio está Rocha, que foi reconhecido.

Numa entrevista em inglês publicada no sábado no site DNR news – que numa outra publicação usa a expressão “ucronazis” para designar os ucranianos -, o deputado municipal, apresentado como “perito internacional” (o título da entrevista é “Peritos internacionais confirmam que as eleições no Donbass estão a decorrer de acordo com a lei internacional”) garante – após ouvir o “perito” ao seu lado (não identificado) certificar que o processo tinha decorrido “de acordo com a lei internacional”, e que estavam ali para verificar se o sentimento era de “opressão ou de libertação” – que tinha visto “o sentimento de liberdade, que é muito importante em eleições”, e que havia “uma atmosfera muito livre”.

Na mesma entrevista, Rocha refere-se ao secretário de Estado americano Antony Blinken e ao comunicado, tornado público a 7 de Setembro, do departamento de Estado dos EUA, no qual se adverte que “quaisquer indivíduos que apoiem as falsas eleições russas na Ucrânia, incluindo apresentando-se como ‘observadores internacionais’, podem ser sujeitos a sanções e restrições de vistos”.

“Mesmo se o Sr Blinken diz que somos agentes, não somos agentes, somos cidadãos. E não abdicamos de ser cidadãos. O nosso olhar é importante para haver contraditório no que se ouve no mundo”, disse o eleito do PCP.

Já no domingo, e após notícias nos media portugueses sobre a sua presença no Donbass, deu, ainda em território ucraniano, uma entrevista à Rádio Observador na qual informou que como ex-estudante na União Soviética (estudou ali violino) mantém “relação com a embaixada” (sem referir que se trata da embaixada da Federação russa), e que por vezes recebe “convites” como aquele que o levara ali, sublinhando não perceber de “questões técnicas” e que fora pela “questão humana”. A dada altura, refere-se ao local onde está como “daqui da União Soviética”.

Logo no domingo o PCP, numa curta nota escrita para os media portugueses, demarcava-se do seu representante eleito: “A presença de Pires da Rocha no Donbass é totalmente alheia a qualquer decisão do PCP e as suas declarações só responsabilizam o próprio”, e esta quinta-feira o próprio publica uma longa carta na Visão insurgindo-se contra aquilo que designa de “alvejamento”, “perseguição”, “mistificação vergonhosa”

Trata-se, diz, de uma “campanha mediática (mais uma), de surpreendente dimensão, procurando envolver meu Partido (o PCP) num ato que resulta da minha vontade em conhecer uma realidade que, em Portugal, quase toda a gente desconhece (…).

A utilização de um militante do PCP (e fosse ele de qualquer outro partido!) no processo de divulgação em massa de uma mistificação vergonhosa, constitui uma agressão de refinada violência, que importa denunciar.”

O que se passou, prossegue Rocha, foi que “há cerca de três semanas a Câmara Cívica da Rússia [instituição congénere do Conselho Económico e Social português, e que como o governo do país atribui a responsabilidade da invasão à Ucrânia] convidou-me, a título individual, para a observação das eleições regionais e locais que ali tiveram lugar no passado fim de semana e eu, por razões da profunda relação afetiva que conservo com os povos da ex-URSS, aceitei.

” Esteve, esclarece, no Donbass, onde pôde “falar com numerosas pessoas nos territórios da auto-proclamada República Popular de Donetsk, em situação de guerra desde 2014 (após a vitória do golpe de Estado da Maidan).”

Por “golpe de Estado da Maidan” – designação que se encontra na página do PCP sobre “a situação na Ucrânia” – Rocha refere a queda do governo do presidente Viktor Yanukovytch na sequência de manifestações que se prolongaram por dois anos (2013 e 2014) em reacção à suspensão da assinatura do acordo de associação do país com a UE.

Na mesma página, o PCP menciona os “referendos” de 2014 na Crimeia (sob invasão e ocupação russas) e nas repúblicas auto-proclamadas de Donetsk e Lugansk (igualmente com presença, confirmada pelas instituições internacionais, de tropas russas) sem qualquer menção ao facto de serem reputados de ilegais.

Sobre o que foi organizado na Crimeia, lê-se: “Por esmagadora maioria é aprovada a reunificação da Crimeia e Sebastopol com a Rússia.”

Não há menção na página do PCP aos “referendos” organizados em 2022 pela Rússia nos territórios ocupados durante a invasão que se iniciou a 24 de Fevereiro de 2022, com vista a legitimar a sua integração na Federação Russa, nem à “votação” deste fim de semana – a cronologia da página termina em Fevereiro de 2022 com “início da operação militar da Rússia na Ucrânia”.

Mas não existindo da parte do partido qualquer condenação conhecida destes actos, não é fácil perceber por que motivo Rocha se afirma “usado numa campanha contra o PCP”, cuja posição “relativamente à guerra”, assevera, “é clara e pública (ainda que desvirtuada por sucessivas campanhas de difamação)”.

Uma posição que o próprio Manuel Pires da Rocha deixou claríssima numa entrevista concedida em Junho de 2022 enquanto deputado municipal do PCP: “Os líderes europeus deviam ter-se reunido com o governo liderado por Putin de modo a encontrar uma solução para as reivindicações russas e resolver o conflito por via negocial.”

DN
Fernanda Câncio
15 Setembro 2023 — 00:29


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“Onda de envenenamentos” preocupa jornalistas independentes russos

 

– É esta a “democracia” russonazi que existe na Moscóvia. Os psicopatas pró-russonazis são iguais ao anão de saltos altos do kremlin.

🇷🇺 MOSCÓVIA // DITADURA // ☣️ENVENENAMENTOS // DISSIDENTES

Jornalistas russos independentes denunciaram à o ambiente de insegurança que sentem ao exercer a profissão.

Jornalistas russos independentes denunciaram esta terça-feira à Lusa o ambiente de insegurança que sentem ao exercer a profissão, temendo a “onda de envenenamentos” que se tem registado contra profissionais da imprensa e activistas da Rússia.

No Harriman Institute da Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, Galina Timchenko – co-fundadora, CEO e editora da Meduza, o maior meio de comunicação independente russo publicado em russo e inglês – e Ivan Kolpakov – editor chefe da Meduza – falaram dos desafios que enfrentam para transmitir notícias dentro da Rússia, apesar da forte propaganda do Kremlin.

Em resposta a uma questão da agência Lusa sobre os perigos de exercer jornalismo independente na Rússia, Ivan Kolpakov assegurou que esses perigos não estão limitados às fronteiras terrestres do país, multiplicando-se os casos de jornalistas russos atacados no estrangeiro.

“Na Rússia é proibido ser jornalista independente. Vamos para a prisão se fizermos jornalismo independente, basicamente. Então, se alguém trabalhar para a Meduza, pode ser preso porque está trabalhar para uma organização que foi considerada ‘indesejável’.

Ou pode ir para a prisão porque é ‘traidor do Estado’, ou porque está a violar uma lei sobre ‘divulgação de informação sobre o exército russo'”, explicou.

“Mas ser jornalista russo não é seguro mesmo que você não esteja na Rússia. Talvez já tenham ouvido falar que a nossa repórter Elena Kostyuchenko foi envenenada na Alemanha no ano passado. Há uma onda de envenenamento de jornalistas e activistas russos neste momento na Europa.

Portanto, infelizmente, não é seguro ser jornalista russo em lugar nenhum”, afirmou o editor chefe da Medusa, que está agora sediada em Riga, capital da Letónia.

A jornalista dissidente russa Elena Kostyuchenko viajava de comboio para Berlim em Outubro passado, quando adoeceu abruptamente, num caso que levou as autoridades alemãs a investigar uma suspeita de tentativa de envenenamento.

A mulher de 35 anos — que deixou a Ucrânia depois de ter sido informada de que unidades chechenas em postos de controlo russos receberam ordens para matá-la — foi uma entre três jornalistas russos exilados que adoeceram com sintomas de envenenamento em capitais europeias durante o mesmo período, segundo o ‘site’ de investigação The Insider.

Além dos ataques físicos, jornalistas russos independentes têm sofrido outros tipos de pressões nos países em que estão exilados.

A autoridade de comunicação social da Letónia revogou em Dezembro passado a licença de transmissão do canal de televisão independente russo Dozhd, que operava no exílio desde que Moscovo invadiu a Ucrânia.

“Estes são apenas alguns exemplos de como é ser um jornalista russo nos dias de hoje. Você foge do seu Governo, vai para a Letónia, um país vizinho e que faz parte da União Europeia, e então acaba expulso.

É como se estivessem a lutar contra nós de ambos os lados. É perigoso ser jornalista russo? Eu acho que sim”, admitiu Ivan Kolpakov, um dos jornalistas russos que entrevistou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, logo após a invasão.

No evento em Nova Iorque, Galina Timchenko declarou que, após os episódios de envenenamento, foram adoptados protocolos rígidos para evitar que situações semelhantes voltassem a acontecer contra jornalistas, principalmente em viagens, limitando, por exemplo, o consumo de líquidos em hotéis.

“Já sabíamos do caso da Elena Kostyuchenko desde o ano passado, então mudamos todos os nossos protocolos. Primeiro, para a nossa equipa editorial, depois para os nossos ‘freelancers‘ e depois para todos nós”, explicou a fundadora da Meduza.

“Pudemos perceber o padrão de quase todas as intoxicações, apesar de algumas ainda não terem sido reveladas: ocorreram durante viagens. Então, impusemos regras muito rígidas para viagens, para o uso de líquidos e para a vida quotidiana.

Por exemplo, proibimos estritamente qualquer entrega de comida ou entrega ao domicílio ao nosso pessoal. É um pouco estranho, mas impusemos algumas regras para não usarem líquidos dentro dos hotéis e assim por diante. Mudamos seis ou sete protocolos”, disse Timchenko.

Questionada ainda pela Lusa sobre o tipo de conteúdo informativo a que os cidadãos russos têm acesso nas suas televisões diariamente, a jornalista explicou que, antes mesmo da invasão, foi criada uma atmosfera anti-Ucrânia.

“Antes do início da guerra, era muito difícil assistir ao noticiário. Não havia notícias sobre a Rússia. Nada. Todas as notícias eram sobre a Ucrânia, sobre o quão ruim era a sua situação económica, a situação na sociedade civil, má cultura e assim por diante. Todas as notícias, todos os dias, eram sobre a Ucrânia. Nada sobre notícias internas da Rússia”, disse.

“Actualmente, por um lado, tentam preencher todo o tempo de transmissão com programas de info-entretenimento ou entretenimento.

E, ao mesmo tempo, debatem agressivamente sobre como os ucranianos odeiam os russos. É só isso”, acrescentou Galina Timchenko, que afirmou que quando o Presidente russo, Vladimir Putin, chegou ao poder, a repressão e censura começaram a aumentar.

A Meduza consegue alcançar milhões de pessoas dentro da Rússia, apesar da redacção do projecto funcionar no exílio durante os últimos nove anos.

Em Abril de 2021, as autoridades russas designaram a Meduza como um “agente estrangeiro” numa tentativa de reduzir as suas receitas publicitárias e, semanas após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o Kremlin começou a bloquear completamente o ‘website’ da Meduza.

Já em Janeiro deste ano, Moscovo proibiu completamente a Meduza, declarando o meio de comunicação uma “organização indesejável” ilegal.

Face a essas circunstancias, a Meduza adaptou-se, mudando não só mudou a linguagem e o estilo associado à imprensa russa, mas conseguiu também inovar em diversas áreas — desde novos formatos, até publicidade, desde ‘podcasts‘ até manchetes animadas e de fácil acesso ao público.

Em 2022, a Meduza recebeu o Prémio Fritt Ord pelo seu “jornalismo corajoso, independente e baseado em factos”.

DN/Lusa
12 Setembro 2023 — 23:54


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165: Venezuela felicita Rússia por eleições nos territórios ucranianos

 

– “Nicolás Maduro: … Vladimir Putin na defesa dos altos interesses do povo russo, assim como o triunfo da democracia, da liberdade, da segurança e do desenvolvimento sócio-económico desse importante país

Topa-se o “triunfo” da democracia (nazismo), desenvolvimento sócio-económica (miséria)… 💩

🇻🇪 VENEZUELA // 🤮 NICOLÁS MADURO // PRÓ-RUSSONAZIS 🇷🇺☠️

A Venezuela felicitou hoje a Rússia pela vitória nas eleições regionais russas do último fim de semana, que incluíram os territórios anexados de Donetsk, Kherson, Lugansk, Zaporijia e na Península da Crimeia.

© Reuters

“O Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, em nome do povo venezuelano, felicita o povo e o Governo da Federação Russa pelo êxito das eleições realizadas entre 08 e 10 de Setembro de 2023″, explica o ministro de Relações Exteriores da Venezuela em um comunicado.

O documento, divulgado em Caracas, sublinha que para a Venezuela “a contundente vitória obtida pelo partido do Governo, Rússia Unida, confirma a indiscutível liderança da sua força política e do Presidente Vladimir Putin na defesa dos altos interesses do povo russo, assim como o triunfo da democracia, da liberdade, da segurança e do desenvolvimento socioeconómico desse importante país”.

“A República Bolivariana da Venezuela envia uma afectuosa saudação às autoridades locais eleitas, que, temos a certeza, assumirão com compromisso e sabedoria o mandato que lhes foi conferido pelo seu povo”, conclui.

A Comissão Central de Eleições (CCE) da Rússia afirmou hoje que o partido no poder ganhou a maioria dos votos nas eleições realizadas ao longo da semana passada nas regiões ucranianas ocupadas.

Os resultados provisórios foram divulgados numa altura em que as autoridades russas tentam reforçar o controlo sobre os territórios que Moscovo anexou ilegalmente há um ano e que ainda não controla totalmente.

A votação para as legislaturas instaladas pela Rússia começou na semana passada e, segundo a CCE, os deputados do partido no poder, Rússia Unida, ficaram em primeiro lugar nas quatro regiões ucranianas que Moscovo anexou ilegalmente em 2022 – Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporijia — e na Península da Crimeia, que o Kremlin anexou em 2014.

A votação nas zonas ocupadas da Ucrânia foi denunciada por Kiev e pelo Ocidente como uma farsa e uma violação do direito internacional.

Sexta-feira, as autoridades ucranianas pediram à comunidade internacional para não reconhecer os resultados da votação, consideradas “falsas” pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano.

As votações nas regiões ucranianas ilegalmente anexadas coincidiram com as eleições nacionais para as legislaturas locais e para os governadores em 16 regiões russas.

Notícias ao Minuto
11/09/23 22:17
por Lusa

 


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164: Lula da Silva está senil?

 

🇧🇷 BRASIL // LULA DA SILVA // 👴 SENILIDADE

Presidente do Brasil deixa ideias controversas, primeiro, sobre Putin, e depois sobre o sismo em Marrocos.

André Borges / EPA
Lula da Silva

Lula da Silva está a ser (ainda mais) alvo de atenções, desde o fim-de-semana passado.

No domingo foi publicada uma entrevista, na qual o presidente do Brasil assegurou que Vladimir Putin não será detido se entrar em território brasileiro.

“No Brasil gostamos de paz. De Carnaval, de futebol e de paz. E gostamos de tratar bem as pessoas. Eu acho que Putin pode ir para o Brasil tranquilamente”.

Questionado sobre o Estatuto de Roma de 1998 – o Brasil assinou esse documento e deveria deter Vladimir Putin por causa do mandado de captura internacional – Lula falou sobre respeito pelo seu país.

“O que posso dizer é que, se eu sou o presidente do Brasil e Putin for para o Brasil, não há motivos para ele ser preso. Ninguém vai desrespeitar o Brasil; tentar prendê-lo no Brasil é desrespeitar o Brasil. É para as pessoas levarem isso muito a sério”, respondeu o presidente.

Mas, como referiu Rolando Santos na CNN, Lula “esqueceu-se de que num regime democrático há separação de poderes“.

Foram palavras de um político que “quer ganhar relevância no plano internacional”, mas depois foi preciso “corrigir o tiro”.

No dia seguinte, segunda-feira, Lula da Silva corrigiu mesmo: “Se Putin decidir ir ao Brasil, quem toma a decisão de prendê-lo ou não é a Justiça; não o governo nem o Congresso Nacional”.

Na mesma correcção, o presidente do Brasil anunciou que vai rever a adesão do Brasil ao Estatuto de Roma e ao próprio Tribunal Penal Internacional (TPI).

No entanto, lembra Jamil Chade no portal UOL, a Constituição do Brasil refere no Artigo 5 do segundo capítulo: “O Brasil submete-se à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão”.

A submissão ao TPI está na Constituição. E a adesão do Brasil ocorreu no Congresso Nacional pouco antes da posse de Lula da Silva, em 2002.

Agora, o sismo

Lula também falou sobre o sismo em Marrocos e também deixou uma declaração controversa.

Lembrou as cheias no Rio Grande do Sul e comentou: “Um terremoto que também não tem muita explicação a não ser a mudança do clima, a não ser o que estamos a fazer com o planeta”.

Luís Ribeiro, jornalista da revista Visão, resumiu a sua perspectiva: “Agora compreendo a posição pró-Putin do presidente do Brasil: o homem está senil“.

Não é a primeira vez que a palavra “senil” é utilizada para descrever Lula da Silva nos últimos tempos. Mas os outros dois exemplos vieram da oposição.

Há menos de dois meses, Onyx Lorenzoni, que foi ministro no Governo liderado por Jair Bolsonaro, não gostou de ouvir o presidente do Brasil dizer que os bolsonaristas precisam de ser “extirpados da vida brasileira”. Foi um “absurdo sem precedentes” e, segundo Onyx, Lula “já não tem nenhum limite” e “está cada dia mais senil”.

Em Maio, foi o próprio Bolsonaro que atirou: “Governa com o fígado. É uma figura senil, ultrapassada”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //
12 Setembro, 2023


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163: Nova biografia de Elon Musk retrata obsessões e métodos agressivos do bilionário

 

– Seja pela doença, seja pelos “maus fígados” deste gajo, pensa que por ser o mais rico do mundo, possui o direito de espezinhar os seres humanos à sua volta ou que dependem dele como empregador. 💩

🇺🇸 EUA //👨‍🚀 ELON MUSK // 📚 BIOGRAFIA

Segundo Walter Isaacson, o homem mais rico do mundo é uma “criança grande”, que permanece marcada por uma juventude durante a qual foi regularmente vítima de ‘bullying‘ na escola.

A nova biografia de Elon Musk, que será lançada esta terça-feira nos Estados Unidos, retrata um homem complexo, obcecado pela conquista do espaço, com métodos de gestão agressivos e desprovido de empatia.

Walter Isaacson, conhecido por uma série de biografias de sucesso, incluindo a do co-fundador da Apple, Steve Jobs (2011), teve acesso sem precedentes ao empreendedor excêntrico, a quem entrevistou em diversas ocasiões.

De acordo com trechos do livro citados por diversos meios de comunicação norte-americanos, que tiveram acesso à obra, o autor descreve um Elon Musk consumido pelo desejo de fazer da espécie humana uma população “multi-planetária”, graças à sua empresa aeroespacial SpaceX.

Para o bilionário, o “vírus ‘woke'”, em referência ao activismo que visa promover e defender todas as minorias, apresenta o risco de inviabilizar a colonização de outros planetas, em primeiro lugar Marte, porque é “anti-humano em geral” e deve ser parado.

Segundo Walter Isaacson, o homem mais rico do mundo é uma “criança grande”, que permanece marcada por uma juventude durante a qual foi regularmente vítima de ‘bullying‘ na escola.

Elon Musk falou abertamente com o seu biógrafo sobre a síndrome de Asperger, uma forma de autismo para a qual foi diagnosticado, o que explica, como o próprio admite, porque é que é “péssimo a descodificar sinais sociais” nas suas relações com os outros.

O empresário que nasceu na África do Sul é descrito como “atraído pela tempestade e pelo drama”, sujeito a “oscilações emocionais imprevisíveis”, que se manifestam na forma como dirige as empresas das quais é chefe.

O livro evoca vários exemplos da fúria de Elon Musk, quando os seus funcionários não correspondem às suas expectativas, ou a forma como está preparado para humilhá-los caso lhe façam frente.

Para a artista Grimes, ex-companheira do empresário, este entra em “modo demónio” ao expressar a sua irritação, estado que “gera muito caos”, confidenciou ao biógrafo.

Walter Isaacson revela, sobre a cantora canadiana, que teve um terceiro filho com Elon Musk, através de uma barriga de aluguer, enquanto o ex-casal tinha falado até agora apenas dois bebés.

Isto eleva para dez o número de filhos vivos conhecidos de Elon Musk, incluindo dois com uma directora executiva de uma das suas empresas, a Neuralink, a quem doou esperma.

“Ele quer que as pessoas tenham filhos”, sublinhou Shivon Zilis, mãe dos gémeos nascidos em 2021, ao autor da biografia.

DN/Lusa
12 Setembro 2023 — 07:38


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Nova Iorque não esqueceu. “Ainda há pessoas a morrer por causa do 11 de Setembro”

 

– Especialmente para os facciosos fantoches apoiantes pró-terrorismo, peguem neste exemplo e transfiram-no para a Ucrânia onde diariamente, há ano e meio, terroristas psicopatas nazis, assassinam um povo inocente de todas as idades e destroem escolas, residências, super-mercados, hospitais, creches, infra-estruturas civis só porque um psico-sociopata nazi assim o entendeu.

🇺🇸 EUA // 👳✈🏦💥11 SETEMBRO //
TERRORISMO

Passam hoje 22 anos desde que terroristas da Al-Qaeda mataram quase 3.000 pessoas em solo norte-americano, no pior ataque alguma vez registado no país.

Em Nova Iorque, dois feixes de luz assinalam o local onde se encontravam as Torres Gémeas.
© Michael M. Santiago / Getty Images via AFP

“Era suposto eu estar lá”, diz Eneida DelValle, pausando por um momento para conter a emoção. Vinte e dois anos depois dos ataques terroristas do 11 de Setembro, ainda é difícil para esta ex-produtora televisiva, então estudante universitária, falar do que aconteceu naquele dia.

“Cancelaram as aulas e tornaram a minha faculdade num centro de triagem”, conta. “Um dos meus médicos disse que toda a gente acorreu para lá. Tinham o centro de triagem mas não chegava ninguém”, lembra. “Estavam todos mortos.”

Eneida estudava na Borough of Manhattan Community College (BMCC) e tinha uma reunião com um professor no edifício Fiterman, a meros 250 metros de onde as torres colapsaram. Mas o professor remarcou a reunião à última hora e Eneida seguiu para outra zona da cidade.

Quando os aviões pirateados que embateram no World Trade Center fizeram as torres colapsar, o edifício 7 caiu sobre parte do Fiterman, onde Eneida estaria se a reunião não tivesse sido remarcada.

“Os efeitos do 11 de Setembro continuam a afectar os nova-iorquinos de uma forma profunda”, considera. “Muita gente seguiu em frente, mas não é algo que os nova-iorquinos possam fazer”, continua. “É muito difícil para mim ir a essa zona. Nunca estive no Memorial do 11 de Setembro, não consigo.”

Os efeitos dos ataques não se limitam a memórias dolorosas e ao stress pós-traumático colectivo de Nova Iorque.

“Ainda há pessoas a morrer por causa do 11 de Setembro”, sublinha Eneida DelValle, que agora mora noutra zona da cidade. “Desenvolveram cancro, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e outros tipos de doenças provocadas pela inalação e exposição aos destroços ou proximidade aos edifícios atingidos.”

Isso mesmo foi reconhecido na semana passada, quando foram adicionados 43 nomes à lista oficial de vítimas inscrita na World Trade Center Memorial Wall da corporação de bombeiros de Nova Iorque, o New York City Fire Department. Esta parede lembra os bombeiros, paramédicos e profissionais de emergência que morreram na sequência dos trabalhos de recuperação.

“Não há consolação, não há palavras. Não há nada que possamos dizer para substituir a dor que eles aguentaram ao longo dos anos, à medida que vamos lamentando mais distantes dos ataques do 11 de Setembro”, disse o mayor de Nova Iorque, Eric Adams, na cerimónia de adição dos nomes. “Mas eles são heróis, não apenas aqueles que estavam no edifício, mas aqueles que responderam posteriormente.”

A preservação da memória em Nova Iorque, que foi a mais atingida nos ataques terroristas de 2001, parece não ter eco noutras partes do país, algo que o actor David Villar, que vive do outro lado na costa Oeste, considera expectável.

“Quanto mais nos afastamos de uma tragédia, menos as pessoas assinalam, celebram, fazem tributo”, diz ao DN. “Mas talvez mais importante é que uma grande parte do país, de ambos os lados políticos, olha para esse tempo e o que se seguiu – Iraque, Afeganistão, Abu Ghraib, Guantánamo e por aí fora – com muito desdém.”

Não foi sempre assim, como explica a cientista política luso-americana Daniela Melo, professora na Universidade de Boston.

“O 11 de Setembro teve um impacto enorme e imediato na política externa americana”, lembra a especialista. “A administração de George W. Bush reimaginou a política externa americana para fazer face a um novo tipo de inimigo: entidades não-estatais, transnacionais, a usarem Estados fracos ou falhados como portos de abrigo para as suas actividades.”

Os ataques motivaram duas guerras duradouras e, para todos os efeitos falhadas, que levaram tropas americanas para o combate no Iraque e no Afeganistão.

“A administração Bush usou o 11 de Setembro como desculpa para passar legislação como o Patriot Act”, aponta Eneida DelValle. “Usou-o para a guerra no Iraque, quando na verdade os bombistas eram da Arábia Saudita. Mas os sauditas são aliados dos americanos, por isso nunca foram condenados e ele foi atrás do Saddam Hussein.”

A guerra no Iraque durou oito anos e a do Afeganistão vinte, tendo terminado com uma retirada desastrosa já durante a administração de Joe Biden.

“A utilidade do 11 de Setembro como tema mobilizador dos eleitores americanos foi perdendo gás nas administrações de Obama, Trump e Biden”, refere Daniela Melo.

Isto aconteceu, em parte, porque as decisões de invadir o Afeganistão e o Iraque foram mais ou menos consensuais dentro dos Estados Unidos naquela altura.

“Ou seja, tanto democratas como republicanos votaram a favor destas intervenções, que, no entanto, vieram a ser entendidas a longo prazo como erros de estratégia”, sublinha. “Nos últimos ciclos eleitorais, tem sido o produto do 11 de Setembro – as guerras – a ser discutido.”

Isso mesmo foi evidente com as críticas virulentas a Joe Biden pela forma como o exército norte-americano retirou do Afeganistão e o poder caiu quase imediatamente de novo nas mãos dos extremistas talibãs, no verão de 2021.

Foi nessa altura que a popularidade de Biden, então gozando de um certo estado de graça na nova administração, começou a afundar. O actual presidente assinala hoje o 11 de Setembro numa base militar no Alasca, vindo de uma viagem presidencial à Índia.

Ron DeSantis é, neste aniversário dos ataques, um dos (poucos) políticos que vão assinalar publicamente a data. O governador irá encontrar-se com sete famílias de vítimas do 11 de Setembro em Manhattan.

“Com a saída do Afeganistão, fechou-se um ciclo político ligado directamente ao 11 de Setembro”, refere Daniela Melo. “Guantánamo já não aparece recorrentemente nas notícias”, indica, referindo-se ao controverso campo de detenção onde continuam presos dezenas de acusados de envolvimento em terrorismo.

A politóloga ressalva que esta prisão na Baía de Guantánamo pode voltar à ribalta se o candidato republicano Ron DeSantis conseguir ultrapassar Donald Trump e conquistar a nomeação presidencial.

Isso é improvável, mas abriria novamente a discussão porque o actual governador da Florida serviu em Guantánamo há 17 anos, quando trabalhava na Marinha.

Ron DeSantis é, neste aniversário dos ataques, um dos (poucos) políticos que vão assinalar publicamente a data. O governador irá encontrar-se com sete famílias de vítimas do 11 de Setembro em Manhattan, algo que não soa bem a Eneida DelValle.

“Os republicanos adoram usar o 11 de Setembro mas opuseram-se ao financiamento federal de tratamentos de saúde para as vítimas”, critica. “Antes o 11 de Setembro era uma desculpa, agora é um acessório. DeSantis vai reunir com famílias para ganhos políticos.”

Mas na campanha para as presidenciais de 2024, o que irá dominar a mente dos eleitores não é este passado com 22 anos, indica Daniela Melo.

“Neste momento, são a ascendência da China como poder global e a beligerância da Rússia que mais preocupam as elites políticas e animam o eleitorado americano”, afirma.

“Esta viragem para a Ásia já estava claramente presente na política externa de Obama e prevejo que seja tema neste próximo ciclo presidencial.”

Um deserto em Hollywood

A percepção que os cidadãos têm de conflitos históricos, desde a I e II Guerras Mundiais à guerra do Vietname, foi em grande parte moldada pelo incessante recontar dos eventos por Hollywood.

Mas, ao contrário de outras tragédias sangrentas, o 11 de Setembro raramente chegou ao grande ecrã nos últimos 22 anos.

À exceção de United 93 (2006), World Trade Center (2006) e Zero Dark Thirty (2012), os ataques não foram um foco da máquina hollywoodesca.

“É interessante ver como lidámos com o Vietname nos anos 80 e 90 em termos de cinema”, diz David Villar. “Acho fascinante que não tenhamos tido a mesma reverência em relação a filmes sobre o 11 de Setembro, Iraque e Afeganistão”, nota. “Creio que a atitude blasé que temos agora em relação ao 11 de Setembro reflecte-se nisso.”

O actor acredita que tal se deve a uma certa “vergonha” quanto à reacção que os Estados Unidos tiveram após os ataques e à “mentira flagrante” que esteve na origem da invasão do Iraque.

“E talvez tenha também a ver com o facto de que os filmes têm muito menos peso cultural do que tiveram outrora”, afirma. “Os filmes eram o centro de muita da discussão cultural naquele tempo, mas quando filmes sobre a guerra ao terror começaram a aparecer, o que estava a florescer era a televisão e a Internet.”

Eneida DelValle acrescenta outra perspectiva. A nova-iorquina aponta que as tragédias anteriores foram em solo exterior e esta aconteceu dentro do país.

“Um dos maiores problemas é que a América e os americanos recusam-se a reconhecer a sua história e o que fizeram de errado”, opina, apontando para a actual controvérsia sobre o ensino da história da escravatura.

“Nas guerras mundiais e no Vietname, há muito horror mas também heroísmo”, continua. “Também há muitos heróis no 11 de Setembro. Só que não estão vivos para contar as suas histórias.”

dnot@dn.pt
DN
Ana Rita Guerra, Los Angeles
11 Setembro 2023 — 07:00


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
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published in: 2 semanas ago

Fundação Nobel recua e retira convite a embaixadores russo e bielorrusso após “fortes reacções”

 

– Roeu-lhes a “consciência”… Convidar terroristas nazis para a entrega do Nobel quando um deles está preso na Bielorrússia…

🇸🇪 SUÉCIA // 🪙 NOBEL // 🇷🇺 DITADORES MOSCÓVIA

“Decidimos repetir a excepção do ano passado à prática habitual, ou seja, não convidaremos os embaixadores de Rússia, Bielorrússia e Irão”, diz o comunicado.

© DR

A Fundação Nobel, responsável pela atribuição dos prémios Nobel, recuou este sábado na decisão de convidar “todos os embaixadores” para a cerimónia de entrega, depois de ter recebido “fortes reacções” ao convite aos diplomatas da Rússia e da Bielorrússia.

“Decidimos repetir a excepção do ano passado à prática habitual, ou seja, não convidaremos os embaixadores de Rússia, Bielorrússia e Irão para a cerimónia de entrega do Prémio Nobel em Estocolmo”, refere um comunicado este sábado divulgado no seu portal.

No ano passado, este organismo decidira não convidar os embaixadores russo e bielorrusso por causa da guerra na Ucrânia, assim como o embaixador iraniano devido à repressão ao movimento de protesto.

Ao contrário do que aconteceu então, a fundação que organiza a cerimónia de entrega de prémios e um grandioso jantar de gala na capital sueca anunciou, na sexta-feira, que iria convidar todos os embaixadores dos países presentes na Suécia para promover o diálogo em favor da paz.

A decisão de convidar este ano todos os embaixadores foi criticada pelo primeiro-ministro Sueco, por Kiev e pela oposição bielorrussa. E a bielorrussa no exílio, Svetlana Tikhanovkaïa, apelou à Fundação Nobel para inverter a decisão.

Na Suécia, o primeiro-ministro Ulf Kristersson manifestou-se “muito surpreendido” com os convites.

A cerimónia realiza-se todos os anos em Estocolmo em 10 de Dezembro, dia em que os vencedores dos prémios de medicina, física, química, literatura e economia recebem os seus prémios das mãos do rei Carlos XVI Gustaf, seguindo-se um jantar de gala que reúne cerca de 1.200 convidados.

Um evento separado é organizado em Oslo, no mesmo dia, para o vencedor do Prémio Nobel da Paz, para o qual são convidados todos os embaixadores presentes na Noruega, sem excepção.

DN/Lusa
02 Setembro 2023 — 13:40


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published in: 3 semanas ago

160: Convite a embaixadores russo e bielorrusso para cerimónia do Nobel gera protestos

 

– Tudo farinha podre da mesma saca…

🇸🇪 SUÉCIA // 🪙 NOBEL // 🇷🇺 DITADORES MOSCÓVIA

A Fundação Nobel anunciou que irá convidar para a cerimónia deste ano todos os embaixadores dos países presentes na Suécia, para promover o diálogo em favor da paz.

© EPA/Javad Parsa

Ao contrário do ano passado, os embaixadores russo e bielorrusso na Suécia foram convidados para a próxima cerimónia do Prémio Nobel em Estocolmo, decisão que está a suscitar desaprovação generalizada, com críticas do primeiro-ministro sueco e de Kiev.

A Fundação Nobel, que organiza a cerimónia de entrega de prémios e um grandioso jantar de gala na capital sueca, anunciou esta quinta-feira que irá convidar para a cerimónia deste ano todos os embaixadores dos países presentes na Suécia, para promover o diálogo em favor da paz.

No ano passado, este organismo decidiu não convidar os dois embaixadores por causa da guerra na Ucrânia, assim como o embaixador iraniano devido à repressão ao movimento de protesto.

“Enquanto milhões de ucranianos continuarem a sofrer com uma guerra que não causaram e o poder russo não for punido pelos seus crimes, apelamos ao comité do Nobel para que apoie os esforços para isolar a Rússia e a Bielorrússia”, sublinhou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Oleg Nikolenko, através da rede social Facebook.

Para Nikolenko, este convite despertará “um sentimento crescente de impunidade” por parte do poder russo.

Já a líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tikhanovkaïa, apelou à Fundação Nobel para inverter a decisão.

A Bielorrússia, liderada com mão de ferro por Alexander Lukashenko desde 1994, é uma aliada próxima de Moscovo.

“Nenhum convite deve ser feito respeitando os valores de Alfred Nobel. Apelo à Fundação e ao comité do Nobel para que não convidem representantes do regime ilegítimo de Lukashenko para eventos e exijam a libertação imediata” de Ales Bialiatski, Prémio Nobel da Paz 2022, realçou Svetlana Tikhanovkaïa através da rede social X (ex-Twitter).

Na Suécia, o primeiro-ministro Ulf Kristersson manifestou-se “muito surpreendido” com os convites.

“Não o teria feito se tivesse de lidar com convites para uma cerimónia de entrega de prémios e compreendo que isto seja perturbador na Suécia e na Ucrânia”, referiu, num comunicado à AFP.

Para a Fundação Nobel, “é claro que o mundo está cada vez mais dividido em esferas e que o diálogo entre pontos de vista divergentes é cada vez mais reduzido”, destacou o director, Vidar Helgesen, em comunicado.

“Para inverter esta tendência, ampliamos o nosso convite para celebrar e compreender o Prémio Nobel e a importância da ciência livre, da cultura livre e das sociedades livres e pacíficas”, acrescentou.

A cerimónia realiza-se todos os anos em Estocolmo em 10 de Dezembro, dia em que os vencedores dos prémios de medicina, física, química, literatura e economia recebem os seus prémios das mãos do rei Carlos XVI Gustaf, seguida de um jantar de gala que reúne cerca de 1.200 convidados.

Um evento separado é organizado em Oslo, no mesmo dia, para o vencedor do Prémio Nobel da Paz, para o qual são convidados todos os embaixadores presentes na Noruega, sem excepção.

“É bom que todos os representantes diplomáticos presentes em Oslo possam ouvir a mensagem transmitida pelo laureado e pelo comité do Nobel, em particular os representantes de estados autoritários que reprimem o seu povo ou fazem guerra”, frisou à AFP o secretário do comité norueguês do Nobel, Olav Njølstad.

No ano passado, embora convidados, os embaixadores da Rússia e da Bielorrússia evitaram a cerimónia em Oslo em homenagem a Bialiatski, bem como a duas organizações que defendem as liberdades civis na Rússia e na Ucrânia.

Lusa/DN
02 Setembro 2023 — 11:03


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published in: 3 semanas ago

159: Portugal compra cada vez mais gás à Rússia (que já está no pódio dos fornecedores)

 

– Onde param as sanções económicas internacionais ao Estado terrorista da Moscóvia? Quem decide estas compras? O Portugal dos Pequeninos em acção!

🇵🇹 PORTUGAL // GÁS // 🇷🇺 MOSCÓVIA // SANÇÕES 💰

Importações nacionais de gás natural liquefeito à Rússia cresceram para quase 200 milhões de metros cúbicos de Janeiro a Junho de 2023. Moscovo já está no pódio dos fornecedores, atrás da Nigéria e dos EUA. 

APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve / Facebook
Porto de Sines recebeu mais 200 milhões de metros cúbicos de GNL russo entre Janeiro e Junho

Portugal está no centro de uma tendência emergente no contexto energético europeu: a crescente dependência do gás natural liquefeito (GNL) da Rússia.

Segundo os dados mais recentes da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), avançados pelo Jornal de Negócios, entre Janeiro e Junho de 2023, o volume de GNL russo que chegou ao Terminal da Redes Energéticas Nacionais (REN) no porto de Sines aumentou quase 6%, para perto de 200 milhões de metros cúbicos.

Este aumento solidificou a Rússia como o terceiro maior fornecedor de GNL para Portugal no primeiro semestre deste ano, ficando apenas atrás da Nigéria e dos Estados Unidos.

É de realçar que, em 2022, a Rússia ficou em quarto lugar, sendo ultrapassada por Trindade e Tobago; no entanto, em Fevereiro de 2023, Sines recebeu a maior carga única de GNL russo (102 milhões de metros cúbicos) desde o início da guerra na Ucrânia.

Mas a tendência não se reflecte apenas em Portugal. A organização não-governamental Global Witness alerta que os países da União Europeia estão a aumentar as compras de GNL à Rússia.

De Janeiro a Julho deste ano, as importações provenientes de Moscovo aumentaram 1,7% em relação aos primeiros sete meses de 2022. Se comparado com o mesmo período em 2021, o aumento é de 40%.

Além disso, Portugal reduziu significativamente suas compras aos dois principais fornecedores globais de GNL. As importações da Nigéria e dos Estados Unidos caíram 38% e 9,3%, respectivamente, no primeiro semestre de 2023.

Esta redução correspondeu a um decréscimo de 28% no número de navios metaneiros que chegaram ao porto de Sines no mesmo período, transportando um total de 2,1 mil milhões de metros cúbicos de GNL.

Este cenário continua a agravar-se, apesar das advertências de Bruxelas. A União Europeia tem feito apelos aos seus Estados-membros para que evitem a compra de GNL russo, especialmente após o encerramento do gasoduto Nordstream.

Contudo, as sanções actualmente impostas ao petróleo russo não se estendem ao GNL, o que torna este recurso um “ponto cego” nas relações entre a UE e a Rússia.

O panorama energético português é reflexo de um dilema europeu mais amplo, que lança questões políticas e éticas. Até 2027, a Europa ambiciona libertar-se dos combustíveis fósseis russos, mas a trajectória actual sugere um cenário diferente.

ZAP //
31 Agosto, 2023


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158: Volodymyr Zelensky ofendeu Portugal

Em destaque

🇵🇹 PORTUGAL // 🇺🇦 ZELENSKY

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky recusou a condecoração do Grande-Colar da Ordem da Liberdade que Marcelo Rebelo de Sousa, Chefe de Estado Português lhe queria entregar.

Segundo o presidente português, a condecoração foi entregue em “cerimónia privada”, mas Zelensky não esteve presente.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky rejeitou receber das mãos do presidente português a condecoração do Grande-Colar da Ordem da Liberdade.

Em tempo de guerra, explicou fonte diplomática ao jornal, Zelensky não aceita condecorações, porque considera que “o esforço é de todo o povo ucraniano”.

Uma condecoração deste tipo, nada tem a ver com o estado de guerra em que se encontra a Ucrânia pela invasão dos Filhos da Putina dos russonazis da Moscóvia e dos seus fantoches nazis amestrados!

Nem se enquadra num gesto de excluir todo o povo ucraniano, uma vez que Zelensky é o seu digno representante, eleito democraticamente por esse mesmo povo.

Esta atitude demonstra uma enorme falta de respeito não só para com o Chefe de Estado Português, como para com Portugal que este último representa numa visita oficial à Ucrânia.

Tristemente lamentável e deplorável esta atitude de Zelensky e que merece a minha total repulsa. Pessoalmente e como Português, ex-combatente da guerra do Ultramar, sinto-me ofendido com esta recusa!

Nesta conformidade e a partir de agora, o meu Blogue não será palco de mais qualquer notícia sobre a invasão da Ucrânia pelos russonazis da Moscóvia.

Desejo ao povo ucraniano que consiga expulsar do seu legítimo território todos os invasores russonazis.

27.08.2023


Franck Wolf


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
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