349: O logo do governo e a bandeira nacional

 

🇵🇹 OPINIÃO

Corre uma polémica no antigo Twitter, agora X, que já se alastrou à comunicação social, sobre o logótipo do governo, em que o resultado do uso das cores da bandeira nacional se assemelha mais à bandeira do Mali do que à bandeira de Portugal.

Curiosamente, este novo logo foi implementado no final de Julho, e foi nessa altura que me insurgi com a nova imagem. Trata-se de um rectângulo vertical verde, um enorme círculo amarelo e um quadrado encarnado e terá custado mais de 70 mil euros.

O anterior símbolo do governo era uma representação mais fiel da bandeira nacional e nunca foi alvo de qualquer tipo de polémica, usado em governos anteriores e pelos oito anos de governação de António Costa até meio deste ano.

Há talvez uma mania nacional de alterar, para pior, algo que nunca foi um problema para ninguém. Mexeu-se e estragou-se. Logo em Julho critiquei esta nova imagem, que em nada dignifica o mais importante símbolo nacional.

Pior, demonstra uma enorme ignorância sobre a própria bandeira implementada em 1911, na sequência da mudança da monarquia para a República. As cores nacionais são apenas duas: verde e vermelho. Até é conhecida como a bandeira verde-rubra.

A inclusão do amarelo da esfera armilar, e numa proporção similar à do verde e vermelho, é um erro básico só aceitável por uma criança do ensino primário. Um erro repetido por boa parte dos canais de televisão sempre que querem representar as cores de Portugal, nomeadamente em logos para eleições.

Nas simplificações da bandeira nacional devem ser usados apenas o verde e o vermelho e em casos excepcionais, mesmo assim a evitar, um muito pequeno apontamento de amarelo. Caso contrário temos a representação da bandeira do Mali, que nada tem a ver com o maior símbolo de Portugal.

A esfera armilar e o escudo são símbolos da bandeira, as suas cores não devem ser representadas. Ou são colocados tal como são ou saem da simplificação. Tal como os outros países fazem. Basta ver o que se faz em simplificações da bandeira de Espanha, por exemplo.

É verdade que a bandeira de Portugal não é um exemplo de perfeição estética. As cores da carbonária escolhidas para a bandeira republicana não se conjugam bem e a colocação da esfera armilar destruiu toda a estética da imagem nacional.

A esfera armilar, que simboliza a expansão marítima portuguesa, devia ter saído da bandeira portuguesa quando se entregou Macau à China em 1999. E foi pena que os republicanos portugueses não tenham mantido o azul e branco, sem, obviamente, a coroa real.

Como disse Ricardo Pinho, que propõe que a bandeira portuguesa seja azul e branca com o escudo actual (sem esfera armilar), “o azul e branco não são apenas as cores da nossa identidade desde D. Afonso Henriques, são também as cores da calçada portuguesa, do azulejo português (do século XVIII) e de muita da arquitectura típica portuguesa.

Ao retirar a esfera armilar, o escudo português pode então tomar toda a altura da esfera e ganhar assim mais visibilidade, mais dignidade e ser melhor apreciado no seu detalhe e na sua qualidade estética”.

Talvez seja tempo para reflectirmos sobre a nossa bandeira, que cores nacionais nos devem representar, se um símbolo inestético como a esfera armilar (que representa um Portugal que tinha colónias) deve permanecer…

Entretanto, respeitemos a bandeira que existe. E as suas duas cores: verde e vermelho. Nunca verde, amarelo e vermelho.

Presidente do movimento Partido Democrata Europeu

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia

Relacionado: Governo paga 74 mil euros para alterar símbolo institucional. Críticas não tardaram a surgir e até já há uma petição

DN
Tiago Matos Gomes
30 Novembro 2023 — 18:46


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator

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348: Governo paga 74 mil euros para alterar símbolo institucional. Críticas não tardaram a surgir e até já há uma petição

 

– € 74.000,00 por um desenho que qualquer garoto faria? Fantástico! Magnânimo! Extraordinário!

🇵🇹 PORTUGAL // 🇵🇹 GOVERNO // 🇵🇹 SÍMBOLO NACIONAL

O Governo alterou o seu símbolo institucional com o objectivo de responder “de forma mais eficaz aos novos contextos” da comunicação digital. Assim, onde anteriormente se via uma imagem mais facilmente associada à bandeira nacional, surgem agora formas geométricas simples.

“A referência matricial da nova imagem do Governo da República Portuguesa é a bandeira nacional. Nas suas cores dominantes e na sua geometria elementar são encontrados os argumentos visuais identitários que se articulam agora de forma mais sintética, diferenciada e adaptável às condições da comunicação digital”, pode ler-se no manual de aplicação da identidade visual, com data de Setembro de 2023.

Segundo o Governo, “o que se propõe não constitui o redesenho da bandeira, instaurada pela Revolução de 5 de Outubro de 1910 e devidamente consagrada na Constituição da República Portuguesa como símbolo de soberania, independência, unidade e integridade. Não interfere, portanto, com o seu estatuto, dignidade ou representatividade”.

“O que se apresenta no contexto desta orientação estratégica é um símbolo novo e distinto, representativo do Governo da República Portuguesa, que responde de forma mais eficaz aos novos contextos, determinados pela sofisticação da comunicação digital e dinâmica e por uma consciência ecológica reforçada”, é explicado.

Assim, é defendido que “nesta marca são conservadas, nas mesmas proporções e posicionamento, o verde e o vermelho da bandeira republicana. A esfera armilar é reconfigurada de forma sintética num elemento circular amarelo. Simplifica-se assim uma configuração visualmente densa, optimizando-se o desempenho em ecrã”.

“Sendo omnipresente na administração pública, e devendo sê-lo também na comunicação pública da acção governativa, esta imagem torna-se mais operativa, ao mesmo tempo que reserva e preserva a bandeira nacional enquanto símbolo de Portugal. Através da síntese formal, a nova imagem afirma-se também inclusiva, plural e laica”, é ainda apontado.

Além dos elementos gráficos, o novo logótipo é acompanhado por uma “designação verbal”, já que se pode ler “‘República Portuguesa’ na tipografia Portuguesa Serif Medium”. Há ainda uma segunda versão que permite “a identificação coerente das diferentes estruturas em que o Governo se organiza”, ao designar, por exemplo, os diferentes ministérios.

Segundo o contrato publicado no Portal Base, a mudança do símbolo do Governo ficou a cargo do Studio Eduardo Aires, S.A., no Porto, e “prestação de serviços foi adjudicada” a 16 de Novembro de 2022.

É ainda referido que “o preço máximo a pagar pela prestação de serviços é de 74.000 € (setenta e quatro mil euros), acrescido de IVA à taxa legal em vigor”.

Críticas não tardaram a surgir

A alteração do símbolo tem vindo a ser criticada, com muitas pessoas a considerarem que as mudanças desvalorizam a bandeira nacional. Nesse sentido, surgiu uma petição “contra a alteração do símbolo institucional do Governo português”.

“O Governo anunciou a alteração do seu símbolo institucional, retirando os elementos que formam a identidade visual quase-milenar de Portugal, a saber: as Quinas, os Castelos e a Esfera Armilar. Configuram-se estes símbolos como o reflexo da reconhecida devoção católica do nosso povo, dos sempiternos heroísmos nacionais e das obras civilizacionais”, pode ler-se.

“Ao abrigo Artigo 332.º do Código Penal, que pune com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias ‘quem publicamente, por palavras, gestos ou divulgação de escrito, ou por outro meio de comunicação com o público, ultrajar a República, a bandeira ou o hino nacionais, as armas ou emblemas da soberania portuguesa, ou faltar ao respeito que lhes é devido’, a Associação As Quinas apresenta esta petição pública, a fim de mobilizar a consciência do povo português, perante um atentado contra a identidade portuguesa”, é explicado.

As críticas fazem-se sentir também nas redes sociais.

Sapo24
MadreMedia
30 Nov 2023 18:47


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347: Mais uma crise política. Açores com eleições antecipadas

 

🇵🇹 AÇORES // ✂️ CHUMBO ORÇAMENTO // 🗳️ELEIÇÕES ANTECIPADAS

O Presidente da República está a receber em Belém os partidos com assento na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, a propósito da crise aberta pelo chumbo do Plano e Orçamento da região para 2024.

O presidente do Governo Regional dos Açores e do PSD-Açores, José Manuel Bolieiro, com o Presidente Marcelo em Belém, esta tarde
© ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Num volte face de última hora, o presidente do PSD-Açores e do governo regional do arquipélago sugeriu ao Presidente da República que a solução mais rápida para a crise política aberta pelo chumbo recente do Orçamento do arquipélago é avançar já para eleições antecipadas e até sugeriu uma data, 4 de Fevereiro do próximo ano. O PPM (que tem dois deputados regionais e integra a coligação de Governo) sugeriu a mesma data.

Mais vale antecipar uma decisão do povo e, portanto, sugeri ao Presidente da República eleições antecipadas o mais rapidamente possível“, afirmou José Manuel Bolieiro, à saída de uma audiência em Belém com Marcelo. Bolieiro afirmou ainda que o PSD concorrerá coligado com o CDS-PP e o PPM (a atual coligação de governo no arquipélago).

Até agora, Bolieiro tinha afirmado preferir o agendamento de uma segunda votação do Plano e Orçamento da região, só se passando para eleições antecipadas caso se confirmasse um novo chumbo.

Bolieiro percebeu no entanto que nada garante que nessa segunda votação a proposta passe – muito pelo contrário.

Havendo agora unanimidade no Parlamento regional favorável à realização de eleições antecipadas – o que a oposição regional sempre pediu -, o Presidente da República terá de convocar o Conselho de Estado, passo prévio obrigatório na decisão de dissolver a Assembleia Legislativa Regional dos Açores e marcar a data do sufrágio.

Em 23 de Novembro, o Plano e Orçamento para 2024 foi chumbado com 28 votos contra (PS+BE+IL), 27 a favor (PSD+CDS+PPM+deputado independente ex-Chega), com duas abstenções (1 deputado do PAN e outro do Chega).

O deputado do Chega José Pacheco admitiu ao DN mudar o sentido de voto de abstenção para voto a favor. Contudo, Carlos Furtado, independente dissidente do Chega, disse na mesma altura que nessa circunstância ele próprio mudaria do voto a favor para a abstenção.

Ora esta troca de votos daria o mesmo resultado final da primeira votação: chumbo. E o deputado único do PAN, Pedro Neves, que se absteve na primeira votação, hoje reiterou que manteria o mesmo sentido de voto numa segunda votação.

O executivo chefiado por Bolieiro deixou de ter apoio parlamentar maioritário desde que um dos dois deputados eleitos pelo Chega se tornou independente e o deputado da Iniciativa Liberal (IL) rompeu com o acordo de incidência parlamentar. O Governo de coligação PSD/CDS-PP/PPM mantém um acordo de incidência parlamentar com o agora deputado único do Chega.

A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado é independente (eleito pelo Chega).

DN
João Pedro Henriques
30 Novembro 2023 — 17:48


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346: Inundações em Lisboa. Estradas da Pimenteira e de Chelas cortadas

 

– Todos os anos é a mesma cantiga! Durante o Verão e tempo seco não fazem a manutenção às sarjetas, os porcos labregos atiram toda a espécie de lixo para o chão entupindo-as e depois quando começa a cair água… é o costume dos costumes! A incompetência grassa por todo o lado.

🇵🇹 LISBOA // 💦 INUNDAÇÕES // MAU TEMPO

“São as situações mais gravosas neste momento na cidade”, afirmou Carlos Moedas, presidente da autarquia da capital. Só na Grande Lisboa foram registadas mais de 350 ocorrências, devido à forte precipitação.

Área inundada na zona de Benfica, em Lisboa
Foto TIAGO PETINGA/LUSA

As estradas da Pimenteira e de Chelas, em Lisboa, estão encerradas devido ao mau tempo, disse esta quinta-feira o presidente da Câmara Municipal, Carlos Moedas (PSD).

Bombeiros sapadores procedem ao desentupimento de sarjetas numa área inundada na zona de Benfica, Lisboa
Foto TIAGO PETINGA/LUSA

De acordo com o autarca, estão “são as situações mais gravosas neste momento na cidade”.

Foto TIAGO PETINGA/LUSA

– Mentalidade de merda de labregos que nem respeitam quem está a trabalhar em condições adversas!


O mau tempo que assolou a capital fez mesmo estragos na Assembleia da República, tendo sido necessário desligar a electricidade quando a água começou a entrar no edifício, junto a uma das entradas no plenário, segundo a SIC Notícias.

Foto TIAGO PETINGA/LUSA

Foi necessário colocar toalhas e baldes para que fosse retirada a água, que escorria pela parede e tecto no interior do edifício.

Devido às condições meteorológicas adversas, a Câmara Municipal de Lisboa decidiu adiar a inauguração das iluminações de Natal, que estava agendada para esta quinta-feira. O evento foi remarcado para esta sexta-feira.

O distrito de Lisboa esteve sob aviso laranja do Instituto Português do Mar e da Atmosfera entre as 13:28 e as 15:00 devido à previsão de períodos de chuva, “por vezes forte e persistente”.

Segundo disse à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), entre as 00:00 e as 16:00 de hoje foram registadas 354 ocorrências relacionadas com o mau tempo na zona da Grande Lisboa.

No total, em todo o território continental, a Protecção Civil registou, até às 16:00, 477 ocorrências relacionadas com o mau tempo.

A mesma fonte precisou que as ocorrências dizem respeito a inundações (283), limpeza de vias (99), queda de árvores (42), queda de estruturas (42) e movimentos de massa (11), devido à forte precipitação.

Nas operações estiveram empenhados 1.493 operacionais, apoiados por 480 meios terrestres.

“Não há registo de feridos nem ocorrências com danos significativos no património”, precisou ainda a mesma fonte.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) elevou hoje para laranja o aviso nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém devido à previsão de períodos de chuva, por vezes forte e persistente.

O aviso laranja esteve em vigor até às 15:00 nos distritos de Lisboa e Santarém e permanece até às 18:00 no de Setúbal.

São actualmente cinco os distritos sob aviso amarelo: Castelo Branco, Portalegre, Évora e Faro, todos devido à previsão de chuva, por vezes forte e persistente, até às 00:00 de sexta-feira.

Na quarta-feira, a Protecção Civil alertou para a possibilidade de inundações, deslizamento de terras e piso escorregadio devido às previsões de chuva, vento e queda de neve nos pontos mais altos da serra da Estrela.

Notícia actualizada às 17:52

DN // Lusa
30 Novembro 2023 — 18:22


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Mãe de gémeas tratadas no Santa Maria confessa “cunha” mas Marcelo Rebelo de Sousa não se lembra do contacto

 

– Será o início de Alzheimer?

🇧🇷 GÉMEAS BRASILEIRAS // 🇵🇹 MRS // ESQUECIMENTO

O Presidente da República foi confrontado com declarações da mãe das gémeas que garantiu que tinha recorrido a uma cunha. Marcelo Rebelo de Sousa diz não se lembrar do contacto, mas assegura que não fez qualquer favor.


Luís Vigário
30.11.2023


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344: “Vão-se foder”. Musk responde ao boicote dos anunciantes ao X

 

– “… O dono da rede social X (Elon Musk) reconheceu, no entanto, que o boicote ameaça levar a empresa à falência. “O que este boicote de anunciantes vai fazer é matar o X. O mundo inteiro vai saber que estes anunciantes mataram a empresa e nós vamos documentar tudo em grande detalhe”, garante.” “Se alguém quiser tentar chantagear-me com anúncios, com dinheiro? Vão-se foder. Não anunciem“, afirmou num evento do New York Times, esta quarta-feira, em Nova Iorque.”

É isso que precisas ao lançares essa ignomínia a quem te mantém a pança! Talvez tu é que te fodas com essa afirmação” Espero que vás à falência!

ELON MUSK // X // IGNOMÍNIA

Musk pediu desculpas por concordar com um tweet que defendia uma conspiração anti-semita, mas acusa os anunciantes que boicotaram o X de fazerem “chantagem com anúncios”.

Thomas Hawk / Flickr
Elon Musk, fundador e CEO da Tesla e SpaceX

Na sua primeira entrevista desde o boicote dos anunciantes ao X (ex-Twitter), Elon Musk pediu desculpas pelo que descreveu como a sua publicação “mais estúpida” nas redes sociais até à data, mas deixou um insulto pouco lisonjeiro às empresas envolvidas.

Em causa está um tweet que referia que os judeus incentivam o ódio contra os brancos e que estão por trás da imigração em massa de minorias para o Ocidente, numa referência à teoria da conspiração da “grande substituição”, que é popular na extrema-direita. “Disseste a verdade“, respondeu Musk ao tweet.

O comentário do bilionário levou a que várias grandes marcas — incluindo IBM, Apple, Disney, Warner Bros, NBC Universal, Comcast e a Comissão Europeia — decidissem deixar de comprar espaços publicitários ao Twitter.

Na mesma semana, o site Media Matters publicou uma investigação em que afirmava que os anúncios pagos por estas empresas estavam a aparecer na plataforma junto a publicações com conteúdos neo-nazis, o que intensificou ainda mais o boicote.

Apesar do pedido de desculpas e de ter negado ser anti-semita, Musk deixou uma resposta pouco simpática aos anunciantes que participaram no boicote.

“Se alguém quiser tentar chantagear-me com anúncios, com dinheiro? Vão-se f****. Não anunciem“, afirmou num evento do New York Times, esta quarta-feira, em Nova Iorque.

O dono da rede social reconheceu, no entanto, que o boicote ameaça levar a empresa à falência. “O que este boicote de anunciantes vai fazer é matar o X. O mundo inteiro vai saber que estes anunciantes mataram a empresa e nós vamos documentar tudo em grande detalhe”, garante.

Depois de toda esta polémica ter rebentado, Musk visitou Israel e encontrou-se com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente Isaac Herzog para discutir a situação em Gaza e expressar a sua vontade de ajudar. No entanto, o CEO da Tesla esclarece que a sua visita não foi uma “turné de desculpas.”

ZAP //
30 Novembro, 2023


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343: Pensões vão aumentar entre 6% e 5% a partir de Janeiro

 

PENSÕES // AUMENTOS

A inflação média dos últimos 12 meses, sem habitação, referente a Novembro foi de 5,00%, o que permite definir a actualização automática das pensões no próximo ano.

© Rui Coutinho/Global Imagens

As pensões vão aumentar entre 6% e 5% a partir de Janeiro, de acordo com cálculos feitos com base na estimativa rápida dos valores da inflação de Novembro, esta quinta-feira publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo a estimativa rápida, a inflação média dos últimos 12 meses, sem habitação, referente a Novembro foi de 5,00%, o que permite definir a actualização automática das pensões no próximo ano, numa fórmula que tem também em conta a taxa de crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos dois anos.

Assim, com base na estimativa rápida do Índice de Preços no Consumidor (IPC) esta quinta-feira conhecida, e também com a divulgação dos valores de crescimento do PIB no terceiro trimestre deste ano, as pensões até 2 IAS, ou seja, até cerca de 1.118 euros vão aumentar 6% a partir de Janeiro.

Já as pensões entre duas e seis vezes o valor do IAS (entre 1.118 euros e 3.055 euros) vão ser actualizadas em 5,65%.

Por sua vez, as pensões entre seis e 12 vezes o valor do IAS (entre 3.055 euros e 6.111 euros) terão uma actualização de 5%, em linha com a inflação que serve de referência à actualização das pensões.

Os valores de actualização para os diferentes patamares de pensões são semelhantes aos que tinham já sido apontados pelo Governo.

A mesma fórmula é igualmente usada para actualizar o IAS, o que indica que este indexante (que é usado para actualizar várias prestações sociais) deverá avançar em Janeiro para os 509,26 euros.

DN // Lusa
30 Novembro 2023 — 12:46


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342: Abracadabra: a Betelgeuse vai desaparecer temporariamente (e há um “mágico” responsável)

 

CIÊNCIA // ASTRONOMIA // BETELGEUSE

Entre o dia 11 e 12 de Dezembro, a super-gigante vermelha vai desaparecer. Portugal encontra-se na área onde será possível observar a sua passagem.

ALMA (ESO/NAOJ/ NRAO) / E. O’Gorman / P. Kervella

A estrela Betelgeuse, situada na constelação de Órion, o Caçador, irá desaparecer temporariamente devido à passagem do asteroide 319 Leona.

O fenómeno ocorrerá entre os dias 11 e 12 de Dezembro, sendo visível para observadores numa faixa estreita que se estende da Ásia Central e sudeste da Europa até à Florida e México.

Betelgeuse é a estrela avermelhada no “ombro” do Caçador. A sua luz será bloqueada por alguns segundos pelo asteroide. Portugal encontra-se na área onde será possível observar a sua passagem, mas a equipa do projecto Virtual Telescope criou a simulação abaixo para dar oportunidade, aos mais azarados, de acompanhar o evento.

Além de fascinante, o fenómeno representa uma excelente oportunidade para astrónomos estudarem a estrela e o asteroide. Ao recolher dados precisos da duração da ocultação (ou seja, o período em que a estrela estará coberta pelo asteroide), a equipa poderá determinar o tamanho e forma da rocha espacial.

À medida que o asteróide se move, passará por grandes células de convecção — responsáveis pelo aumento e diminuição do brilho na estrela.

“Podemos até obter informações sobre a distribuição destas células e ver se elas podem explicar a perda de massa na Betelgeuse, observada em grandes telescópios”, explicou o astrónomo Miguel Montargès, do Observatório de Paris.

Durante o Simpósio Europeu para Projectos de Ocultação (ESOP), astrónomos amadores e profissionais discutiram formas de observar o evento.

O astrónomo Bernd Gährken sugeriu o uso de câmaras DSLR no modo vídeo, capazes de registar a diminuição do brilho da estrela. Outra possibilidade é o uso de filtros para observar as variações de diâmetro dela em diferentes comprimentos de onda.

A estrela Betelgeuse

Também conhecida como Alpha Orionis, Betelgeuse é uma super-gigante vermelha localizada a 640 anos-luz da Terra, na constelação de Órion.

Pertence às estrelas da classe M, constituída principalmente por anãs vermelhas e de brilho ténue. Betelgeuse tem entre 8 e 8,5 milhões de anos, sendo assim uma estrela relativamente jovem.

Contudo, a super-gigante já esgotou quase todo o hidrogénio no seu núcleo, elemento essencial para a fusão nuclear que sustenta a sua estrutura. Sem ele, está a fundir hélio em carbono e oxigénio. Quando terminar a fusão nuclear, Betelgeuse colapsará sobre si mesma até explodir em super-nova.

Nos últimos anos, o seu brilho variou em ciclos de 400 dias. Em 2019, perdeu brilho, intrigando os astrónomos que suspeitavam que poderia estar prestes a explodir. Contudo, um estudo publicado em 2021 revelou que o escurecimento foi causado por uma nuvem de plasma libertada pela estrela.

É bom que Betelgeuse expluda em breve”, brincou Sanjana Curtis, astrofísica da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. “Ou eu própria faço-a explodir.”

Sempre que algo acontece com Betelgeuse, proliferam as especulações sobre ela explodir como uma super-nova.

Em Junho, a estrela super-gigante vermelha brilhou mais quase 50%, e isso fez com que as especulações aumentassem novamente. Novas pesquisas mostram que ela pode explodir como uma super-nova mais cedo do que se esperava.

ZAP // CanalTech
30 Novembro, 2023


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341: Está aí a Epidemia Tripla

 

🇵🇹⚕️ SAÚDE PÚBLICA // 👨‍⚕️ EPIDEMIA TRIPLA // 🤧👴IDOSOS

Idosos e doentes crónicos são as principais vítimas

© Arquivo Global Imagens

Com a aproximação do inverno está a crescer o número de vítimas da epidemia tripla, um fenómeno sazonal que surge da conjugação de três vírus respiratórios e representa sobrecarga para os serviços de urgência devido à maior afluência de doentes.

A epidemia associa a COVID-19, a gripe e o vírus sincicial respiratório (RSV) cuja transmissão nos três casos acontece de modo muito semelhante, através da inalação de pequenas gotículas provenientes da tosse e dos espirros de pessoas infectadas ou através do contacto directo com as secreções nasais.

A conjugação destes vírus, aliada à comum constipação, aumenta os riscos da população, mas particularmente dos idosos e das pessoas que sofrem de várias doenças em simultâneo cujo sistema imunitário mais débil está mais exposto às infecções.

A falta de medidas de protecção eficazes e a desvalorização de sintomas ajudam a agudizar os quadros clínicos e a potenciar os casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e Insuficiência Cardíaca.

Reflectir e proteger quem vive com a doença

Antes de entrar em plena época de inverno quando a tendência de aumento dos vírus respiratórios é maior, a Associação de Apoio ao Doente com Insuficiência Cardíaca, a Associação Respira e a Sociedade Portuguesa de Pneumologia com o apoio da biofarmaceutica GSK vão promover a 6 Dezembro, às 19 horas, um webinar que vai potenciar a discussão deste fenómeno e a importância de proteger quem vive com doenças crónicas.

Serão abordadas necessidade de prevenção contra problemas que podem ser preveníeis, assim como impactos sociais e económicos da doença. Nesta iniciativa serão também conhecidas experiências e protagonistas de quem diariamente lida com a situação.

DN Brand Story
30 Novembro 2023 — 00:01


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340: O mercado da indignação

 

– “… Os idosos a quem a pensão não chega ao fim do mês. A classe média que sente que a vida está mais difícil.

🇵🇹 OPINIÃO

Contrariando as sondagens, um partido de extrema-direita populista ganhou as eleições nos Países Baixos. Ao que parece, terá sido favorecido pela “normalização” resultante de o principal partido de centro-direita ter também adoptado uma agenda anti-imigração e admitido fazer uma coligação pós-eleitoral com a extrema-direita.

Lição importante para o PSD, que fez o acordo com o Chega para o Governo dos Açores. Ao fim de um ano de indefinição, Luís Montenegro bem pode dizer que não o repetirá a nível nacional, que agora já ninguém acredita. E não ajuda ter metade do partido a defender que o faça.

Há certamente uma parte de eleitores dos partidos extremistas que com eles se identificam ideologicamente, nomeadamente com a agenda nativista. Em Portugal, por exemplo, assistimos algumas vezes a simpatizantes do Chega a fazer a saudação nazi. Mas esses estão longe de representar um grande número.

A maioria do seu eleitorado é composto por pessoas que não se colocam ideologicamente nesse quadrante, mas que encontram nesses partidos forma de expressar a sua frustração com a sua situação e com a forma como vêem o país.

Os jovens, que não conseguem empregos compatíveis com o que consideram merecer. Os pais, que têm de apoiar financeiramente os filhos ou que os vêem emigrar para encontrar melhores oportunidades. Os idosos a quem a pensão não chega ao fim do mês. A classe média que sente que a vida está mais difícil.

São histórias de vida pautadas por um denominador comum: uma sensação de que, independentemente do desempenho económico do país, o mundo já funcionou melhor para o cidadão comum. Pode não ser exactamente verdade, mas essa é a memória que guardamos do passado.

É neste contexto que o populismo prospera e prolifera. Ainda assim, porque votam agora quando antes se abstinham?

Por um lado, o estilo inflamado e indignado da sua retórica gera alguma sintonia com os sentimentos de frustração. Os populistas podem não oferecer respostas nenhumas, mas gritam bem alto contra algumas injustiças do mundo de hoje.

Por outro, empregam uma narrativa simplista e divisiva sobre a sociedade, o “nós” contra “eles” que elege um bode expiatório para explorar os impulsos emocionais mais elementares do ser humano. Muitas vezes contra os imigrantes, outras contra os políticos. É mais fácil arranjar culpados do que arranjar soluções.

Em todas as circunstâncias, há algo que sobressai: estes partidos não estão interessados em ser credíveis ou construir respostas. O seu objectivo é ter alcance mediático, criar polémicas, gerar indignação e raiva.

Como escrevi nestas páginas na semana passada, é profundamente errado considerar que o Chega “é um partido como os outros que estão presentes na Assembleia da República”, como defende o dr. Pedro Passos Coelho.

O seu programa político é a indignação e a exclusão do outro. E excluir de modo xenófobo os que são diferentes de nós não é próprio de partidos democráticos.

Ao centro e à esquerda, urge recuperar a iniciativa política, interrompida em Portugal por esta crise. Não ficar refém da agenda mediática dos populistas, nem se coibir de construir uma resposta moderada, humanista e democrática para esses temas.

Mas, sobretudo, combater a retórica saudosista e reaccionária com uma governação para as classes médias e trabalhadoras, com uma visão da sociedade onde ninguém fica para trás e que não empenhe o futuro dos nossos filhos.

8 valores
Luís Montenegro

As promessas aos pensionistas geraram algum entusiasmo, mas o estado de graça não durou 24 horas. No dia seguinte o líder parlamentar e porta-voz para a economia deixou transparecer que não passava de uma ilusão. Afinal, só incluía uma pequena minoria dos pensionistas. E nem sequer tinham feito as contas.

Eurodeputado

DN
Pedro Marques
30 Novembro 2023 — 00:23


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