414: Marcelo “neutral” confirma contacto do filho sobre as gémeas

 

🇵🇹 PORTUGAL // 🇵🇹 MRS // 🇧🇷 GÉMEAS BRASILEIRAS

Nuno Rebelo de Sousa apresentou o caso mas não houve influência presidencial. E seria “inaceitável” o filho evocar a sua ligação familiar.

Ricardo Castelo / Lusa
Marcelo Rebelo de Sousa de costas

O Presidente da República confirmou nesta segunda-feira que o seu filho o contactou sobre as gémeas residentes no Brasil com atrofia muscular espinhal.

Mas defendeu que o tratamento dado ao caso foi neutral e igual a tantos outros.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas num auditório do Palácio de Belém, em Lisboa. Uma conferência de imprensa anunciada uma hora antes, mas sem assunto indicado.

Revelou que a correspondência encontrada no servidor da Presidência da República começou em 2019, quando o seu filho Nuno Rebelo de Sousa lhe enviou um e-mail – que agora seguiu para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Foi contactado pelo filho mas deixa claro: “Perante uma pretensão de um cidadão como qualquer outro, dei o despacho mais neutral e igual a que dei em ‘n’ casos”, sem qualquer intervenção do Presidente da República pelo facto de ser filho ou não ser filho”.

O presidente da República contou que, quando lhe perguntaram se tinha tido algum contacto com algum familiar sobre o processo das gémeas, respondeu: “Francamente, não me recordo”.

“Na sequência disso, mandei apurar, aqui na Presidência da República, tudo o que pudesse existir de registos ou arquivado sobre esse tema. Foi uma matéria laboriosa, porque implicou saber se elementos da Casa Civil tinham tido interferência ou não, depois até que ponto é que eu tinha tido alguma intervenção e qual, em que termos é que isso tinha acontecido, o mais exaustivamente possível”, assegurou.

Marcelo disse que já informou a PGR todos os dados que foram recolhidos nessa averiguação interna.

A cronologia

Na narrativa cronológica que apresentou nesta conferência de imprensa, destacou o dia 21 de Outubro de 2019: o dia em que o filho Nuno lhe escreveu a indicar que “um grupo de amigos da família das duas crianças gémeas se tinha reunido e estava a tentar que elas fossem tratadas em Portugal“.

Esse grupo contactou o Hospital Dona Estefânia, mas foi encaminhado para o Hospital Santa Maria.

Como não chegou resposta desse hospital, Nuno Rebelo de Sousa perguntou a Marcelo se “é possível saber se há resposta possível ou não sobre a matéria”.

O presidente da República perguntou ao chefe da Casa Civil se a assessora para assuntos sociais poderia informar como estava o processo.

Depois dessa pergunta, o chefe da Casa Civil disse a Nuno Rebelo de Sousa: “O processo foi recebido e estão a ser analisados vários casos do mesmo tipo, estando a ser analisados doentes internados e seguidos em hospitais portugueses, sendo que a capacidade de resposta é muito limitada e depende inteiramente de decisões médicas do hospital e do Infarmed”.

O mesmo responsável explicou que a prioridade do SNS são os casos que estão a ser tratados nos hospitais portugueses e de pessoas que moram em Portugal.

Os portugueses que moram no estrangeiro “têm direito a ser tratados pelos sistemas de saúde dos países onde residam, nos termos das convenções de Segurança Social ou, no caso da União Europeia, da legislação europeia”, continuou a citar o presidente da República.

No final desse mês, de Outubro de 2019, chegaram (como habitualmente) ao chefe de gabinete do primeiro-ministro “centenas ou milhares de casos”, além de terem sido enviados ao chefe de gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

A indicação foi a habitual: “Para os efeitos que entender por convenientes“.

Ao mesmo tempo, o chefe da Casa Civil enviou uma carta para o pai das gémeas, informando que a documentação tinha seguido para aqueles dois gabinetes.

Termina aqui a intervenção da Presidência da República. Começa no dia 21, termina no dia 31. A partir daí não há qualquer registo, qualquer intervenção sobre a sequência do processo”, concluiu Marcelo Rebelo de Sousa.

Tudo que aconteceu depois, em relação a este caso… “Isso não sei. Não sei, francamente, como é que foi e o que se passou a seguir, não tenho a mínima das ideias. Para isso é que há a investigação da PGR. E espero, como disse há dias, que seja cabal, para se perceber o que se passou desde o momento em que saiu de Belém”.

Ainda sobre o facto de o seu filho ter aparecido neste processo, explicou: “Ele quis ser solidário, quis apresentar, mandou o caso”.

Mas não sabe se Nuno Rebelo de Sousa falou directamente com o Ministério da Saúde e nem coloca a hipótese de o seu filho ter mencionado que era filho do Presidente da República: “Seria totalmente inaceitável”. Aliás, acrescentou: “Espero bem que não tenha falado”.

Já na fase de perguntas dos jornalistas, quando questionado sobre se tem condições para continuar a ser presidente da República, a resposta foi clara: “Ai certamente”.

Ministério disponível

Já na manhã desta terça-feira, o Ministério da Saúde comunicou que está “inteiramente disponível” para enviar toda a documentação sobre o caso – se esse pedido chegar.

“O Ministério da Saúde está inteiramente disponível para colaborar com as autoridades e fornecer toda a documentação relevante. Aguardaremos os pedidos das autoridades e, como sempre acontece, enviaremos o que nos for solicitado”, escreveu o ministério na rádio TSF.

ZAP //
5 Dezembro, 2023



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173: PGR não informou presidente do Supremo de investigação a Costa

 

🇵🇹 PORTUGAL // ⚖️JUSTIÇA // ⚖️ PGR

O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça só terá tido conhecimento do inquérito instaurado ao primeiro-ministro no dia em que este apresentou a demissão, a 7 de Novembro.

A procuradora-geral da República, Lucília Gago
© Gerardo Santos/ Global Imagens

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça só terá ficado a saber do inquérito autónomo ao primeiro-ministro, António Costa, na sequência da operação Influencer, no mesmo dia em que o chefe do Governo apresentou a demissão.

Isto porque, segundo está a ser avançado esta sexta-feira pela SIC, a Procuradora-Geral da República (PGR), Lucília Gago, não informou o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o juiz Conselheiro Henrique Araújo, sobre o inquérito instaurado a Costa, decorrente do processo que investiga negócios do hidrogénio, lítio e o centro de dados de Sines.

A denominada operação Influencer, recorde-se, levou à constituição de nove arguidos, entre os quais o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, e Diogo Lacerda Machado, consultor próximo de Costa.

Desta forma, o presidente do Supremo só terá tido conhecimento da investigação ao primeiro-ministro no mesmo dia em que os portugueses, a 7 de Outubro, quando foi tornado público o parágrafo que consta do comunicado emitido pela Procuradoria-Geral da República.

“No decurso das investigações surgiu, além do mais, o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do Primeiro-Ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto supra-referido.

Tais referências serão autonomamente analisadas no âmbito de inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, por ser esse o foro competente”, lê-se no referido parágrafo do comunicado da PGR, que levou à demissão do primeiro-ministro, desencadeando uma crise política, com marcação de eleições antecipadas para 10 de Março.

DN
17 Novembro 2023 — 19:58


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160: Lucília Gago escreveu o parágrafo que levou à demissão de Costa

 

🇵🇹⚖️ PGR //⚖️ LUCÍLIA GAGO // DEMISSÃO COSTA

Procuradora Geral da República decidiu incluir na nota a revelação de que existe uma investigação criminal contra António Costa.

© PAULO SPRANGER/Global Imagens

Foi a própria Procuradora-Geral da República quem redigiu o último parágrafo do comunicado que levou o primeiro-ministro a apresentar a demissão, avança o Expresso.

Lucília Gago decidiu incluir na nota a revelação de que existe uma investigação criminal contra António Costa, apesar de os procuradores responsáveis pelo processo não terem proposto qualquer referência a esse inquérito, aberto no Supremo Tribunal de Justiça.

Habitualmente as notas emitidas pela PGR são redigidas de acordo com os dados fornecidos pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal, mas a procuradora quis acrescentar esse parágrafo, para evitar que o Ministério Público fosse acusado de proteger Costa.

A decisão não terá provocado mal-estar na equipa de magistrados liderada por João Paulo Centeno, adianta o mesmo jornal.

O Presidente da República terá sido o primeiro a saber da inclusão desse parágrafo, mas fonte de Belém vincou que Marcelo Rebelo de Sousa não teve qualquer interferência na comunicação da PGR.

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, Adão Carvalho, assegurou ao Expresso que a demissão de Costa apanhou “de surpresa” tanto Lucília Gago como os procuradores que investigam o caso.

António Costa é alvo de um inquérito no Ministério Público (MP) junto do Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos no processo que investiga tráfico de influências no negócio de um centro de dados em Sines terem invocado o seu nome como tendo tido intervenção para desbloquear procedimentos.

O MP considera que houve intervenção do primeiro-ministro na aprovação de um diploma favorável aos interesses da empresa Start Campus, responsável pelo centro de dados, de acordo com a indiciação.

No dia da demissão, em 07 de Novembro, António Costa recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável”.

O MP em 10 de Novembro deteve cinco pessoas: o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa, que no final do interrogatório judicial foram colocados em liberdade.

No total, há nove arguidos no investigação aos negócios do lítio, hidrogénio verde e do centro de dados de Sines, entre eles o ex-ministro das Infra-estruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS João Tiago Silveira e a empresa Start Campus.

DN
17 Novembro 2023 — 08:27


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149: Dias azedos no MP. PGR pediu explicações na investigação que derrubou Costa

 

🇵🇹 PORTUGAL // ⚖️ PGR // ⚖️ MP // 🍋DIAS AZEDOS

Vivem-se dias complicados no Ministério Público (MP) depois dos erros revelados na Operação Influencer que derrubou António Costa. Há um “mal-estar” na cúpula da entidade e a procuradora-geral da República, Lucília Gago, pediu explicações aos titulares da investigação.

Miguel A. Lopes / Lusa
Lucília Gago, procuradora-geral da República

O “mal-estar” no MP começou com a revelação de alguns erros na investigação da Operação Influencer que levou à detenção do ex-chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, e do seu amigo, Diogo Lacerda Machado.

Um desses erros é de transcrição, com o nome de António Costa a ser referido erradamente quando se falava realmente de António Costa e Silva, o ministro da Economia.

Mas o que agravou a situação foi o anúncio das medidas de coacção pelo juiz de instrução criminal Nuno Dias Costa. Foram bem mais leves do que o MP desejava, apenas com a proibição de os arguidos se ausentarem do país e com a obrigação da entrega dos passaportes.

Depois disso, a procuradora-geral da República, Lucília Gago, pediu explicações ao director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Francisco Narciso, de acordo com o que apurou o Público. Foi depois disso que o MP anunciou que ia recorrer das medidas de coacção aplicadas, ainda segundo o mesmo jornal.

A decisão do juiz também causou estranheza porque, apesar de deixar cair os crimes de corrupção, notou que os arguidos estavam “fortemente indiciados” por tráfico de influências e, mesmo assim, não determinou a proibição de contactos entre eles.

Nesta altura, o clima é azedo e há um “mal-estar na Procuradoria-Geral da República (PGR)”, como nota o Público. Perante isso, Lucília Gago desdobra-se em “reuniões” para “definir o rumo a tomar” na Operação Influencer, segundo o diário.

Em cima da mesa, está a possibilidade de os três procuradores ligados ao caso se dedicarem em exclusivo a essa investigação.

Mas também se estuda a hipótese de reforçar a equipa de investigação com mais meios. E isso pode passar por chamar a Polícia Judiciária para o caso, nomeadamente através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção.

ZAP //
16 Novembro, 2023


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93: PGR esclarece que inquérito a Costa começou a 17 de Outubro

 

⚖️PGR // 🇵🇹 ANTÓNIO COSTA // INQUÉRITO

Procuradoria-Geral da República emitiu esclarecimento esta sexta-feira, na sequência do comunicado enviado às redacções a 7 de Novembro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareceu esta sexta-feira que a instauração do inquérito que envolve António Costa remonta a 17 de Outubro de 2023.

A PGR indica que, à data do envio da nota para a comunicação social, a 7 de Novembro, “encontrava-se já instaurado no Supremo Tribunal de Justiça” o inquérito mencionado no último parágrafo.

“Tal instauração, a que o Ministério Público se encontra vinculado por imposição legal sempre que obtém notícia da eventual prática de factos criminalmente relevantes, remonta a 17 de Outubro de 2023, tendo decorrido, na circunstância, da atribuição pelo Código de Processo Penal de foro especial ao Primeiro-Ministro”, indica o aditamento enviado esta sexta-feira às redacções.

A PGR indica que “a conexão existente entre a factualidade subjacente aos dois inquéritos justifica e exige que a investigação de ambos prossiga articuladamente”, sem prejuízo da ocorrida autonomização.

A nota enviada esta sexta-feira refere que “as diligências integrantes da operação desenvolvida esta semana e o material probatório recolhido no seu âmbito, incluindo o acervo documental e digital, demandam exaustiva análise”, mas a PGR assegura que “as investigações prosseguirão com as necessárias diligência e celeridade, visando o seu encerramento no mais curto prazo”.

O primeiro-ministro, António Costa, pediu na terça-feira a sua demissão ao Presidente da República, que a aceitou, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projectos de lítio e hidrogénio.

Esta decisão surge na sequência de uma operação sobre negócios do lítio e do hidrogénio verde, coordenada pelo DCIAP e que contou o apoio da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Autoridade Tributária (AT).

No âmbito desta operação foram detidos o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o advogado Lacerda Machado, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas e os dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves.

O MP constituiu ainda como arguidos o ministro João Galamba e o presidente do Conselho Directivo da APA, Nuno Lacasta.

Em causa, segundo a Procuradoria-Geral da Republica (PGR) estão crimes de prevaricação, de corrupção activa e passiva de titular de cargo político e de tráfico de influência

em actualização

DN
10 Novembro 2023 — 20:00


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73: E agora? “Qualquer primeiro-ministro investigado vai demitir-se?”: o precedente que foi aberto

 

🇵🇹 PORTUGAL // ⚖️ DEMISSÃO // 🗣️ PRIMEIRO-MINISTRO

Alguém entendeu – mesmo – os fundamentos do comunicado que originou a demissão de António Costa? O debate prolonga-se.

 

“No decurso das investigações surgiu, além do mais, o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do Primeiro-Ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido. Tais referências serão autonomamente analisadas no âmbito de inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, por ser esse o foro competente”.

Não se sabia mas este comunicado da Procuradoria Geral da República acabou por originar a demissão de um Governo.

António Costa sai “surpreendido” por ser alvo de um processo-crime.

Mas ainda ninguém entendeu o que está realmente em causa. Não se sabe porque o primeiro-ministro está a ser investigado.

É um inquérito autónomo no Supremo Tribunal de Justiça, é uma alegada intervenção para “desbloquear procedimentos” relacionados – aparentemente – com a investigação judicial centrada na exploração de lítio em Montalegre, porque foi “invocado” indirectamente.

António Costa não é suspeito, pelo menos para já. Há dúvidas.

Uma crise política inédita em Portugal, com consequências por apurar e com origens por entender.

Miguel Santos Carrapatoso, editor-adjunto de política no Observador, disse que o “regime é o maior perdedor” neste caso porque foi dada “uma machadada enorme no regime“.

E explicou porquê: “Não me sinto muito confortável em viver num país em que a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público condicionam assim um Governo em funções – seja de que cor for”.

Na rádio Observador, Miguel lamentou que se esteja a insinuar o envolvimento do primeiro-ministro sem mostrar indícios, sem mostrar factos, sem concretizar suspeitas.

“Há uma suspeita. Qual é a suspeita? O que se sabe é que foi envolvido por alguém numa conversa sobre um negócio ilícito. E assim se apresenta um processo que acaba por derrubar um primeiro-ministro e um Governo”.

Nessa sequência, fica o aviso: “Daqui para a frente, qualquer primeiro-ministro tem de se demitir, sempre que for suspeito – e para isso basta uma denúncia anónima no Ministério Público. Temos a certeza de que é este o país que queremos? Abriu-se um precedente”.

A nível político, o especialista não tem dúvidas: “António Costa fez a cama onde se deitou. Estava rodeado de activos tóxicos e sabia disso”.

O comentador Daniel Oliveira tinha seguido o mesmo rumo, ao escrever: “O primeiro-ministro demitiu-se por causa de um parágrafo vago sobre uma vaga suspeita que tinha o poder destrutivo de ter sido escrito por quem foi. Sem um esclarecimento total do que está realmente a ser investigado, não é um partido que fica fragilizado, é o sistema democrático”.

“E se António Costa, que nem sequer é arguido, nunca for acusado? Como fica a justiça e a democracia?”, perguntou Daniel Oliveira.

ZAP //
9 Novembro, 2023

 


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67: Centro Hospitalar anuncia auditoria ao caso das gémeas brasileiras tratadas no Santa Maria

 

🇵🇹 PORTUGAL // ⚖️ AUDITORIA // ❓🇧🇷 GÉMEAS BRASILEIRAS

Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte anuncia que decidiu avançar com auditoria interna.

O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte anunciou esta quarta-feira que decidiu avançar com uma auditoria interna ao caso das gémeas brasileiras tratadas em 2020 para a Atrofia Medular Espinhal no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

“O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte decidiu dar início a uma auditoria Interna para aferir sobre os procedimentos que foram realizados antes e durante o tratamento para a Atrofia Medular Espinhal administrado a duas gémeas em 2020 e que foi alvo de reportagem na Comunicação Social. Simultaneamente, está a decorrer uma acção da Inspecção Geral das Actividades em Saúde (IGASS) sobre o mesmo caso”, indica a nota.

Segunda uma reportagem da TVI, transmitida na sexta-feira, duas gémeas luso-brasileiras vieram a Portugal em 2019 receber o Zolgensma – um dos fármacos mais caros do mundo – num tratamento que totalizou no conjunto quatro milhões de euros. Segundo a TVI, há suspeitas de que isso tenha acontecido por influência do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que já negou qualquer interferência no caso.

“Eu ontem [sábado] disse que não tinha feito isso. Não fiz. Não falei ao primeiro-ministro, não falei à ministra [da Saúde], não falei ao secretário de Estado, não falei ao director-geral, não falei à presidente do hospital, nem ao conselho de administração nem aos médicos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas.

Segundo o chefe de Estado, o que está em causa é saber “se interferiu, ou não interferiu, isto é, se pediu um empenho, pediu uma cunha para que sucedesse uma determinada solução favorável a uma pretensão de duas crianças gémeas doentes”.

“Vendo a reportagem, ninguém aparece a dizer que eu falei com essa pessoa. Ninguém. Diz-se, consta, parece que sim, parece que, parece que havia família [do Presidente] que estava empenhada, por amizade, nisso. Mas ninguém em relação ao Presidente. E só há um Presidente. A família do Presidente não foi eleita, não é Presidente”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa.

– António Costa também não pode ser culpabilizado pelo que os seus ministros fizeram – há ainda que provar os respectivos crimes. Não se pode, nem se deve (PGR), ter como alvo António Costa com um inquérito-crime, sem este ser constituído arguido ou saber do que é acusado!

Segundo disse, o Presidente da República não pode estar sujeito a uma “suspeição de que interfere em decisões da cadeia administrativa, ordenando, recomendando, pedindo, metendo uma cunha para ninguém, muito menos aquilo que possa ser mais próximo de amigos de conhecidos”.

Esta situação levou a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) a abrir um processo de inspecção para verificar “se foram cumpridas todas as normas aplicáveis a este caso concreto”, conforme avançou o Infarmed à agência Lusa.

DN
08 Novembro 2023 — 16:52


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