153: Mais Europa precisa-se

 

🇵🇹 OPINIÃO

As eleições europeias têm sido sempre um parente pobre actos eleitorais. Ou os partidos não lhes dão grande relevância ou usam-nas como testes aos governos e às suas lideranças ou aproveitam-nas para fazer política interna. Desta vez é provável que sobressaia a primeira hipótese.

Teremos eleições legislativas em Março e um novo governo em Abril ou Maio, dependendo se teremos negociações mais fáceis ou mais difíceis para um dos dois maiores partidos conseguir uma aliança. Ora as eleições para o Parlamento Europeu serão em Junho.

O país vai estar a viver na ressaca das legislativas e a analisar os primeiros passos do novo governo. Um ambiente em tudo propício para, mais uma vez, não se falar da União Europeia, que caminho deve seguir, que políticas deve implementar e o que cada partido pretende fazer no Parlamento Europeu.

O que a União Europeia decide é hoje profundamente preponderante na vida de cada cidadão. Basta dizer que mais de metade das leis aprovadas no parlamento português são “leis” vindas da União Europeia.

Mas há, de facto, um relativo desinteresse por parte das populações europeias sobre as instituições europeias, as políticas europeias e os temas comuns a todos os europeus. Há diferentes culpados para que isto aconteça.

As próprias instituições europeias são as primeiras culpadas, nomeadamente a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia. Estes organismos deviam ser os principais interessados em divulgar o que fazem e a promoverem bastante melhor as suas competências.

Há muito tempo que devia haver órgãos de comunicação social públicos europeus, nomeadamente televisão e rádio, à semelhança do que acontece com cada Estado europeu. E estes canais deviam estar obrigatoriamente posicionados logo após as estações nacionais, tanto no cabo como na TDT no caso da televisão. Por outro lado, é fundamental uma melhor publicitação de todos os investimentos europeus em cada um dos Estados.

A maioria dos portugueses nem sequer imagina que sem União Europeia não haveria dinheiro para metade das obras do Estado (do governo ou das câmaras).

Os actores políticos são os segundos culpados pela falta de interesse das populações pelas questões europeias. Os governos raramente referem a União Europeia como a grande investidora no país, preferindo ficar com os louros nas inaugurações das obras públicas.

E há mesmo uma narrativa que atravessa todos os partidos de poder, nomeadamente no PS e no PPD: quando as coisas correm bem é porque o seu governo fez bem, quando as coisas correm mal é porque a União Europeia não permitiu que se fizesse bem. E há mesmo aqueles que culpam a União Europeia pela relativa pobreza do país.

Ou são as políticas impostas ou é a existência de uma moeda como o euro. Todo um discurso que tenta disfarçar as suas próprias incompetências. Quanto ao euro ser um factor que obstaculiza o nosso desenvolvimento basta ver como Estados com o euro que estavam bem atrás de Portugal já nos ultrapassaram.

Os terceiros culpados são os órgãos de comunicação social. Ou porque se aliam à narrativa dos políticos ou porque desprezam em geral a política europeia.

Dada a importância do que acontece em Bruxelas é incompreensível que as televisões, os jornais e as rádios tenham apenas um único correspondente na capital europeia e que não haja todos os dias notícias vindas do centro político europeu.

No caso das televisões e rádios o tempo dedicado a estes temas devia ser muito maior, com um maior investimento e atenção. No caso dos jornais devia haver uma secção própria dedicada à política europeia, seja a que sai das suas instituições, seja o que é noticiário dos 27 Estados da UE.

Por fim, é urgente que haja mais Europa no ensino. Mais Europa na História, mais Europa na Geografia… Mas também um maior contacto, por exemplo, com a literatura europeia.

Os alunos saem do secundário sem referências literárias francesas, espanholas, alemãs ou polacas, a não ser que tenham uma disciplina dedicada a um desses idiomas. Há um profundo desconhecimento sobre a nossa cultura comum europeia, que muitas vezes sublinha estereótipos que até roçam a xenofobia.

Quem nunca ouviu comentários preconceituosos sobre espanhóis, franceses, ingleses? Até nos canais televisivos com a maior das naturalidades, sem que ninguém se lembre de recriminar. Existe uma espécie de xenofobia do bem se for direccionada a outros povos europeus.

Há ainda um longo caminho a percorrer no que toca à europeização dos povos europeus. A União Europeia tem apenas 66 anos, a integração está longe do seu final e o sentimento de pertença a uma comunidade europeia ainda está no início.

É visível que as gerações mais novas são muito mais apegadas à Europa, à liberdade de viajar sem obstáculos pelo espaço europeu, à possibilidade de viver e trabalhar fora do seu Estado de origem e ser um cidadão pleno nesse novo Estado.

Mas é necessário que os três maiores responsáveis (UE, governos nacionais e comunicação social) façam o seu papel.

Presidente do movimento Partido Democrata Europeu

DN
Tiago Matos Gomes
16 Novembro 2023 — 18:59


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152: Rússia perplexa com sanções checas a empresa que gere bens estatais

 

🇨🇿 CHÉQUIA // 🇷🇺☠️ MOSCÓVIA // ✔️SANÇÕES

A Rússia descreveu hoje como ilegal, anti-russa e desconcertante a decisão da República Checa de congelar os bens de uma empresa que gere propriedade estatal russa.

“Uma posição tão profundamente anti-russa das autoridades checas causa, naturalmente, uma perplexidade absoluta”, reagiu o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov.

O Governo da República Checa incluiu na lista de sanções uma empresa que gere os bens do Estado russo em solo checo, considerando que a actividade comercial de Moscovo financia “o assassinato de ucranianos”.

Trata-se da Empresa Unitária do Estado Federal Roszagranproperty, que gere o património imobiliário russo no estrangeiro.

A maior parte dos activos estão localizados em Praga ou na cidade termal de Karlovy Vary, que tradicionalmente tem uma grande comunidade empresarial e cidadãos russos.

A sanção exclui os edifícios das missões diplomáticas.

“Rejeitamos categoricamente essa posição e não a aceitamos. Estamos agora a analisar a situação”, disse Peskov, citado pela agência espanhola EFE.

Peskov disse que Moscovo considera as decisões de Praga ilegais do ponto de vista do direito internacional.

“A julgar por estas decisões, (…) todos os objectos que possam ser nossa propriedade, com excepção dos que têm estatuto diplomático, estão, evidentemente, agora ameaçados”, afirmou.

Acrescentou que a Rússia responderá a quaisquer “medidas hostis”.

A República Checa disse que vai tentar convencer outros países da União Europeia (UE) a sancionar a empresa russa.

A Rússia tem sido alvo de sanções internacionais, incluindo da UE, desde que invadiu a Ucrânia, em 24 de Fevereiro de 2022.

As sanções visam diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Os aliados ocidentais de Kiev também têm fornecido armamento ao exército ucraniano para combater os invasores russos.

Desconhece-se o balanço de vítimas civis e militares da guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm antecipado que será muito elevado.

A guerra da Rússia contra a vizinha Ucrânia é considerada a maior crise de segurança na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Notícias ao MinutoNotícias ao Minuto
16/11/23 12:52
por Lusa


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151: Tribunal russo condena a prisão artista por protesto contra a guerra

 

🇷🇺☠️ MOSCÓVIA // ⚖️ CONDENAÇÃO // 🕊️ PACIFISTA

Um tribunal russo condenou hoje uma artista por trocar etiquetas de preços de supermercados com mensagens anti-guerra, sentenciando-a a sete anos de prisão, na mais recente repressão à liberdade de expressão.

© iStock

Sasha Skochilenko foi detida na sua terra natal, São Petersburgo, em Abril de 2022, e acusada de espalhar informações falsas sobre os militares, depois de substituir pequenas etiquetas de preços por outras que denunciavam a invasão da Ucrânia pela Rússia.

“O exército russo bombardeou uma escola de artes em Mariupol. Cerca de 400 pessoas estavam escondidas do bombardeamento”, podia ler-se numa dessas mensagens, enquanto outra dizia: “Recrutas russos estão a ser enviados para a Ucrânia. As vidas dos nossos filhos são o preço desta guerra”.

Um cliente do supermercado que encontrou as mensagens denunciou-as às autoridades, o que deu início ao processo judicial.

– Os bufos do regime russonazi…

A detenção de Skochilenko ocorreu cerca de um mês depois de as autoridades terem adoptado uma lei que criminaliza qualquer expressão pública sobre a guerra que se desvie da linha oficial do Kremlin.

A legislação tem sido utilizada para uma estratégia de repressão generalizada contra políticos da oposição, activistas dos direitos humanos e cidadãos comuns que criticam o Kremlin.

Skochilenko, de 33 anos, não negou a substituição das etiquetas de preços, mas rejeitou a acusação de espalhar informações deliberadamente falsas.

A sua advogada, Yana Nepovinnova, alerta que a artista não pretendia menosprezar os militares, mas sim parar os combates.

“Ela é uma pessoa muito empática e amante da paz. Para ela, em geral, a palavra ‘guerra’ é a coisa mais terrível que se possa imaginar, assim como o sofrimento das pessoas”, disse Nepovinnova, numa declaração à agência norte-americana Associated Press.

O portal de notícias independente russo Mediazona noticiou que Skochilenko, na sua declaração final no tribunal, hoje, disse que o caso contra si era “estranho e ridículo”.

“Todos vêem e sabem que não é um terrorista que vocês estão a julgar. Não estão a julgar um extremista. Também não estão a julgar um activista político. Estão a julgar um pacifista”, disse Skochilenko, dirigindo-se ao juiz, numa sala de tribunal repleta de apoiantes.

Skochilenko está detida preventivamente há quase 19 meses, sofrendo de problemas de saúde que exigem tratamento regular.

Enquanto esteve detida em São Petersburgo, conseguiu ser acompanhada por médicos, mas os seus familiares temem que a artista fique sem apoio de saúde se for enviada para uma prisão em local remoto.

O grupo de direitos humanos mais proeminente da Rússia – e vencedor do Prémio Nobel da Paz em 2022 – Memorial, declarou Skochilenko uma prisioneira política.

Quase 750 pessoas enfrentam acusações criminais na Rússia pelas suas posições anti-guerra e mais de 8.100 foram acusadas de desacreditar o exército, puníveis com multa ou uma leve pena de prisão.

Notícias ao MinutoNotícias ao Minuto
16/11/23 15:18
por Lusa


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150: Pedro Nuno Santos e uma casa de 740 mil euros não declarada

 

– Já aqui mencionei mais de uma vez e volto a repetir, que não nutro qualquer simpatia pelo PS, pelos seus dirigentes, governo (ainda em funções), dado que sou ateu partidário e religioso. Contudo, este “não sabia” de PNS é indesculpável porque são estes políticos que têm a obrigação de conhecerem as leis que nos regem dado que são eles que as criam e aprovam. Tal e qual o rapazola dos laranjinhas que esteve cinco anos sem pagar contribuições à Segurança Social por “desconhecimento”… Estes políticos são uns seres felizes…

 PNS // 🏠PATRIMÓNIO // 💰DESCONHECIMENTO

Pedro Nuno Santos não explicou, ao Tribunal Constitucional, como pagou crédito de 450 mil euros, quando entrou para o Ministério das Infra-estruturas, em 2019. O socialista desconhecia que, ao trocar de mandato, tinha de apresentar uma declaração de rendimentos e património actualizada.

Manuel de Almeida / LUSA
Pedro Nuno Santos

De acordo com a revista Sábado, Pedro Nuno Santos não declarou como pagou a casa de 740 mil euros, na qual reside actualmente.

A investigação denuncia um conjunto de inconformidades correlacionadas, na forma como Pedro Nuno declarou rendimentos e património, entre 2018 e 2019 – período em que passou de secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares para ministro das Infra-estruturas.

Pedro Nuno Santos terá apresentado, em Dezembro de 2018 (era ainda secretário de Estado), uma declaração de rendimentos e património, onde apresentou um crédito à habitação no valor de 450 mil euros.

Dois meses depois, PNS foi promovido a ministro das Infra-estruturas e foi obrigado a apresentar uma nova declaração – na qual se constatou o desaparecimento da dívida ao banco.

Pedro Nuno teria, então, de apresentar outra declaração, para explicar o desaparecimento da dívida, mas, segundo a Sábado, tal não aconteceu.

Pedro Não Sabia

À revista semanal, o candidato a secretário-geral do Partido Socialista (PS) afirmou que “não sabia” que, ao trocar de mandato, tinha de apresentar uma declaração actualizada, ao Tribunal Constitucional (TC).

Pedro Nuno Santos explicou que 290 mil euros foram pagos a pronto, pela mulher, e os restantes 450 mil com o dinheiro da venda da casa antiga.

Em 2018, decidimos procurar uma nova habitação permanente, tendo, em simultâneo, iniciado as diligências para a venda da habitação identificada na declaração de 2015. Em 2018 adquiri, em co-propriedade com a minha mulher, a nossa actual habitação permanente em Lisboa, tendo contraído, para o efeito, um crédito habitação em nome de ambos, no valor de 450 mil euros e o pagamento a pronto foi efectuado pela minha mulher. Formalizada, entretanto, a venda da primeira habitação permanente, foi liquidado (pelo valor que se mantinha ainda vigente) o crédito bancário associado a essa habitação“, esclareceu Pedro Nuno.

O problema é que qualquer alteração patrimonial superior a 50 salários mínimos nacionais tem de ser, obrigatoriamente, declarada ao TC – coisa que PNS não fez.

ZAP //
16 Novembro, 2023


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149: Dias azedos no MP. PGR pediu explicações na investigação que derrubou Costa

 

🇵🇹 PORTUGAL // ⚖️ PGR // ⚖️ MP // 🍋DIAS AZEDOS

Vivem-se dias complicados no Ministério Público (MP) depois dos erros revelados na Operação Influencer que derrubou António Costa. Há um “mal-estar” na cúpula da entidade e a procuradora-geral da República, Lucília Gago, pediu explicações aos titulares da investigação.

Miguel A. Lopes / Lusa
Lucília Gago, procuradora-geral da República

O “mal-estar” no MP começou com a revelação de alguns erros na investigação da Operação Influencer que levou à detenção do ex-chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, e do seu amigo, Diogo Lacerda Machado.

Um desses erros é de transcrição, com o nome de António Costa a ser referido erradamente quando se falava realmente de António Costa e Silva, o ministro da Economia.

Mas o que agravou a situação foi o anúncio das medidas de coacção pelo juiz de instrução criminal Nuno Dias Costa. Foram bem mais leves do que o MP desejava, apenas com a proibição de os arguidos se ausentarem do país e com a obrigação da entrega dos passaportes.

Depois disso, a procuradora-geral da República, Lucília Gago, pediu explicações ao director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Francisco Narciso, de acordo com o que apurou o Público. Foi depois disso que o MP anunciou que ia recorrer das medidas de coacção aplicadas, ainda segundo o mesmo jornal.

A decisão do juiz também causou estranheza porque, apesar de deixar cair os crimes de corrupção, notou que os arguidos estavam “fortemente indiciados” por tráfico de influências e, mesmo assim, não determinou a proibição de contactos entre eles.

Nesta altura, o clima é azedo e há um “mal-estar na Procuradoria-Geral da República (PGR)”, como nota o Público. Perante isso, Lucília Gago desdobra-se em “reuniões” para “definir o rumo a tomar” na Operação Influencer, segundo o diário.

Em cima da mesa, está a possibilidade de os três procuradores ligados ao caso se dedicarem em exclusivo a essa investigação.

Mas também se estuda a hipótese de reforçar a equipa de investigação com mais meios. E isso pode passar por chamar a Polícia Judiciária para o caso, nomeadamente através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção.

ZAP //
16 Novembro, 2023


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148: EDP vai reduzir em 15% a sua componente do preço da luz a partir de Janeiro

 

🇵🇹 PORTUGAL // 💡EDP // 💰PREÇOS // ✔️REDUÇÃO

No caso do gás, “a factura final dos clientes residenciais voltará a descer em Janeiro, com uma redução média de 2%”, indica a EDP.

© OSCAR DEL POZO/AFP

A EDP vai reduzir a sua componente do preço da luz, em 2024, com uma descida de 15% na parcela “Energia e Estrutura Comercial”, mas o preço final só poderá ser calculado após o regulador publicar as tarifas.

“A partir de Janeiro de 2024, a EDP Comercial vai voltar a reduzir a sua componente do preço da electricidade praticado às famílias, aplicando uma redução média de 15% na parcela denominada de ‘Energia e Estrutura Comercial'”, lê-se numa nota enviada à Lusa.

A eléctrica sublinhou que esta descida só é possível graças à evolução positiva dos custos com a aquisição de energia nos mercados grossistas.

Por outro lado, conforme sublinhou, esta decisão enquadra-se no compromisso de repor a estabilidade e os preços aos seus clientes.

Contudo, ressalvou que o preço final aplicado aos clientes residenciais só pode ser calculado após o regulador publicar as tarifas de acesso às redes finais para 2024.

No caso do gás, “a factura final dos clientes residenciais voltará a descer em Janeiro, com uma redução média de 2%”.

DN/Lusa
15 Novembro 2023 — 19:07


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147: Mais de 70% dos portugueses cortam gastos diários

 

🇵🇹 PORTUGAL // 👎💰 INFLAÇÃO // 🍲GASTOS

Estudo da Intrum conclui que 74% dos portugueses estão a cortar nos gastos, enquanto 30% estimam utilizar as poupanças para pagar contas do dia-a-dia dada a inflação e a subida dos juros.

Um estudo da Intrum conclui que 74% dos portugueses estão a cortar nos gastos, enquanto 30% estimam utilizar as poupanças para pagar contas do dia-a-dia dada a inflação e a subida dos juros, segundo um relatório da Intrum.

“Embora 74% procurem cortar nos gastos diários e 30% planeiem utilizar as suas poupanças para pagar despesas e contas do dia-a-dia, estas são apenas soluções temporárias. Eventualmente, quando o seu dinheiro acabar, os consumidores deixarão de pagar algumas contas”, revelou, no entanto, o European Consumer Payment Report 2023 — Portugal da Intrum, a que a Lusa teve acesso.

Cerca de 16% das pessoas afirmaram ter agora menos dinheiro para gastar, após pagarem as contas e os bens essenciais, do que no ano anterior.

O estudo concluiu que 22% dos consumidores não pagaram, pelo menos, uma factura dentro do prazo no ano passado.

Verificou-se um número crescente de incumprimentos entre a geração X e os millenials.

Aproximadamente três em 10 pessoas disse que sentiria menos culpa por ignorar o pagamento de uma conta agora, do que há alguns anos.

Já mais de 40% espera que as empresas não se preocupem em adoptar medidas contra os consumidores que têm pagamentos em atraso.

“À medida que os rendimentos reais dos consumidores estagnam ou diminuem, uma grande parte dos consumidores terá que fazer escolhas difíceis sobre como irá enfrentar a situação nos próximos seis meses: 63% podem cancelar gastos em férias e 72% dizem que podem gastar menos no Natal”, lê-se no documento.

Nos últimos seis meses, um em cada quatro inquiridos pediu dinheiro emprestado para pagar contas e 12% podem necessitar de um crédito adicional para pagar as suas despesas diárias.

Menos de 40% dos portugueses têm uma poupança equivalente a um mês de rendimento ou abaixo disto, enquanto um em cada cinco não tem uma “almofada”.

O relatório mostrou também que 19% das pessoas não conseguem fazer poupanças para responder a despesas inesperadas, acima dos 18% verificados em 2022 e dos 16% do ano anterior.

Mais de metade (54%) dos consumidores acredita que a sua situação financeira vai melhorar nos próximos 12 meses e a maioria espera que a inflação se mantenha nos próximos anos.

Para a realização deste estudo foram inquiridas 20.000 pessoas em 20 países (cerca de 1.000 em cada), sendo o grupo-alvo constituído pelas que têm idade igual ou superior a 18 anos.

O trabalho de campo para o estudo foi realizado entre 19 de julho e 01 de Setembro deste ano.

DN/Lusa
16 Novembro 2023 — 07:40


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146: Cavalos-marinhos resgatados em 2022 na Trafaria já foram devolvidos à natureza

 

🇵🇹 PORTUGAL // 🐟BIOLOGIA // CAVALOS-MARINHOS

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas coordenou esta operação, em colaboração com o Oceanário de Lisboa.

© ICNF

Os cavalos-marinhos que em Março de 2022 foram recolhidos na zona da baía da Trafaria, no concelho de Almada, e acolhidos no Oceanário de Lisboa, foram devolvidos ao seu habitat natural.

“A acção decorreu no passado dia 31 de Outubro, foi coordenada pelo ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, e envolveu o Oceanário, o MARE-ISPA, devidamente licenciados para a translocação dos cavalos-marinhos, e a Câmara Municipal de Almada”, revelou esta quinta-feira o ICNF, em comunicado.

A devolução dos cavalos-marinhos, que tinham sido resgatados na sequência do colapso de um pontão, foi feita em mergulho, na zona da Trafaria, no distrito de Setúbal.

Segundo o ICNF, este núcleo populacional de cavalos-marinhos é das espécies Hippocampus hippocampus e Hippocampus guttulatus.

Após a sua recolha em Março, os cavalos-marinhos foram acolhidos pelo Oceanário de Lisboa, onde permaneceram até agora.

A intervenção de 2022, ainda de acordo com o instituto, “permitiu recolher cinco marinhas (Syngnathus acus) e 23 cavalos-marinhos, das duas espécies ocorrentes em Portugal (quatro cavalos-marinhos comuns, Hippocampus hippocampus, e 19 cavalos-marinhos-de-focinho-comprido, Hippocampus guttulatus)”.

“As marinhas, que entretanto se haviam reproduzido, permitiram devolver mais de 100 indivíduos no passado mês de Março”, acrescenta o ICNF.

Na nota, o instituto salienta que “as espécies Hippocampus hippocampus e Hippocampus guttulatus têm graves problemas de conservação, necessitando de medidas de protecção específicas e urgentes, o que fez com que já estejam listadas nos anexos da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção) e no Regulamento Comunitário, que aplica essa convenção na União Europeia”.

As duas espécies foram também incluídas nos anexos do decreto-lei que aprovou o regime jurídico aplicável à protecção e à conservação da flora e da fauna selvagens e dos habitats naturais das espécies enumeradas nas Convenções de Berna e de Bona, acrescenta ainda o instituto.

DN/Lusa
16 Novembro 2023 — 11:09


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145: Migrações: Finlândia fecha metade das fronteiras com a Rússia

 

🇫🇮 FINLÂNDIA // 🇷🇺☠️ MOSCÓVIA // FRONTEIRAS

Governo finlandês tomou a decisão de fechar os pontos de passagem de Vaalimaa, Nuijamaa, Imatra e Niirala.

© VESA MOILANEN / LEHTIKUVA / AFP

A Finlândia vai fechar metade dos seus pontos de passagem fronteiriça com a Rússia durante a noite de sexta-feira para sábado, depois de ter acusado Moscovo de permitir que migrantes indocumentados atravessem a fronteira, anunciou esta quinta-feira o Governo.

“O Governo tomou a decisão de fechar os pontos de passagem de Vaalimaa, Nuijamaa, Imatra e Niirala”, disse a ministra do Interior, Mari Rantanen, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, a acusar a Rússia de “malícia”.

Na quarta-feira, a presidência russa (Kremlin) “lamentou profundamente” os planos da Finlândia de fechar a sua fronteira com a Rússia, face ao elevado número de travessias ilegais de migrantes e num contexto de tensões crescentes.

As relações entre os dois vizinhos deterioraram-se consideravelmente desde Fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, ataque que levou a Finlândia, preocupada com a sua própria segurança, a aderir à NATO, aliança que Moscovo considera uma ameaça.

“Lamentamos profundamente que as autoridades finlandesas tenham escolhido um caminho de distanciamento deliberado das boas relações que tínhamos”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov quando questionado sobre o facto de a Finlândia ter anunciado na terça-feira que estava a considerar restringir o tráfego fronteiriço ou mesmo fechar os seus pontos de passagem com a Rússia.

O primeiro-ministro finlandês acusou a Rússia de permitir deliberadamente que migrantes atravessassem a fronteira, apesar de não terem documentos válidos, sugerindo que se tratava de uma tentativa de desestabilizar o seu país.

A Finlândia partilha uma fronteira de 1.340 quilómetros com a Rússia.

DN/Lusa
16 Novembro 2023 — 13:29


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144: Jornalista terá recebido dinheiro de russos para escrever livros de Putin

 

🇩🇪 ALEMANHA // 🇷🇺☠️ MOSCÓVIA // 📖 JORNALISTAS

Um premiado jornalista alemão terá recebido pelo menos 600 mil euros indirectamente ligados a um oligarca russo para dar uma imagem favorável a Vladimir Putin nos seus livros.

O premiado jornalista alemão Hubert Seipel terá recebido pelo menos 600 mil euros em pagamentos offshore ligados a oligarcas russos para financiar dois livros sobre o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

A Hoffmann und Campe, responsável pela publicação dos livros, já anunciou que vai deixar de os vender.

Segundo a agência de notícias The Associated Press (AP), que cita o jornal alemão Der Spiegel e a televisão pública alemã ZDF, Seipel terá aceitado dinheiro indirectamente ligado a um oligarca russo para dar uma imagem favorável de Putin nos livros.

As alegações baseiam-se em informações dos registos de dados financeiros do Cyprus Confidential que foram divulgados ao Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.

Em causa estão os livros ‘Putin’s Power’ e ‘Putin. Interior views of a power’, publicados em 2021 e 2015, respectivamente.

Em 2012, o jornalista fez um documentário sobre Putin em colaboração com a televisão alemã NDR, tendo também transmitido várias das suas entrevistas ao presidente russo.

Seipel negou ter recebido dinheiro de terceiros para a realização de filmes ou entrevistas televisivas, mas terá reconhecido que recebeu apoio para livros.

Num comunicado, a NDR afirmou que “Seipel admitiu à NDR que recebeu dinheiro de Alexey Mordashov através de dois ‘contratos de patrocínio’ em 2013 e 2018 e explicou que era para dois projectos de livros”.

Mordashov é um importante oligarca russo, sendo accionista e presidente da Severstal, a maior empresa siderúrgica e de mineração da Rússia. Após a invasão russa da Ucrânia, em 2022, entrou na lista de sanções dos Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido.

Notícias ao Minuto Notícias ao Minuto
16/11/23 00:18
por Notícias ao Minuto


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