17: Centena de utentes protesta por falta de médicos em Algueirão-Mem Martins

 

👪⚕️ SAÚDE PÚBLICA //⚕️ CENTROS DE SAÚDE // 👪⚕️MÉDICOS DE FAMÍLIA

De acordo com a porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde de Algueirão-Mem Martins, quando o Centro de Saúde foi inaugurado, 66% das pessoas em mais de 40 mil inscritos não tinham médico de família, hoje são mais de 82%.

Mais de uma centena de utentes do Centro de Saúde de Algueirão-Mem Martins, no concelho de Sintra, estão desde as 07:30 desta quinta-feira junto àquela unidade para denunciar mais uma vez o agravamento da falta de recursos humanos.

Em declarações à agência Lusa cerca das 08:30, Amália Alface da Comissão de Utentes da Saúde de Algueirão-Mem Martins (CUSAMM) explicou que o protesto visa, mais uma vez, o agravamento das condições de acesso à saúde naquela freguesia.

“Desde a criação deste centro de saúde, em Abril de 2021, temos feito várias acções de protesto por causa da falta de meios humanos. Quando foi inaugurado, supostamente deveria ter mais meios, mas desde então a situação piorou”, contou.

De acordo com Amália Alface, quando o Centro de Saúde foi inaugurado, 66% das pessoas em mais de 40 mil inscritos não tinham médico de família, hoje são mais de 82%.

“Neste momento há cinco médicos, sendo que destes, dois não estão a serviço, um por licença de maternidade e outro por questões de saúde. Deveríamos ter 25”, sublinhou.

Amália Alface reconhece que os problemas na saúde são transversais a todo o país, mas na maior freguesia de Sintra a situação é “abismal”.

“A situação é gritante. Temos pessoas que vêm as 05:00 às vezes às 04:00 para conseguirem uma consulta. Os governantes não olham para esta freguesia. Estamos completamente abandonados”, frisou.

Segundo Amália Alface, há uns meses fizeram uma recolha de assinatura para exigir mais meios humanos para a unidade de saúde, mas não têm tido qualquer feedback.

“Nós lutamos pela defesa do Serviço Nacional de Saúde porque só o Serviço Nacional de Saúde pode dar uma resposta à população no acesso à saúde”, disse.

O centro de saúde de Algueirão Mem-Martins foi inaugurado no dia 25 de Abril de 2021 pelo primeiro-ministro, António Costa, e representou um investimento na ordem dos quatro milhões de euros, de acordo com o ‘site’ da Câmara Municipal de Sintra.

DN/Lusa
02 Novembro 2023 — 09:07


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Investigator, Astronomer and Digital Content Creator

published in: 1 mês ago

 

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7: Há 38 hospitais com cerca de 90% dos serviços indisponíveis

 

PROIBIDO ESTAR DOENTE…!!!

– E VIVA O JURAMENTO DE HIPÓCRATES…!!!

🇵🇹⚕️ SAÚDE PÚBLICA // 👪PERIGOS // 💰🧑‍⚕️ MÉDICOS // 🏥🕗 GREVES

Contabilizados 19 serviços em que 100% dos médicos pediram escusa. Também 25 de 55 agrupamentos de centros de saúde estão a sentir os efeitos do protesto às horas extraordinárias.

© Artur Machado / Global Imagens

Um total de 38 unidades hospitalares está com cerca de 90% dos seus serviços indisponíveis devido falta de médicos para assegurar as escalas, segundo os mais recentes dados divulgados esta quarta-feira pelo movimento “Médicos em Luta”.

Em declarações à agência Lusa, a porta-voz do movimento “Médicos em Luta”, Susana Costa, disse que a lista é praticamente actualizada todos os dias e as informações sobre o impacto nos hospitais são facultadas pelos médicos.

“(…) Num serviço em que haja 20 médicos que façam trabalho extraordinário, se 50% desses médicos colocarem a minuta [de indisponibilidade para horário suplementar], a repercussão que vamos ter nas equipas tem a ver com o número de horas extraordinárias a que estes médicos estão vinculados. Se eles só fizerem seis ou 12 [horas] por semana tem um impacto, se fizerem 24 horas extraordinárias por semana tem outro”, salientou Susana Costa.

Ainda assim, ressalvou que “quem tem o conhecimento exato destes números e do (…) impacto” que as escusas têm nos serviços são as administrações.

A lista ‘online’ está discriminada pelo nome das unidades hospitalares e das especialidades que estão mais afectadas.

Segundo os dados dos “Médicos em Luta”, Garcia de Orta (Almada), Amadora — Sintra, Aveiro, Barcelos, Barreiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Caldas da Rainha e Torres Vedras, Coimbra, Leiria, Covilhã, Évora, Famalicão e Santo Tirso, Faro, Figueira da Foz, Vila Nova de Gaia, Guimarães, Guarda, Leiria, Centro Hospitalar de Lisboa Central, Santa Maria (Lisboa), São Francisco Xavier (Lisboa), Beatriz Ângelo — Loures, Matosinhos, Penafiel, Portalegre e Elvas, Portimão, São João (Porto), Santo António (Porto), Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Ponte de Lima, Vila Franca de Xira, Vila Real-Chaves-Lamego e Viseu serão os mais afectados.

Até ao momento, foram contabilizados 19 serviços em que 100% dos médicos pediram escusa, como — entre outros — os casos das unidades hospitalares de Santa Maria da Feira, em ortopedia, Viana do Castelo e Ponte de Lima, em cirurgia geral, Garcia de Orta, em Pediatria e Neurologia, Guimarães, em obstetrícia, e Barcelos e Caldas da Rainha, em cirurgia geral.

Também 25 de 55 agrupamentos de centros de saúde (ACES) estão a sentir os efeitos do protesto às horas extraordinárias.

Na zona Norte estarão a ser afectados 15 ACES, enquanto no Centro três e no Alentejo um. Em Lisboa, serão seis os ACES a sofrer com o impacto da falta de médicos.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) revelou esta quarta-feira que médicos e Governo não chegaram a acordo sobre os aumentos salariais, mas consolidaram os avanços negociais em outras matérias, como férias e tempo de trabalho no serviço de urgência.

No final de uma nova ronda negocial entre o Ministério da Saúde e o SIM e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que começou na quarta-feira ao final da tarde e terminou pelas 00:00 desta quarta-feira, o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, garantiu que “há uma grande vontade de chegar a acordo” sobre as questões salariais.

As negociações entre o Ministério da Saúde e o SIM e a FNAM iniciaram-se em 2022, mas a falta de acordo tem agudizado a luta dos médicos, com greves e declarações de escusa ao trabalho extraordinário além das 150 horas anuais obrigatórias, o que tem provocado constrangimentos e fecho de serviços de urgência em hospitais de todo o país.

Ministro da Saúde deixou portugueses “entregues à sorte”

O movimento “Médicos em Luta” admitiu entretanto que não esperava que os sindicatos chegassem a acordo na terça-feira, afirmando que o ministro da Saúde “deixou os portugueses entregues à sua sorte” no mês de Novembro.

“Não tínhamos grande expectativa. As mensagens deixadas pelo ministro da Saúde são muito claras. Não está muito preocupado com a fixação de médicos no Serviço Nacional de Saúde [SNS], claramente.

O trabalho médico, o sucesso e a garantia de acesso por parte dos utentes aos serviços de saúde não tem necessariamente a ver com número de horas (…), mas antes com o seu empenho, com a sua capacidade de trabalho”, adiantou agência Lusa a porta-voz do movimento, Susana Costa.

De acordo com Susana Costa, a motivação dos médicos é cada vez menor devido à postura de Manuel Pizarro.

“A mensagem que o ministro da Saúde deixou aos portugueses é que estão entregues à sua sorte, em relação à sua saúde e aos cuidados de saúde a que terão acesso no mês de Novembro.

Julgo que todos os portugueses captaram muito bem essa mensagem e é esta a postura do Ministério da Saúde: não está muito preocupado com a saúde dos portugueses”, acusou.

Sobre a possibilidade de os sindicatos e o Governo chegarem a um acordo na próxima sexta-feira, a porta-voz do “Médicos em Luta” disse não acreditar “devido ao comportamento do Ministério da Saúde nos últimos 18 meses”.

“Está muito satisfeito com as aproximações que ele diz que tem tido, relativamente às reivindicações dos médicos, mas essa não é a realidade naquilo que verdadeiramente se verifica, portanto, esse optimismo que passa à população não é real. (…) Não estamos convictos de que haja definitivamente um acordo fechado na sexta-feira”, sublinhou.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) revelou hoje que médicos e Governo não chegaram a acordo sobre os aumentos salariais, mas consolidaram os avanços negociais em outras matérias, como férias e tempo de trabalho no serviço de urgência.

No final de uma nova ronda negocial entre o Ministério da Saúde e o SIM e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que começou na quarta-feira ao final da tarde e terminou pelas 00:00 de hoje, o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, garantiu que “há uma grande vontade de chegar a acordo” sobre as questões salariais.

As negociações entre o Ministério da Saúde e o SIM e a FNAM iniciaram-se em 2022, mas a falta de acordo tem agudizado a luta dos médicos, com greves e declarações de escusa ao trabalho extraordinário além das 150 horas anuais obrigatórias, o que tem provocado constrangimentos e fecho de serviços de urgência em hospitais de todo o país.

DN/Lusa
01 Novembro 2023 — 14:20


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
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