231: Há 14 “armadilhas evolutivas” que ditam o fim da Humanidade. 12 já são becos sem saída

 

HUMANIDADE // 🌪️ BECOS SEM SAÍDA

Mergulhada numa policrise global, tecnológica e estrutural, a vida humana está a auto-extinguir-se de 14 diferentes formas, de acordo com novo estudo. Conheça os 14 “becos” — dos quais só dois têm saída.

(IG) Midjourney

O futuro da Humanidade não está garantido e as alterações climáticas não são as únicas culpadas.

Na verdade, enfrentamos uma “policrise” que pode ser fatal para a população global e levar à extinção da vida humana, segundo um novo estudo da Universidade de Estocolmo, na Suécia publicado nas Transações Filosóficas da Royal Society B.

Mais especificamente, há 14 “armadilhas evolutivas” que podem apanhar a vida humana, cujo sucesso e domínio sobre o mundo está, segundo a pesquisa, na base do problema multifacetado.

“Somos capazes de inovar e adaptar-nos a muitas circunstâncias e cooperar em escalas surpreendentemente grandes”, começa por confessar o antropólogo Peter Søgaard Jørgensen da Universidade de Estocolmo, “mas estas capacidades acabam por ter consequências não intencionais.”

Deparamo-nos então com 14 “becos” — e 12 deles não têm saída.

As ameaças globais

Cinco das 14 ameaças distinguidas pelo estudo são consideradas globais.

Uma delas é a ultrapassagem. — estamos a usar mais recursos do que os que a Terra nos oferece.

Por outro lado, a busca pelo crescimento incessante prejudica o bem-estar da população geral; a simplificação (certos sistemas, como a agricultura de monocultura, vão tornar-se demasiado especializados para serem adaptáveis); a divisão, através de conflitos internacionais e o contágio por doenças infecciosas como a covid-19.

As ameaças tecnológicas

Há, também, cinco armadilhas tecnológicas.

Prevê-se a possibilidade de um bloqueio de infraestruturas, por exemplo, nos combustíveis fósseis; o aumento da poluição química; a ascensão da tecnologia existencial, como armas nucleares; o crescimento da autonomia tecnológica, como por exemplo o caso muito presente da Inteligência Artificial (IA) e a desinformação.

As ameaças estruturais

Relativamente a ameaças estruturais, o estudo identifica quatro armadilhas.

São estas o curto-prazo, o consumo excessivo, a desconexão da biosfera e a perda de capital social local, onde um mundo cada vez mais digital corta a interacção social e potencialmente contribui para mais divisão.

Dos 14 “becos”, só a autonomia tecnológica e a perda de capital social local é que ainda não foram identificados como problemas preocupantes, segundo o Science Alert.

Ainda mais alarmante, estas vias sem saída tendem a reforçar-se mutuamente, o que significa que é provável que fiquemos presos em mais do que uma.

“As armadilhas evolutivas são um conceito bem conhecido no mundo animal”, diz Søgaard Jørgensen.

“Tal como muitos insectos são atraídos pela luz, um reflexo evolutivo que pode levá-los à morte no mundo moderno, a humanidade corre o risco de responder a novos fenómenos de formas prejudiciais”, exemplifica.

ZAP //
23 Novembro, 2023


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator

published in: 1 semana ago

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155: Como sobreviver ao Apocalipse? Um terço das pessoas acha que sabe

 

🧠💀 APOCALIPSE // ☢️ SOBREVIVÊNCIA // 🧟‍♀️ HUMANOS

Um pouco mais de um terço das pessoas inquiridas num estudo nos Estados Unidos acredita que se (ou quando) o Apocalipse chegar, será capaz de sobreviver.

Pixabay

Guerra nuclear, clima, asteróides, 300 milhões de sociopatas… não faltam ameaças que poderiam trazer o Apocalipse e ameaçar a sobrevivência da Humanidade.

Mas, na eventualidade de uma enorme catástrofe nos atingir, 34% das pessoas acha que seria capaz de se tornar o último ser humano à face da Terra, reporta o Study Finds.

Uma sondagem recente, que inquiriu 2.000 pessoas nos Estados Unidos, concluiu que mais de metade (54%) destes “sobreviventes natos” acreditam que salvariam a vida graças às suas capacidades de sobrevivência. 53% dizem também que a sua adaptabilidade seria o factor chave para salvar a vida.

De entre os que acreditam que sobreviviam ao asteróide, ou qualquer outra fatalidade de proporções bíblicas, 33% consideram que a sua capacidade de liderança lhe permitiria sobreviver. Para 10%, uma atitude underdog de “nós contra eles” é o segredo para uma vida feliz entre poeiras radioactivas ou vulcânicas.

E quem seriam os parceiros ideais para aumentar as probabilidades de sobrevivência? 43% escolheriam Dwayne “The Rock” Johnson, 36% optariam por Chuck Norris, e o top dos preferidos fecha com o Super-Homem (33%), John Cena (26%) e MacGyver (23%).

Claro que podemos à partida excluir da lista de sobreviventes os que colocam nas suas opções as duas personagens fictícias.

Realizada pela OnePoll para a cadeia norte-americana de fast-food Quiznos, a pesquisa examinou também os alimentos de que as pessoas se sustentariam, e descobriu que a carne ou peixe enlatado (30%), a manteiga de amendoim (26%) e as sandes (13%) são os pratos preferidos dos sobrevivencialistas.

Mas, na hora do aperto e quando a fome batesse à porta, mais de metade dos inquiridos (56%) diz que comeria o que quer que fosse.

Na verdade, o fim do Mundo não nos deixaria um cardápio muito variado — provavelmente à base de baratas, aqueles bichinhos simpáticos e muito proteicos que sobreviveram ao Apocalipse que matou os dinossauros.

Felizmente, parece não haver nenhum Apocalipse à nossa espera (pelo menos para breve), mas a verdade é que eles acontecem. A Humanidade até já sobreviveu a 5 deles, e estas são as 8 mais prováveis (e horríveis) causas do próximo.

E então, já escolheu o seu bunker e encomendou um bom casaco?

ZAP //
16 Novembro, 2023


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator

published in: 2 semanas ago

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