– Importa esclarecer que, tendo terminado a minha actividade na anterior morada, todos os blogues foram excluídos, não se encontrando disponíveis. Conforme mencionei no artigo do topo deste Blogue, esta e actual casa (digital) tem apenas um quarto, é mais reduzida (porque é gratuita) e terei de acumular aqui tudo o que vou escrevendo.
🇵🇹 A MINHA COZINHA À LA CARTE
Medalhões de Pescada do Cabo com Natas e Camarão ❤️
01.- Coza o miolo de camarão 🦐 durante 5 minutos e guarde a água da cozedura.
02.- Passe os medalhões de pescada 🐟 pela sopa de marisco 🦐 e certifique-se que ficam todos untados com o preparado. Ligue o forno a 180ºC.
03.- Coloque os medalhões 🐟 num tabuleiro refractário ou de Pyrex, juntamente com o miolo de camarão 🦐. Num recipiente, adicione as natas com uma chávena da água de cozer o miolo de camarão 🦐, adicione uma colher de sopa da sopa de marisco (pó), misture tudo muito bem e verta por cima dos medalhões 🐟 .
04.- Leve o preparado ao forno durante 30 minutos ou até ficarem dourados. Sirva de seguida com uma mistura de legumes cozidos (*) (utilizei mini-forno eléctrico, 4 varetas, 180ºC, 30 minutos).
(*) – rodelas de cenoura, floretes de couve-flor e floretes de brócolos.
A saúde e as questões fiscais dominam as primeiras propostas da oposição para alterações ao Orçamento de Estado.
Tiago Petinga / Lusa
Já conhecemos as primeiras propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2024, com os impostos, saúde, rendimentos e mobilidade no centro das atenções. O prazo para a apresentação de propostas acaba dia 14, mas já 109 medidas foram submetidas até à última sexta-feira, lembra o Público.
O PSD surpreendeu ao ser o primeiro a apresentar as propostas, defendendo a continuidade das inscrições na Zona Franca da Madeira até 2026 e sugerindo a exclusão do novo IUC para veículos pré-2007 do OE2024.
Além disso, os sociais-democratas vão ainda defender reduzir o IRC para 19%, reduzir o IRS jovem e recuperar o tempo de serviço dos professores ao ritmo de 20% por ano.
Por sua vez, o PCP focou-se na melhoria dos rendimentos, sugerindo um aumento mínimo de 15% nos salários da função pública e de 7,5% para os pensionistas.
Os comunistas defendem ainda a criação de um décimo escalão no IRS, o fim das propinas, a redução do IVA para electricidade, gás e telecomunicações e a criação do regime de dedicação exclusiva ao SNS com uma majoração de 50% do salário.
O PAN prioriza a manutenção do IVA Zero para um conjunto de produtos, a redução de impostos para a classe média, a actualização dos escalões de IRS à taxa de inflação e passes gratuitos para menores de 25 anos.
No plano ambiental, o partido sugere ainda 6% de IVA para a comida para animais de companhia e idas ao veterinário e fim das isenções fiscais para grandes poluentes.
O Livre sublinha medidas como a expansão do passe ferroviário nacional e a criação de um fundo de emergência habitacional. O reforço do programa dos 3Cs “Casa, Conforto e Clima”, que financia obras para melhorar e eficiência energética dos edifícios, também está na lista.
A Iniciativa Liberal (IL) aposta na reforma fiscal e defende que o IRS passe a ter apenas três escalões — taxa zero até aos 7400 euros, 15% até aos 32 450 euros e 48% para os restantes — e sem regimes especiais, como o IRS Jovem. O partido estima que a medida custe cerca de 3500 milhões de euros e seria financiada pela eliminação de benefícios fiscais actuais.
O Bloco de Esquerda ainda não apresentou propostas, mas pretende focar-se no Sistema Nacional de Saúde (SNS), propondo um regime de exclusividade, subidas salariais e uma maior autonomia para os centros de saúde.
Por fim, o Chega, também ainda sem propostas submetidas, vai focar-se na revogação da subida do impostos como o IUC e o IMI para habitação própria permanente, além de aumentar a dotação para a polícia e justiça.
De vez em quando lá aparece um esquema fraudulento pelas redes sociais, especialmente no Facebook. O objectivo é enganar os utilizadores e os esquemas até estão bem montados. Desta vez é uma publicação que aparece em nome da ANA – Aeroportos de Portugal, onde se propõe a compra de malas perdidas por poucos euros.
Burla no Facebook! Não forneça nenhum tipo de dados…
Quem tem perfil no Facebook certamente já se deparou com uma publicação, em nome da ANA – Aeroportos de Portugal, onde se vendem malas perdidas por apenas 2 euros.
Trata-se de uma publicação patrocinada, cujo objectivo é burlar os utilizadores, “obrigando” estes a fornecerem dados sobre os cartões bancários.
Inicialmente é solicitado aos utilizadores para responderem a três questões básicas.
Depois é pedido à vítima para jogar e verificar a sua sorte. Neste suposto jogo, a vítima ganha sempre.
Em seguida é apresentado o prémio conseguido, que, na prática, é uma mala que faz parte do lote de bagagem perdida a vender. Há curiosamente comentários que sustentam a burla ao dizerem que compraram malas perdidas e estas até tinham bastante “valor” dentro.
Entretanto, no processo são solicitados os dados pessoais para envio da dita mala e no último ponto do procedimento é solicitado aos utilizadores que indiquem os dados do cartão bancário.
Se virem esta publicação, denunciem ao Facebook. Não preencham nenhum tipo de dado nem acreditem em muitos dos comentários que sustentam a mentira. Trata-se de uma burla com o consentimento do Facebook, que visa roubar os dados dos cartões de crédito/débito.
Nuno Loureiro advertiu que, se este ano hidrológico não for “generoso”, no próximo ano, a crise da água “vai estoirar à força toda” e afectar especialmente os territórios Do Alentejo e Algarve.
O Sul de Portugal está a ser cada vez mais afectado pela seca e, se não chover este ano, o país vai-se debater com uma “crise da água”, sobretudo no Algarve e no Alentejo, afirmou o investigador Nuno Loureiro.
“Por um lado temos a crise na saúde, que enche os noticiários no dia-a-dia, é dramática e é uma crise de falta de planeamento. Temos a crise da habitação, que agora está um pouco menos falada porque estamos ocupados com o que se passa na Palestina e na Faixa de Gaza, e vamos ter a muito curto prazo a crise da água”, afirmou o investigador da Universidade do Algarve (UAlg).
Nuno Loureiro advertiu que, se este ano hidrológico não for “generoso”, no próximo ano, a crise da água “vai estoirar à força toda” e afectar especialmente os territórios Do Alentejo e Algarve.
“As reservas que temos já não nos garantem um ano [de consumo], ou garantem com muitas limitações. E perante esta situação não há respostas fáceis, não há soluções fáceis, mas há soluções que têm de ser adoptadas e que passam por um planeamento e uma fiscalização séria”, defendeu.
A mesma fonte reconheceu que, entre as áreas de actuação para tornar o consumo de água mais sustentável, está o consumo doméstico e esse “gere-se pelo preço, não se gere com campanhas cor-de-rosa”, de publicidade.
O investigador, que conta com estudos na área dos recursos hídricos, disse que a gestão faz-se também com “coisas completamente impensáveis no Algarve actual”, como é, por exemplo, a “propagação de piscinas privadas”, que classificou como um “absurdo” num cenário de escassez de água.
“Toda a gente tem uma piscina, uma piscina é um volume de água considerável(…) É um consumo de água privado, é um desperdício de água privado, que não traz contrapartidas absolutamente nenhumas”, defendeu, frisando que se pode dizer que a “agricultura gasta muito ou gasta pouco, mas produz alimentos, produz emprego”.
Nuno Loureiro apelou para um maior planeamento e fiscalização, através da utilização de ferramentas como, por exemplo, as imagens de satélite, que mostram um “acréscimo das áreas regadas no Algarve ao longo do tempo”.
“Se for buscar imagens dos anos de 1980, vê-se como é pequena a mancha dos citrinos de Silves, vê-se como toda a zona a norte e a sul da [Estrada Nacional] 125 entre Tavira e Vila Real de Santo António é modesta. Nos anos recentes, se formos buscar imagens de 2018, 2020, 2022, vê-se que cada vez cresce mais e cada vez se rega mais”, acrescentou.
Esta ferramenta permite “fiscalizar criteriosamente a utilização da água” e não está a ser utilizada pelos decisores técnicos e políticos de forma adequada, mas “tem de começar a ser”, defendeu.
“Esta imagem de satélite permite, utilizando as diferentes bandas de imagem, caracterizar perfeitamente o estado hídrico da vegetação”, acrescentou o investigador.
Pode ver-se, por exemplo, se uma vegetação “muito satisfeita de água está a ser regada” e essa informação pode cruzar-se com “as possíveis fontes de água, entre as quais os furos ilegais” ou “as barragens que não podem regar, mas continuam a regar ou as culturas continuam a ter água”.
Nuno Loureiro considerou que estas ferramentas “têm de começar a ser utilizadas porque o assunto é muito sério” e, “mesmo que este inverno chova um bocadinho mais, pode atenuar um pouco a dor mas não é remédio” para o problema que a região se enfrenta.
A notícia da TVI pôs números na realidade: construir Alcochete significa eliminar 250 mil sobreiros – além de impactar directamente no maior lençol freático da Península Ibérica e no que ambas as coisas significam de mudança no ecossistema da capital.
A notícia é muito útil porque permite medir até que ponto a nossa indiferença vai esmagar o ténue equilíbrio ecológico que protege a capital.
Mesmo tendo em conta que poderíamos também proteger a cortiça – de que somos líderes mundiais -, é, no entanto, a banca, a Vinci (concessionária em monopólio das pontes sobre o Tejo e dos aeroportos nacionais), as empresas de construção e o lóbi dos engenheiros, quem sairá a ganhar na mais impactante decisão nacional do século XXI depois da bancarrota de Sócrates.
Há que recordar como isto começou: o ex-ministro Pedro Nuno Santos surpreendeu o país ao anunciar não um, mas dois aeroportos: Montijo e Alcochete.
Depois foi preciso encontrar uma saída para se evitar esse desvario. Daí ter-se recorrido a uma comissão técnica independente onde a mais alta sabedoria da academia portuguesa nos daria as melhores opções.
A dita comissão é, afinal, liderada pelo grupo “Sócrates-Alcochete” de 2007. Entretanto, parte dos dois milhões para estudos técnicos por ajuste directo encaminharam-se para gabinetes com conflitos de interesse desnecessários: um para uma empresa onde pontificou uma das vogais, outros dois entregues às universidades a que pertencem ou pertenceram os respectivos académicos que fazem parte dos especialistas contratados.
Junta-se a esta deriva, a inconsistência das associações ambientalistas. Primeiro, começaram por exigir o fim da Portela, sem indicarem qualquer alternativa.
Esta semana, e após a escandalosa ameaça ao ecossistema de Alcochete, optaram por trazer a público a questão do ruído em Lisboa. Um tema importante, mas mitigável a prazo – algo que não sucederá com a destruição do ecossistema da Margem Sul.
Quatro associações ecologistas avançaram, entretanto, com a opção Vendas Novas, o que sem dúvida seria um mal menor face a Alcochete. Só que entre Vendas Novas e Santarém, a diferença está na proximidade de três milhões de pessoas na opção a norte, mais Fátima com os seus 1,5 milhões de turistas.
Aliás, numa semana em que ficamos a saber que as taxas aeroportuárias vão crescer 14%, Santarém dar-nos-ia um aeroporto fora do monopólio da Vinci sem que os lisboetas fossem prejudicados (ou a TAP), porque o “hub” da Portela manter-se-ia. E não adianta medir a distância de tudo face ao Terreiro do Paço – há mais país.
Nos últimos anos li muitos livros e documentos sobre a tragédia do BES e de como Ricardo Salgado conseguiu o ilusionismo de nos fazer sempre olhar para o “interesse nacional”, quando o seu interesse era o de sacar dinheiro por todas as vias possíveis. E, em segredo, debaixo dos seus pés jazia um buraco de mais de 10 mil milhões de euros, irrecuperáveis.
Alcochete, e acessos rodo-ferroviários dedicados, vão acabar por custar um BES, ou mais, a um país exangue pelo serviço da dívida. A queda abrupta do PIB no último trimestre já mostra o quanto sofremos pelo excesso de dívida, pública e privada.
Se queremos um novo aeroporto, então que seja feito sem dinheiro público nem uma megalomania que hipoteque por décadas as taxas aeroportuárias a aumentos como estes, os 14% de 2024, em concessões eternas. É uma péssima decisão financeira e ambientalmente arrasadora. Difícil ser pior. Mas António Costa pode optar pelo ilusionismo de Salgado e cá estaremos para pagar a conta.
Muitas organizações contemplam grandes diferenças entre os valores que dizem defender, e aquilo que os seus colaboradores sentem no seu dia a dia. Os seus líderes são pródigos em apresentar fantásticos powerpoints nos eventos institucionais, mas “na prática a teoria é outra”.
E quanto maior é a dicotomia entre a cultura apregoada e a cultura implementada, menor é a capacidade da organização envolver os seus colaboradores, alinhar as suas diferentes equipas e potenciar o seu rendimento.
Inicialmente, os problemas culturais não são vistos como problemas. Parece um simples desconforto, geral, crescente, metaforizado de “já não somos o que éramos”.
Vai-se sentindo uma identidade em progressiva erosão no mercado (e dentro da própria organização), uma dificuldade cada vez maior em atrair talentos, e uma base de clientes em evasão à medida que estes perdem a confiança na promessa da sua marca.
Tarde de mais se percebe que se vive uma cultura confusa de comunicação organizacional contraditória, aquilo que tradicionalmente se designa por “cultura de trabalho tóxica”.
São mensagens de marketing que não correspondem aos incentivos de desempenho dos colaboradores, informações sobre a integração dos trabalhadores que não correspondem às orientações dadas na formação, ou comportamentos da liderança que não correspondem ao comportamento esperado dos colaboradores.
Poucas coisas são tão importantes e, por vezes, tão difíceis de compreender como a cultura de uma organização. Esta corresponde à forma como os seus colaboradores interagem e fazem o seu trabalho. É uma propriedade exclusiva e emergente de cada organização.
Cada qual tem a sua história passada e objectivos futuros, devendo a sua cultura ser fiel a ambos. A cultura é como uma mão invisível que guia e molda uma organização.
Uma boa cultura organizacional não acontece por acaso. As empresas com culturas fortes fazem do reforço da sua cultura uma prioridade constante, não encarando a sua promoção como uma iniciativa isolada, mas como uma abordagem integrada: tudo o que se faz, faz-se porque se relaciona com a cultura da organização; e o que não se relaciona com a sua cultura, então, não se faz na organização.
A cultura é a forma única como a sua organização vive o seu objectivo, e entrega a expectativa da sua marca aos seus clientes. A cultura é a forma de atrair clientes, de os reter e de os transformar em defensores da marca.
Conceber a cultura como uma forma de dar vida aos objectivos da organização, e desenvolver uma marca que atenda exclusivamente às necessidades dos clientes, permite que às organizações não apenas criar culturas de referência, mas também construir uma base estratégica para um desempenho excepcional. Por este motivo, uma cultura organizacional forte é um factor de diferenciação no mercado.
Organizações de cultura forte implementam e desenvolvem estratégias, sistemas e processos que progressivamente as aproxima da cultura desejada; levam a cultura das palavras à acção e ao desempenho, através da recolha e análise de dados; criam mensagens sobre a sua cultura que comunicam aos seus colaboradores; apoiam programas que reconhecem os colaboradores cujo trabalho converge e reforça a cultura desejada; e alinham os seus sistemas de gestão de desempenho com as suas aspirações culturais.
Influenciar positivamente a cultura de uma organização não só é importante, como, muitas vezes, a única solução.
Director-executivo de educação online da Nova SBE Executive Education
A conversa de Marcelo Rebelo de Sousa com o representante da Autoridade Palestiniana em Portugal comporta todo o cinismo com que se faz a discussão sobre culpas na guerra que, agora, domina as atenções do mundo.
O Presidente não disse apenas a metade do que queria dizer, acrescentando pouco depois o que já sabia que tinha de ser dito. Marcelo disse o que pensava, não desvalorizando o sofrimento dos palestinianos, mas imputando-lhes uma culpa.
O “alguns”, com que quis corrigir o todos que estava no “vocês” da frase inicial, é um pronome demasiado indefinido para atribuir uma responsabilidade a quem tem nome próprio. Até porque o “vocês” a quem o Presidente se dirigia é a primeira vítima desse tal Hamas.
Há quem veja mais do que cumplicidade nos que nunca condenaram, ou o fizeram de forma pífia, a acção terrorista do Hamas e quem seja ainda mais exigente com os palestinianos, porque o terror foi semeado em nome deles. Lembram-se do vácuo referido por António Guterres?
O contexto para que nos convocava deveria servir para condenar todas as atrocidades e não para desculpar as que aparecem como resposta à atrocidade anterior. A morte de inocentes só pode ter como resposta legítima o castigo dos culpados.
É preciso nunca esquecer que a barbárie do Hamas, matando indiscriminadamente, olhos nos olhos, com indisfarçável maldade e supremo prazer, justifica a resposta do exército israelita mas não desculpa a matança despreocupada de inocentes com bombas lançadas de avião.
Há, ainda por cima, na conversa do Presidente da República com o representante da Autoridade Palestiniana em Lisboa, um tom de condescendência, quase arrogância, que fragiliza a posição de Marcelo perante a opinião pública do seu país. Não é segredo que os portugueses, como muitos outros povos pelo mundo fora, perante um conflito, têm normalmente uma empatia forte com a parte mais fraca.
As imagens que chegam diariamente pela televisão mostram um dos exércitos mais poderosos do mundo a massacrar uma população que não tem para onde fugir. E a solidariedade que lhes é devida não esmorece nem um pouco a solidariedade com os reféns que o Hamas mantém em seu poder, nem com os familiares das vítimas de 7 de Outubro.
Enquanto se radicalizam posições no Médio Oriente, cresce em todo o mundo uma cultura de ódio contra uns e outros. O anti-semitismo e a islamofobia fazem caminho numa Europa que se prepara para eleger o seu Parlamento dentro de sete meses.
Em Portugal, mas não só, convém que os políticos com maiores responsabilidades não comecem a dar tiros nos pés, fazendo intervenções não ponderadas, iniciando conversas que não tencionam (ou não sabem como) acabar, usando frases ambíguas, polarizando ainda mais um debate político onde os populistas estão em vantagem. A Marcelo deveria bastar o elogio que recebeu do Chega nesta matéria para saber que errou.
Quando se matam judeus porque eles mataram muçulmanos e se matam muçulmanos porque eles mataram judeus, quando se mata porque alguém matou, importa saber quem começou? Não me parece! A Humanidade leva séculos a ver que atrás da morte vem a morte dos que acham que é matando que se acaba com as mortes.
Onze barras marítimas estão fechadas à navegação e uma está condicionada devido à previsão de forte agitação marítima, que levou o Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA) a colocar 10 distritos sob aviso amarelo.
De acordo com informação disponível no ‘site’ da Marinha Portuguesa, as barras de Aveiro, Caminha, Douro, Esposende, Figueira da Foz, Vila Praia de Âncora, Póvoa de Varzim, Viana do Castelo, Vila do Conde, São Martinho do Porto e Ericeira estão fechadas a toda a navegação.
A barra de Leixões está fechada a embarcações de comprimento inferior a 35 metros.
Por causa da ondulação, o IPMA colocou os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa vão estar sob aviso amarelo até às 18:00 de hoje e Beja, Faro e Setúbal até às 12:00, prevendo-se ondas de noroeste com 4 a 5 metros.
O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica.
Nos últimos dias, parte da costa de Portugal continental esteve sob aviso vermelho, o mais grave, devido às condições do mar.
Associações de proprietários têm dúvidas sobre a aplicação da lei que descongela as rendas antigas, e estão a aconselhar associados a esperar antes de aplicarem o aumento de 6,94%.
O quadro legislativo que regula actualmente os contratos de arrendamento anteriores a 1990 “é um novelo que não se consegue desenrolar”. A expressão é de António Frias Marques, presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP), que está a aconselhar os associados a aguardar que o Ministério da Habitação clarifique os critérios para o aumento das designadas rendas antigas e as compensações aos senhorios por mais de dez anos de congelamento de rendas.
O gabinete liderado por Marina Gonçalves já confirmou que estes 151 620 contratos podem ser alvo de uma actualização de 6,94% no próximo ano, coeficiente que corresponde à inflação média dos últimos 12 meses, sem habitação, registada em Agosto.
Mas os senhorios consideram o valor insuficiente e dizem que a legislação tem contradições. Na semana passada, a Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) enviou um ofício ao ministério a pedir esclarecimentos, mas ainda não teve resposta, adiantou Diana Ralha, directora da ALP.
O tempo urge. Até ao fim de Novembro, os senhorios têm de enviar uma carta aos inquilinos a notificar o valor do aumento em 2024. A principal dúvida prende-se com o articulado legislativo que emanou do programa Mais Habitação e em particular o artigo 35.
A Lei n.º 56/2023, que aprova um conjunto de medidas no âmbito da habitação e procede a diversas alterações legislativas, diz logo no capítulo inicial que procede “à definição de mecanismos de protecção dos inquilinos com contratos de arrendamento anteriores a 1990 e à garantia da justa compensação do senhorio”.
No artigo 35, determina que se proceda “à definição das medidas fiscais, incluindo isenção de IRS e de IMI, dos montantes e dos limites da compensação a atribuir ao senhorio e da renda a fixar para o arrendatário a aplicar a partir de 2024”.
Como lembram os senhorios, as compensações deveriam emanar das conclusões do relatório sobre o mercado das rendas antigas, pedido no ano passado pelo Governo que, entre outras matérias, visava identificar o número de contratos existentes e quantos desses inquilinos viviam em condições de carência económica.
O estudo, que deveria ter sido concluído em Março, mas que foi alvo de uma prorrogação por mais dois meses, ainda não é conhecido. Segundo Diana Ralha, o Ministério da Habitação chegou a ter em mãos uma primeira versão, mas “não estava capaz”. “O relatório está em modo secreto”, ironiza por sua vez António Frias Marques.
Os proprietários não estão dispostos a esquecer o congelamento em mais de uma década destas rendas e exigem compensações. Como sublinha Diana Ralha, estes contratos podem ser actualizados pelo coeficiente apurado pelo Instituto Nacional de Estatística, mas “que não seja só pelos 6,94%.
Estamos a falar de rendas de 20 e 50 euros, de mais de 150 mil casas, 16% do mercado de arrendamento. Os senhorios não são a Santa Casa da Misericórdia. Ficou estabelecido que iriam ser compensados”. A responsável lembra ainda que estes contratos convivem com rendas de mais de mil euros. “É um mercado dual”, afirma.
A ALP questionou a tutela se no caso de avançarem com o aumento definido por lei seriam impedidos de fazer qualquer outra actualização no decorrer de 2024, como prevê o artigo 35 da lei Mais Habitação.
António Frias Marques admite também que “as normas não são claras” e, por isso, “estamos a aconselhar os associados a aguardar pela clarificação para não darmos passos em falso. Recomendamos que se inibam de aplicar o coeficiente”.
Segundo fonte oficial do Ministério da Habitação, o estudo está concluído, mas não vai ser divulgado, estando para breve a apresentação das medidas de compensação aos senhorios.
Os proprietários defendem que estas rendas devem ser actualizadas em 1/15 avos do valor patrimonial tributário (VPT) do imóvel, como ficou estabelecido no Novo Regime de Arrendamento Urbano.
António Frias Marques dá um exemplo: “Num imóvel com um VPT de 100 mil euros, a renda anual pode ir até 6.700 euros, cerca de 560 euros por mês”. Na sua opinião, “é uma renda justa. Só com estes valores se pode aplicar o coeficiente”.
Como sublinha, “há cerca de 200 mil casas com rendas inferiores a 150 euros. Isso não é sequer o valor actual de um quarto”. O responsável lembra ainda que para situações de arrendatários com carência económica estava prevista a criação de um subsídio de renda.
Este apoio nunca saiu do papel. Diana Ralha aponta ainda que o valor das rendas no programa de arrendamento acessível lançado pelo Governo é bem superior ao dos contratos anteriores a 1990. “Os proprietários estão a substituir o Estado”, diz.
Após a detecção de um planeta com massa de Júpiter intacto no meio dos destroços que orbitam uma anã branca, astrónomos questionam-se cada vez mais sobre a possibilidade intrigante de haver mais planetas em condições semelhantes.
Wikimedia Commons Ilustração de uma anã branca
A eventualidade convida a pergunta: será que planetas semelhantes à Terra também podem orbitar estes densos remanescentes estelares?
Uma anã branca — o leito da morte de uma estrela como a que é o nosso Sol — descarta as suas camadas externas e cessa a fusão nuclear, deixando para trás um núcleo denso do tamanho da Terra. A presença de uma zona habitável, embora consideravelmente menor do que a de estrelas semelhantes ao Sol, sugere que a vida poderia potencialmente existir na zona.
A descoberta em 2020 de um planeta intacto na zona habitável em torno da anã branca WD1054-226 destaca-se como um achado único. A raridade de planetas terrestres intactos em torno de anãs brancas constitui um enigma, já que o primeiro e único planeta de anã branca confirmado, avistado pela sonda TESS da NASA, é um gigante gasoso.
A descoberta vai contra a distribuição esperada de planetas menores e rochosos sugerida por demografias de exoplanetas e simulações teóricas.
“Dada a relativa escassez de planetas gigantes em comparação com os terrestres indicada tanto pela demografia de exoplanetas quanto por simulações teóricas (uma distribuição de raios ‘com peso na base’), isto é talvez um tanto surpreendente”, explica David Kipping, da Universidade de Columbia, segundo o o Science Alert.
Kipping discute as implicações desta descoberta e a aparente escassez de exoplanetas rochosos em torno de anãs brancas. Enquanto gigantes gasosos são confirmados nesses contextos, a prevalência de destroços rochosos sugere uma população de planetas terrestres, potencialmente em zonas habitáveis, ainda por descobrir.
Kipping destaca duas possíveis resoluções: ou a distribuição de tamanhos de exoplanetas em torno de anãs brancas é actualmente desconhecida e variada, ou a descoberta da anã branca 1856 b é uma anomalia.
Cálculos sugerem apenas 0,37 por cento de probabilidade de tal planeta massivo ser o primeiro detectado, um número intrigante, mas não estatisticamente convincente para tirar conclusões.
“Certamente seria prematuro interromper os esforços em curso e futuros para procurar planetas terrestres em torno de anãs brancas”, afirmou o investigador.
Embora a detecção de um planeta gigante em torno de uma anã branca tenha despertado curiosidade, a busca por planetas terrestres em órbitas semelhantes continua. À medida que o campo da ciência exoplanetária de anãs brancas amadurece, detém o potencial para revelar novos caminhos para habitabilidade e a persistência da vida no cosmos.