A inteligência artificial não existe. Não se apalpa. Pode-se ver, pode-se sentir e pode-se até, só e apenas, ouvir.
Muitas vezes sentimo-la e nem sequer sabemos que o que está lá não existe.
O mundo passou de natural a artificial e de artificial a intangível. Vemos, sentimos, ouvimos, mas na verdade nada existe. Existe sem existir. E nós conseguimos viver com isso.
Nós, o mundo no geral, mas no particular, já eu, não lido muito bem com esta ideia de que temos as mesmas coisas que tínhamos, mas na verdade elas não existem. Lido pior ainda com as coisas novas que temos não sejam criadas por nós.
São criações novas sim, mas não são uma inovação. São uma cópia ou uma adaptação. São uma mutação ou uma transformação.
Paul McCartney anunciou que a voz de John Lennon ia ser gerada por inteligência artificial para que se terminasse uma canção inacabada dos Beatles.
James Earl Jones já tinha vendido os direitos da sua voz, imortalizando-a no papel de Darth Vader, e agora chegou a vez de ressuscitarmos o John Lennon.
Eu gosto dos Beatles. E gosto da voz e da sonoridade do Lennon, mas caramba, estamos a abrir a porta para que o artista do futuro seja um bot. Para que se resuma a uma linha de código. Para que exista sem existir.
E como ficamos nas artes e na cultura? Ficamos com vozes digitais e algorítmicas. Vozes poderosas e afinadas criadas, não por um músico, mas por um engenheiro.
Não é que haja um problema de base se a voz for a de um engenheiro, mas na verdade não é. A voz, é uma voz qualquer. É a voz de quem o engenheiro quiser. Jovem ou velha, nova ou usada, conhecida ou desconhecida.
Neste caso é bem conhecida e é caso para dizer que Lennon voltou.
A inteligência artificial é como um personagem de banda desenhada que vai ganhando vida ao longo das vinhetas coloridas que preenchem esta e aquela história. E nós vamos ganhando afinidade com ela, vamos ganhando empatia. Acaba por saltar para o filme da vida real, e quando ganha som e movimento, entranha-se nas nossas vidas.
A inteligência artificial é a personagem de banda desenhada do momento. Já ganhou cor e forma, já ganhou som, já ganhou movimento, já ganhou vida.
E essa vida vai misturar-se com a nossa, e nós, com toda a nossa empatia, vamos acabar por fundir estas duas vidas, e artificialmente, ter uma só.
Designer e director do IADE – Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação da Universidade Europeia
Nunca, como agora, senti que este ditado popular de origem árabe se ajustasse tanto à realidade nacional. Passar os olhos pelas capas dos jornais, ouvir os alinhamentos dos noticiários televisivos e da rádio ou espreitar alguns dos sites de notícias transporta-nos para uma espécie de histeria, como se, num jardim zoológico, tivessem soltado todas as feras e anunciado o fim do mundo.
Mas depois, arrumamos o jornal, desligamos o computador ou a televisão, calamos a rádio e damos de frente com o país verdadeiro, a viver e a trabalhar com normalidade numa economia que, soubemos esta semana, é a que cresce mais na Europa.
Nesta normalidade, há problemas que são os mesmos do Reino Unido, da França, da Itália ou da Espanha. E os outros. Razão pela qual, como diz o ditado, apesar dos latidos caninos, a caravana não pode parar.
Tem de andar para a frente, algo que suspeito não estar nos propósitos, pelo menos imediatos, de muitos daqueles que querem abertas as grades do zoo.
Dois exemplos. Na sessão da Assembleia da República em que discursou o presidente do Brasil, assistimos à performance de uma espécie de grupo parlamentar de uma espécie partido que nasceu em torno de uma espécie de líder e que resolveu ofender um chefe de Estado que visitava Portugal a convite do nosso Presidente da República.
A cena foi abjecta: um grupelho, que Miguel de Sousa Tavares, no seu podcast, adjectivou de “feios, arruaceiros e maus”, de cartaz em punho, a faltar ao respeito ao país, na Casa da Democracia, em directo, a cores e em pleno dia 25 de Abril.
A caravana do crescimento vai passando, porque, por muito que as agendas ocultas – com rabo de fora – não gostem, faz aquilo que há a fazer, acrescentando valor e apontando à prosperidade.
Num segundo caso, um adjunto do Ministério das Infra-estruturas resolveu ter protagonismo e transformar umas notas, que terá alegadamente rabiscado durante uma reunião com a CEO da TAP, em documento oficial crítico, merecedor de divulgação pública.
Não há memória de algo semelhante. Na dinâmica do episódio, o dito adjunto terá feito uma incursão à Rambo, para se apossar do computador que, bem se vê, não era seu. Gerou uma ruidosa onda noticiosa. Li num jornal o seu percurso.
Está lá tudo: trajecto pelos gabinetes, formações académicas salteadas, onde não falta o “inconseguimento” da moda – o doutoramento por concluir -, e o ziguezague político-partidário. Uma espécie que popula os gabinetes políticos, cujo curriculum inspira pouca confiança.
Com os cães a ladrar, o que faz o país real? A resposta é quase irónica: cresce. Saímos à rua e vemos as pessoas a trabalhar, a consumir, a sorrir, os estudantes a entrar e sair das escolas com a alegria de sempre, as empresas a laborar, a facturar e a exportar, os restaurantes sem lugar à sexta, ao sábado e até à quinta, enfim, toda uma normalidade que contrasta com a catástrofe anunciada pelos interesses que não são do país.
A caravana do crescimento vai passando, porque, por muito que as agendas ocultas – com rabo de fora – não gostem, faz aquilo que há a fazer, acrescentando valor e apontando à prosperidade.
A medida do desempenho da caravana foi estes dias apresentada pelo INE. A inflação voltou a recuar em Abril, cifrando-se agora nos 5,7%, quando em Março era de 7,4%.
É o sexto mês consecutivo de descida em Portugal. A economia, no primeiro trimestre deste ano, surpreendeu pela positiva, com um crescimento do PIB muito acima do esperado.
Avançou 1,6% face ao trimestre anterior, e 2,5% face ao trimestre homólogo do ano passado. Lidera a Europa, a qual, por sua vez, está a crescer mais do que os Estados Unidos.
Por tudo isto, muitos dizem que cão não puxa caravana.
O Tribunal de Contas do Brasil detectou nesta semana que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas gastaram recursos públicos destinados ao combate à pandemia de covid-19 com salgadinhos, sorvetes e refrigerantes.
Além disso, há o registo da compra, com o mesmo dinheiro, de 12 mil quilos de filé mignon e picanha só para duas organizações militares.
Por mais que o bolsonarismo tenha tentado prejudicar a floresta e os indígenas, o ambiente e os ecologistas, a universidade e os professores, as minorias e os defensores dos Direitos Humanos, a ciência e os pesquisadores, a cultura e os artistas, a imprensa e os jornalistas, a Medicina e as vacinas, a economia e o bolso da população, a democracia e as instituições ou a diplomacia e as relações do país com o mundo, uma das categorias mais lesadas na sua honra nos últimos quatro anos, foi, por um daqueles paradoxos que só os regimes mais burros conseguem produzir, as Forças Armadas.
A categoria que Bolsonaro mais tentou proteger (e a categoria que mais tentou proteger Bolsonaro) é hoje uma das mais chamuscadas do país.
Mesmo após protagonizarem uma ditadura militar criminosa de 21 anos, de 1964 a 1985, aos militares esteve sempre associada a marca positiva da austeridade, do rigor, do despojamento.
Defendem os branqueadores daquele período de trevas que, se é certo que a ditadura rimou com censura e tortura, a democracia que se lhe seguiu pariu políticos que desviam descaradamente.
Ora, sob Bolsonaro, os quartéis perderam a aura de frugalidade, modéstia e descrição. E roubaram dos Parlamentos o monopólio da falta de pudor no tratamento do dinheiro público.
Já antes de serem apanhados a usar as verbas de prevenção e combate à covid para comer croquetes, as Forças Armadas haviam sido confrontadas com o investimento em 700 toneladas de carne nobre para churrasco, 139 mil quilos de lombo de bacalhau, 254 toneladas de salmão, 80 mil cervejas, fora um stock de garrafas de uísque de 12 anos para o Comando do Exército e outro de conhaque para o Comando da Marinha.
Tudo com dinheiro público. Tudo enquanto 33 milhões de compatriotas não têm garantido o que comer.
Além de 546 mil reais gastos em botox. E 33,5 milhões de reais em 11,2 milhões de comprimidos de Viagra. Mais 3,5 milhões de reais em próteses penianas.
“Temos de atender pacientes do sexo masculino vítimas de diversos tipos de enfermidades que possam requerer a cirurgia para implantação da prótese citada”, defenderam-se as Forças Armadas.
Bolsonaro também foi lesto a defender a instituição – “sobre a prótese peniana, o elemento tem relação sexual e quebra o instrumento dele, não tem nenhum absurdo nessa questão aí” -, mas mais-valia não ter defendido, devem ter pensado os fardados.
Apesar das desmoralizações públicas consecutivas, oficiais na reserva tiveram o desplante na semana passada de despir o pijama, vestir uma gravata e correr aos clubes militares para celebrar, com almoçaradas e discursos, o 59.º aniversário do “movimento democrático de 1964” no dia 31 de Março.
Tudo falso: não foi um movimento democrático, foi um golpe de estado para instituir uma ditadura no Brasil. E nem sequer foi a 31 de Março, como tentam impor aos livros de história, mas sim num 1.º de Abril, dia das mentiras.
Poderia considerar-se que foi um lapso deste jornal publicar o texto do representante da Federação Russa em Portugal na véspera do dia das mentiras. Mas não: para Mikhail Kamynin, todos os dias é 1º de Abril.
No dia 31 de Março, o embaixador da Federação Russa fez publicar um texto de opinião no DN, intitulado “Quando a “democracia” se torna marca de lealdade”.
Mikhail Leonidovich Kamynin – é esse o nome da pessoa – colocado em Lisboa desde 2018, publica de vez em quando textos de opinião na imprensa portuguesa.
Talvez por ter cursado jornalismo e nunca ter exercido a profissão: apesar de, garante uma página russa com o seu currículo, estar inscrito no sindicato dos jornalistas do seu país, Kamynin entrou para “serviço diplomático” da então URSS (presidia então ao Soviete Supremo o saudoso Leonid Brejnev), mal terminou a licenciatura, em 1978, indo directo para a embaixada no México e depois para a de Espanha.
Num desses textos, dado à estampa em Março de 2019 no Público, escrevia, a propósito da anexação russa da Crimeia: “A mentira é sempre uma mentira, em geral e em pormenores, até à última gota. (…) Para mim, enquanto embaixador russo em Portugal, é muito importante que o público português também saiba distinguir mentiras da verdade.”
É então com esse nobre propósito que este representante do governo de Vladimir Putin nos veio exortar, na véspera do 1º de Abril de 2023, por coincidência quando se contava um ano sobre as primeiras imagens das barbaridades perpetradas em Bucha durante a ocupação russa daquela cidade ucraniana, a reflectir “sobre o que verdadeiramente é a democracia”.
“Será que é um ímpeto de encher com armas cada vez mais mortíferas o buraco negro da Ucrânia para prolongar o conflito e o sofrimento de populações civis para atingir o objectivo tão desejado de “derrotar a Rússia estrategicamente”?”, pergunta.
E a seguir, porque denominar a Ucrânia de “buraco negro” ainda não lhe pareceu suficiente para a tal distinção entre a mentira e a verdade que deseja facultar ao público português, o representante diplomático russo, que em Julho de 2022 ameaçou o músico Pedro Abrunhosa com “a lei penal portuguesa” por este ter encorajado uma plateia a cantar “Vladimir Putin, go fuck yourself” reforça: “Será que é infundir o regime neonazista e corrupto de Kiev com milhares de milhões de euros, enquanto as necessidades dos cidadãos dos Estados ocidentais não estão a ser ouvidas?
Será que é impingir o seu modus vivendi a outros através das sanções ilegais que não têm nada a ver com as normas consagradas nos documentos-chave das Nações Unidas ou princípios do mercado livre?”
Claro que não, nada disso, certifica o embaixador: “A verdadeira democracia nas relações internacionais manifesta-se no respeito mútuo, na procura do consenso, na não-ingerência nos assuntos internos dos países, no não-asseguramento da própria segurança ao custo da segurança dos outros, (…) na recusa da ditadura de poderosos que abusam as suas potências e violam desta forma o equilíbrio frágil existente nas relações internacionais”.
Exactamente aquilo que vemos desde sempre constituir o fulcro da política externa quer da União Soviética quer da Federação Russa, que Kamynin tem, desde 1978, “conscienciosamente” (segundo os termos do citado currículo) servido e defendido.
Foi por exemplo ao serviço dessa noção de “verdadeira democracia” e do intuito de distinguir mentira e verdade que em 2005 este mesmo Mikhail Kamynin, enquanto porta-voz da política externa russa, reputou de “absurdas” as acusações do governo da Geórgia de que as tropas russas de “manutenção da paz”, estacionadas nas regiões secessionistas da Ossétia do Sul e da Abecásia, assim como as bases que a Rússia ainda mantinha no território georgiano, constituíam uma ameaça para a soberania do país.
Quando três anos depois essas mesmas tropas ocuparam, em cinco dias, 20% do pequeno Estado de quatro milhões de habitantes – que como a Ucrânia é desde 1991, na sequência do desmembramento da União Soviética, um Estado independente -, e se seguiu o reconhecimento, pelo governo russo, da “independência” das regiões ocupadas, Kamynin estaria já colocado como embaixador em Cuba (por acaso um dos poucos estados que, como a Bielorrússia e a Síria, reconheceram a independência daquelas duas regiões georgianas), pelo que não foi possível encontrar o seu comentário.
Ainda assim, no mesmo ano, manifestara-se preocupado com a possibilidade de “uma crise humanitária grave” na Geórgia, escandalizando-se face a imagens daquilo que designava como “uma democracia ao estilo georgiano”: “O dispersar brutal de manifestações pacíficas, o encerramento dos media livres, o espancamento de jornalistas estrangeiros”.
Tudo coisas que Mikhail Kamynin nunca viu nem na União Soviética nem na Federação Russa, pelo contrário: em 2018, de saída dos seus dez anos como embaixador em Cuba, garantia que o novo governo de Putin, eleito nesse ano para mais seis anos à frente da Rússia, iria “continuar a fortalecer a democracia”.
Como certificou, a 17 de Fevereiro de 2022, já como embaixador em Portugal e em declarações à Lusa, que o seu país não planeava qualquer intervenção na Ucrânia e que todas as movimentações das forças russas nas fronteiras daquele país aconteciam “no quadro dos exercícios militares planeados, inclusive com os nossos aliados bielorrussos (…); acabados os exercícios, o que acontecerá no curto prazo, todas as forças que neles participam voltarão às suas localizações permanentes“.
Nada que o impedisse de, menos de um mês depois, a 10 de Março de 2022, afirmar em comunicado a nova verdade: que a invasão russa da Ucrânia, iniciada sete dias após a sua certificação de que jamais aconteceria, e à qual designava, evidentemente, por “operação militar especial”, tinha como fito “desmilitarizar e desnazificar” o país invadido.
Lamentando as “ondas de mentiras e notícias falsas sem precedentes, factos distorcidos e fabricados que visam desacreditar a acção da Rússia”, o comunicado da representação chefiada por Kamynin insistia mais uma vez na sua missão de embaixador da verdade: “A propaganda ocidental de estilo Goebbels deveria ser esperada. Não se pode confiar nesta. O público português tem que perceber. A verdade é completamente diferente.”
A verdade de Mikhail Kamynin é de facto completamente – orwellianamente – diferente. Chama-se mentira. E não precisamos sequer de, para o qualificar, invocar Goebbels; nessa como noutras matérias, a Rússia tem demonstrado não ficar atrás.
No dia em que o governo anunciou, após a consulta pública, o pacote “Mais Habitação”, Carlos Moedas entendeu participar na manifestação dos promotores de Alojamento Local.
Aí, como habitual, disse o que estes empresários queriam ouvir, em contradição com o que está a negociar com as Juntas de Freguesia, onde a questão se coloca sobre a “intensidade” da limitação de AL na cidade e não sobre a sua liberalização.
É Moedas no seu melhor. Diz o que as pessoas querem ouvir, mesmo que sobre o mesmo assunto, se a plateia for diferente, diga o contrário.
Ao anunciar, com grande candura, quartos para estudantes entre 700 e 1100€/mês, não restam dúvidas de que para o Presidente da Câmara, no fundo, Lisboa não é para todos, mas sim para os endinheirados e para os estrangeiros que paguem pelas casas os preços absurdos que hoje são praticados.
É este modelo de cidade — uma cidade só para alguns, uma cidade de condomínios fechados — que poderá agora ser revertido.
Vejamos se a anunciada indisponibilidade de Moedas para aceitar aplicar em Lisboa as medidas do “Mais Habitação” permanecerá, agora que o governo, e bem, decidiu corrigir a proposta inicial, devolvendo aos municípios a competência de limitação do Alojamento Local.
O novo pacote terá o enorme “pecado” de atentar contra a propriedade privada, disse Moedas, ignorando que esta possibilidade foi consagrada ainda nos tempos de Cavaco e Passos Coelho.
Mas julgo que não é essa a verdadeira preocupação de Moedas. O que verdadeiramente o preocupará é o facto deste pacote poder vir a condicionar os preços especulativos de venda e de arrendamento.
Moedas foi, profissionalmente, representante de um fundo imobiliário. Não tem mal nenhum. Porém, o que fizeram estes fundos em Lisboa? Sim, recuperaram uma componente muito significativa do edificado antigo, mas na lógica da máxima recuperação dos investimentos, naturalmente incompatíveis com qualquer complacência para com os residentes dos prédios ou bairros onde investiram intensamente.
Transformaram as habitações em activos financeiros, mercadoria para rentabilizar a curto prazo, pelo que quem lá estivesse a morar representava um obstáculo.
Beneficiando da abertura que a “Lei Cristas/Passos Coelho” permitiu, alguns milhares de cidadãos foram empurrados para fora das suas casas e os bairros paulatinamente transformados em aldeamentos turísticos.
Globalmente, o resultado final do “Mais Habitação” corresponde às minhas expectativas enquanto Presidente de Junta. Tem o mérito de facilitar a colocação de habitações no mercado de arrendamento acessível quase de imediato — neste momento há milhares de famílias em lista de espera sem qualquer horizonte de esperança –, tem fortes incentivos fiscais aos proprietários que apostem no arrendamento de longa duração e possibilita uma intervenção do Estado e da Câmara no sentido de combater os “fogos especulativos”.
Facilita os licenciamentos de novas construções e bonifica os cidadãos que, por perda de rendimentos, passaram a ter enormes dificuldades em cumprir com os arrendatários ou os bancos.
Claro que o seu sucesso dependerá em muito do empenho dos municípios e aí Carlos Moedas terá um grande desafio: ou honra o seu passado de agente especulativo enquanto administrador de fundos imobiliários ou assume as suas responsabilidades de Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, cidade em gentrificação acelerada.
Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior