“Onda de envenenamentos” preocupa jornalistas independentes russos

 

– É esta a “democracia” russonazi que existe na Moscóvia. Os psicopatas pró-russonazis são iguais ao anão de saltos altos do kremlin.

🇷🇺 MOSCÓVIA // DITADURA // ☣️ENVENENAMENTOS // DISSIDENTES

Jornalistas russos independentes denunciaram à o ambiente de insegurança que sentem ao exercer a profissão.

Jornalistas russos independentes denunciaram esta terça-feira à Lusa o ambiente de insegurança que sentem ao exercer a profissão, temendo a “onda de envenenamentos” que se tem registado contra profissionais da imprensa e activistas da Rússia.

No Harriman Institute da Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, Galina Timchenko – co-fundadora, CEO e editora da Meduza, o maior meio de comunicação independente russo publicado em russo e inglês – e Ivan Kolpakov – editor chefe da Meduza – falaram dos desafios que enfrentam para transmitir notícias dentro da Rússia, apesar da forte propaganda do Kremlin.

Em resposta a uma questão da agência Lusa sobre os perigos de exercer jornalismo independente na Rússia, Ivan Kolpakov assegurou que esses perigos não estão limitados às fronteiras terrestres do país, multiplicando-se os casos de jornalistas russos atacados no estrangeiro.

“Na Rússia é proibido ser jornalista independente. Vamos para a prisão se fizermos jornalismo independente, basicamente. Então, se alguém trabalhar para a Meduza, pode ser preso porque está trabalhar para uma organização que foi considerada ‘indesejável’.

Ou pode ir para a prisão porque é ‘traidor do Estado’, ou porque está a violar uma lei sobre ‘divulgação de informação sobre o exército russo'”, explicou.

“Mas ser jornalista russo não é seguro mesmo que você não esteja na Rússia. Talvez já tenham ouvido falar que a nossa repórter Elena Kostyuchenko foi envenenada na Alemanha no ano passado. Há uma onda de envenenamento de jornalistas e activistas russos neste momento na Europa.

Portanto, infelizmente, não é seguro ser jornalista russo em lugar nenhum”, afirmou o editor chefe da Medusa, que está agora sediada em Riga, capital da Letónia.

A jornalista dissidente russa Elena Kostyuchenko viajava de comboio para Berlim em Outubro passado, quando adoeceu abruptamente, num caso que levou as autoridades alemãs a investigar uma suspeita de tentativa de envenenamento.

A mulher de 35 anos — que deixou a Ucrânia depois de ter sido informada de que unidades chechenas em postos de controlo russos receberam ordens para matá-la — foi uma entre três jornalistas russos exilados que adoeceram com sintomas de envenenamento em capitais europeias durante o mesmo período, segundo o ‘site’ de investigação The Insider.

Além dos ataques físicos, jornalistas russos independentes têm sofrido outros tipos de pressões nos países em que estão exilados.

A autoridade de comunicação social da Letónia revogou em Dezembro passado a licença de transmissão do canal de televisão independente russo Dozhd, que operava no exílio desde que Moscovo invadiu a Ucrânia.

“Estes são apenas alguns exemplos de como é ser um jornalista russo nos dias de hoje. Você foge do seu Governo, vai para a Letónia, um país vizinho e que faz parte da União Europeia, e então acaba expulso.

É como se estivessem a lutar contra nós de ambos os lados. É perigoso ser jornalista russo? Eu acho que sim”, admitiu Ivan Kolpakov, um dos jornalistas russos que entrevistou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, logo após a invasão.

No evento em Nova Iorque, Galina Timchenko declarou que, após os episódios de envenenamento, foram adoptados protocolos rígidos para evitar que situações semelhantes voltassem a acontecer contra jornalistas, principalmente em viagens, limitando, por exemplo, o consumo de líquidos em hotéis.

“Já sabíamos do caso da Elena Kostyuchenko desde o ano passado, então mudamos todos os nossos protocolos. Primeiro, para a nossa equipa editorial, depois para os nossos ‘freelancers‘ e depois para todos nós”, explicou a fundadora da Meduza.

“Pudemos perceber o padrão de quase todas as intoxicações, apesar de algumas ainda não terem sido reveladas: ocorreram durante viagens. Então, impusemos regras muito rígidas para viagens, para o uso de líquidos e para a vida quotidiana.

Por exemplo, proibimos estritamente qualquer entrega de comida ou entrega ao domicílio ao nosso pessoal. É um pouco estranho, mas impusemos algumas regras para não usarem líquidos dentro dos hotéis e assim por diante. Mudamos seis ou sete protocolos”, disse Timchenko.

Questionada ainda pela Lusa sobre o tipo de conteúdo informativo a que os cidadãos russos têm acesso nas suas televisões diariamente, a jornalista explicou que, antes mesmo da invasão, foi criada uma atmosfera anti-Ucrânia.

“Antes do início da guerra, era muito difícil assistir ao noticiário. Não havia notícias sobre a Rússia. Nada. Todas as notícias eram sobre a Ucrânia, sobre o quão ruim era a sua situação económica, a situação na sociedade civil, má cultura e assim por diante. Todas as notícias, todos os dias, eram sobre a Ucrânia. Nada sobre notícias internas da Rússia”, disse.

“Actualmente, por um lado, tentam preencher todo o tempo de transmissão com programas de info-entretenimento ou entretenimento.

E, ao mesmo tempo, debatem agressivamente sobre como os ucranianos odeiam os russos. É só isso”, acrescentou Galina Timchenko, que afirmou que quando o Presidente russo, Vladimir Putin, chegou ao poder, a repressão e censura começaram a aumentar.

A Meduza consegue alcançar milhões de pessoas dentro da Rússia, apesar da redacção do projecto funcionar no exílio durante os últimos nove anos.

Em Abril de 2021, as autoridades russas designaram a Meduza como um “agente estrangeiro” numa tentativa de reduzir as suas receitas publicitárias e, semanas após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o Kremlin começou a bloquear completamente o ‘website’ da Meduza.

Já em Janeiro deste ano, Moscovo proibiu completamente a Meduza, declarando o meio de comunicação uma “organização indesejável” ilegal.

Face a essas circunstancias, a Meduza adaptou-se, mudando não só mudou a linguagem e o estilo associado à imprensa russa, mas conseguiu também inovar em diversas áreas — desde novos formatos, até publicidade, desde ‘podcasts‘ até manchetes animadas e de fácil acesso ao público.

Em 2022, a Meduza recebeu o Prémio Fritt Ord pelo seu “jornalismo corajoso, independente e baseado em factos”.

DN/Lusa
12 Setembro 2023 — 23:54


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator



published in: 1 semana ago

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Jornalistas ucranianos pedem identificação de “propagandistas” russos

 

É PRECISODESNAZIFICARA MOSCÓVIA
PARA BEM DA HUMANIDADE!

🇺🇦 SLAVA UKRAYINI 🇺🇦

🇺🇦🔱UCRÂNIA // 🇺🇦🔱JORNALISTAS // PROPAGANDISTAS RUSSONAZISTURRAS 🇷🇺☠️

Mais de 70 jornalistas e meios de comunicação ucranianos assinaram uma declaração a pedir à UNESCO e à Federação Internacional de Jornalistas que identifiquem os “propagandistas” russos para que estes não sejam confundidos com jornalistas, foi hoje divulgado.

© iStock

De acordo com a agência de notícias EFE, os signatários da declaração manifestaram-se no sentido de as organizações internacionais “não confundirem jornalistas com propagandistas”, nomeadamente em relação ao pedido de investigação que as referidas organizações internacionais fizeram sobre a morte de Rostislav Zhuravlev, funcionário da agência de notícias estatal russa (RIA Novosti), em 22 de julho em Zaporijia, no sul da Ucrânia.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) declararam que Zhuravlev foi “o 14.º jornalista morto desde o início da guerra na Ucrânia em 24 de Fevereiro de 2022” e pediram uma investigação imediata sobre a sua morte.

A RIA Novosti relatou a morte do funcionário durante um ataque perto da cidade de Pyatykhatky, próximo à linha da frente na região de Zaporijia, em 22 de Julho.

Os mais de 70 jornalistas e meios de comunicação ucranianos signatários da declaração, com ligações à associação Mediarukh, afirmaram que tanto Zhuravlev como outros “propagandistas” são “participantes activos na agressão russa contra a Ucrânia”.

“Os propagandistas são antagonistas directos dos jornalistas”, defendem os signatários, afirmando que as acções destes elementos levam à destruição da liberdade de expressão e à perseguição de profissionais dos meios de comunicação que cumprem os padrões reconhecidos do sector.

Segundo os jornalistas e os ‘media’ ucranianos, Zhuravlev participou pessoalmente na agressão contra a Ucrânia e, especificamente, na captura de prédios administrativos em 2014.

“Prova disso são as inúmeras fotos de Zhuravlev com armas, símbolos nazis e as suas mensagens nas redes sociais, que indicam que participou activamente na ocupação russa da Ucrânia”, acrescentaram os signatários.

Na declaração, os jornalistas e meios de comunicação ucranianos também lembram que a RIA Novosti é totalmente controlada e financiada pelo Governo russo e pertence ao grupo “Russia Today”, empresa alvo de sanções internacionais e que produz proactivamente, segundo denunciam, notícias falsas e desinformação sobre eventos na Ucrânia.

“Durante anos a propaganda do Kremlin (Presidência russa), especialidade da agência RIA Novosti, preparou o terreno para a invasão russa e teceu narrativas sobre a suposta tomada do poder pelos nazis na Ucrânia e o alegado florescimento do nazismo em todo o país”, acrescentaram.

Os elementos da associação Mediarukh pedem às organizações internacionais que “condenem abertamente” a propaganda estatal russa e a reconheçam “como uma ameaça à paz e um ato de agressão”.

“Os ‘media’ russos e os seus funcionários que activamente produzem propaganda e participam na agressão militar russa contra a Ucrânia devem ser punidos com justiça pelas suas acções que levaram à instigação da guerra e à destruição em massa de cidadãos ucranianos”, acrescentaram os signatários.

Entre os signatários da declaração estão jornalistas e outros funcionários da Interfax-Ucrânia, NV, Hromadske Radio, Detector Media, Institute of Mass Information e Internews Ukraine.

Notícias ao Minuto Notícias ao Minuto
25/07/23 14:36
por Lusa

AS BESTAS NAZIS DA MOSCÓVIA


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
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published in: 2 meses ago