14: Um morto e dois feridos em explosão num tribunal de Kiev

 

– Curioso… E deixaram entrar numa sala de tribunal um gajo com explosivos? Num pais invadido por terroristas russonazis e em plena guerra terrorista? Que ingenuidade… ou não?

🇺🇦 UCRÂNIA // ☠️ TERRORISMO // TRIBUNAL // EXPLOSÃO💥

Segundo o ministro do Interior ucraniano, um homem fez-se explodir em tribunal, ferindo ainda dois polícias

© Arquivo AFP

Um homem morreu num tribunal de Kiev, depois de alegadamente se ter feito explodir, e dois policiais ficaram feridos, disse o ministro do Interior da Ucrânia.

“Um criminoso morreu no local. De acordo com informações preliminares, ele fez-se explodir”, disse o ministro do Interior, Igor Klymenko, nas redes sociais. Dois policiais ficaram feridos quando invadiram o local, acrescentou Klymenko.

Antes, as autoridades ucranianas afirmaram que as forças da ordem na capital, Kiev, estavam a responder a relatos de uma explosão num tribunal distrital e que os serviços de emergência estavam a responder no local.

A administração militar da cidade de Kiev declarou que a explosão ocorreu às 17h20 locais (15h20 GMT) quando um arguido estava a ser escoltado pelas forças da ordem para a sala de audiências.

O indivíduo, em “circunstâncias pouco claras, detonou um engenho explosivo desconhecido na sala de audiências”, lia-se na declaração.

DN/AFP
05 Julho 2023 — 18:38



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published in: 3 meses ago

2: Mais de 700 detidos durante a noite. Casa de autarca atacada

 

🇫🇷 FRANÇA // MOTIM // DISTÚRBIOS

Ministro do Interior considera que a maior presença das forças se segurança contribuiu para a noite mais calma.

© EPA/MOHAMMED BADRA

Pelo menos 718 pessoas foram detidas e 45 polícias ficaram feridos na quinta noite consecutiva de distúrbios em França por causa da morte de um adolescente abatido na terça-feira pelas forças de segurança, indicou este domingo o Ministério do Interior.

Numa publicação na conta pessoal na rede social Twitter, o ministro do Interior francês, Gérard Darmanin, indicou que, apesar dos incidentes, a noite de sábado para domingo foi mais calma que as anteriores, facto que, no seu entender, se deve a uma maior presença das forças de segurança nas ruas.

Às 08:00 locais deste domingo (07:00 em Lisboa), o Ministério do Interior francês atualizou os números, dando conta da detenção de 718 pessoas, quando no dia anterior, à mesma hora, tinham sido comunicadas 994. No entanto, ainda no sábado, pouco depois, esse número seria atualizado para 1.311.

Entre os incidentes registados na noite de sábado para este domingo, reportou a agência noticiosa France-Presse (AFP), está um ataque à residência de um presidente de câmara de uma pequena cidade da região parisiense perpetrado por “desordeiros”, que provocou ferimentos na mulher e num dos dois filhos menores.

Vincent Jeanbrun, presidente da Câmara Municipal de L’Haÿ-les-Roses, nos arredores de Paris, denunciou “uma tentativa de assassínio indescritível e cobarde”.

Por volta das 01:30 (00:30 de Lisboa), enquanto Jeanbrun se encontrava na Câmara Municipal, “tal como há três noites”, para fazer face à violência urbana, os desordeiros “atiraram um veículo blindado contra a sua casa antes de o incendiarem para incendiar a residência”, onde a mulher e os dois filhos menores dormiam, declarou, num comunicado publicado no Twitter.

Segundo Jeanbrun, depois de alertado, foi ao tentar “proteger” a família e “escapar aos agressores” que a mulher e uma das crianças ficaram feridas.

Entretanto, a polícia abriu um inquérito sobre a alegada tentativa de assassínio, disse à AFP fonte judicial.

Segundo a fonte, os autores do crime incendiaram o veículo blindado bem como o carro da família do presidente de Câmara antes de serem dispersados pela polícia e pelos bombeiros, que “intervieram muito rapidamente”.

“Hoje à noite foi atingido um novo nível de horror e de ignomínia […] Embora a minha prioridade hoje seja cuidar da minha família, a minha determinação em proteger e servir a República é maior do que nunca”, disse o presidente da câmara desta cidade de mais de 30.000 habitantes num comunicado.

O ministro do Interior francês anunciou no sábado que seria mantida a mobilização de 45.000 polícias e guardas nacionais para enfrentar uma potencial noite de protestos e tumultos pela morte de Nahel M., um jovem de 17 anos que foi na passada terça-feira alvejado à queima-roupa por um polícia durante um controlo de trânsito.

As cerimónias fúnebres de Nahel decorreram no sábado em Nanterre, nos arredores de Paris, com um velório privado, uma cerimónia na mesquita e o enterro num cemitério local, onde compareceram centenas de pessoas.

– Devido às alterações efectuadas por Elon Musk dono do Twitter, quem não possuir conta naquela rede não tem acesso às contas. Os dois twites deste artigo não foram publicados por esse motivo.

Lusa/DN
02 Julho 2023 — 09:10



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1: Com os motins sem fim à vista, Macron adia visita à Alemanha

 

🇫🇷 FRANÇA // MACRON // MOTINS

Centenas estiveram no funeral de Nahel, o condutor de 17 anos morto pela polícia durante um controlo de trânsito. Na noite de sexta para sábado foram detidas mais 1300 pessoas. No sábado à noite havia confusão em Marselha e em Paris.

Um camião queimado num bairro nos arredores de Marselha. Segurança ia ser reforçada ontem nesta cidade e em Lyon.
Foto CLEMENT MAHOUDEAU / AFP

Polícias numa manifestação contra a polícia em Marselha.
Foto CLEMENT MAHOUDEAU / AFP)

Os familiares e amigos de Nahel, o jovem de 17 anos morto pela polícia num controlo de trânsito, assistiram este sábado ao funeral privado em Nanterre, mas centenas de pessoas prestaram a sua homenagem e pediram “justiça” junto à mesquita onde decorreram as cerimónias fúnebres.

Os funcionários advertiram os presentes – incluindo os jornalistas – contra a captura de imagens. Após a quarta noite de motins, apesar dos 45 mil polícias nas ruas, o presidente francês, Emmanuel Macron, adiou a visita de Estado que tinha previsto fazer a partir deste domingo à Alemanha.

“Tendo em conta a situação interna, o presidente da República disse que desejava continuar em França nos próximos dias”, indicou o Palácio do Eliseu, confirmando o adiar da visita de Estado de Macron à Alemanha. A visita devia prolongar-se até terça-feira, não tendo sido ainda estabelecida uma nova data.

O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, com quem Macron falou este sábado ao telefone, disse lamentar o cancelamento da viagem, mas compreender perfeitamente a situação.

Segundo um comunicado de Berlim, Steinmeier “segue com grande atenção” o caso e “espera que a violência nas ruas acabe rapidamente e que a paz social possa ser restabelecida”.

Não é a primeira vez que a tensão social nas ruas obriga o Eliseu a alterar os planos de reforço das relações com países aliados.

No final de Março, os protestos desencadeados pela alteração à lei das reformas em França levaram o rei Carlos III do Reino Unido a cancelar aquela que seria a sua primeira viagem ao estrangeiro enquanto monarca, ainda antes da coroação.

O rei acabou por ir só à Alemanha, que inicialmente seria o seu segundo destino. A visita a França estará a ser planeada para Setembro.

Na quarta noite de motins, após a morte de Nahel na terça-feira, 1311 pessoas foram detidas – o ministério do Interior diz que 30% dos detidos são menores, os mais novos com 13 anos – e 79 polícias ficaram feridos.

Houve ainda 1.350 veículos incendiados ou danificados, tal como 234 edifícios, e registo de 2.560 incêndios na via pública. Para a noite de sábado foram destacados mais 45 mil polícias, com reforço da segurança em Marselha e Lyon.

Em Marselha confirmava-se no sábado à noite novas cenas de violência, com incidentes contidos, tal como em Paris, onde a polícia tentava afastar os manifestantes da zona dos Campos Elísios.

O ministro da Economia, Bruno Le Maire, diz que é cedo para estimar o valor dos danos, salientando apenas que são “elevados”.

O ministro apelou às seguradoras para que processem rapidamente as indemnizações, anunciando que estão a ser planeadas outras medidas de apoio às empresas afectadas.

Angariados 250 mil euros

Nahel, de 17 anos, foi atingido a tiro por um polícia de 38, identificado apenas como Florian M., depois de alegadamente ter recusado parar num controlo de trânsito.

O agente alegou que a sua vida estava em risco, um cenário que o vídeo do momento parece contradizer. De tal forma que os procuradores franceses decidiram acusá-lo de homicídio voluntário, mantendo-o em prisão preventiva.

Nahel seguia no carro com dois amigos, tendo um deles (que estava no lugar do passageiro) fugido. Deu o seu testemunho ao jornal Le Parisien, tendo previsto falar com as autoridades na segunda-feira.

Segundo o seu relato, Nahel baixou a janela quando os polícias pediram, tendo sido atingido por duas coronhadas no rosto sem justificação. Ele terá ficado abalado.

O agente disse para ele desligar o motor ou disparava, tendo Nahel procurado defender-se para não ser atingido com nova coronhada e levantado o pé do travão.

Segundo esta testemunha, o carro era automático e avançou, com o polícia junto à janela a dizer ao colega para disparar. O pé de Nahel terá então ficado preso no acelerador, com o carro a embater mais à frente sem que ele tivesse reagido.

O passageiro diz que fugiu por ter medo que pudessem disparar contra ele também e, segundo a mãe, estará ainda em choque.

Os sindicatos da polícia criticam que o julgamento do agente esteja a ser feito na praça pública, denunciando interferência do governo.

Uma angariação de fundos no site Go Fund Me de “apoio à família do polícia de Nanterre (…) que fez o seu trabalho e paga actualmente um preço elevado” reuniu, em menos de dois dias, 250 mil euros.

A recolha de fundos foi lançada por Jean Messiha, antigo apoiante de Éric Zemmour (líder do Reconquista, partido de extrema-direita).

susana.f.salvador@dn.pt

D.N.
Susana Salvador
01 Julho 2023 — 20:51



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