– Os filhos da Putina pró-russonazis de todo o mundo adoram este regime terrorista de fantoches psicopatas falhados da sociedade. É por isso que eles não denunciam a invasão da Ucrânia pelos russonazis genocidas. E está este Estado pária, nazi e terrorista na ONU e no Conselho de Segurança com direito a veto! FDS!!!
O opositor russo Vladimir Kara-Mourza, condenado a 25 anos de prisão por “traição” e por ter denunciado a ofensiva militar na Ucrânia, chegou este domingo a uma colónia penal de alta segurança em Omsk, na Sibéria, onde irá cumprir a pena.
Segundo o advogado, Kara-Mourza, um dos principais críticos do Presidente russo, Vladimir Putin, e detentor de cidadania britânica, foi condenado a uma pena “particularmente severa” em Abril, o que levou as capitais ocidentais a exigir a respetiva libertação.
“Vladimir Kara-Mourza foi levado para a colónia penal de alta segurança IK-6 em Omsk para cumprir a sua pena”, declarou o seu advogado Vadim Prokhorov na rede social Facebook.
Segundo Prokhorov, o opositor foi “imediatamente colocado numa cela de isolamento”.
Omsk, cidade com mais de um milhão de habitantes, fica a cerca de 2.700 quilómetros a leste de Moscovo.
Os prisioneiros que cumprem longas penas no sistema prisional russo são frequentemente enviados para povoações remotas e demoram semanas a chegar lá, com paragens em várias prisões do vasto país.
“A viagem de Moscovo a Omsk, no século XXI, demorou nada mais nada menos do que três semanas”, ironizou Prokhorov, acrescentando que o opositor foi mantido durante “vários dias” numa cela de isolamento na cidade de Samara, no centro da Rússia.
As pessoas próximas de Vladimir Kara-Mourza estão preocupadas com a frágil saúde do opositor, uma vez que este sofre de uma doença nervosa chamada polineuropatia, provocada por duas tentativas de o envenenar.
Vladimir Kara-Mourza foi considerado culpado de divulgar “informações falsas” sobre o exército russo e sobre a invasão militar da Ucrânia, bem como de ter ligações a uma “organização indesejável”, após um julgamento realizado à porta fechada.
Esta é a sentença mais pesada proferida nos últimos anos contra um importante opositor do Kremlin.
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, quase todas as figuras da oposição foram presas ou fugiram do país.
Milhares de russos comuns também foram julgados e detidos por se oporem ao conflito e, por vezes, condenados a longas penas de prisão.
– Enviem os fantoches valentões da merda engravatados do kremlin para a frente de batalha com uma kalashnikov nas mãos! A “heroicidade” dessa escumalha russonazi apenas está na ponta da língua! E já agora, alistem-se todos os pró-russonazis e mostrem a vossa “valentia” com uma arma nas mãos e a pegar a morte pelos cornos!
🇷🇺卐 MOSCÓVIA // 🇷🇺卐 RUSSONAZIS // 🇺🇦 UCRÂNIA
Momento emocionante captado em família. “A morte está à tua espera?” – o soldado responde: “Falo asperamente: sim”.
Kateryna Klochko / EPA
Denis Ivanov, nome fictício, foi chamado para a guerra há quase um ano, em Outubro de 2022.
O jovem russo vivia em Saratov e ele – e a sua família – foram o foco de uma reportagem impressionante da Rádio Liberdade.
A sua esposa, Vera (também nome fictício) admitiu que não estava à espera da convocatória. No início, o russo não apareceu mas, após a segunda chamada e após ameaças no emprego de Vera, onde avisaram que a família teria problemas caso recusasse combater, o marido aceitou.
Comprou equipamento com o seu próprio dinheiro. Ele e muitos outros russos de Saratov. Nos exercícios, o equipamento estava bom para o lixo.
Estiveram em Saratov nos primeiros tempos, depois rumaram à Bielorrússia. Em Maio deste ano teria as suas primeiras férias – mas não houve férias para ninguém.
Denis foi para a guerra na Ucrânia. Nos primeiros tempos, sempre que falavam ao telefone, o soldado respondia “está tudo bem”.
Mas, na semana passada, Vera entrou em pânico: “Ele ligou na quinta-feira e disse que as Forças Armadas ucranianas estavam a controlar Andreevka e a avançar para Bakhmut. E eles são colocados em Andreevka praticamente sem armas”.
Denis contou a Vera que os russos, no geral, estão a atacar “com pás e sem apoio de artilharia”. E não dá para recuar porque, se recuarem, serão assassinados.
Eram 1.000, passaram a ser 400 soldados. Naquela zona de combate, em dois dias morreram 600 russos, segundo Denis – embora os relatórios oficiais indiquem que morreram três soldados russos.
A mãe do soldado queria divulgar esta informação, sobretudo a escassez de armas. Mas foi logo atacada por mães e esposas de outros soldados: “O mundo não precisa de saber disso”.
“As esposas preocupam-se mais com os seus salários do que com os seus maridos. Estão preocupadas com a possibilidade de que, se os nomes dos rebeldes vierem à luz, eles simplesmente sejam considerados “desaparecidos em combate” e não recebam quaisquer pagamentos”, explica Vera.
Até que, a meio da entrevista…
…Denis telefona.
“A Ucrânia estes a controlar Andreevka, basicamente somos carne para canhão. As pessoas morrem por nada. As pessoas vão para um lado e não voltam”, ouve-se do outro lado da linha.
Quando os soldados avisam os superiores que, se entrarem em Andreevka nunca mais vão sair de lá vivos, os superiores respondem: “E daí?”.
Denis tem noção de que “dificilmente” vai conseguir sair daquela zona.
À pergunta “Qual o sentido de recapturar a aldeia?”, Denis responde: “Também fazemos essa pergunta ao comando. Não temos resposta”.
Denis quer voltar para casa: “Não tenho nada para fazer aqui”. E acha que o significado da guerra, no geral, depende da pessoa: “Uns vêm para aqui para melhorar a sua situação financeira. Outros são mesmo patriotas”.
“Mas eu não estou na minha terra agora. E se me perguntarem: “Porque estás a lutar?”, então não darei resposta. Eu não tenho uma resposta para dar”.
“Não sei por que estou aqui”.
E depois, a emoção: “Não sei se algo vai mudar na nossa situação aqui, após a publicação desta reportagem na rádio, mas sei que amanhã partiremos para o ataque. E posso nunca mais ligar para casa”.
A sua esposa tira o altifalante do telemóvel, corre para a varanda a chorar e continua a falar com o marido: “Volta, por favor”, ouve-se.
A morte
Antes do telefonema de Denis, o filho do soldado, que ainda nem tem 2 anos, estava sentado ao colo da mãe e começou a tocar com o dedo no telemóvel, onde está uma fotografia do soldado.
“Pai!”, diz a criança.
“Sim, é o pai”, diz Vera para o filho. A seguir comenta com o repórter da rádio: “Não quero que o meu filho conheça o pai apenas por fotografias”.
Depois, a meio do telefonema, a pergunta dura: “A morte está à tua espera? Se não for de um lado, será do outro?”.
A resposta de Denis não é menos dura: “Falo asperamente: sim”.
– “… No que diz respeito ao conflito na Ucrânia, a China está a tentar posicionar-se como um país neutro, apesar de um apoio aberto ao Kremlin.”
Como é que se pode ser “neutro” por um lado e pelo outro apoiar o regime do psicopata terrorista russonazi do kremlin da Moscóvia nas áreas económica, financeira e militar? O Xi, grande amigo do russonazi do kremlin, estão bem um para o outro: dois regimes de ditadura repressiva e sanguinária que eliminam todos os opositores aos seus regimes, na mesma luta anti-Ocidente “satânico”! Tudo o resto é folclore e conversa da treta!
A data para a visita não foi revelada. O encontro insere-se na estratégia russa de estreitar os laços económicos, militares e energéticos com Pequim, na sequência do bloqueio do Ocidente por causa da invasão à Ucrânia.
Wang Yi, chefe de gabinete do MNE da China, visitou Putin em Fevereiro.
O presidente russo, Vladimir Putin, confirmou esta quarta-feira que irá visitar a China em Outubro a convite do homólogo chinês, Xi Jinping, a primeira viagem ao país desde o início do conflito na Ucrânia, em Fevereiro de 2022.
Putin disse estar “encantado” por aceitar o convite feito durante um encontro na Rússia com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, indicou a televisão estatal russa, sem que se tenha adiantado uma data concreta para a visita.
O Kremlin já tinha anunciado a “intenção” de o Presidente russo se deslocar à China para participar no Fórum “Belt and Road”, que reúne líderes internacionais.
A Rússia, que foi sancionada pelo Ocidente pela invasão da Ucrânia, tem estado a procurar estreitar os laços económicos, militares e energéticos com Pequim.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, tinha indicado que Putin iria receber Wang Yi e dar-lhe as boas-vindas no “Palácio Constantino em São Petersburgo”, no noroeste do país.
Depois de chegar segunda-feira à Rússia, o chefe da diplomacia chinesa manteve conversações com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, tendo ambos elogiado as posições “semelhantes” partilhadas com Pequim sobre os Estados Unidos e sobre o conflito na Ucrânia.
Desde a visita de Xi Jinping ao Kremlin, em Março, e perante o crescente isolamento da Rússia, atingida por uma onda de sanções internacionais em retaliação à ofensiva na Ucrânia, Moscovo e Pequim têm vindo a defender uma cooperação económica e militar mais estreita, no âmbito de uma amizade oficialmente descrita como “sem limites”.
A China e a Rússia, que partilham o desejo comum de contrariar o que consideram ser a hegemonia dos Estados Unidos, realizaram em Agosto passado manobras navais conjuntas no Pacífico.
No que diz respeito ao conflito na Ucrânia, a China está a tentar posicionar-se como um país neutro, apesar de um apoio aberto ao Kremlin.
– Acções dignas de um regime psicopata terrorista russonazi. Todos os que apoiam directa ou indirectamente este regime terrorista russonazi, situam-se no mesmo patamar político e são tão criminosos quanto ele.
Pelo menos sete instalações médicas em Kherson foram alvo de pelo menos 14 ataques executados por artilharia russa entre Novembro de 2022 e maio deste ano.
Uma investigação do Centro para a Resiliência da Informação (CIR) concluiu que a Rússia atacou deliberadamente infra-estruturas médicas em Kherson, na Ucrânia, depois de perder o controlo da cidade em Novembro.
Pelo menos sete instalações médicas em Kherson foram alvo de pelo menos 14 ataques executados por artilharia russa entre Novembro de 2022 e maio deste ano, de acordo com um relatório do CIR a que a agência de notícias EFE teve acesso.
“O bombardeamento contínuo de hospitais, maternidades e centros de reabilitação pode colocar em risco a sustentabilidade e a operacionalidade do sector da saúde na cidade”, sublinham os autores do estudo, alertando para o risco de a Rússia repetir este padrão de agressão contra outras localidades ucranianas.
Segundo os peritos desta organização não-governamental (ONG), dedicada a revelar violações dos direitos humanos e crimes de guerra através da análise de imagens de satélite e das redes sociais, a Rússia intensificou os ataques às infra-estruturas civis em Kherson após a libertação da cidade a 11 de Novembro.
Até então, sob o domínio russo, apenas tinha sido registado um incidente contra uma instalação médica.
No entanto, após a libertação de Kherson, as maternidades, os centros de cardiologia, os centros de reabilitação e os hospitais pediátricos foram atingidos por fogo de artilharia.
O primeiro destes bombardeamentos teve lugar apenas seis semanas após a expulsão das tropas russas. A maternidade do Hospital Clínico da Cidade de Kherson foi alvo de fogo de artilharia russa em 27 de Dezembro de 2022, mas não foram registadas vítimas.
O mês com o maior número de ataques foi Janeiro último, com cinco, enquanto em Dezembro e Fevereiro registaram-se três, dois em Março e um em Abril.
Entre Maio e Julho deste ano, registou-se uma diminuição do bombardeamento de instalações médicas, embora os trabalhadores médicos que retiravam civis após o colapso da barragem de Kakhovka tenham sido atacados em Junho e, em Agosto se tenham verificado danos no mesmo hospital clínico.
A ONG salienta que as acções de Moscovo fazem lembrar as tácticas russas nas zonas de Idleb e Alepo, na Síria, controladas pelos rebeldes.
– Como é possível e admissível um Estado terrorista, com regime nazi, fazer parte da ONU e do Conselho de Segurança, com direito a VETO? Estão todos loucos?
A Caritas-Spes, organização fundada pela Igreja Católica na Ucrânia, denunciou hoje um ataque russo contra um armazém em Lviv, no oeste do país, que não provocou vítimas mas destruiu cerca de 300 toneladas de ajuda humanitária.
“Na madrugada de 19 de Setembro, as tropas russas atacaram uma zona industrial em Lviv, onde estava localizado o armazém de ajuda humanitária da Caritas-Spes Ucrânia.
Todos os colaboradores da equipa da Cáritas saíram ilesos, mas o armazém, com todo o seu interior, foi totalmente queimado”, descreveu a instituição em comunicado enviado à Lusa pela congénere portuguesa.
Segundo a Cáritas-Spes, os danos ainda estão a ser calculados em detalhe, mas foi confirmada a destruição de 33 paletes de embalagens de alimentos, dez de ‘kits’ de higiene e alimentos enlatados, dez de roupas e diversos geradores e outros equipamentos.
No total, as perdas são estimadas em cerca de 300 toneladas de bens de ajuda humanitária recolhida através de doações e que estavam destinados a 660 famílias.
A cidade de Lviv, situada a cerca de 500 quilómetros a oeste da capital ucraniana, Kiev, mantém-se desde o primeiro dia da invasão russa, em 24 de Fevereiro do ano passado, longe das frentes de combate, mas acolhe mais de 250 mil deslocados e é alvo ocasionalmente de ataques aéreos russos.
A Caritas-Spes, segundo a informação disponível na sua página ‘online’, foi fundada pelos bispos católicos ucranianos em 1995, sendo a primeira organização de assistência humanitária desde a independência do país após a separação da União Soviética em 1991.
– É impressionante como estes fanáticos fantoches ditadores comunas não possuem um pingo de dignidade ao não reconhecerem que são puros ditadores de um regime tipo nazi, prendendo, enviando opositores para campos de “reeducação”, assassinando quem lhes faz frente, ignorando o que representa Liberdade e Democracia! E vão fazer com Taiwan o mesmo que os russonazis da Moscóvia estão a fazer na Ucrânia! Dois regimes de ditadura nazi. Um trio de nazis nesta região da Ásia: Coreia do Norte, China e Moscóvia. Estes psicopatas são autênticas anedotas! FDS!
🇨🇳 ☭ CHINA // DITADURA // ☠️ TERRORISMO
China considerou “extremamente absurdas” as recentes declarações da ministra dos Negócios Estrangeiros alemã.
A China considerou esta segunda-feira “extremamente absurdas” as recentes declarações da ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, nas quais descreveu o Presidente chinês, Xi Jinping, como um ditador.
Baerbock questionou este fim de semana, numa entrevista à cadeia televisiva norte-americana Fox News, o que uma vitória do líder russo, Vladimir Putin, na guerra na Ucrânia, significaria para “outros ditadores como o Presidente chinês, Xi Jinping”.
A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, manifestou a “profunda insatisfação” de Pequim com as palavras da chefe da diplomacia alemã e garantiu que o seu país já apresentou um protesto formal à nação europeia através dos canais diplomáticos.
Em Junho passado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também chamou o líder chinês de “ditador”, palavras que o ministério dos Negócios Estrangeiros do país asiático descreveu na altura como “extremamente irresponsáveis” e “uma provocação política”.
– Se a cartilha russonazi continua a ser a mesma dos tempos leninistas/estalinistas, não existe nenhuma diferença entre o actual regime nazi do kremlin da Moscóvia com o da antiga URSS. Costuma dizer-se na gíria popular: mudam as moscas mas a merda é a mesma.
Putin vs. Lenine: a comparação subestimada entre o contexto actual e a invasão da Polónia pelo Exército Vermelho – que acabou mal para os russos.
mjsmulligan / FLickr Estátua de Lenine e bandeira da Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia, numa guerra que se prolonga desde o dia 24 de Fevereiro de 2022.
O Governo russo alega que a Ucrânia é comandada por um regime nazi e que precisa de defender a Rússia de um país, alega, que é uma “marioneta” da NATO e, sobretudo, dos Estados Unidos da América.
A decisão anunciada por Vladimir Putin pode ser comparada a uma decisão de Vladimir… Ulianov. Mais conhecido como Lenine.
A decisão de Lenine é a invasão da Polónia em 1920. É uma comparação que tem sido subestimada, avisa o portal The Conversation.
O então Exército Vermelho invadiu a Polónia no Verão de 1920, numa região que ainda sentia os efeitos da muito recente I Guerra Mundial. O plano era conquistar Varsóvia e instalar um governo soviético na Polónia.
Lenine e os seus aliados consideravam que o Reino Unido e a França estavam a comandar a Polónia. O capitalismoocidental queria chegar à Rússia (então República Socialista Federativa Soviética da Rússia) e reverter a revolução que tinha começado em 1917.
Os bolcheviques diziam que os outros dois países da Tríplice Entente (Reino Unido e França) estavam a incentivar a Polónia a iniciar uma guerra com a futura URSS. A Polónia era uma “marioneta” dos capitalistas do Reino Unido e da França.
Lenine acreditava nisto e apresentava esta ideia publicamente. Chegou a dizer a Leon Trotsky que britânicos e franceses estavam a aplicar uma “hipnoseextraordinariamente forte” sobre os países que tinham fronteira com o território soviético.
Foi sobretudo isto que originou a “decisão desastrosa”de invadir a Polónia.
Estaline não queria mas Lenine avançou. Apesar da fragilidade do exército soviético, da força polaca, do risco que representava esta decisão militar, Lenine acreditava que uma revolução dos operários iria avançar na Polónia.
E, como recebeu a indicação – dos bolcheviques polacos – que os trabalhadores polacos iriam ajudar o Exército Vermelho, a operação militar começou.
A guerra não durou muito. A Polónia venceu os vizinhos em duas semanas, em Agosto de 1920, perto de Varsóvia. Foi na Batalha de Varsóvia, ou no “Milagre no Vístula”, decisiva na guerra entre polacos e soviéticos.
Uma humilhação para os russos/soviéticos, há mais de 100 anos. Que começou numa “conspiração complexa anti-soviética”.
O Centro para a Integridade Democrática informou que identificou 34 estrangeiros não-russos que foram envolvidos pelo Kremlin na observação das eleições naquelas zonas ocupadas.
Uma organização não-governamental (ONG) denunciou esta sexta-feira o envio por parte da Rússia de “observadores internacionais” para monitorizar as recentes eleições nas regiões ucranianas ocupadas de Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporijia, afirmando tratar-se de uma violação das leis da Ucrânia.
O Centro para a Integridade Democrática (CID) — uma ONG que analisa tentativas de regimes autoritários para influenciar politicamente as sociedades — informou que identificou 34 estrangeiros não-russos que foram envolvidos pelo Kremlin (Presidência russa) na observação das eleições naquelas zonas ocupadas, que decorreram em 10 de Setembro.
“Ao entrar ilegalmente nos territórios ucranianos, todos os ‘observadores internacionais’ violaram leis ucranianas, e apelamos às autoridades nacionais relevantes para que informem os seus cidadãos sobre as consequências que podem enfrentar pela sua participação nos esforços da propaganda russa”, disse o CID, num comunicado.
O CID reconhece que não é possível determinar o número exacto de “observadores internacionais” envolvidos no processo, mas estima que o Kremlin tenha organizado quatro grupos de até 10 elementos nas zonas ocupadas de Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporijia, indicando, porém, que pelo menos 34 elementos foram identificados.
No passado domingo, dia 10 de Setembro, a Rússia realizou eleições regionais e municipais, numa votação alargada às regiões que anexou à Ucrânia, apesar da condenação de Kiev e da generalidade da comunidade internacional.
A votação, que foi iniciada no dia 8 de Setembro em algumas zonas, englobou a península da Crimeia, anexada em 2014, e as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, anexadas já depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia, em 24 Fevereiro de 2022.
Kiev e os seus aliados, nomeadamente a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, consideraram que as eleições nos territórios ucranianos ocupados foram ilegais e não terão quaisquer consequências jurídicas.
Na altura, a UE considerou que as eleições foram “uma tentativa fútil da Rússia de legitimar ou normalizar o seu controlo militar ilegal (…) de partes dos territórios ucranianos”, concluindo que não iria reconhecer essas mesmas consultas eleitorais ou os seus resultados.
Por seu lado, os Estados Unidos referiram-se às “eleições falsas nas áreas ocupadas da Ucrânia” como um “mero exercício de propaganda”, e afirmaram que “nunca reconhecerão as reivindicações da Federação Russa sobre qualquer território soberano da Ucrânia”.
– Não basta o MNE afirmar que na Ucrânia ocupada: “eleições” são “ilegítimas e ilegais”! E é bom lembrar os mais “distraídos”, que esse pró-russonazi PZP, “enquanto ainda se encontrava em território ucraniano, ter designado o local onde estava como “daqui da União Soviética”.” E mais: “Numa entrevista em inglêspublicada no sábado no site DNR news – que numa outra publicação usa a expressão “ucronazis” para designar os ucranianos -, o deputado municipal, apresentado como “perito internacional” (o título da entrevista é “Peritos internacionais confirmam que as eleições no Donbass estão a decorrer de acordo com a lei internacional”) garante – após ouvir o “perito” ao seu lado (não identificado) certificar que o processo tinha decorrido “de acordo com a lei internacional”, e que estavam ali para verificar se o sentimento era de “opressão ou de libertação” – que tinha visto “o sentimento de liberdade, que é muito importante em eleições”, e que havia “uma atmosfera muito livre”.”
Confrontado com a presença de um deputado municipal do PCP, qualificado nos media russos como “observador” do “processo eleitoral”, nos territórios ucranianos ocupados, o ministério dos Negócios Estrangeiros recusa qualquer comentário, reiterando a posição de Portugal sobre a ilegalidade da ocupação e das “eleições”.
Manuel Pires da Rocha está ao centro, na parte de trás da foto, com a mão no ombro da mulher que aparece ao seu lado esquerdo
“Representante de Portugal”; “perito internacional”, “observador do processo eleitoral”. Foi designado por essas três qualificações que Manuel Pires da Rocha, deputado municipal do PCP em Coimbra e desde pelo menos 2009 cabeça de lista da CDU/PCP às legislativas por aquela cidade, surgiu este fim de semana em publicações de propaganda russa sobre o “processo eleitoral” que entre sexta-feira e domingo teve lugar nos territórios ucranianos ocupados pela Rússia.
Tendo a imagem, discurso e nacionalidade deste representante português eleito sido usados nessas publicações para credibilizar uma votação condenada como ilegal e sem qualquer valor pela ONU e União Europeia, o DN confrontou o ministério dos Negócios Estrangeiros com esse facto.
Que comentário merece ao MNE a participação de um representante português eleito na credibilização daquilo que a UE e portanto o Estado português qualificam como um ato ilegal e “mais uma manifesta violação da lei internacional, incluindo da Carta das Nações Unidas, da independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia”, perguntou o jornal, que também quis saber se o ministério chefiado por João Gomes Cravinho queria reagir ao facto de Rocha, em entrevista à Rádio Observador enquanto ainda se encontrava em território ucraniano, ter designado o local onde estava como “daqui da União Soviética”.
A resposta enviada ao DN evita referir Pires da Rocha, limitando-se a uma demarcação total das afirmações do deputado municipal: “Portugal reafirma as posições inequívocas que tem vindo a tomar, seja com os seus parceiros europeus, a nível UE, seja no seio de organizações internacionais como a ONU e a NATO, sublinhando que o referido ato é ilegítimo e ilegal. Portugal reconhece as fronteiras da Ucrânia estabelecidas em 1991, que o Memorando de Budapeste de 1994 reiterou, e apoia a soberania ucraniana sobre todos os territórios ilegalmente ocupados pela Federação Russa.”
Recorde-se que a presença de Pires da Rocha no Donbass como “perito observador” foi detectada a partir de uma publicação surgida sexta-feira da semana passada na rede social antes denominada Twitter, na qual se anunciava a presença de “representantes” de vários países, incluindo Portugal, para “monitorizar” o processo eleitoral no Donbass. Numa das fotos que acompanham o anúncio está Rocha, que foi reconhecido.
❗️🌎Foreign observers from seven countries are monitoring the election process in Donbass
Today, on September 8, the first day of elections to the People's Council and representative bodies of municipalities is taking place in the DPR.
Numa entrevista em inglês publicada no sábado no site DNR news – que numa outra publicação usa a expressão “ucronazis” para designar os ucranianos -, o deputado municipal, apresentado como “perito internacional” (o título da entrevista é “Peritos internacionais confirmam que as eleições no Donbass estão a decorrer de acordo com a lei internacional”) garante – após ouvir o “perito” ao seu lado (não identificado) certificar que o processo tinha decorrido “de acordo com a lei internacional”, e que estavam ali para verificar se o sentimento era de “opressão ou de libertação” – que tinha visto “o sentimento de liberdade, que é muito importante em eleições”, e que havia “uma atmosfera muito livre”.
Na mesma entrevista, Rocha refere-se ao secretário de Estado americano Antony Blinken e ao comunicado, tornado público a 7 de Setembro, do departamento de Estado dos EUA, no qual se adverte que “quaisquer indivíduos que apoiem as falsas eleições russas na Ucrânia, incluindo apresentando-se como ‘observadores internacionais’, podem ser sujeitos a sanções e restrições de vistos”.
“Mesmo se o Sr Blinken diz que somos agentes, não somos agentes, somos cidadãos. E não abdicamos de ser cidadãos. O nosso olhar é importante para haver contraditório no que se ouve no mundo”, disse o eleito do PCP.
Já no domingo, e após notícias nos media portugueses sobre a sua presença no Donbass, deu, ainda em território ucraniano, uma entrevista à Rádio Observador na qual informou que como ex-estudante na União Soviética (estudou ali violino) mantém “relação com a embaixada” (sem referir que se trata da embaixada da Federação russa), e que por vezes recebe “convites” como aquele que o levara ali, sublinhando não perceber de “questões técnicas” e que fora pela “questão humana”. A dada altura, refere-se ao local onde está como “daqui da União Soviética”.
Logo no domingo o PCP, numa curta nota escrita para os media portugueses, demarcava-se do seu representante eleito: “A presença de Pires da Rocha no Donbass é totalmente alheia a qualquer decisão do PCP e as suas declarações só responsabilizam o próprio”, e esta quinta-feira o próprio publica uma longa carta na Visão insurgindo-se contra aquilo que designa de “alvejamento”, “perseguição”, “mistificação vergonhosa”
Trata-se, diz, de uma “campanha mediática (mais uma), de surpreendente dimensão, procurando envolver meu Partido (o PCP) num ato que resulta da minha vontade em conhecer uma realidade que, em Portugal, quase toda a gente desconhece (…).
A utilização de um militante do PCP (e fosse ele de qualquer outro partido!) no processo de divulgação em massa de uma mistificação vergonhosa, constitui uma agressão de refinada violência, que importa denunciar.”
O que se passou, prossegue Rocha, foi que “há cerca de três semanas a Câmara Cívica da Rússia [instituição congénere do Conselho Económico e Social português, e que como o governo do país atribui a responsabilidade da invasão à Ucrânia] convidou-me, a título individual, para a observação das eleições regionais e locais que ali tiveram lugar no passado fim de semana e eu, por razões da profunda relação afetiva que conservo com os povos da ex-URSS, aceitei.
” Esteve, esclarece, no Donbass, onde pôde “falar com numerosas pessoas nos territórios da auto-proclamada República Popular de Donetsk, em situação de guerra desde 2014 (após a vitória do golpe de Estado da Maidan).”
Por “golpe de Estado da Maidan” – designação que se encontra na página do PCP sobre “a situação na Ucrânia” – Rocha refere a queda do governo do presidente Viktor Yanukovytch na sequência de manifestações que se prolongaram por dois anos (2013 e 2014) em reacção à suspensão da assinatura do acordo de associação do país com a UE.
Na mesma página, o PCP menciona os “referendos” de 2014 na Crimeia (sob invasão e ocupação russas) e nas repúblicas auto-proclamadas de Donetsk e Lugansk (igualmente com presença, confirmada pelas instituições internacionais, de tropas russas) sem qualquer menção ao facto de serem reputados de ilegais.
Sobre o que foi organizado na Crimeia, lê-se: “Por esmagadora maioria é aprovada a reunificação da Crimeia e Sebastopol com a Rússia.”
Não há menção na página do PCP aos “referendos” organizados em 2022 pela Rússia nos territórios ocupados durante a invasão que se iniciou a 24 de Fevereiro de 2022, com vista a legitimar a sua integração na Federação Russa, nem à “votação” deste fim de semana – a cronologia da página termina em Fevereiro de 2022 com “início da operação militar da Rússia na Ucrânia”.
Mas não existindo da parte do partido qualquer condenação conhecida destes actos, não é fácil perceber por que motivo Rocha se afirma “usado numa campanha contra o PCP”, cuja posição “relativamente à guerra”, assevera, “é clara e pública (ainda que desvirtuada por sucessivas campanhas de difamação)”.
Uma posição que o próprio Manuel Pires da Rocha deixou claríssima numa entrevista concedida em Junho de 2022 enquanto deputado municipal do PCP: “Os líderes europeus deviam ter-se reunido com o governo liderado por Putin de modo a encontrar uma solução para as reivindicações russas e resolver o conflito por via negocial.”
Jornalistas russos independentes denunciaram à o ambiente de insegurança que sentem ao exercer a profissão.
Jornalistas russos independentes denunciaram esta terça-feira à Lusa o ambiente de insegurança que sentem ao exercer a profissão, temendo a “onda de envenenamentos” que se tem registado contra profissionais da imprensa e activistas da Rússia.
No Harriman Institute da Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, Galina Timchenko – co-fundadora, CEO e editora da Meduza, o maior meio de comunicação independente russo publicado em russo e inglês – e Ivan Kolpakov – editor chefe da Meduza – falaram dos desafios que enfrentam para transmitir notícias dentro da Rússia, apesar da forte propaganda do Kremlin.
Em resposta a uma questão da agência Lusa sobre os perigos de exercer jornalismo independente na Rússia, Ivan Kolpakov assegurou que esses perigos não estão limitados às fronteiras terrestres do país, multiplicando-se os casos de jornalistas russos atacados no estrangeiro.
“Na Rússia é proibido ser jornalista independente. Vamos para a prisão se fizermos jornalismo independente, basicamente. Então, se alguém trabalhar para a Meduza, pode ser preso porque está trabalhar para uma organização que foi considerada ‘indesejável’.
Ou pode ir para a prisão porque é ‘traidor do Estado’, ou porque está a violar uma lei sobre ‘divulgação de informação sobre o exército russo'”, explicou.
“Mas ser jornalista russo não é seguro mesmo que você não esteja na Rússia. Talvez já tenham ouvido falar que a nossa repórter Elena Kostyuchenko foi envenenada na Alemanha no ano passado. Há uma onda de envenenamento de jornalistas e activistas russos neste momento na Europa.
Portanto, infelizmente, não é seguro ser jornalista russo em lugar nenhum”, afirmou o editor chefe da Medusa, que está agora sediada em Riga, capital da Letónia.
A jornalista dissidente russa Elena Kostyuchenko viajava de comboio para Berlim em Outubro passado, quando adoeceu abruptamente, num caso que levou as autoridades alemãs a investigar uma suspeita de tentativa de envenenamento.
A mulher de 35 anos — que deixou a Ucrânia depois de ter sido informada de que unidades chechenas em postos de controlo russos receberam ordens para matá-la — foi uma entre três jornalistas russos exilados que adoeceram com sintomas de envenenamento em capitais europeias durante o mesmo período, segundo o ‘site’ de investigação The Insider.
Além dos ataques físicos, jornalistas russos independentes têm sofrido outros tipos de pressões nos países em que estão exilados.
A autoridade de comunicação social da Letónia revogou em Dezembro passado a licença de transmissão do canal de televisão independente russo Dozhd, que operava no exílio desde que Moscovo invadiu a Ucrânia.
“Estes são apenas alguns exemplos de como é ser um jornalista russo nos dias de hoje. Você foge do seu Governo, vai para a Letónia, um país vizinho e que faz parte da União Europeia, e então acaba expulso.
É como se estivessem a lutar contra nós de ambos os lados. É perigoso ser jornalista russo? Eu acho que sim”, admitiu Ivan Kolpakov, um dos jornalistas russos que entrevistou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, logo após a invasão.
No evento em Nova Iorque, Galina Timchenko declarou que, após os episódios de envenenamento, foram adoptados protocolos rígidos para evitar que situações semelhantes voltassem a acontecer contra jornalistas, principalmente em viagens, limitando, por exemplo, o consumo de líquidos em hotéis.
“Já sabíamos do caso da Elena Kostyuchenko desde o ano passado, então mudamos todos os nossos protocolos. Primeiro, para a nossa equipa editorial, depois para os nossos ‘freelancers‘ e depois para todos nós”, explicou a fundadora da Meduza.
“Pudemos perceber o padrão de quase todas as intoxicações, apesar de algumas ainda não terem sido reveladas: ocorreram durante viagens. Então, impusemos regras muito rígidas para viagens, para o uso de líquidos e para a vida quotidiana.
Por exemplo, proibimos estritamente qualquer entrega de comida ou entrega ao domicílio ao nosso pessoal. É um pouco estranho, mas impusemos algumas regras para não usarem líquidos dentro dos hotéis e assim por diante. Mudamos seis ou sete protocolos”, disse Timchenko.
Questionada ainda pela Lusa sobre o tipo de conteúdo informativo a que os cidadãos russos têm acesso nas suas televisões diariamente, a jornalista explicou que, antes mesmo da invasão, foi criada uma atmosfera anti-Ucrânia.
“Antes do início da guerra, era muito difícil assistir ao noticiário. Não havia notícias sobre a Rússia. Nada. Todas as notícias eram sobre a Ucrânia, sobre o quão ruim era a sua situação económica, a situação na sociedade civil, má cultura e assim por diante. Todas as notícias, todos os dias, eram sobre a Ucrânia. Nada sobre notícias internas da Rússia”, disse.
“Actualmente, por um lado, tentam preencher todo o tempo de transmissão com programas de info-entretenimento ou entretenimento.
E, ao mesmo tempo, debatem agressivamente sobre como os ucranianos odeiam os russos. É só isso”, acrescentou Galina Timchenko, que afirmou que quando o Presidente russo, Vladimir Putin, chegou ao poder, a repressão e censura começaram a aumentar.
A Meduza consegue alcançar milhões de pessoas dentro da Rússia, apesar da redacção do projecto funcionar no exílio durante os últimos nove anos.
Em Abril de 2021, as autoridades russas designaram a Meduza como um “agente estrangeiro” numa tentativa de reduzir as suas receitas publicitárias e, semanas após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o Kremlin começou a bloquear completamente o ‘website’ da Meduza.
Já em Janeiro deste ano, Moscovo proibiu completamente a Meduza, declarando o meio de comunicação uma “organização indesejável” ilegal.
Face a essas circunstancias, a Meduza adaptou-se, mudando não só mudou a linguagem e o estilo associado à imprensa russa, mas conseguiu também inovar em diversas áreas — desde novos formatos, até publicidade, desde ‘podcasts‘ até manchetes animadas e de fácil acesso ao público.
Em 2022, a Meduza recebeu o Prémio Fritt Ord pelo seu “jornalismo corajoso, independente e baseado em factos”.