244: Aspartame: adoçante pode causar problemas de memória

 

– “… Os riscos do aspartame vão muito para além das capacidades cognitivas. Estudos anteriores relacionaram o seu consumo com a depressão, doenças cardíacas, demência, diabetes, cancro e enxaquecas. Agora, a comunidade científica está a explorar se os adoçantes artificiais podem aumentar a sensação de fome, levando a uma maior ingestão de calorias e ao aumento de peso.

Porra! O aspartame, que substitui o açúcar que, por sua vez também é mau, afinal como se pode adoçar, por exemplo, o café? Outra pergunta: pode respirar-se?

ASPARTAME // ADOÇANTE // CONSUMO

O aspartame – um adoçante muito usado em produtos sem açúcar, como refrigerantes dietéticos – pode ter um impacto negativo na aprendizagem e na memória. As alterações no cérebro podem mesmo ser transmitidas aos descendentes.

jhembach / Flickr

Uma equipa de cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual da Florida, nos Estados Unidos, descobriu que o aspartame pode causar um impacto negativo na aprendizagem e na memória.

De acordo com a ZME Science, o adoçante artificial é um dos mais utilizados para substituir o açúcar em produtos “zero” ou “diet”, como refrigerantes e sumos.

Em Julho, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o consumo de aspartame era seguro, apesar de algumas provas que o ligavam a um tipo comum de cancro do fígado.

No entanto, houve quem questionasse a classificação devido à falta de provas sólidas. A recente revisão da OMS não analisou os potenciais efeitos do aspartame nas capacidades de aprendizagem e memória.

Neste sentido, Pradeep Bhide e a sua equipa administraram doses de aspartame equivalentes a 7% a 15% do consumo máximo diário aconselhado pela Food and Drug Administration (FDA) em ratos machos. Depois, submeteram as cobaias a vários testes para avaliar as suas capacidades de memória e de aprendizagem.

Na experiência, os ratos tinham de aprender a encontrar uma caixa de fuga “segura” de entre 40 opções num espaço circular. Enquanto o grupo de controlo encontrou a caixa rapidamente, os ratos a quem foi administrado o adoçante demoraram muito mais tempo a completar a tarefa.

O estudo permitiu ainda apurar que os machos expostos que procriaram com fêmeas não expostas ao aspartame tiveram descendentes com deficiências semelhantes.

Estudos anteriores mostraram que o consumo de aspartame está associado a alterações neuro-comportamentais, incluindo ansiedade e défices de aprendizagem e de memória.

No entanto, não se sabia se os défices cognitivos, como os défices de aprendizagem e de memória associados ao aspartame, eram hereditários.

“O défice de memória de trabalho espacial é evidente às quatro semanas de consumo de aspartame e persiste pelo menos até às 12 semanas, a duração mais longa examinada”, escreveram os investigadores no artigo científico, publicado na Scientific Reports.

“Os défices cognitivos são transmitidos aos descendentes masculinos e femininos ao longo da linhagem paterna.”

Os riscos do aspartame vão muito para além das capacidades cognitivas. Estudos anteriores relacionaram o seu consumo com a depressão, doenças cardíacas, demência, diabetes, cancro e enxaquecas.

Agora, a comunidade científica está a explorar se os adoçantes artificiais podem aumentar a sensação de fome, levando a uma maior ingestão de calorias e ao aumento de peso.

ZAP //
24 Setembro, 2023



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235: Avanços na diabetes. Extracto de flor estabiliza os níveis de açúcar no sangue

 

🧑‍⚕️ SAÚDE PÚBLICA // 🩸🍚 DIABETES // EXTRACTO DE FLOR

Ensaios clínicos conduzidos por uma equipa da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, permitiram descobrir que o extracto de pétalas de flores de dália pode ajudar a estabilizar os níveis de açúcar no sangue em indivíduos com diabetes.

Sara Maximoff / Unsplash

Uma equipa liderada pelo neuro-endocrinologista Alexander Tups demonstrou recentemente que a inibição da inflamação cerebral, provocada pelo consumo excessivo de uma dieta ocidental, melhora significativamente a regulação do açúcar no sangue.

Durante a investigação, os cientistas descobriram que uma molécula vegetal anti-inflamatória que actua no cérebro melhora de forma significativa a capacidade do organismo para processar o açúcar no sangue – e podemos encontrá-la numa flor.

“Descobrimos que a dália é uma fonte cultivável desta molécula e que contém duas moléculas vegetais adicionais que reforçam o efeito da molécula original.

Nos ensaios pré-clínicos, observamos que a molécula bloqueou especificamente a inflamação cerebral e melhorou a regulação do açúcar no sangue”, referiu Tups, citado pelo SciTechDaily.

Num ensaio clínico aleatório, controlado e cruzado, com participantes com pré-diabetes ou diabetes tipo 2, os investigadores conseguiram demonstrar que o extracto de dália melhorava consideravelmente a regulação do açúcar no sangue.

Em estudos pré-clínicos levados a cabo em animais, os investigadores conseguiram inverter a inflamação cerebral, melhorar a sensibilidade à insulina no cérebro e melhorar a regulação do açúcar no sangue.

“A regulação deficiente do açúcar no sangue é uma doença debilitante que afecta milhões de pessoas em todo o mundo. Espero e acredito realmente que o resultado da nossa investigação irá beneficiar as pessoas que sofrem desta doença”, reagiu o líder da investigação, cujo artigo científico foi publicado na Life Metabolism.

Deste trabalho resultou uma tecnologia patenteada. Em colaboração com a Otago Innovation Limited (OIL) e com intervenientes externos, a equipa de Tups conseguiu introduzir no mercado um suplemento natural de extracto de dália, com o objectivo de ajudar a manter os níveis normais de açúcar e de insulina no sangue.

 Liliana Malainho, ZAP //
19 Setembro, 2023


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229: Cientistas mataram pela primeira vez cancro cerebral agressivo com terapia quântica

 

⚕️ SAÚDE // ⚛👍TERAPIA QUÂNTICA // 🦀CANCRO

Uma equipa de cientistas desenvolveu uma técnica de terapia quântica para combater um cancro cerebral agressivo.

ZAP // NightCafe Studio
Se o gliobastoma é atacado com terapia quântica, o cancro está vivo, morto, ou vivo e morto?

Cientistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, apresentaram uma técnica terapêutica quântica, que usa um spray para combater o glioblastoma – um cancro cerebral agressivo responsável por mais de 10.000 mortes anualmente nos EUA.

Esta terapia inovadora usa bio-nanoantenas — nano-partículas de ouro revestidas com moléculas redox-ativas.

Estas bio-nanoantenas, quando pulverizadas no local do tumor ao mesmo tempo que um campo eléctrico é aplicado, facilitam a sinalização quântica a nível celular, levando à morte das células do glioblastoma.

O estudo foi apresentado num artigo publicado esta quinta-feira na Nature Nanotechnology.

“Estas antenas transformam o campo eléctrico num evento biológico, desencadeando processos como a apoptose — a morte celular programada”, explica ao Interesting Engineering o autor principal do estudo, Frankie Rawson.

Considerando a natureza invasiva do glioblastoma, em que suas células se espalham para os tecidos cerebrais vizinhos, tornando-os quase impossíveis de remover totalmente através da cirurgia, esta técnica traz esperança.

Este tipo de tumores, quando atacados com tratamentos tradicionais — mesmo que agressivos — frequentemente regressam ao fim de algum tempo.

Após a aplicação do spray, as bio-nanoantenas são rapidamente absorvidas pelas células cancerígenas. A aplicação do campo eléctrico resulta numa transferência electrónica quântica do Citocromo c, pequena proteína heme ligada à bio-nanoantena.

Este efeito altera o estado redox da proteína e envia às células cancerígenas um sinal para que se auto-destruam, prolongando potencialmente a expectativa de vida do paciente. Notavelmente, apenas as células cancerígenas são afectadas, deixando as outras células cerebrais ilesas.

Este processo demonstra que os cientistas podem controlar campos electromagnéticos para despoletar fenómenos de mecânica quântica no campo da biologia.

Rawson realça que a diferença de reactividade aos campos eléctricos entre as células cancerígenas e as normais pode ser devida a alterações genéticas associadas à resposta ao stress agudo nas células cancerígenas.

“Sendo possivelmente o primeiro tratamento contra o cancro a aproveitar os efeitos da mecânica quântica, este pode ser o amanhecer de uma abordagem revolucionária ao tratamento de neoplasias”, conclui Rawson.

ZAP //
17 Setembro, 2023

 


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228: IVA zero vai ser alargado a outros produtos

 

🇵🇹 PORTUGAL // 💰 IVA ZERO // ALARGAMENTO

Produtos dietéticos também entram na lista que baixou 10% os preços ao longo de quase meio ano.

polycart / Flickr

O IVA zero foi aplicado no dia 18 de Abril deste ano e, em quase meio ano, baixou 10,14% o preço do cabaz de alimentos.

A indicação foi dada na semana passada pela Comissão de Acompanhamento do Pacto para a Estabilização e Redução do Preço dos Bens Alimentares.

A medida vai ser aplicada até ao final de 2023. Iria terminar ainda neste mês, Setembro, mas o prazo foi prolongado devido à conjuntura económica internacional.

A taxa zero de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) foi aplicada a 46 produtos, entre os quais carne de vaca, peixe, queijo, azeite ou verduras.

Mas essa lista vai ser alargada a produtos dietéticos.

De acordo com o jornal Correio da Manhã, o Governo vai apresentar uma proposta de Lei que integra os dietéticos no IVA zero.

Os produtos dietéticos costumam ser comprados por quem tem uma dieta restritiva devido a doença (diabéticos, doentes celíacos e hipertensos, por exemplo); restringem completamente algum nutriente: um ou mais ingredientes foram eliminados da fórmula original.

Neste caso, o IVA zero será aplicado a produtos dietéticos “destinados à nutrição entérica e produtos sem glúten para doentes celíacos”.

A nutrição entérica é para pessoas que dependem de uma sonda para se alimentarem ou que precisam de suplementos nutricionais, de forma crónica.

ZAP //
17 Setembro, 2023


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227: Inaceitável: ministro lamenta pelos utentes que vão de madrugada para a porta do centro de saúde

 

🇵🇹 PORTUGAL // SNS // CENTROS DE SAÚDE

Este é “talvez o principal problema” do Serviço Nacional de Saúde, admitiu Manuel Pizarro: “Temos de resolver”.

Miguel A. Lopes / LUSA
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro

O ministro Manuel Pizarro considerou este sábado inaceitável haver utentes a irem de madrugada para a porta dos centros de saúde para conseguirem ser atendidos, notando que, actualmente, este é “talvez o principal problema” do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Eu, evidentemente, que não posso considerar que seja aceitável que as pessoas tenham de ir de madrugada para o centro de saúde para conseguirem ter uma consulta. Isso é algo que nós temos de resolver e vamos resolver paulatinamente”, disse Manuel Pizarro à agência Lusa.

Falando em Coimbra, no final de uma reunião de trabalho com diversas entidades representantes de pessoas com doença, iniciativa comemorativa do 44º aniversário do SNS, Manuel Pizarro frisou que o problema de ter utentes de madrugada à porta das unidades de cuidados de saúde primários “resulta de uma incapacidade de planeamento” que tem de “assumir”.

Não foram preparados os profissionais necessários para fazer uma transição geracional que nós tínhamos obrigação de perceber que iria acontecer nestes anos.

Os anos entre 2020 e 2024 são anos em que atingem a idade de reforma, os médicos especialistas de medicina geral e familiar dos grandes cursos médicos da década de 70 [do século XX]”, argumentou o titular da pasta da Saúde.

Para Manuel Pizzaro, neste momento, o problema “não se trata, já, da capacidade do SNS atrair os jovens profissionais” (…) mas sim que, até ao final do próximo ano, “muitos médicos irão atingir a idade da reforma”.

A esse propósito, o ministro lembrou que no concurso realizado em maio, mais de 90% dos médicos que tinham acabado a especialidade ficaram no SNS, um total de 314 clínicos de medicina geral e familiar.

“Eu estou convencido que o conjunto das medidas que tomámos [para] alargamento da formação dos especialistas em medicina geral e familiar – têm entrado mais de 500 em cada um dos últimos anos – agilização dos concursos por forma a que se fixem no SNS e generalização das USF [unidades de saúde familiar] modelo B, que é um modelo que também atrairá mais esses profissionais, não apenas pelo aspecto remuneratório, vão permitir resolver esse problema”, argumentou.

Não vale a pena esconder que, até ao final de 2024, vamos continuar a enfrentar muitas dificuldades”, avisou Manuel Pizarro.

Sobre a reunião de trabalho este sábado realizada no auditório do Hospital Pediátrico de Coimbra e que se estendeu por cerca de cinco horas, o ministro da Saúde manifestou a “profunda convicção de que a participação dos cidadãos e, desde logo, dos cidadãos que vivem com doença, no Serviço Nacional de Saúde, é um elemento absolutamente essencial”.

“São eles que nos permitem ter uma informação mais exacta, que vai para além da frieza dos números. Nós precisamos de números, mas quem descreve a humanidade que tem de estar subjacente ao SNS, são eles […] muitas vezes.

Não apenas com informação sobre a forma como as nossas medidas estão, de facto, a ser implementadas no terreno, como têm muitas sugestões e propostas a fazer para melhorar o SNS”, disse Manuel Pizarro.

ZAP // Lusa
16 Setembro, 2023


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225: Nova vacina reverte totalmente doenças auto-imunes como diabetes tipo 1 e esclerose múltipla

 

🧑‍⚕️ SAÚDE PÚBLICA // 💉 VACINA “INVERSA”

A vacina “inversa” remove a memória do sistema imunitário, sendo eficaz na reversão dos efeitos das doenças auto-imunes.

Mufid Majnun / Unsplash

Os investigadores da Escola de Engenharia Molecular Pritzker da Universidade de Chicago (PME) desenvolveram uma vacina inovadora que, em testes de laboratório, pode reverter completamente doenças auto-imunes como esclerose múltipla, diabetes tipo 1 e doença de Crohn — tudo isto sem desactivar o sistema imunitário.

Uma vacina típica ensina o sistema imunitário humano a reconhecer um vírus ou bactéria como um inimigo que deve ser atacado. A nova “vacina inversa” faz exactamente o oposto: remove a memória do sistema imunitário de uma molécula.

Enquanto tal eliminação de memória imunológica seria indesejada para doenças infecciosas, pode parar reacções auto-imunes, nas quais o sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis de uma pessoa.

A vacina inversa, descrita num artigo recentemente publicado na Nature Biomedical Engineering, aproveita a forma como o fígado naturalmente marca moléculas de células quebradas com etiquetas “não atacar” para prevenir reacções auto-imunes a células que morrem por processos naturais, explica o SciTech Daily.

Os investigadores da PME associaram um antigénio — uma molécula atacada pelo sistema imunitário  — com uma molécula que se assemelha a um fragmento de uma célula envelhecida que o fígado reconheceria como amiga, e não como inimiga.

A equipa mostrou como a vacina poderia parar com sucesso a reacção auto-imune associada a uma doença semelhante à esclerose múltipla.

“O que é tão excitante neste trabalho é que mostrámos que podemos tratar doenças como a esclerose múltipla depois de já haver inflamação em curso, o que é mais útil num contexto real”, explica Jeffrey Hubbell, autor principal do novo artigo

No novo estudo, os investigadores focaram-se numa doença semelhante à esclerose múltipla, na qual o sistema imunitário ataca a mielina, levando a fraqueza e dormência, perda de visão e, eventualmente, problemas de mobilidade e paralisia.

A equipa ligou proteínas de mielina ao pGal e testou o efeito da nova vacina inversa, descobrindo que o sistema imunitário parou de atacar a mielina, permitindo que os nervos funcionassem correctamente novamente e revertendo os sintomas da doença em animais.

Numa série de outras experiências, os cientistas mostraram que a mesma abordagem funcionou para minimizar outras reacções imunitárias em curso.

É necessário mais trabalho para estudar os compostos pGal de Hubbell em humanos, mas os primeiros ensaios de segurança da fase I já foram realizados em pessoas com doença celíaca, uma doença auto-imune associada ao consumo glúten.

“Ainda não existem vacinas inversas clinicamente aprovadas, mas estamos incrivelmente entusiasmados com o avanço desta tecnologia”, diz Hubbell.

ZAP //
16 Setembro, 2023


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223: O que se passa com Marcelo? Depois do “a cadeira aguenta”, meteu-se com um decote

 

– Penso que a senescência começa a fazer efeito…

🇵🇹 MRS // 🙁 PIADAS DE MAUS GOSTO // SENESCÊNCIA 🧓 

Marcelo Rebelo de Sousa volta a protagonizar um momento caricato, passando os limites daquilo que se espera de um Presidente da República. Depois de ter insinuado que uma jovem era gorda, agora meteu-se com o decote de uma jovem durante a Visita de Estado ao Canadá.

José Coelho / LUSA
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

“Já viu esse decote? Ainda apanha uma gripe”. As palavras saíram da boca de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República de Portugal, durante a Visita de Estado que está a fazer ao Canadá.

O momento aconteceu em Montreal, durante um encontro com a comunidade emigrante portuguesa naquele país. Perante uma mãe e a sua filha, lançou aquela tirada depois de ter dito que “a filha é mais bonita”.

As palavras de Marcelo estão a fazer sucesso nas redes sociais, mas é pelos piores motivos, com muitas críticas à mistura. Há quem note que o Presidente da República “agiu como um taberneiro numa Visita de Estado ao Canadá“.

Este episódio insólito junta-se ao que ocorreu na semana passada, em Alcáçovas, Viana do Alentejo, numa iniciativa à margem do arranque das comemorações do cinquentenário do 25 de Abril.

Nessa altura, atirou para o ar a pergunta “a cadeira aguenta?” no momento em que uma jovem, com formas mais generosas, se preparava para se sentar para uma fotografia de grupo.

A deputada do PS Isabel Moreira é uma das figuras públicas que critica Marcelo, falando em falta de noção e notando que “o sexismo dá cabo de nós” e que “não tem piada”.

“Passa a vida em tronco nu, mas não pode ver um decote”, atira, por seu turno, a economista Susana Peralta.

“Incontinência comportamental” e “deslumbramento”

Nessa altura, o presidente da Academia de Protocolo e também da Matriz Portuguesa – Associação para o Desenvolvimento da Cultura e do Conhecimento, João Micael, analisava que Marcelo está a passar por uma fase de “incontinência comportamental”, conforme declarações ao site Delas.

“Há uma diferença entre ser popular e popularucho”, sublinhava, considerando que “estar com as pessoas na rua não é a mesma coisa que entrar numa cervejaria e tirar uma cerveja, sair da praia e mudar de roupa em plena via pública e a ser fotografado, a dar beijos a barrigas das grávidas”, referindo-se a um outro episódio que foi registado na noite das marchas populares de 2022.

Marcelo, enquanto Presidente da República, tem uma “responsabilidade formal, não pode achar que é um cidadão privado em momento nenhum”, realçava ainda João Micael.

Já o profiler Alexandre Monteiro dizia à mesma publicação que Marcelo está “numa fase de deslumbramento” em que “sente que não tem obrigação de agradar a ninguém, pelo que o filtro emocional quebra”.

“O Presidente usa muito a emoção para esconder a verdadeira essência. Ele é controlador, gosta de dominar as situações e, estando neste deslumbramento, já não tem controlo emocional em relação aos sentimentos dos outros”, sustentava ainda Alexandre Monteiro no Delas, considerando que, assim, “perde a autoridade como Presidente“.

Este especialista “dá formação a políticos e a celebridades nacionais e internacionais e forças de autoridade”, conforme cita a mesma publicação.

 Susana Valente, ZAP //
16 Setembro, 2023


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221: Inédito no mundo: salmão vegano impresso em 3D chega aos supermercados

 

🇦🇹 ÁUSTRIA // 🐟SALMÃO // VEGANO // 3D

O produto já está a ser vendido na Áustria. É feito com algas marinhas e outras substâncias à base de plantas que imitam a textura e sabor do salmão.

Revo Foods

Num movimento pioneiro, a Revo Foods, uma startup de tecnologia alimentar levou o “THE FILET – Inspirado pelo Salmão“, o primeiro marisco vegan impresso em 3D do mundo, para os supermercados austríacos.

O produto chegou às prateleiras esta quinta-feira, dia 14 de Setembro, e assinala a estreia de um produto alimentar impresso em 3D nos espaços de retalho.

A pesca convencional e a aquacultura têm sido alvo de escrutínio pelo seu impacto ambiental. A pesca excessiva ameaça levar à extinção de muitas espécies de peixes.

Os relatórios actuais indicam que quase 60% dos stocks de peixes globais estão a ser pescados de forma insustentável, explica o Interesting Engineering.

A Revo Foods visa oferecer uma alternativa ecológica, criando produtos de peixe que não prejudicam as populações de peixes selvagens. Os seus substitutos vegan para o peixe utilizam ingredientes como algas marinhas e outras substâncias à base de plantas para imitar a textura e sabor do peixe real.

O produto usa ainda uma micoproteína derivada de fungos filamentosos. Este ingrediente inovador não só garante um alto teor de proteína e Ómega-3, conferindo ao peixe vegan uma classificação Nutriscore de “A”, mas também oferece flexibilidade na cópia do sabor, textura e valor nutricional do peixe genuíno.

Estes peixes impressos em 3D podem ser adaptados para serem baixos em colesterol, ricos em gorduras saudáveis e isentos de contaminantes típicos dos peixes.

No entanto, replicar a textura e sabor genuínos do peixe continua a ser um desafio no domínio da impressão 3D. A Revo Foods fez avanços com o seu processo de extrusão inovador, que emula a autêntica “escamosidade” e suculência dos filetes de peixe.

A empresa também apresentou a primeira técnica de produção contínua do mundo para alimentos impressos em 3D através da sua tecnologia 3D-MassFormer.

Robin Simsa, CEO da Revo Foods, enfatizou o carácter revolucionário da sua conquista, afirmando: “Estamos a entrar numa revolução alimentar criativa… moldando o futuro da própria alimentação.”

À medida que a Revo Foods dá este passo audaz no mercado, o factor determinante para o seu sucesso será a aceitação do consumidor. Dada a novidade do produto, os consumidores poderão precisar de tempo para se adaptarem a esta tecnologia de fabrico única.

ZAP //
15 Setembro, 2023


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220: Super-bactérias: o novo cancro no Apocalipse pós-antibiótico

 

⚕️ SAÚDE PÚBLICA // ANTIBIÓTICOS // SUPER-BACTÉRIAS 🦠

Pandemia silenciosa vai ultrapassar o cancro como principal causa de morte no mundo, segundo alguns especialistas. Décadas de uso de antibióticos abriram portas ao Apocalipse da resistência anti-microbiana.

Freepik

A principal causa de morte em todo o mundo pode deixar de ser o cancro para vir a ser assumida por uma pandemia silenciosa, conhecida entre os especialistas como resistência anti-microbiana (RAM), um fenómeno onde os micróbios evoluem para superar os medicamentos destinados a eliminá-los.

A ameaça das super-bactérias é cada vez mais palpável e os médicos estão cada vez mais reticentes no momento de prescrição de antibióticos, cuja era pode já ter-se evaporado, segundo o IAI.

Um estudo realizado por investigadores da Universidade de Hong Kong forneceu recentemente a primeira prova de como os vírus em ambientes artificiais influenciam as bactérias, conduzindo potencialmente à resistência aos antibióticos.

O estudo, publicado na revista Nature Communications, revelou que os vírus, incluindo os bacteriófagos que infectam especificamente as bactérias, transmitem genes que ajudam as bactérias a sobreviver em ambientes pobres em nutrientes e podem conferir resistência aos antibióticos.

Locais como corrimões, maçanetas e até a nossa própria pele são pontos de encontro para vírus e bactérias.

A escala da RAM é impressionante. Não se trata apenas de bactérias; vírus, parasitas e fungos estão todos envolvidos. Embora a RAM seja um acontecimento natural, oito décadas de uso generalizado de antibióticos aceleraram o processo.

A mistura de troca de genes microbianos e alguns factores humanos, como viagens e comércio, agrava ainda mais o seu alcance.

Aliás, as repercussões já são visíveis. Em 2019, segundo um estudo do The Lancet, infecções bacterianas resistentes resultaram em 1,27 milhões de mortes a nível global — cerca de metade das mortes atribuídas à COVID-19 em 2020, um número que espelha a taxa de mortalidade anual combinada de HIV/SIDA e malária.

Projecções futuras são ainda mais alarmantes. Um relatório O’Neil de 2016 estima que, até 2050, a RAM poderá reivindicar dez milhões de vidas anualmente, destronando potencialmente o cancro. No entanto, estas fatalidades não são distribuídas de maneira uniforme.

Na África Subsariana Ocidental, por exemplo, foram registados os maiores valores de mortes relacionadas com RAM no recente estudo do Lancet.

Embora agregar dados à escala nacional possa fazer a RAM aparecer como uma ameaça universal, é essencial reconhecer as vidas que constituem essas estatísticas.

Para combater verdadeiramente a RAM, os esforços globais devem priorizar os mais vulneráveis, considerando factores como habitação, género, estatuto social e acessibilidade aos cuidados de saúde.

Especialistas pedem um “cara-a-cara” com a resistência, através do reforço da infra-estrutura de saúde pública em vez do foco em soluções de curto prazo.

Educar o público e aceitar que já estamos na fase “pós-antibiótico” é fundamental e exige uma acção colectiva. Como a população global continua a residir em áreas urbanas, a importância da higiene em ambientes artificiais torna-se cada vez mais importante.

 Tomás Guimarães, ZAP //
16 Setembro, 2023


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218: Costa prometeu, mas não esclareceu. Afinal, o passe gratuito é só para estudantes

 

– Porra, pá! E para quando a gratuitidade dos passes para DESEMPREGADOS DE LONGA DURAÇÃO, já sem subsídios de desemprego ou de qualquer outro apoio social, estando à mercê dos familiares (quem os tiver)? PURA EXCLUSÃO SOCIAL que não beneficia quem TRABALHOU E DESCONTOU IMPOSTOS PARA O ESTADO DURANTE MAIS DE TRINTA ANOS! O sr. Feliz da imagem, está todo Contente por não ter de pagar passe social, por ter boas mordomias e não ter de viver no fio da navalha! Falácias atrás de falácias são os galhardetes desta governança e também do sr. Moedas da C.M.L. que apenas atribuiu passes gratuitos aos velhos e estudantes!

🇵🇹 GOVERNANÇA // PASSES GRATUITOS

Afinal, a gratuitidade do passe sub-23 a entrar em vigor a partir de Janeiro é apenas válida para estudantes. Costa tinha-se esquecido de esclarecer esse “pormaior”.

José Sena Goulão / Lusa

Na semana passada, quando, anunciou o pacote de medidas dirigidas ao jovens, António Costa disse que, a partir de Janeiro do próximo ano os passes de transporte sub-23 passarão a ser gratuitos para todas as crianças e jovens até aos 23 anos.

Mas, afinal, havia outra condição não tão óbvia. Os passes vão ser gratuitos para quem tem até 23 anos, é verdade… mas apenas para os estudantes.

Este ‘pormenor significativo’ foi noticiado, esta sexta-feira, pelo jornal Expresso.

“O que está previsto é a fusão dos actuais passes 4_18 e sub-23 e a sua gratuitidade a todos os estudantes até aos 23 anos”, esclareceu, ao semanário, o gabinete do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.

Os actuais “passes 4_18 e sub-23” abrangem os estudantes dos 4 aos 18 anos, no ensino regular; e, no ensino superior, os estudantes até aos 23 anos – com excepção dos cursos de Medicina e Arquitectura, que têm direito a mais um ano -, mas não são gratuitos.

O que fazem então? Este tipo de passe confere um desconto de 60% a quem beneficiava de Acção Social Escolar e 25% aos restantes estudantes.

A nova medida, prevista no Orçamento do Estado para 2024, vai manter, então, os critérios dos actuais descontos, que requerem uma matrícula numa escola ou instituição de Ensino Superior.

 Miguel Esteves, ZAP //
15 Setembro, 2023


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