– Não possuo nem nutro qualquer simpatia por esta governança, pela anterior ou por todas as outras anteriores (ainda menos). Por uma razão muito simples e que se resume apenas nesta análise: os políticos da governança, sejam eles quais forem, tenham eles a cor que tiverem, não governam para o país, para a melhoria de condições de vida dos portugueses, para o desenvolvimento social e económico de Portugal. Mas reconheço que o presidente da República (MRS) e toda a oposição que lhe é afecta (PPD), jornalixo – e não só -, pretendem derrubar esta governança porque ela é pretensamente de esquerda – que não é – e mesmo mal, vai andando conforme a competência de todos os ministros escolhidos. Basta ler a verborreia dos políticos da oposição, opinadores, comentadeiros de vão-de-escada, nomeadamente do PPD, CDS & afins, para chegar a esta conclusão. E nem é preciso ser-se analista político encartado! Bota abaixo com fartura… soluções, nenhumas, falácias até dizer chega!
🇵🇹 OPINIÃO
Uma grande diferença entre memória curta e memória de elefante não é o que se esquece ou é lembrado, mas sim, de certa forma, a oportunidade de quem é esquecido.
Galamba não ficou incomodado por Marcelo levar a gestão da TAP ao Conselho de Estado, porque imaginava que há informação que geralmente é limitada no tempo, desaparece num minuto, ou passado uns dias, ou no meio de uma silly season.
No calor do acontecimento, muita coisa se afigura diferente do que será dali a uns dias. É verdade que ninguém supunha que o Conselho de Estado se fizesse em duas partes, atravessado por umas férias de verão entre 21 de Julho e 5 de Setembro, mas adivinhava-se que a passagem do tempo traria novos acontecimentos e depressa se percebeu que a tensão entre Belém e S. Bento, desde o caso Galamba, haveria de ter novos episódios e divergências políticas.
Ainda assim, o Presidente não deixou cair a polémica à volta da TAP, falou criticamente do novo aeroporto e da privatização da companhia aérea.
Costa ficou em silêncio. E Marcelo voltou ao ataque na habitação, como de resto aconteceu, desde que vetou o pacote Mais Habitação, que deixou o primeiro-ministro debaixo de fogo vindo da Direita, como da Esquerda, e de vários quadrantes da sociedade, por causa de uma solução que insiste em avançar.
Costa ficou em silêncio nas críticas à Saúde. Outro dos temas quentes, com a falta de médicos, as sucessivas greves, o fecho de Urgências e um ministro da Saúde contestado pela degradação do Serviço Nacional de Saúde.
Já se esperava, de resto, que fossem estes os alvos das críticas do Presidente da República sobre a situação política, económica e social do País, numa altura em que os analistas realçam a discrepância entre a melhoria dos números económicos e as famílias, que não sentem qualquer melhoria no bolso.
Pelo contrário, a subida dos juros, a inflação que persiste e a menor capacidade de endividamento estão a tornar-se cada vez mais pesadas. Mário Centeno já alertou que, no final do ano, “cerca de 70 mil famílias poderão vir a ter despesas com o serviço do crédito à habitação permanente superiores a 50% do seu rendimento líquido”.
No fundo, o comunicado lacónico da Presidência da República, onde se lê apenas que “foi concluída a análise”, já foi antecedido por muitas análises e muitos recados de Marcelo.
Costa ficou calado no Conselho de Estado, mas horas antes desdramatizou o que lá pudesse ser dito. Disse que “a função de um primeiro-ministro não é ser comentador, mas ser fazedor, é fazer”. Há é uma grande diferença entre fazer e resolver. A aposta de um governante não pode ser no país do esquecimento.
Subdirector do Diário de Notícias
DN
Bruno Contreiras Mateus
06 Setembro 2023 — 00:02
Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator
published in: 2 semanas ago
– Não possuo nem nutro qualquer simpatia por esta governança, pela anterior ou por todas as outras anteriores (ainda menos). Por uma razão muito simples e que se resume apenas nesta análise: os políticos da governança, sejam eles quais forem, tenham eles a cor que tiverem, não governam para o país, para a melhoria de condições de vida dos portugueses, para o desenvolvimento social e económico de Portugal.
Mas reconheço que o presidente da República (MRS) e toda a oposição que lhe é afecta (PPD), jornalixo – e não só -, pretendem derrubar esta governança porque ela é pretensamente de esquerda – que não é – e mesmo mal, vai andando conforme a competência de todos os ministros escolhidos.
Basta ler a verborreia dos políticos da oposição, opinadores, comentadeiros de vão-de-escada, nomeadamente do PPD, CDS & afins, para chegar a esta conclusão.
E nem é preciso ser-se analista político encartado! Bota abaixo com fartura… soluções, nenhumas, falácias até dizer chega!