– “… a notável redução na taxa de risco de pobreza, com menos 734 mil pessoas a viver em risco de pobreza e exclusão social face a 2015.”
Não descortino onde esteja a “notável” redução na taxa de risco de pobreza, quando existem seres humanos, pessoas que precisam de (sobre)viver, desempregados de longa duração, sem qualquer ajuda social, sem qualquer subsídio, sem qualquer apoio, sendo-lhes negado, por incrível que pareça, as ajudas sociais para estes casos! Não fossem familiares – os que os têm e podem ajudar – a ajudarem nesta sobrevivência, já estavam caídos na sarjeta!
🇵🇹 OPINIÃO
O Governo caiu com um caso sobre o qual ainda se aguardam esclarecimentos da Justiça. A perplexidade geral agravou-se com a decisão do juiz de instrução, que decretou liberdade para todos os detidos e excluiu a existência de indícios de corrupção.
Não obstante as dúvidas suscitadas relativamente à sustentação deste processo, o que é certo é que este foi o motivo da queda do Governo.
Isto significa que o Governo não caiu por a sua linha política ter sido derrotada. Nem no país, que recentemente lhe concedeu maioria absoluta, nem no próprio Partido Socialista.
O caminho trilhado desde 2015, primeiro com o apoio parlamentar de parceiros à esquerda, depois com maioria absoluta, tem resultados concretos para os portugueses.
Na economia, a aproximação sustentada aos parceiros europeus. Todas as projecções colocam Portugal a crescer acima da Zona Euro até 2025. Será o concretizar de uma década de convergência.
Na melhoria de rendimentos, com o aumento de 50% do salário mínimo e mais de 30% do salário médio – sem contar ainda com os aumentos previstos no Orçamento do Estado para 2024.
No combate às desigualdades, em particular a notável redução na taxa de risco de pobreza, com menos 734 mil pessoas a viver em risco de pobreza e exclusão social face a 2015.
Na transição climática, Portugal diminuiu em 35% as emissões poluentes desde 2005, a maior em toda a UE. De acordo com a Comissão Europeia, o nosso país tem “um dos sistemas energéticos mais descarbonizados”.
Tudo isto, mais as contas certas. No próximo ano, pela primeira vez desde 2009, tudo indica que Portugal terá uma dívida pública abaixo dos 100%. Uma redução de 25 pontos percentuais (!) em apenas três anos.
Este é o legado de António Costa. Feito ao mesmo tempo que o país enfrentou uma pandemia, a guerra na Ucrânia, um choque inflaccionário e respectivas consequências.
Agora, sem ele, o Partido Socialista segue para uma campanha e eleições num ambiente particularmente adverso, que favorece a extrema-direita populista. O caso judicial será arma de arremesso.
O processo interno do PS para escolher o seu próximo líder e candidato a primeiro-ministro já começou. Apresentaram-se dois candidatos, com percursos diferentes, dentro e fora do partido, mas ambos membros dos Governos de António Costa e participantes activos do seu projecto político.
A agenda progressista e europeísta, priorizando o combate às desigualdades, o equilíbrio das contas públicas e sem qualquer ambiguidade perante o extremismo do Chega representa um contraste claro com a alternativa política da direita, liderada pelo PSD.
Desde 2015, sempre que lhe foi dada palavra, o povo foi claro sobre qual o projecto político que prefere. É também por isso que a reafirmação do trabalho, do legado e dos resultados que o PS tem para apresentar ao país são uma mais-valia para o desafio que temos pela frente. É esta, evidentemente, a continuidade que eu defendo.
2 valores
Situação nos hospitais de Gaza
As notícias acerca de recém-nascidos prematuros a morrer em hospitais de Gaza devido à falta de energia são extremamente perturbadoras. As consequências das guerras são sempre estas: são os mais frágeis e indefesos que mais sofrem. Devastador.
Eurodeputado
DN
Pedro Marques
16 Novembro 2023 — 00:50
Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator
published in: 2 semanas ago
– “… a notável redução na taxa de risco de pobreza, com menos 734 mil pessoas a viver em risco de pobreza e exclusão social face a 2015.”
Não descortino onde esteja a “notável” redução na taxa de risco de pobreza, quando existem seres humanos, pessoas que precisam de (sobre)viver, desempregados de longa duração, sem qualquer ajuda social, sem qualquer subsídio, sem qualquer apoio, sendo-lhes negado, por incrível que pareça, as ajudas sociais para estes casos! Não fossem familiares – os que os têm e podem ajudar – a ajudarem nesta sobrevivência, já estavam caídos na sarjeta!