227: Inaceitável: ministro lamenta pelos utentes que vão de madrugada para a porta do centro de saúde

 

🇵🇹 PORTUGAL // SNS // CENTROS DE SAÚDE

Este é “talvez o principal problema” do Serviço Nacional de Saúde, admitiu Manuel Pizarro: “Temos de resolver”.

Miguel A. Lopes / LUSA
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro

O ministro Manuel Pizarro considerou este sábado inaceitável haver utentes a irem de madrugada para a porta dos centros de saúde para conseguirem ser atendidos, notando que, actualmente, este é “talvez o principal problema” do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Eu, evidentemente, que não posso considerar que seja aceitável que as pessoas tenham de ir de madrugada para o centro de saúde para conseguirem ter uma consulta. Isso é algo que nós temos de resolver e vamos resolver paulatinamente”, disse Manuel Pizarro à agência Lusa.

Falando em Coimbra, no final de uma reunião de trabalho com diversas entidades representantes de pessoas com doença, iniciativa comemorativa do 44º aniversário do SNS, Manuel Pizarro frisou que o problema de ter utentes de madrugada à porta das unidades de cuidados de saúde primários “resulta de uma incapacidade de planeamento” que tem de “assumir”.

Não foram preparados os profissionais necessários para fazer uma transição geracional que nós tínhamos obrigação de perceber que iria acontecer nestes anos.

Os anos entre 2020 e 2024 são anos em que atingem a idade de reforma, os médicos especialistas de medicina geral e familiar dos grandes cursos médicos da década de 70 [do século XX]”, argumentou o titular da pasta da Saúde.

Para Manuel Pizzaro, neste momento, o problema “não se trata, já, da capacidade do SNS atrair os jovens profissionais” (…) mas sim que, até ao final do próximo ano, “muitos médicos irão atingir a idade da reforma”.

A esse propósito, o ministro lembrou que no concurso realizado em maio, mais de 90% dos médicos que tinham acabado a especialidade ficaram no SNS, um total de 314 clínicos de medicina geral e familiar.

“Eu estou convencido que o conjunto das medidas que tomámos [para] alargamento da formação dos especialistas em medicina geral e familiar – têm entrado mais de 500 em cada um dos últimos anos – agilização dos concursos por forma a que se fixem no SNS e generalização das USF [unidades de saúde familiar] modelo B, que é um modelo que também atrairá mais esses profissionais, não apenas pelo aspecto remuneratório, vão permitir resolver esse problema”, argumentou.

Não vale a pena esconder que, até ao final de 2024, vamos continuar a enfrentar muitas dificuldades”, avisou Manuel Pizarro.

Sobre a reunião de trabalho este sábado realizada no auditório do Hospital Pediátrico de Coimbra e que se estendeu por cerca de cinco horas, o ministro da Saúde manifestou a “profunda convicção de que a participação dos cidadãos e, desde logo, dos cidadãos que vivem com doença, no Serviço Nacional de Saúde, é um elemento absolutamente essencial”.

“São eles que nos permitem ter uma informação mais exacta, que vai para além da frieza dos números. Nós precisamos de números, mas quem descreve a humanidade que tem de estar subjacente ao SNS, são eles […] muitas vezes.

Não apenas com informação sobre a forma como as nossas medidas estão, de facto, a ser implementadas no terreno, como têm muitas sugestões e propostas a fazer para melhorar o SNS”, disse Manuel Pizarro.

ZAP // Lusa
16 Setembro, 2023


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220: Super-bactérias: o novo cancro no Apocalipse pós-antibiótico

 

⚕️ SAÚDE PÚBLICA // ANTIBIÓTICOS // SUPER-BACTÉRIAS 🦠

Pandemia silenciosa vai ultrapassar o cancro como principal causa de morte no mundo, segundo alguns especialistas. Décadas de uso de antibióticos abriram portas ao Apocalipse da resistência anti-microbiana.

Freepik

A principal causa de morte em todo o mundo pode deixar de ser o cancro para vir a ser assumida por uma pandemia silenciosa, conhecida entre os especialistas como resistência anti-microbiana (RAM), um fenómeno onde os micróbios evoluem para superar os medicamentos destinados a eliminá-los.

A ameaça das super-bactérias é cada vez mais palpável e os médicos estão cada vez mais reticentes no momento de prescrição de antibióticos, cuja era pode já ter-se evaporado, segundo o IAI.

Um estudo realizado por investigadores da Universidade de Hong Kong forneceu recentemente a primeira prova de como os vírus em ambientes artificiais influenciam as bactérias, conduzindo potencialmente à resistência aos antibióticos.

O estudo, publicado na revista Nature Communications, revelou que os vírus, incluindo os bacteriófagos que infectam especificamente as bactérias, transmitem genes que ajudam as bactérias a sobreviver em ambientes pobres em nutrientes e podem conferir resistência aos antibióticos.

Locais como corrimões, maçanetas e até a nossa própria pele são pontos de encontro para vírus e bactérias.

A escala da RAM é impressionante. Não se trata apenas de bactérias; vírus, parasitas e fungos estão todos envolvidos. Embora a RAM seja um acontecimento natural, oito décadas de uso generalizado de antibióticos aceleraram o processo.

A mistura de troca de genes microbianos e alguns factores humanos, como viagens e comércio, agrava ainda mais o seu alcance.

Aliás, as repercussões já são visíveis. Em 2019, segundo um estudo do The Lancet, infecções bacterianas resistentes resultaram em 1,27 milhões de mortes a nível global — cerca de metade das mortes atribuídas à COVID-19 em 2020, um número que espelha a taxa de mortalidade anual combinada de HIV/SIDA e malária.

Projecções futuras são ainda mais alarmantes. Um relatório O’Neil de 2016 estima que, até 2050, a RAM poderá reivindicar dez milhões de vidas anualmente, destronando potencialmente o cancro. No entanto, estas fatalidades não são distribuídas de maneira uniforme.

Na África Subsariana Ocidental, por exemplo, foram registados os maiores valores de mortes relacionadas com RAM no recente estudo do Lancet.

Embora agregar dados à escala nacional possa fazer a RAM aparecer como uma ameaça universal, é essencial reconhecer as vidas que constituem essas estatísticas.

Para combater verdadeiramente a RAM, os esforços globais devem priorizar os mais vulneráveis, considerando factores como habitação, género, estatuto social e acessibilidade aos cuidados de saúde.

Especialistas pedem um “cara-a-cara” com a resistência, através do reforço da infra-estrutura de saúde pública em vez do foco em soluções de curto prazo.

Educar o público e aceitar que já estamos na fase “pós-antibiótico” é fundamental e exige uma acção colectiva. Como a população global continua a residir em áreas urbanas, a importância da higiene em ambientes artificiais torna-se cada vez mais importante.

 Tomás Guimarães, ZAP //
16 Setembro, 2023


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118: Vacina promissora no combate contra o Alzheimer

 

SAÚDE PÚBLICA // ALZHEIMER // VACINA

Há uma nova vacina que é capaz de reduzir os níveis de moléculas presentes em células cerebrais associadas ao desenvolvimento do Alzheimer. 

kjpargeter / freepik

Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade Juntendo, no Japão, desenvolveram uma vacina promissora que tratou doenças cerebrais relacionadas com a idade em ratos.

A pesquisa preliminar – divulgada na Sessões Científicas 2023 da American Heart Association – sugere que esta nova vacina tem potencial na prevenção e controlo do Alzheimer.

O objectivo passa por eliminar células senescentes (células velhas e desreguladas) que expressam uma proteína específica chamada SAGP e estão ligadas ligadas à doença.

A SAGP é encontrada em altos níveis nas células gliais (presentes no sistema nervoso central que ajudam a isolar, apoiar e nutrir os neurónios) de pessoas com Alzheimer.

Os testes são promissores

A equipa de investigação criou um modelo de ‘rato com Alzheimer’ que imitou a doença nos cérebros dos animais.

Os ratos vacinados exibiram menos ansiedade e mostraram maior consciência do seu ambiente e um comportamento condizente com o de ratos saudáveis, sugerindo uma possível melhoria na doença, em relação ao grupo de controlo a quem a vacina não lhes foi administrada.

Além disso, foram reduzidos biomarcadores inflamatórios associados ao Alzheimer, como dá nota o ScienceBlog.

A vacina revelou-se capaz de reduzir significativamente os depósitos de amilóide na região do córtex cerebral – responsável pelo processamento da linguagem e resolução de problemas; o tamanho das células astrocytes – um tipo de célula glial responsável pela inflamação – diminuiu nos ratos que receberam a vacina, indicando uma melhoria na inflamação cerebral.

O estudo também revelou que a proteína SAGP estava localizada perto das células microgliais – células cerebrais especializadas envolvidas na defesa imunitária.

Os investigadores sublinharam que esse tipo de células, devido aos seus níveis elevados de proteína SAGP, são alvos cruciais no tratamento do Alzheimer.

Ao remover as microgliais activadas com a vacina, a inflamação cerebral pode ser controlada e os défices de comportamento causados pelo Alzheimer podem ser mitigados/revertidos.

A vacina mostrou resultados promissores em ratos. A equipa espera agora observar resultados semelhantes em humanos. Se for bem-sucedida, esta vacina pode ser um passo significativo para atrasar a progressão ou até mesmo prevenir o Alzheimer.

“Se a vacina for ser bem-sucedida em humanos, seria um grande passo para retardar a progressão da doença e até mesmo na sua prevenção”, afirmou Chieh-Lun Hsiao, autor principal do estudo.

ZAP //
31 Julho, 2023


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113: Estamos a falhar redondamente em algo tão básico como a regra dos Três Rs

 

– É tudo muito bonito quando as gentes ignoram, em primeira fase, o significado das palavras cidadania e civismo.
Na minha zona (Lisboa), já existiram prédios que tinham 3 contentores para o lixo; tampas verde, amarela e azul. Muitos já desapareceram por obra e graça não sei de quem.
Depois, os que ainda possuem esses contentores e que têm de os higienizar periodicamente senão começam a cheirar mal – porque a C.M.L. deixou de o fazer -, principalmente o de tampa verde (lixo doméstico), são atulhados com o lixo da vizinhança quando são colocados na rua para recolha.
Aqui, as gentes começaram a colocar o lixo – todo ele, sem separação -, em sacos de plástico, na beira dos passeios.
E nos finalmente, a recolha do lixo pela higiene urbana não cumpre o calendário semanal, falhando muitas vezes essa recolha.

🇵🇹 LIXO // 3RRR // REDUZIR, REUTILIZAR, RECICLAR

Recorda-se da regra dos Três Rs? Certamente, tê-la-á aprendido na escola ou, pelo menos, contactado com ela através de filhos, sobrinhos ou outros familiares mais novos. Apesar de ser simples, aparentemente, não a estamos a cumprir nada bem…

Desde há algum tempo que, às crianças, é incutida a necessidade de cumprir a regra dos Três Rs, por esta ordem de preferência – Reduzir, Reutilizar, Reciclar. Contudo, apesar de ser muito básica e, para muitos, quase inata, um estudo mostrou que não a estamos a usar, correctamente.

A investigadora Michaela Barnett da Universidade de Virgínia estudou o que os cidadãos entendem sobre a eficácia das diferentes estratégias de gestão de resíduos, quais delas utilizam e quais as que preferem.

Depois de tantos anos, não sabemos a regra dos Três Rs

Os resultados sugerem que os esforços para educar as pessoas sobre esta problemática transformaram a reciclagem na alternativa de preferência, sendo as opções mais sustentáveis desconsideradas.

Contudo, idealmente, a reciclagem deveria ser a última opção, estando a redução dos nossos consumos e o reaproveitamento de materiais no topo das prioridades.

Além de a maioria dos participantes ter preferido a reciclagem, não a concretizou bem – apesar de achar que sim.

Para a investigação, foi pedido que separassem os resíduos em caixotes virtuais de reciclagem, orgânicos e lixo comum. De forma incorrecta, muitos separaram lixo comum, incluindo chávenas de café descartáveis (46%) e lâmpadas (26%).

O mesmo estudo perguntou qual a forma mais eficaz de reduzir os resíduos depositados em aterros ou de resolver os problemas ambientais associados a eles: a maioria respondeu com a reciclagem e com outras estratégias de pós-produção.

Basicamente, segundo as conclusões do estudo, apesar de a Organização das Nações Unidas tentar incutir, desde muito cedo, a hierarquia dos Três Rs, os cidadãos dão preferência à reciclagem, esquecendo a fonte, especificamente, a Redução e a Reutilização dos resíduos. Aliás, 78% dos participantes inquiridos não souberam ordenar as estratégias correctamente.

Estes resultados são preocupantes, porque, embora a reciclagem possa de facto conduzir-nos até um futuro mais sustentável, reduzir é melhor do que reutilizar, e reutilizar é, por sua vez, melhor do que reciclar.

Pplware
Autor: Ana Sofia Neto
29 Jul 2023

– O embrulho maior de lixo, foi atirado de um segundo andar directamente para a rua. Por sorte não caiu na minha cabeça…

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107: Tortilha à venda em Portugal pode estar ligada a casos de botulismo em Espanha

 

– Que tipo de confiança podemos ter nos produtos que adquirimos no mercado?

⚕️SAÚDE PÚBLICA // TORTILHA DE BATATA // BOTULISMO

Até ao momento não existem, em Portugal, casos de botulismo associados ao consumo dos produtos suspeitos.

A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) alertou os consumidores para não comerem tortilha de batata fresca pré-embalada, após as autoridades espanholas identificarem cinco casos de botulismo “presumivelmente relacionados” com este consumo.

Não existem, até ao momento, em Portugal, casos de botulismo associados ao consumo dos produtos suspeitos.

Na quinta-feira, as autoridades espanholas anunciaram que foram confirmados cinco casos de botulismo, mais dois classificados como prováveis, “presumivelmente relacionados” com o consumo de tortilha fresca pré-embalada de várias marcas, lê-se numa nota da DGAV.

A Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição esclareceu que em quatro dos casos foi identificado o mesmo fabricante.

Um grupo espanhol decidiu, por precaução, retirar, de forma voluntária, estes produtos do mercado, suspender a sua produção e avisar os consumidores para não consumirem os produtos suspeitos e os devolverem ao local onde foram comprados.

Segundo as últimas informações disponíveis, em Portugal, o produto em causa foi distribuído para três operadores económicos.

Em causa estão as marcas Chef Select (distribuída pelo Lidl), Dia (Minipreço) e Auchan.

“Apesar de os operadores económicos já estarem a proceder à retirada voluntária do produto do mercado, alerta-se os consumidores, por precaução, para não consumirem os produtos em causa e os devolverem aos locais onde os adquiram”, vincou.

A DGAV disse ainda que, caso o consumidor destes produtos apresente sintomas como astenia acentuada (fadiga, perda ou diminuição da forma física), fraqueza e tonturas, visão turva e dificuldade a engolir e falar deve dirigir-se ao respectivo centro de saúde ou contactar a linha Saúde 24.

A DGAV é um serviço central da administração directa do Estado, com autonomia administrativa.

DN/Lusa
24 Julho 2023 — 17:37

BOTULISMO

O que é?

O botulismo é uma doença rara mas grave e potencialmente mortal, causada pela bactéria Clostridium botulinum. Este micróbio produz esporos que libertam substâncias tóxicas – a toxina botulínica – para o nosso sistema nervoso, provocando um quadro de paralisia dos músculos, com insuficiência respiratória e eventualmente morte.

Esta toxina é considerada a mais letal produzida por uma bactéria e talvez a mais mortal de todos os venenos. Classifica-se como um agente biológico, de potencial bioterrorismo.

Transmissão

A bactéria existe no solo e em meios aquáticos, resistindo a temperaturas elevadas (superior a 100ºC). O tipo de botulismo mais frequente é o alimentar, causado por ingestão de alimentos contaminados com a toxina, sobretudo conservas de fabrico caseiro e produtos de fumeiro (como, por exemplo, alheira, presunto, salsichas).

O botulismo infantil, um tipo de botulismo ainda mais raro, ocorre nos primeiros dois anos de vida em bebés que ingerem alimentos contaminados, germinando os esporos no intestino e libertando a toxina. O alimento que mais se associa a esta intoxicação é o mel.

Sintomas

Os sintomas têm início 18 a 36 horas após a ingestão de alimentos contaminados e os sintomas gastrointestinais, como náuseas, vómitos, diarreia ou dor no abdómen são os primeiros a aparecer.

Posteriormente, os doentes apresentam sintomas neurológicos como dificuldade em engolir, em falar, visão a dobrar, rouquidão, com progressão de paralisia para os músculos respiratórios, braços e pernas, conduzindo a insuficiência respiratória e eventual morte.

No botulismo infantil os bebés apresentam-se moles, com reflexos fracos de sucção e deglutição, choro débil e mau controlo da cabeça.

Tratamento

O tratamento com soro anti-toxina botulínica é o único eficaz, capaz de reverter o quadro. Dada a gravidade da doença, os doentes devem ser internados em unidades de cuidados intensivos, necessitando quase sempre de apoio ventilatório para respirarem e outros tratamentos de suporte.

Prevenção

A prevenção do botulismo passa pela preparação e conservação apropriada dos alimentos.

Na prevenção do botulismo infantil, não deve ser oferecido mel a crianças antes dos 2 anos de vida, prática errada mas divulgada, pelas supostas propriedades calmantes do mel.

Cuf Saúde


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106: Médicos de família e farmacêuticos voltam esta segunda-feira à greve

 

– Independentemente das razões que levam estes profissionais a fazerem greves, uma situação há que ter em atenção: e os pacientes que dependem desta gente? Arrumam-se na prateleira? Entregues ao deus dará? Escolham outra profissão que não coloque em perigo a vida das pessoas! O Hipócrates deve andar à volta na tumba!

GREVES // ⚕️MÉDICOS // ⚕️FARMACÊUTICOS

Protesto dos farmacêuticos inclui duas paralisações em 5 e 12 de Setembro por distritos. Médicos de família iniciam greve de um mês.

Os médicos de família e os farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) iniciam esta segunda-feira novas greves para exigir ao Ministério da Saúde avanços nas negociações sobre a valorização das carreiras e das grelhas salariais.

Convocado pelo Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF), o protesto destes profissionais de saúde arranca esta segunda-feira com uma greve nacional e inclui duas paralisações em 05 e 12 de Setembro por distritos, que culminarão com uma nova greve em todo o país marcada para 19 desse mês.

O sindicato, que lamenta que o Ministério da Saúde “continue em silêncio e sem manifestar qualquer intenção de iniciar um processo negocial sério”, convocou para as 10:30 desta segunda-feira uma concentração de farmacêuticos junto ao Palácio de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro.

Entre as reivindicações do SNF consta a actualização das grelhas salariais, a contagem integral do tempo de serviço para a promoção e progressão na carreira, a adequação do número de farmacêuticos às necessidades do serviço público e o reconhecimento por parte do Ministério da Saúde do título de especialista.

Também esta segunda-feira tem início a greve de um mês ao trabalho extraordinário dos médicos de família, convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos, que admite que esse protesto vai afectar dezenas de milhares de consultas nos centros de saúde.

Esta paralisação insere-se num conjunto de greves que o SIM anunciou recentemente para protestar contra a ausência de propostas concretas do Governo nas negociações sobre as grelhas salariais e a valorização da carreira que decorrem desde 2022 sem acordo.

Além desta paralisação às horas extraordinárias, o sindicato marcou uma outra greve dos médicos de âmbito nacional, que vai decorrer entre terça e quinta-feira.

DN/Lusa
24 Julho 2023 — 07:52


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80: Calor provoca 61.672 mortes na Europa e mais de 2 mil em Portugal

 

🇵🇹 PORTUGAL // ☀️ CALOR // ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Por toda a Europa foram registados altos números de mortes causadas pelas elevadas temperaturas durante o verão de 2022. De acordo com os dados agora conhecidos as faixas etárias mais velhas foram as com piores índices, principalmente as pessoas com 80 ou mais anos.

O verão de 2022 bateu recordes de temperatura em toda a Europa.
© João Manuel Ribeiro/Global Imagens

O verão de 2022 foi marcado pelo calor intenso que se fez sentir por todo o continente europeu, que acabou por ajudar a provocar inúmeros incêndios florestais e a seca extrema em diversas regiões.

Além dos hectares ardidos durante o ano – Portugal foi o segundo país da Europa mais afectado, com, por exemplo, 153 fogos a queimarem uma área de 949 km2 – também as mortes alcançaram números alarmantes.

De acordo com um estudo divulgado ontem pela revista científica Nature Medicine, ocorreram cerca de 61.672 mortes relacionadas com o calor na Europa, entre 30 de Maio e 4 de Setembro de 2022.

Este número foi semelhante apenas ao recorde de excesso de mortalidade de Junho, Julho, Agosto e Setembro de 2003, que chegou a atingir as 71.449 mortes por motivos directamente relacionados com o calor.

Das 61.672 mortes atribuídas ao pico de calor, uma grande parte está concentrada nos países mais próximos do Mar Mediterrâneo. Neste caso, em Itália terão ocorrido 18.010 mortes, em Espanha 11.324 e na Alemanha 8.73 – equivalente a mais de metade de todos os óbitos.

Em Portugal, o número de mortes causada pelas altas temperaturas atingiu mais de 2.000 pessoas, especialmente idosos com idade superior aos 80 anos.

Quanto à taxa de mortalidade, Itália ocupa o topo da lista com 295 mortes por milhão, seguindo-se a Grécia com 280, Espanha com 237, e Portugal, em quarto lugar, com 211 mortes por milhão.

De acordo com os resultados do trabalho da Nature Medicine, houve um grande aumento da mortalidade sobretudo durante os meses de Junho e Agosto de 2022, quando se registaram as temperaturas mais altas.

Tendo em conta a população, a análise estima que a mortalidade devido ao calor afectou mais as mulheres que os homens (mais 56%). Assim sendo, globalmente, cerca de 114 mortes por milhão foram relacionadas com o calor, sendo 145 mulheres e 93 mortes masculinas por milhão.

Já em termos de idade, as pessoas mais idosas são as mais afectadas. Logo, a taxa de mortalidade também aumentou tendo em conta a idade, com 16 , 160 e 1.684 mortes por milhão nos grupos etários 0-64, 65-79 e 80+ anos, respectivamente

O estudo, que teve como base dados de mortalidade do Eurostat, envolveu cientistas do Instituto Nacional de Saúde e Investigação Médica (Inserm) de França e do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) que analisaram dados de temperatura e mortalidade para o período 2015-2022.

Os responsáveis contabilizaram mortes de 823 regiões em 35 países europeus, representando um total de população de 543 milhões de pessoas.

Nesse contexto, construíram ainda modelos epidemiológicos para prever a mortalidade para todas regiões durante todas as semanas do verão de 2022.

Face as consequências das alterações climáticas, os autores deste estudo frisam que os resultados divulgados ontem devem consciencializar as autoridades da União Europeia a aumentar “urgentemente a ambição e a eficácia dos planos de prevenção e adaptação ao calor”.

Isto porque o aquecimento “não vai abrandar”, antes pelo contrário, “as previsões alertam para o seu aumento”.

“É um número muito alto de mortes. Conhecíamos os efeitos do calor na mortalidade com o precedente de 2003, mas com esta análise vemos que ainda há muito trabalho a fazer para proteger as populações”, disse à agência France Presse o investigador do Inserm e co-autor do estudo Hicham Achebak.

De acordo com as estimativas dos cientistas, sem uma resposta efectiva o continente europeu vai enfrentar uma média de mais de 68.000 mortes todos os Verões até 2030 e mais de 94.000 até 2040.

Com Lusa

DN
Inês Dias
11 Julho 2023 — 00:50



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71: 3 de Julho foi o dia mais quente alguma vez registado na história do planeta

 

🌎ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS // TEMPERATURAS ELEVADAS 🍂🔥

Não é segredo que o planeta está a aquecer a um ritmo elevado e que cada vez mais as mudanças climáticas são visíveis. Um novo marco aconteceu na passada segunda-feira. O dia 3 de Julho foi o dia mais quente alguma vez registado na história do planeta.

O dia mais quente de sempre no planeta

Este novo momento é histórico, mas não pela positiva. A informação surgiu dos dados partilhados pelo Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos EUA e mostra que um novo valor máximo no que toca à temperatura do planeta foi atingido.

O dia 3 de Julho foi o mais quente a nível mundial e isso acontece depois de um mês de Junho extremamente quente, que também se fez sentir em Portugal.

Pela primeira vez em Junho, a temperatura global do ar à superfície excedeu os níveis pré-industriais em mais de 1,5 graus Celsius, segundo o serviço Copérnico.

Nesse dia a temperatura média global atingiu os 17,01 graus Celsius, superando o recorde de Agosto de 2016 de 16,92 °C. Este valor foi atingido de forma global, sustentado pelas muitas ondas de calor que estão a afectar vários locais em todo o planeta.

Foi batido o recorde de temperatura

A título de exemplo, o sul dos EUA tem estado sob uma intensa onda de calor nas últimas semanas. Também na China, uma onda de calor duradoura continuou, com temperaturas acima de 35 °C.

O norte da África não é diferente e registou temperaturas próximas a 50 °C. A Antárctica, actualmente no seu inverno, registou temperaturas anormalmente altas.

Este é um momento importante e que não deverá ser comemorado, segundo os especialistas. Esta mudança e os valores máximos de temperatura são uma sentença de morte para pessoas e ecossistemas. Os cientistas revelaram que culpa é das mudanças climáticas, combinadas com um padrão emergente de El Niño.

Infelizmente este promete ser apenas o primeiro de uma série de novos recordes que vão ser estabelecidos este ano. As emissões crescentes de dióxido de carbono e de gases de efeito estufa, juntamente com um crescente evento El Niño, vão levar as temperaturas a novos recordes.

Pplware
Autor: Pedro Simões
05 Jul 2023


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61: A insulina do futuro pode crescer em alfaces

 

SAÚDE PÚBLICA // DIABETES // INSULINA

Investigadores da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, fizeram uma descoberta que poderá revolucionar o tratamento da diabetes.

Mae Mu / Unsplash

Os cientistas conseguiram produzir insulina em alfaces, eliminando a necessidade de injecções dolorosas e oferecendo esperança de cuidados de diabetes acessíveis e económicos em todo o mundo.

Para pessoas com diabetes tipo 1, que produzem pouca ou nenhuma insulina naturalmente, e para os indivíduos com diabetes tipo 2, que necessitam de injecções de insulina, o actual processo de fabrico de insulina sintética utilizando células de bactérias ou de levedura é complexo e dispendioso.

Além disso, o armazenamento e o transporte de insulina sintética requerem baixas temperaturas, algo que também pode ser desafiante.

Para ultrapassar estes obstáculos, os investigadores utilizaram uma técnica que utiliza um dispositivo conhecido como “pistola de genes” para inserir genes de insulina humana em células de alface.

Apesar das paredes celulares resistentes da alface, os genes integraram-se no genoma da planta, permitindo que produzissem insulina utilizando genes humanos.

A alface colhida foi liofilizada, pulverizada num pó e transformada num comprimido que pode ser armazenado e transportado à temperatura ambiente.

Em ensaios experimentais com ratos diabéticos, a insulina à base de plantas regulou eficazmente os seus níveis de açúcar no sangue em 15 minutos, sem induzir hipoglicemia, uma condição causada por uma queda rápida dos níveis de açúcar no sangue.

Ao contrário da insulina sintética actual, que carece de um dos três péptidos presentes na insulina natural, a insulina à base de plantas desenvolvida pela equipa da Universidade da Pensilvânia contém o péptido C em falta.

Este facto torna-a um substituto mais viável da insulina natural e, potencialmente, proporciona resultados de tratamento superiores.

Os resultados do estudo foram recentemente publicados na revista científica Biomaterials.

O próximo passo crucial dos investigadores é a realização de ensaios clínicos em cães e, eventualmente, em seres humanos.

Se for bem sucedido, este desenvolvimento poderá transformar a vida de mais de 500 milhões de pessoas que vivem com diabetes em todo o mundo.

Henry Daniell, o investigador principal, sublinha a importância da acessibilidade dos preços e do acesso global aos cuidados de saúde, baseando-se na sua própria experiência de crescimento num país em desenvolvimento.

Ao tornar a insulina mais acessível e melhorar a sua eficácia, Daniell acredita que a sua insulina à base de plantas oferece uma opção de tratamento superior a um custo mais baixo.

ZAP //
22 Junho, 2023


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58: Clima. Mais de 16.000 morreram em 2022, ano em que a Europa aqueceu mais 2,3°C

 

🌎 ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS // 🌡️ AQUECIMENTO

Relatório “Estado do Clima” na Europa 2022 indica que o continente europeu tem aquecido duas vezes mais do que a média global desde a década de 1980, com forte impacto no tecido socioeconómico e nos ecossistemas da região.

© NICOLAS ASFOURI/AFP

Mais de 16 mil europeus morreram na sequência das alterações climáticas em 2022, ano em que a Europa aqueceu mais 2,3 graus em relação ao período pré-industrial (1850-1900), anunciaram esta segunda-feira a ONU e o programa da União Europeia Copernicus.

De acordo com o relatório “Estado do Clima” na Europa 2022, o continente europeu tem aquecido duas vezes mais do que a média global desde a década de 1980, com forte impacto no tecido socioeconómico e nos ecossistemas da região.

Os riscos meteorológicos, hidrológicos e climáticos no ano passado afectaram directamente 156.000 pessoas e provocaram 16.365 mortes, segundo o Banco de Dados de Situações de Emergência (EM-DAT).

Os mais de 16.000 óbitos ocorreram sobretudo devido às ondas de calor.

No entanto, cerca de 67% dos eventos foram inundações e tempestades, representando a maior parte dos prejuízos económicos totais de quase dois mil milhões de dólares (1,83 mil milhões de euros ao câmbio actual).

“A carga térmica recorde que os europeus vivenciaram em 2022 foi um dos principais impulsionadores do excesso de mortes relacionadas com o clima na Europa. Infelizmente, isso não pode ser considerado um caso pontual ou uma surpresa”, considerou o director do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus (C3S), Carlo Buontempo.

“A nossa percepção do sistema actual climático e a sua evolução diz-nos que este tipo de eventos fazem parte de um padrão que tornará os pontos de carga térmica mais frequentes e intensos em toda a região”, acrescentou.

O relatório agora divulgado coincide com a sexta edição da conferência de adaptação climática da Europa, ECCA 2023, que decorre entre hoje e quarta-feira, em Dublin, na Irlanda.

“Em 2022, muitos países do oeste e sudoeste da Europa registaram o seu ano mais quente de sempre. O verão foi o mais quente já registado”

Desde 1980, as catástrofes provocadas pelas alterações climáticas provocaram a morte de 195.000 pessoas, segundo a Agência Europeia do Ambiente (EEA).

“Em 2022, muitos países do oeste e sudoeste da Europa registaram o seu ano mais quente de sempre. O verão foi o mais quente já registado”, disse o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas.

Citado em comunicado, Taalas sustentou que as temperaturas altas agravaram as condições de seca severa e generalizada, estimularam os incêndios florestais violentos — que resultaram na segunda maior área ardida já registada — e causaram milhares de mortes devido ao excesso de calor.

Vários países, incluindo Portugal, Bélgica, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Espanha e Suíça e Reino Unido tiveram o seu ano mais quente já registado.

A temperatura média anual do último ano ficou entre a segunda e a quarta mais alta já registada, com uma anomalia de cerca de 0,79 graus acima do normal de 1991-2020.

A precipitação esteve abaixo da média em grande parte da região em 2022 e as taxas de aquecimento da superfície oceânica, particularmente no oriente do mar Mediterrâneo, nos mares Báltico e Negro e no sul do Árctico foram de três vezes mais a média global.

DN/Lusa
19 Junho 2023 — 13:19


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