283: Descubra que dinossauros foram seus vizinhos através deste mapa 3D

 

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Como era o planeta Terra há milhões de anos? É possível pesquisar qualquer cidade do mundo e visualizar a sua evolução geográfica ao longo de diferentes períodos de tempo. Conheça os seus antigos vizinhos.

ZAP // Dinosaur Pictures

Já alguma vez deu por si a pensar: “mmm… que dinossauros é que andavam pelo que é agora a minha casa?”

Agora pode visualizar facilmente as paisagens antigas que existiam há milhões de anos, utilizando um mapa interactivo online.

Desenvolvido por Ian Webster, gestor de engenharia sénior do Discord, o Ancient Earth (em português, Terra Antiga), permite aos utilizadores explorar a história da Terra em 3D — desde há 750 milhões de anos até ao presente.

Os continentes e oceanos que hoje conhecemos sofreram transformações significativas ao longo de milhões de anos devido aos movimentos das placas tectónicas.

Embora estas alterações sejam imperceptíveis durante a vida humana, este mapa permite-lhe testemunhar a evolução do planeta ao longo de vastas escalas temporais.

O globo interactivo permite aos utilizadores inserir qualquer cidade do mundo e visualizar a sua evolução geográfica ao longo de diferentes períodos de tempo.

Mas o website não se fica pelos dinossauros: destaca também, nas proximidades, quais os primeiros répteis e plantas da área.

Por exemplo, introduzindo a cidade do Lisboa, ficamos a saber que se os lisboetas tivessem vivido no Mesozoico teriam como vizinhos cinco espécies de gigantes: o Erectopus, Iguanodon, Suchosaurus, Dracopelta e Allosaurus.

Já pela cidade do Porto, vagueavam o Dacentrurus, Torvosaurus, Lourinhasaurus, Duriatitan e Stegosaurus.

Nesta viagem pelos pontos-chave do Planeta Azul, é possível ver não só o surgimento das primeiras algas verdes, insectos ou dinossauros, como as mudanças das placas tectónicas do planeta através de várias eras geológicas.

Este mapa oferece-lhe assim a possibilidade de fazer uma viagem através do tempo, com início há 240 milhões de anos, quando o super-continente Pangaea dominava a Terra.

ZAP //
26 Novembro, 2023


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
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published in: 3 dias ago

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68: Dinossauros estão a ajudar na procura de vida extraterrestre

 

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Uma equipa de investigadores está a contar com uma ajuda improvável na procura por vida extraterrestre: os dinossauros.

Choo Yut Shing / Flickr

Durante a era dos dinossauros, a atmosfera da Terra continha níveis significativamente mais elevados de oxigénio, tornando as assinaturas químicas da vida mais discerníveis. Esta revelação poderá revolucionar a forma como procuramos vida em exoplanetas distantes.

O Éon Fanerozoico, que abrange os últimos 540 milhões de anos da história da Terra, coincidiu com o reinado dos dinossauros. Durante este período, os níveis de oxigénio atmosférico variavam entre 10% e 35%, um forte contraste com os actuais 21%. Este ambiente único criou bioassinaturas mais fortes e mais detectáveis, especificamente os pares de oxigénio e metano, bem como ozono e metano.

Os espectros de transmissão são formados quando a atmosfera de um planeta absorve cores específicas da luz das estrelas, permitindo a passagem de outras. Estes espectros são ferramentas valiosas para os cientistas decifrarem a composição de uma atmosfera à distância.

A nova investigação de uma equipa de cientistas da Universidade de Cornell sugere que os espectros de transmissão da Terra durante a era dos dinossauros teriam sido mais distintos, tornando teoricamente mais fácil para uma civilização extraterrestre detectar vida na Terra durante o período Jurássico do que nos tempos modernos.

Este estudo, escreve o Earth.com, sugere a possibilidade de que os planetas com atmosferas semelhantes às condições pré-históricas da Terra possam não só albergar formas de vida simples, mas também organismos mais complexos.

Rebecca Payne, que lidera a investigação, explora mudanças significativas na biosfera da Terra, medidas através de alterações na composição dos gases atmosféricos. Estas descobertas colmatam uma lacuna crucial na nossa compreensão do que procurar ao estudar exoplanetas que possam albergar vida extraterrestre.

O seu estudo destaca um período crucial em que o oxigénio atmosférico oscilou dentro do que é conhecido como a “janela de fogo” do carvão vegetal.

A “janela de fogo” do carvão vegetal ocorre quando os níveis de oxigénio são propícios tanto à prevenção como à manutenção de incêndios. Este equilíbrio pode ter impulsionado a evolução dos dinossauros e de outras criaturas de grande porte, especialmente quando os níveis de oxigénio atingiram um pico de cerca de 30%, há aproximadamente 300 milhões de anos.

Com cerca de 40 exoplanetas rochosos já identificados em zonas habitáveis, o Telescópio Espacial James Webb pode potencialmente analisar as suas atmosferas.

Embora os modelos actuais sejam teóricos, levantam a perspectiva de que alguns exoplanetas podem apresentar condições que permitiram o aparecimento de formas de vida diversas e complexas, semelhantes ao passado pré-histórico da Terra.

A descoberta de um exoplaneta com uma atmosfera contendo 30% de oxigénio pode ter implicações significativas, aumentando as hipóteses de encontrar vida microbiana e sugerindo a existência de criaturas tão grandes e variadas como as do passado da Terra.

O novo estudo foi recentemente publicado na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters.

ZAP //
7 Novembro, 2023


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6: A vaca do Mesozóico. Eis o dinossauro mais estranho do Mundo

 

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O Nigersaurus, um enigmático dinossauro saurópode que percorreu a Terra há cerca de 115 a 105 milhões de anos, fascina os cientistas e entusiastas de dinossauros desde a sua identificação oficial, em 1999, pelo paleontólogo americano Paul Sereno.

Paul Sereno / University of Chicago
Conceito artístico de um Nigersaurus

É o dinossauro mais bizarro de sempre. Originário da região de Gadoufaoua, no Níger, o Nigersaurus apresenta características únicas que lhe valeram o apelido de “Vaca do Mesozóico”.

Um dos aspetos mais impressionantes deste saurópode, nota o Interesting Engineering, é a sua estrutura dentária.

A criatura tinha um conjunto extraordinário de dentes — cerca de 500 no total — equipados na sua ampla e plana focinheira, que se assemelha a pás gigantes. Estes dentes estavam organizados em 60 fileiras nas mandíbulas superiores e 68 nas inferiores.

Tal como os tubarões, o dinossauro substituía constantemente os seus dentes desgastados ou perdidos, tornando-se um polifiodonte. Segundo um estudo publicado na PLOS em 2013, o Nigersaurus trocava de dentes a cada 14 dias.

Nos últimos anos, diversos estudos analisaram a anatomia da criatura, revelando que provavelmente pastava perto do solo, à semelhança das vacas.

Análises biomecânicas sugeriram que a cabeça e o focinho do dinossauro estavam orientadas 67° para baixo, optimizadas para o pasto ao nível do solo.

Com uma morfologia peculiar, o Nigersaurus tinha uma aparência mais próxima da de um bovino moderno do que da de um saurópode típico — o que lhe valeu a alcunha de “Vaca do Mesozóico”.

Com um peso estimado entre  2 e 4 toneladas (o peso aproximado de um elefante contemporâneo) e cerca de  9,1 metros de comprimento, o Nigersaurus tinha uma estrutura óssea delicada, incluindo um crânio com ossos com menos de 2 milímetros de espessura.

Apesar de ter sido descoberta na década de 1950 por paleontólogos franceses, devido à fragilidade dos seus restos esqueléticos a espécie só foi oficialmente reconhecida em 1999, depois de a equipa do paleontólogo norte-americano americano Paul Sereno ter conseguido reconstruir 80% do seu esqueleto.

O dinossauro foi designado Nigersaurus taqueti em referência ao Níger, país onde os primeiros fósseis foram encontrados, e em honra do paleontólogo francês Philippe Taquet.

O Nigersaurus vivia no que é agora parte do deserto do Saara, num ambiente perigoso onde coexistia com grandes terópodes como os temíveis Kryptops, Suchomimus e Eocarcharia, bem como criaturas semelhantes a crocodilos, como o Sarcosuchus.

Curiosamente, o dinossauro tinha um sentido do olfacto pouco desenvolvido, mas possivelmente desfrutava de um campo de visão quase de 360 graus, uma característica crucial para detectar predadores.

O Nigersaurus continua a ser um enigma, particularmente devido à sua estrutura dentária única e à postura debatida. As suas características fascinantes, desde a sua bateria de dentes à sua delicada estrutura óssea, tornam-no um tema invulgar, mas cativante, no mundo da paleontologia.

ZAP //
1 Novembro, 2023


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published in: 4 semanas ago

 

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