Orbán diz que Ucrânia está a “anos-luz” de uma adesão à UE

 

🇭🇺 HUNGRIA // 😈🥷🏼ORBÁN

O primeiro-ministro húngaro disse hoje que a Ucrânia está a “anos-luz” de garantir uma adesão à União Europeia (UE), e acrescentou que o seu Governo pretende apresentar um roteiro sobre as ambições de Kyiv em aderir ao bloco comunitário.

© Reuters

“A nossa tarefa será corrigir o erro sobre a promessa do início das negociações com a Ucrânia, porque a Ucrânia está actualmente a anos-luz da União Europeia”, disse Orbán no congresso bianual do seu partido nacionalista Fidesz, referindo-se às conversações agendadas para meados de Dezembro sobre um convite formal a Kyiv para o início as conversações de adesão.

No decurso do congresso do partido que hoje decorreu em Budapeste, Orbán foi reeleito presidente do Fidesz pela 11ª vez desde 2003. Nas suas declarações, assinalou que o bloqueio do caminho para uma adesão da Ucrânia à UE vai constituir uma das principais prioridades do seu Governo nos próximos meses.

Um novo país requer uma aprovação unânime de todos os Estados-membros, fornecendo a Orbán um poderoso direito de veto.

No início de Novembro a Comissão Europeia recomendou o início das conversações de adesão com a Ucrânia, considerando que o Governo de Kyiv “demonstrou um notável nível de poder institucional, determinação e capacidade para funcionar”.

Orbán, definido com o único aliado do Presidente russo Vladimir Putin na UE, argumentou que as negociações não devem ser iniciadas com um país em guerra, e que a integração da Ucrânia irá reorientar o sistema de distribuição de fundos atribuídos a cada um dos 27 Estados-membros.

Diversos críticos especularam que a Hungria está a utilizar a sua resistência para garantir concessões avaliadas em milhares de milhões de euros de fundos que Bruxelas bloqueou a Budapeste ao considerar que o Governo não respeita os padrões exigidos sobre direitos humanos e o Estado de direito.

Orbán já ameaçou bloquear um plano da UE sobre um pacote de ajuda à Ucrânia avaliado em 50 mil milhões de euros, e acusou Kyiv de violação dos direitos dos húngaros que vivem no oeste ucraniano, impedidos de aprenderem a sua língua materna.

Em Setembro também referiu ao parlamento húngaro que o seu Governo “não apoiará a Ucrânia em qualquer questão internacional” até à restauração dos direitos da minoria húngara.

Notícias ao Minuto Notícias ao Minuto
18/11/23 19:41
por Lusa


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183: Marte vai “desaparecer” durante duas semanas

 

CIÊNCIA // ASTRONOMIA // MARTE

A partir deste sábado, Marte vai desaparecer do céu da Terra durante duas semanas, devido a uma ocorrência celestial cativante conhecida como conjunção solar.

Aynur Zakirov / Pixabay

Durante este período, o Sol actua como uma cortina cósmica, escondendo temporariamente Marte e a Terra um do outro, de acordo com a NASA.

A conjunção solar é um evento recorrente que ocorre a cada dois anos na dança cósmica entre a Terra e Marte. Normalmente, os dois planetas mantêm uma distância média de 140 milhões de quilómetros um do outro.

No entanto, durante a conjunção solar, esta separação é ampliada para cerca de 235 milhões de quilómetros, tornando Marte praticamente invisível para os observadores na Terra.

A conjunção solar coloca desafios práticos às agências espaciais, em particular à NASA, afectando a comunicação com as naves espaciais em Marte.

A NASA explicou que a interferência causada pelas partículas carregadas do Sol durante este período torna impossível prever uma potencial perda de informação, o que pode pôr em risco a nave espacial.

Para atenuar estes riscos, os engenheiros adoptam uma abordagem cautelosa, enviando duas semanas de instruções à nave espacial que se dirige a Marte antes do início do período de conjunção.

A conjunção solar de 2023, que afecta as capacidades de comunicação e comando, decorre de 11 a 25 de Novembro. Durante este período, a NASA abstém-se de enviar comandos para as naves espaciais em Marte, assegurando que as instruções previamente enviadas orientam as operações destes exploradores robóticos.

“Ainda vamos poder ter notícias delas e verificar o seu estado de saúde nas próximas semanas”, disse Roy Gladden, director da Mars Relay Network, referindo-se às missões espaciais em Marte.

ZAP //
18 Novembro, 2023


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182: Descoberta nova gravura rupestre com mais de 20 mil anos no vale do Ocreza

 

🇵🇹 PORTUGAL // 🗿ARQUEOLOGIA // ✔️ DESCOBERTA

Sara Garcês, investigadora e arqueóloga, destacou o facto de a gravura agora encontrada estar a cerca de dois quilómetros da rocha do ‘cavalo do Ocreza’.

Uma terceira gravura rupestre com mais de 20 mil anos, que representa um bovino pré-histórico, foi descoberta no vale do Ocreza, no distrito de Santarém, anunciaram a Câmara de Mação e o Museu de Arte Pré-Histórica.

Em declarações à agência Lusa, a investigadora e arqueóloga do Instituto Politécnico de Tomar e Instituto Terra e Memória em Mação Sara Garcês disse que a gravura encontrada é a “representação da parte traseira do que parece ser um bovídeo, ou seja, um auroque pré-histórico”.

Segundo Sara Garcês, a rocha está partida “no que seria a parte da frente do animal”, o que diz ser “uma pena porque seria uma figura bastante grande se estivesse completa”.

A arqueóloga explicou que “a rocha que existe no fundo do vale do Ocreza são xistos, que é um tipo de rocha extremamente fácil de gravar e que nos mostra uma conservação bastante boa das gravuras que aí temos”.

A descoberta da rocha com a gravura rupestre paleolítica no vale do Ocreza foi feita no âmbito de uma campanha de prospecção arqueológica que ali decorre e aconteceu no primeiro dia de trabalhos, indicou.

A gravura foi encontrada dois quilómetros a montante das duas primeiras gravuras descobertas, em 2000 e em 2021, naquela zona, um vale escarpado, com cerca de quatro quilómetros, entre a barragem da Pracana e a foz do Rio Ocreza (afluente do Tejo).

“Facilmente identificámos que a forma que este animal nos sugere remete-nos a um período muito antigo, a uma arte paleolítica, que vem cimentar a certeza que cada vez mais temos de que o vale do Ocreza efectivamente tem um potencial enorme em relação à arqueologia e a novas descobertas de arte paleolítica nesta região”, frisou.

Afirmando que a possibilidade de se descobrir mais rochas “era bastante elevada”, Sara Garcês destacou o facto de a gravura agora encontrada estar a cerca de dois quilómetros da rocha do ‘cavalo do Ocreza’, a primeira gravura paleolítica ali descoberta.

“Mostra-nos que não existe uma única concentração de gravuras paleolíticas na zona da foz do Ocreza, mas que a localização das rochas vai estar ao longo dos quatro quilómetros que, neste momento, estamos a estudar”.

Também Telmo Pereira, arqueólogo que coordena os trabalhos de prospecção com Sara Garcês, disse à Lusa que, depois da descoberta do ‘cavalo do Ocreza’, em 2000, e do segundo painel, em 2021, “era muito improvável que não aparecessem mais gravuras”, tendo indicado como “quase certo” existir ali “um filão” por explorar.

“Todo aquele vale é um diamante em bruto por explorar e estou absolutamente convencido que um trabalho intenso e dedicado a bater aquele território vai mostrar que o vale é muito rico em arte rupestre e de grande importância e valor, nacional e até peninsular”, afirmou.

Para o director científico do Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, Luiz Oosterbeek, esta descoberta, a uma distância significativa das duas primeiras, coloca novas perguntas e abre novos caminhos de prospecção e investigação.

“O encontrar mais gravuras não é em si uma coisa que fosse especialmente surpreendente, sobretudo depois de se ter encontrado o painel em 2021. Agora, ser tão mais para montante no vale, isso é importante, porque não se pode dizer que seja o mesmo núcleo e estamos a falar já de uma realidade diferente do que poderia ser um apontamento pontual”, indicou.

O director do museu acredita que os investigadores e arqueólogos que estão no terreno “irão olhar com uma atenção redobrada para o que possam ser acampamentos do paleolítico neste período”.

“Esta descoberta vem colocar um conjunto de hipóteses sobre a importância das ocupações de caçadores nesta região há cerca de 20.000 anos, que é nova. Não é apenas uma confirmação do que já se conhecia, porque alarga o território”, afirmou.

“Faz-nos supor que este território pode, de facto, ser maior do que se imaginava, menos localizado, e possivelmente envolvendo o conjunto Vale do Tejo com o resto do complexo de arte rupestre Vale do Tejo.

E isto do ponto de vista do património, é importantíssimo. Do ponto de vista científico, obviamente, mas do ponto de vista patrimonial também”, notou.

No seguimento desta descoberta, a Câmara de Mação decidiu “classificar aquela zona como zona de interesse municipal”, disse à Lusa o presidente da autarquia, Vasco Estrela (PSD).

A primeira gravura paleolítica encontrada no vale do Ocreza foi um cavalo sem cabeça, no ano 2000, e foi também a primeira encontrada abaixo do Côa e na área do complexo de arte rupestre do Vale do Tejo.

Poucos meses depois, arqueólogos portugueses e internacionais referenciavam mais de 50 gravuras no vale do rio Ocreza de cronologia mais recente.

Essas gravuras originaram visitas turísticas à zona e um trabalho contínuo de investigação por parte dos responsáveis do Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo em parceria com o Instituto Politécnico de Tomar e o Instituto Terra e Memória.

Hoje, mais de uma centena de gravuras estão identificadas no vale do Ocreza, com diversas tipologias e cronologias, três das quais do Paleolítico Superior: a do ‘cavalo do Ocreza’, descoberta em 2000, a de um painel com vários animais, incluindo um auroque, em 2021, e agora de novo um auroque, em 2023.

A descoberta foi feita uma equipa de arqueólogos coordenada por investigadores do Instituto Politécnico de Tomar e da Universidade Autónoma de Lisboa, em parceria com o Instituto Terra e Memória, Câmara Municipal de Mação, Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo e Centro de Geociências.

DN/Lusa
18 Novembro 2023 — 11:22


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181: Mega foguetão de Elon Musk volta a explodir minutos após o lançamento

 

🇺🇸 EUA // 💥 SPACE X // 🚀 STARSHIP // FALHANÇO

O propulsor chegou a enviar o foguetão para o espaço, mas a comunicação perdeu-se oito minutos após a descolagem e a ​​​​​​​SpaceX declarou que o lançamento tinha falhado.

Foguetão Starship
© EPA/ADAM DAVIS

A SpaceX lançou este sábado o mega foguetão ‘Starship’ no Sul do Texas, nos EUA, mas perdeu o propulsor e a nave espacial em duas explosões ocorridas minutos após o início do lançamento, anunciou a empresa de Elon Musk.

O propulsor chegou a enviar o foguetão para o espaço, mas a comunicação perdeu-se oito minutos após a descolagem, e a SpaceX declarou que o lançamento tinha falhado.

Segundo os responsáveis da SpaceX, o sistema de autodestruição da nave aparentemente explodiu sobre o Golfo do México.

O voo chegou ao fim quando os motores da nave estavam quase a disparar para a colocar numa trajectória à volta do mundo.

Anteriormente, cerca de três minutos após o início do voo, também o propulsor explodiu, mas nessa altura o seu trabalho estava concluído.

Apesar do fracasso, o voo de cerca de oito minutos durou o dobro do tempo da primeira tentativa de lançamento, em 20 de Abril, quando o ‘Starship’, com 120 metros, o maior e mais potente foguetão alguma vez construído, descolou pela primeira vez.

Na altura, vários motores falharam e a SpaceX fez explodir deliberadamente o foguetão ao fim de quatro minutos.

A entidade reguladora da aviação norte-americana (FAA) abriu então um inquérito, antes de finalmente dar luz verde a um segundo voo na quarta-feira, após a empresa de Elon Musk ter efectuado dezenas de melhorias no propulsor e nos seus 33 motores, assim como na plataforma de lançamento.

O projecto da SpaceX, a empresa do multimilionário Elon Musk, está a ser seguido de perto pela NASA, que conta com esta nave espacial para as suas missões de regresso à Lua.

DN/Lusa
18 Novembro 2023 — 15:55


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180: Mais de 2.400 crianças ucranianas levadas para a Bielorrússia 🇧🇾

 

🇧🇾  BIELORRÚSSIA // TERRORISMO // 👪CRIANÇAS

Mais de 2.400 crianças ucranianas com idades entre seis e 17 anos foram levadas de quatro regiões da Ucrânia parcialmente ocupadas por tropas russas para a Bielorrússia, segundo um estudo da Universidade de Yale.

© Alex Chan/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

O estudo, divulgado na quinta-feira pelo Laboratório de Investigação Humanitária da Escola de Saúde Pública de Yale, financiada pelo Departamento de Estado norte-americano, concluiu que “o trabalho sistematizado da Rússia para identificar, recolher, transportar e reeducar as crianças ucranianas tem sido facilitado pela Bielorrússia” e é “em última análise coordenado” entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder autoritário bielorrusso, Alexander Lukashenko.

“O envolvimento directo da Bielorrússia na deportação forçada de crianças pela Rússia representa uma colaboração” entre os dois países, “com diversas organizações pró-Rússia e pró-regime a facilitar a deportação de crianças da Ucrânia”, refere a investigação.

De acordo com o estudo, pelo menos 2.442 crianças, entre as quais crianças com deficiência, foram levadas para a Bielorrússia de 17 cidades das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia entre 24 de Fevereiro de 2022 e 30 de Outubro de 2023 — uma iniciativa descrita em grande pormenor no relatório de 40 páginas.

Das regiões ucranianas ocupadas, as crianças foram levadas para a cidade de Rostov, no sul da Rússia, e em seguida metidas num comboio para a Bielorrússia. O transporte foi financiado pelo Estado bielorrusso e estiveram envolvidas organizações estatais, com a aprovação de Lukashenko.

Ao todo, 2.050 crianças foram levadas para o centro infantil de Dubrava, na região bielorrussa de Minsk, ao passo que as restantes 392 foram distribuídas por 13 outras instalações em todo o país. Aí, foram sujeitas a reeducação e treino militar, incluindo com os serviços de segurança e policiais da Bielorrússia, segundo o relatório.

No documento, são também nomeados alguns intervenientes importantes neste processo, como a figura pública bielorrussa Alyaksei Talai, a empresa estatal bielorrussa produtora de potássio Belaruskali, a União da Juventude Republicana da Bielorrússia e clubes de motociclistas ultranacionalistas pró-russos.

As autoridades ucranianas afirmaram que estão a investigar as deportações como um possível genocídio. O Procurador-Geral da Ucrânia indicou que o papel da Bielorrússia nas deportações forçadas de mais de 19.000 crianças dos territórios ocupados está também a ser investigado.

No início deste ano, o Tribunal Penal Internacional (TPI) indiciou Putin e a comissária russa para os direitos das crianças, Maria Lvova-Belova, pelo seu alegado envolvimento em crimes relacionados com a deportação forçada de crianças da Ucrânia e emitiu mandados de captura para eles.

A oposição bielorrussa tem procurado obter um indiciamento semelhante para Lukashenko. Pavel Latushka, um antigo ministro bielorrusso que se tornou líder da oposição no exílio, indicou ter entregado ao TPI provas que implicam o Presidente da Bielorrússia.

Latushka disse hoje à agência de notícias norte-americana Associated Press (AP) que o relatório de Yale complementa os dados que ele e a sua equipa recolheram com mais “pormenores horríveis” e “levanta a questão da acusação criminal internacional dos principais criminosos bielorrussos que organizaram a deslocação ilegal de crianças ucranianas para a Bielorrússia”.

“A democracia vence quando há responsabilização, e Lukashenko e os que lhe estão associados têm cometido milhares de crimes contra bielorrussos e ucranianos”, sustentou.

Num comunicado anunciando o relatório de Yale, na quinta-feira, o Departamento de Estado norte-americano declarou que Washington “continuará a procurar responsabilizar os envolvidos em abusos relacionados com a guerra da Rússia contra a Ucrânia”.

A Rússia lançou a 24 de Fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 20 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

A invasão — justificada por Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Notícias ao Minuto Notícias ao Minuto
17/11/23 19:32
por Lusa


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179: “Um dos espectáculos mais intimidantes da natureza” vai ser mais comum em Portugal

 

🇵🇹 PORTUGAL // 🏜️🪸 ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

As alterações climáticas vão tornar as tempestades de areia mais frequentes, especialmente nos climas mais secos, como é o caso de Portugal.

Roxy Lopez / Wikimedia

Na recente reunião da Convenção das Nações Unidas para Combater a Desertificação (UNCCD), em Samarcanda, Uzbequistão, os líderes mundiais e especialistas reuniram-se para abordar a crescente questão das tempestades de areia e poeira, um fenómeno cada vez mais exacerbado pelas alterações climáticas e a má gestão do solo.

Descritas pela ONU como “um dos espectáculos mais intimidantes da natureza“, as tempestades de areia e poeira, tradicionalmente um fenómeno natural sazonal, são agora 25% causadas atribuíveis a actividades humanas.

Estes eventos colossais são particularmente prevalentes em regiões áridas e semiáridas, como a Ásia Central e do Norte, a África subsaariana, o Médio Oriente, partes dos Estados Unidos e regiões secas da Europa, como Portugal ou Espanha.

Estas tempestades provocam grandes danos na agricultura global, na indústria, na qualidade da água e do ar, e na saúde humana. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) reporta 232 mortes devido a eventos de poeira levantada pelo vento nos EUA entre 2007 e 2017.

Uma tempestade de poeira em 2009 na Austrália causou danos estimados entre 229 e 243 milhões de dólares, obrigando ao cancelamento de voos e despoletando vários problemas de saúde.

Em algumas partes do mundo, a frequência destas tempestades duplicou nas últimas décadas. Anualmente, cerca de 2 mil milhões de toneladas de areia e poeira são levantadas para a atmosfera, equivalente ao peso de 350 Grandes Pirâmides de Gize, explica o IFLScience.

Para combater este problema crescente, a UNCCD está a defender uma abordagem abrangente. As estratégias-chave incluem a restauração do solo, sistemas de monitorização melhorados e medidas de mitigação de impacto aprimoradas.

Estes esforços visam reduzir o número de tempestades causadas pelos humanos, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável e a mitigação dos impactos das alterações climáticas.

ZAP //
17 Novembro, 2023


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178: Estudo prevê ataque russo a países da NATO nos próximos 10 anos

 

🇷🇺☠️ MOSCÓVIA // 🇪🇺EUROPA // 🪖💥 GUERRA

Especialistas em assuntos militares prevêem que a Rússia pode desafiar militarmente países membros da NATO nos próximos cinco a dez anos, caso a guerra na Ucrânia entre num impasse — o que permitiria a Moscovo reforçar as suas capacidades bélicas.

MATEUS_27:24&25 / Flickr
Tanques blindados T-90 do Exército da Rússia

Um estudo de especialistas em assuntos militares prevê um possível ataque russo a países da NATO nos próximos 10 anos, reporta a Deutsche Welle.

A análise foi divulgada pela Sociedade Alemã de Política Internacional (DGAP), com base em dados de inteligência e círculos militares alemães.

Os autores do estudo, Christian Mölling e Torben Schütz, realçam a necessidade urgente de os países da NATO na Europa reforçarem as suas defesas para dissuadir um potencial ataque russo.

De acordo com Mölling e Schütz, a Lituânia, Letónia e Estónia são os estados membros da NATO mais vulneráveis a um ataque russo, sendo prováveis alvos preferenciais de uma iniciativa bélica de Moscovo.

Apesar das perdas sofridas durante a guerra em curso na Ucrânia, a capacidade militar da Rússia permanece substancial, salientam os autores do estudo.

O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, reiterou recentemente a importância do papel da Alemanha na defesa da Europa, realçando a importância do país como espinha dorsal da dissuasão e defesa colectiva no continente.

As novas directrizes da política de defesa da Alemanha colocam actualmente o foco na renovação das Forças Armadas, visando uma postura mais combativa.

Entretanto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu esta quinta-feira que o presidente russo Vladimir Putin está a preparar nova guerra na Europa, incitando um conflito entre a Sérvia e o Kosovo, para distrair as atenções da guerra na Ucrânia.

Com o prolongamento do conflito na Ucrânia, a guerra de trincheiras parece favorecer a Rússia, que, segundo o analista militar austríaco Markus Reisner, mantém uma considerável capacidade de produção de armamento.

A frente de batalha ucraniana, que se estabilizou após os esforços de contra-ofensiva, pode vir a exigir do Ocidente o fornecimento de armas mais modernas, que permitam um avanço mais significativo das forças ucranianas.

Os avanços tecnológicos no campo de batalha também são uma preocupação crescente. A guerra na Ucrânia está a tornar-se tornando mais electrónica, com destaque para o uso de drones — uma tendência que parece poder vir a afirmar-se como o futuro da guerra.

Também o uso de sistemas de interferência electrónica russa em comunicações e equipamentos, incluindo os lançadores de foguetes Himars, dá nota da competência tecnológica da Rússia, representando um desafio adicional.

Finalmente, o estudo da DGAP salienta que, embora a guerra na Ucrânia não pareça poder terminar a curto prazo, a Rússia pode conseguir recuperar rapidamente as perdas sofridas no conflito, ultrapassando a capacidade defensiva da NATO.

Este cenário coloca os países membros da organização com um prazo apertado para reforçar as suas forças armadas e garantir uma posição de dissuasão eficaz contra possíveis agressões russas, nota o estudo.

ZAP //
17 Novembro, 2023


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177: Temos de sair do berço. Mas vamos para onde, Marte? Porque não Vénus?

 

CIÊNCIA // HUMANIDADE // UNIVERSO

Há anos que andamos obcecados com a ideia de chegar a Marte. Para alguns especialistas, é o planeta errado. Isto porque Vénus está mais perto, a viagem seria mais curta e deixaria uma valiosa experiência de aprendizagem. Claro, nem todos concordam. Então, será que estamos a traçar um caminho espacial errado?

“Precisamos de perceber como podemos sair do berço.”

A frase é do Dr. Noam Izenberg, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, e para sermos precisos e contextualizarmos as coisas: não, ele não está a falar de bebés que saltam da cama para explorar o quarto.

O que Izenberg se questiona é: como planear a nossa exploração do universo, além da Terra e da Lua, para a qual decidimos começar a tarefa há algumas décadas?

A pergunta parece um pouco extemporânea, especialmente se tivermos em conta que a NASA estabeleceu o objectivo de levar uma missão tripulada a Marte no final da década de 2030 ou no início da década de 2040 e que Elon Musk prevê que aterraremos no planeta vermelho dentro de dez anos.

Para Izenberg, no entanto, não tem de ser este o caso e a questão é pertinente. De facto, Izenberg argumenta que talvez seja mais sensato olhar para outro dos nossos vizinhos do Sistema Solar, Vénus, antes de tentar explorar Marte de forma tripulada.

O paradigma actual da NASA é ir da Lua a Marte. Estamos a tentar defender Vénus como um alvo adicional neste caminho.

Disse Izenberg. Esta sua opinião é partilhada por outros astrónomos. Mas então, quais são os argumentos que sustentam esta mudança de objectivo?

O investigador refere que, em primeiro lugar, está a proximidade. A distância varia de acordo com as órbitas, mas a NASA estima que Vénus se situa entre 38,2 e 261 milhões de quilómetros. No caso de Marte, a agência espacial americana fala de 54,6 a 401,4 milhões de quilómetros.

A distância média entre a Terra e Marte é de aproximadamente 225 milhões de quilómetros. No entanto, esta distância pode variar significativamente devido às órbitas elípticas.

A distância mínima entre a Terra e Marte, chamada de oposição, ocorre quando os dois planetas estão alinhados do lado oposto do Sol. Nesse momento, a distância pode diminuir para cerca de 54,6 milhões de quilómetros. A oposição ocorre aproximadamente a cada 26 meses.

Já a distância máxima, chamada de conjunção superior, ocorre quando Marte está do lado oposto do Sol em relação à Terra. Nesse ponto, a distância pode ser de até 401,4 milhões de quilómetros.

Vénus, com as suas nuvens de ácido sulfúrico e temperaturas superficiais infernais, é frequentemente ignorado como uma morada potencial para a vida. Mas alguns cientistas planetários sugeriram que micróbios que vivem na atmosfera poderiam sobreviver nas camadas inferiores de nuvens, possivelmente explicando os misteriosos fenómenos atmosféricos de Vénus.

Vamos antes a Vénus e um dia pensamos em Marte

Os defensores da inclusão de Vénus no calendário espacial afirmam, como relata o The Guardian, que poderíamos realizar uma viagem tripulada a Vénus em menos tempo: em vez dos três anos que seriam necessários para completar uma viagem de ida e volta a Marte, uma missão a Vénus demoraria cerca de um ano.

A experiência permitir-nos-ia conhecer melhor o planeta, mas também forneceria uma primeira lição valiosa sobre missões tripuladas e explorações prolongadas.

Outra vantagem de incluir Vénus no planeamento é que o que pareceria ser um desvio para Vénus encurtaria a viagem e pouparia combustível para o planeta vermelho, tirando partido da sua gravidade.

Em todo o caso, o objectivo da missão venusiana pode ser definido quer numa missão autónoma, quer numa missão que tenha Marte como destino final.

Aprenderíamos a trabalhar no espaço profundo, sem nos comprometermos com uma missão completa a Marte.

Concluiu Izenberg.

As reflexões do especialista sobre a atractividade de uma missão a Vénus são apresentadas no relatório “Meeting with the Goddess”, editado com o economista da NASA, Alexander Macdonald.

Pplware
Autor: Vítor M
17 Nov 2023


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176: Câmara de Lisboa vai instalar câmaras de vídeo para controlar trânsito na Baixa

 

🇵🇹 LISBOA // BAIXA // CÂMARAS // TRÂNSITO

Protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal de Lisboa e a PSP para a instalação e utilização do sistema de vídeo-protecção na capital, que prevê 216 câmaras de vídeo.

O autarca de Lisboa, Carlos Moedas, com o superintendente-chefe da PSP, José de Barros Correia​, na cerimónia de assinatura do protocolo para a instalação e utilização do sistema de vídeo-protecção no município
© ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

A Câmara de Lisboa vai instalar câmaras de vídeo para controlar o trânsito na zona da Baixa, através da fiscalização das matrículas, tendo já a autorização da Comissão Nacional de Protecção de Dados, disse esta sexta-feira o presidente da autarquia.

Já temos, neste momento, [o aval] da Comissão de Protecção de Dados, sabemos que vamos poder instalar essas câmaras, […] que são câmaras para evitar que o trânsito venha para a Baixa”, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD).

O autarca falava à margem da assinatura de um protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal de Lisboa e a PSP para a instalação e utilização do sistema de vídeo-protecção na capital, que prevê 216 câmaras de vídeo. A cerimónia decorreu nos Paços do Concelho.

Em resposta a questões dos jornalistas, Carlos Moedas explicou que as câmaras de vídeo para controlar o trânsito na zona da Baixa “não têm um sentido de protecção das pessoas, mas tem um sentido de identificar as matrículas e ver se aquela matrícula tem autorização ou não para vir para a Baixa da cidade”.

“Toda a ideia da 5.ª Circular, que é as pessoas não entrarem na Baixa, se não for necessário virem à Baixa, e irem pela Infante Santo e dar a volta para não chegarem à Baixa, isso vai ser controlado através de câmaras”, referiu.

Em Abril deste ano, a Câmara de Lisboa apresentou uma “5.ª Circular” imaginária, de Alcântara ao Parque das Nações, como alternativa para a circulação automóvel na Baixa da cidade, zona que estará condicionada devido a várias obras.

Sem adiantar pormenores sobre a operacionalidade deste controlo de trânsito através de câmaras de vídeo, o presidente da câmara assegurou que “aqueles que são residentes ou que vêm fazer compras à Baixa ou que vêm trabalhar à Baixa podem vir à Baixa”.

“Aqueles que só iriam passar pela Baixa não vão poder passar pela Baixa e isso nós só podemos fazer com as câmaras que vão identificar as matrículas, porque neste momento já definimos a 5.ª Circular e até já demos indicações aquelas ‘apps’ que toda a gente utiliza, como a Google ou o Waze, para as pessoas não passarem pelo centro da cidade”, declarou o autarca.

“Mas eu não consigo ter polícia a parar todas as pessoas que não vêm e, portanto, no fundo, preciso mesmo dessas câmaras”, sublinhou Carlos Moedas.

A implementação destas câmaras de vídeo terá verba canalizada no orçamento municipal para 2024, adiantou o presidente da câmara, sem revelar o valor, nem as datas previstas para a concretização da medida.

“Já vamos ter [verba] no orçamento para o ano, para conseguirmos ter essas câmaras que identificam as matrículas, assim como acontece em Madrid e noutras cidades, para evitar que o trânsito venha aqui para a Baixa e que tenhamos este problema que estamos a ter: um excesso de trânsito e de carros na Baixa”, reforçou.

As ZER entraram em vigor em 2011 e englobam duas zonas, nomeadamente a Zona 1, em que estão proibidos de circular os carros com matrículas anteriores ao ano de 2000 e que abrange eixo Marquês de Pombal, Avenida Liberdade, Baixa e Terreiro do Paço.

Na Zona 2 estão proibidos veículos fabricadas antes de 1996, no limite a sul da Avenida de Ceuta, eixo Norte-Sul, Avenida das Forças Armadas, Avenida Estados Unidos da América, Avenida Marechal António Spínola e Avenida Infante Dom Henrique.

DN/Lusa
17 Novembro 2023 — 21:03


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175: Kiev alerta para golpe contra Zelensky

 

🇺🇦🔱 UCRÂNIA // 🪖GOLPE // 🇺🇦🔱ZELENSKY

O nome de código é Maidan 3 e responde a um plano que tem como objectivo derrubar Volodymyr Zelensky, anunciou o próprio aos jornalistas quando admitiu que o país se debate de novo com falta de munições.

Volodymyr Zelensky.
© AFP/Presidência da Ucrânia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky revelou que Moscovo está a tentar criar o caos na sociedade ucraniana para depois colher os frutos. “Os nossos serviços secretos têm informações, que também vieram dos nossos parceiros”, disse Zelensky, citado pela Bloomberg.

O nome do plano é uma referência à praça da Independência de Kiev, o epicentro das revoltas de 2004 e 2014. “Maidan é um golpe para eles, por isso a operação é compreensível”, comentou, embora não tenha dado mais pormenores sobre o plano.

Horas depois de Zelensky ter reconhecido que a guerra Israel-Hamas tornou mais difícil para o seu país receber assistência militar, os Países Baixos anunciaram um pacote de ajuda no valor de dois mil milhões de euros para 2024, e a Finlândia mais cem milhões de euros na vigésima entrega de material para Kiev.

Por razões de segurança, a informação sobre o que vai ser fornecido ficou em segredo.

Ainda no que respeita às munições, o presidente francês Emmanuel Macron, em visita à neutral Suíça, disse que as autoridades de ambos os países estão em negociações para que Berna autorize a reexportação de material de guerra produzido no país, uma pretensão que foi rejeitada pelo parlamento da federação helvética.

Além de munições, está também em jogo mais de 90 tanques Leopard 1, produzidos na Suíça e armazenados em Itália.

No terreno, as autoridades ucranianas afirmam ter estabelecido várias cabeças-de-ponte (bases) na margem esquerda do rio Dniepre, numa operação com forças conjuntas. Os avanços receberam palavras de elogio de Zelensky aos militares envolvidos.

DN
César Avó
17 Novembro 2023 — 21:31

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published in: 2 semanas ago

 

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