112: Centeno diz que afinal não foi convidado pelo PR para chefiar Governo

 

– PORRA, PÁ!!! Em que país é que vivemos? Quem pode acreditar nestes políticos que um dia dizem uma coisa e logo a seguir desmentem? Mas isto é comum a TODOS os políticos dos partidos com assento no Parlamento, não escapando NENHUM! Parece ser vírus pandémico que infectou toda esta gajada!

🇵🇹 PORTUGAL // DESMENTIDO // CENTENO

Mário Centeno emitiu esta segunda-feira um comunicado no site do Banco de Portugal a contradizer as declarações que fez ao jornal Financial Times.

© ANTÓNIO COTRIM /LUSA

Mário Centeno reconheceu esta segunda-feira que não foi convidado por Marcelo Rebelo de Sousa para suceder a António Costa como primeiro-ministro.

O Governador do Banco de Portugal escreveu, no site da entidade que lidera, que foi Costa que o convidou a “reflectir sobre as condições” que lhe poderiam permitir assumir a liderança do Governo e que esse convite “resultou das conversas que o Senhor Primeiro Ministro teve com o Senhor Presidente da República”.

“Num exercício de cidadania, aceitei reflectir”, afirmou Centeno.

“Não foi possível dirimir neste curto espaço de tempo todas as condições de exercício do que me era solicitado. Desta forma, nunca houve uma aceitação do cargo, mas apenas uma concordância em continuar a reflexão e finalizá-la em função da decisão que o Senhor Presidente da República tomaria”, acrescentou.

No último paragrafo do comunicado, Mário Centeno vinca: “Em resultado desta opção, é inequívoco que o Senhor Presidente da República não me convidou para chefiar o Governo.”

Em declarações ao jornal Financial Times, no domingo, o governador do Banco de Portugal afirmou que teve “um convite do Presidente e do primeiro-ministro para reflectir e considerar a possibilidade de liderar o Governo” e que estava “muito longe de tomar uma decisão”.

Por sua vez, o primeiro-ministro, António Costa, que pediu a demissão do cargo na terça-feira, assumiu na quinta-feira a defesa de um novo Governo liderado por Mário Centeno, para evitar eleições legislativas antecipadas, e lamentou que o Presidente da República tenha optado por dissolver o parlamento.

Em comunicação ao país, na quinta-feira, o Presidente da República anunciou a dissolução do parlamento e a convocação de eleições legislativas antecipadas em 10 de Março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência da demissão do primeiro-ministro, na terça-feira.

Segundo o Ministério Público, António Costa é alvo de uma investigação remetida para o Supremo Tribunal de Justiça após suspeitos num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e um centro de dados em Sines terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.

Ao demitir-se, o primeiro-ministro recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável”.

De acordo com o Ministério Público, no processo sobre negócios do lítio, do hidrogénio verde e do centro de dados em Sines podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção activa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.

Eis o comunicado na íntegra:

“Na sequência dos eventos desencadeados com a demissão do Senhor Primeiro Ministro, no dia 7 de Novembro, este convidou-me a reflectir sobre as condições que poderiam permitir que assumisse o cargo de Primeiro Ministro.

O convite para essa reflexão resultou das conversas que o Senhor Primeiro Ministro teve com o Senhor Presidente da República.

Num exercício de cidadania, aceitei reflectir.

Não foi possível dirimir neste curto espaço de tempo todas as condições de exercício do que me era solicitado. Desta forma, nunca houve uma aceitação do cargo, mas apenas uma concordância em continuar a reflexão e finalizá-la em função da decisão que o Senhor Presidente da República tomaria.

O Senhor Presidente da República, depois da realização do Conselho de Estado, no dia 9 de Novembro, optou pela dissolução da Assembleia da República.

Em resultado desta opção, é inequívoco que o Senhor Presidente da República não me convidou para chefiar o Governo.”

DN
13 Novembro 2023 — 10:03


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator

published in: 2 semanas ago

 

Loading

Marcelo “desmente” convite a Centeno para chefiar Governo

 

🇵🇹 PORTUGAL // DIZ QUE NÃO DISSE

O Presidente da República negou, esta segunda-feira, que tenha convidado quem quer que seja para chefiar o Governo, incluindo o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, ou autorizado qualquer contacto para este efeito.

Numa nota publicada hoje de madrugada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa “desmente que tenha convidado quem quer que seja, nomeadamente o governador do Banco de Portugal, para chefiar o Governo, antes de ter ouvido os partidos políticos com representação parlamentar e o Conselho de Estado, e neste ter tomado a decisão de dissolução da Assembleia da República”.

Mais desmente que tenha autorizado quem quer que seja a contactar seja quem for para tal efeito, incluindo o governador do Banco de Portugal“, acrescentou o chefe de Estado, na mesma nota.

Em declarações ao jornal Financial Times, no domingo, o governador do Banco de Portugal afirmou que teve “um convite do Presidente e do primeiro-ministro para reflectir e considerar a possibilidade de liderar o Governo” e que estava “muito longe de tomar uma decisão”.

Por sua vez, o primeiro-ministro, António Costa, que pediu a demissão do cargo na terça-feira, assumiu na quinta-feira a defesa de um novo Governo liderado por Mário Centeno, para evitar eleições legislativas antecipadas, e lamentou que o Presidente da República tenha optado por dissolver o parlamento.

No sábado, questionado sobre as condições em que sondou o governador do Banco de Portugal sobre essa possibilidade, o primeiro-ministro respondeu: “Falei ao senhor Presidente da República e agi com conhecimento do senhor Presidente da República”.

“Quando apresentei a proposta conhecia que o professor Mário Centeno só daria uma resposta definitiva, naturalmente, depois de falar com o Presidente da República, depois de conhecer as condições de governabilidade que tinha, e depois, desde logo, de saber se a Comissão Política do PS também corresponderia à minha proposta”, prosseguiu.

O primeiro-ministro acrescentou que “o diálogo com o Presidente da República seria obviamente essencial” e que, como Marcelo Rebelo de Sousa “fez outra opção”, por eleições antecipadas, “essas conversas não prosseguiram e, portanto, nunca houve uma resposta definitiva, naturalmente, por parte do professor Mário Centeno”.

Em comunicação ao país, na quinta-feira, o Presidente da República anunciou a dissolução do parlamento e a convocação de eleições legislativas antecipadas em 10 de Março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência da demissão do primeiro-ministro, na terça-feira.

Segundo o Ministério Público, António Costa é alvo de uma investigação remetida para o Supremo Tribunal de Justiça após suspeitos num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e um centro de dados em Sines terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.

Ao demitir-se, o primeiro-ministro recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável”.

De acordo com o Ministério Público, no processo sobre negócios do lítio, do hidrogénio verde e do centro de dados em Sines podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção activa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.

[Notícia actualizada às 06h19]

Notícias ao Minuto
13/11/23 06:15
Notícias ao Minutopor Lusa


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator

published in: 2 semanas ago

 

Loading