Ex-tenista luta pela Ucrânia “Não me arrependo de disparar contra russos”

 

– É absolutamente natural para todos os combatentes e ex-combatentes que estiveram – ou estão – no teatro das operações e com os rebentamentos de granadas de vária ordem a zunirem aos ouvidos ou a assobiarem por cima das cabeças, este tipo de reacção. Um ser humano pacífico, incapaz de matar uma mosca, ao deparar-se com bestialidades de terroristas, assassinos e psicopatas, começa a transformar-se de ser humano num animal embora que racional e as suas reacções, depois de afastado desses cenários, perdurarão para o resto da vida. Daí o stress pós-traumático de guerra. Escrevo com conhecimento de causa dado que estive numa guerra durante quase dois anos, a combater mercenários terroristas financiados, armados e municiados pelos nazis soviéticos existentes na época. Sergiy Stakhovsky, não te sintas intimidado em dares ao gatilho porque se não o fizeres, um filho da puta IN fá-lo-á contra ti sem qualquer remorso! Que a Força te acompanhe!

🇺🇦 UCRÂNIA // 🇺🇦 COMBATENTES //💥GUERRA // PSICOPATAS RUSSONAZIS 🇷🇺

Sergiy Stakhovsky diz já ter estado “em situações onde as tropas russas estão a 150 metros”.

© Getty Images

Sergiy Stakhovsky concedeu uma extensa entrevista à edição desta quinta-feira do jornal britânico The Telegraph, na qual aborda o facto de ter terminado a carreira de tenista, há mais de um ano, para combater pela Ucrânia na guerra contra a Rússia.

O ex-atleta de 37 anos está, actualmente, num campo de treinos, nas imediações de Kyiv, mas confessou que terá de partir, uma vez mais, para a frente da batalha, já na próxima segunda-feira: “É duro, mas, na linha da frente, não há cinzento. É preto ou branco. Em Kyiv, começas a ver as várias cores da política e da vida real, e é estranho”.

“Aqui, o ambiente é mais alegre do que na linha da frente. Aqui, as pessoas vivem na ideia de que a vitória está próxima. Alguns não percebem qual é o preço dos avanços. Quando saltas para as trincheiras, há vários cenários diferentes, e tudo pode acontecer”, começou por afirmar.

“Ando sempre com uma espingarda. Estive em situações em que as tropas russas estão a 150 metros”, acrescentou, antes de assumir que as reservas que tinha na hora de disparar contra os inimigos desapareceram assim que vislumbrou o rasto de destruição deixado em Bucha.

“Ao início, não sabia como o faria, mas, assim que vi a destruição que causaram… É um comportamento absolutamente desumano. Quando vês as imagens dos ataques com mísseis nas infra-estruturas… Não penso duas vezes. Não me arrependo do que faço”, rematou.

Notícias ao Minuto
Notícias ao Minuto 13/07/23 12:17
por Notícias ao Minuto



Web-designer, Investigator, Astronomer
and Digital Content Creator


published in: 2 meses ago