– Onde param as sanções económicas internacionais ao Estado terrorista da Moscóvia? Quem decide estas compras? O Portugal dos Pequeninos em acção!
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Importações nacionais de gás natural liquefeito à Rússia cresceram para quase 200 milhões de metros cúbicos de Janeiro a Junho de 2023. Moscovo já está no pódio dos fornecedores, atrás da Nigéria e dos EUA.

APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve / Facebook
Porto de Sines recebeu mais 200 milhões de metros cúbicos de GNL russo entre Janeiro e Junho
Portugal está no centro de uma tendência emergente no contexto energético europeu: a crescente dependência do gás natural liquefeito (GNL) da Rússia.
Segundo os dados mais recentes da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), avançados pelo Jornal de Negócios, entre Janeiro e Junho de 2023, o volume de GNL russo que chegou ao Terminal da Redes Energéticas Nacionais (REN) no porto de Sines aumentou quase 6%, para perto de 200 milhões de metros cúbicos.
Este aumento solidificou a Rússia como o terceiro maior fornecedor de GNL para Portugal no primeiro semestre deste ano, ficando apenas atrás da Nigéria e dos Estados Unidos.
É de realçar que, em 2022, a Rússia ficou em quarto lugar, sendo ultrapassada por Trindade e Tobago; no entanto, em Fevereiro de 2023, Sines recebeu a maior carga única de GNL russo (102 milhões de metros cúbicos) desde o início da guerra na Ucrânia.
Mas a tendência não se reflecte apenas em Portugal. A organização não-governamental Global Witness alerta que os países da União Europeia estão a aumentar as compras de GNL à Rússia.
De Janeiro a Julho deste ano, as importações provenientes de Moscovo aumentaram 1,7% em relação aos primeiros sete meses de 2022. Se comparado com o mesmo período em 2021, o aumento é de 40%.
Além disso, Portugal reduziu significativamente suas compras aos dois principais fornecedores globais de GNL. As importações da Nigéria e dos Estados Unidos caíram 38% e 9,3%, respectivamente, no primeiro semestre de 2023.
Esta redução correspondeu a um decréscimo de 28% no número de navios metaneiros que chegaram ao porto de Sines no mesmo período, transportando um total de 2,1 mil milhões de metros cúbicos de GNL.
Este cenário continua a agravar-se, apesar das advertências de Bruxelas. A União Europeia tem feito apelos aos seus Estados-membros para que evitem a compra de GNL russo, especialmente após o encerramento do gasoduto Nordstream.
Contudo, as sanções actualmente impostas ao petróleo russo não se estendem ao GNL, o que torna este recurso um “ponto cego” nas relações entre a UE e a Rússia.
O panorama energético português é reflexo de um dilema europeu mais amplo, que lança questões políticas e éticas. Até 2027, a Europa ambiciona libertar-se dos combustíveis fósseis russos, mas a trajectória actual sugere um cenário diferente.
ZAP //
31 Agosto, 2023
Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator
published in: 3 semanas ago