🇷🇺 卐 RUSSONAZIS // 🇷🇺 卐 MOSCÓVIA //
🇷🇺 卐 KREMLIN // 🇷🇺 卐 ELEIÇÕES ILEGAIS
O Centro para a Integridade Democrática informou que identificou 34 estrangeiros não-russos que foram envolvidos pelo Kremlin na observação das eleições naquelas zonas ocupadas.

© EPA/MAXIM SHIPENKOV
Uma organização não-governamental (ONG) denunciou esta sexta-feira o envio por parte da Rússia de “observadores internacionais” para monitorizar as recentes eleições nas regiões ucranianas ocupadas de Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporijia, afirmando tratar-se de uma violação das leis da Ucrânia.
O Centro para a Integridade Democrática (CID) — uma ONG que analisa tentativas de regimes autoritários para influenciar politicamente as sociedades — informou que identificou 34 estrangeiros não-russos que foram envolvidos pelo Kremlin (Presidência russa) na observação das eleições naquelas zonas ocupadas, que decorreram em 10 de Setembro.
“Ao entrar ilegalmente nos territórios ucranianos, todos os ‘observadores internacionais’ violaram leis ucranianas, e apelamos às autoridades nacionais relevantes para que informem os seus cidadãos sobre as consequências que podem enfrentar pela sua participação nos esforços da propaganda russa”, disse o CID, num comunicado.
O CID reconhece que não é possível determinar o número exacto de “observadores internacionais” envolvidos no processo, mas estima que o Kremlin tenha organizado quatro grupos de até 10 elementos nas zonas ocupadas de Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporijia, indicando, porém, que pelo menos 34 elementos foram identificados.
No passado domingo, dia 10 de Setembro, a Rússia realizou eleições regionais e municipais, numa votação alargada às regiões que anexou à Ucrânia, apesar da condenação de Kiev e da generalidade da comunidade internacional.
A votação, que foi iniciada no dia 8 de Setembro em algumas zonas, englobou a península da Crimeia, anexada em 2014, e as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, anexadas já depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia, em 24 Fevereiro de 2022.
Kiev e os seus aliados, nomeadamente a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, consideraram que as eleições nos territórios ucranianos ocupados foram ilegais e não terão quaisquer consequências jurídicas.
Na altura, a UE considerou que as eleições foram “uma tentativa fútil da Rússia de legitimar ou normalizar o seu controlo militar ilegal (…) de partes dos territórios ucranianos”, concluindo que não iria reconhecer essas mesmas consultas eleitorais ou os seus resultados.
Por seu lado, os Estados Unidos referiram-se às “eleições falsas nas áreas ocupadas da Ucrânia” como um “mero exercício de propaganda”, e afirmaram que “nunca reconhecerão as reivindicações da Federação Russa sobre qualquer território soberano da Ucrânia”.
DN/Lusa
15 Setembro 2023 — 16:35
Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator
published in: 7 dias ago