– Hoje, ao abrir um online tuga, deparei-me com a notícia e imagem (infra) que me deixou bastante mal disposto. Continha essa imagem 3 políticos, um de esquerda (que não é de esquerda) e dois de direita. O de esquerda (que não é de esquerda), é “macio” demais para o cargo de PR; os outros dois, o do meio, anda a fazer o percurso do político que está actualmente em Belém; o outro da direita deveria ter vergonha de ser candidato a PR depois do que fez a Portugal e aos Portugueses enquanto foi PM. Em minha opinião e a candidatar-se, a única pessoa com integridade e competência para Presidente da República Portuguesa será o Almirante Gouveia e Melo.
O Almirante Henrique Eduardo Passaláqua de Gouveia e Melo nasceu em Quelimane, Moçambique, a 21 Novembro 1960. Ingressou na Escola Naval em 7 Setembro 1979 como Cadete do curso “Carvalho Araújo” e, em 19 Setembro de 1983, foi promovido a Aspirante.
Integrou a Esquadrilha de Submarinos em Setembro de 1985 e, até 1992, navegou nos Submarinos Albacora, Barracuda e Delfim, exercendo diversas funções operacionais como oficial de guarnição. Desempenhou o cargo de Imediato nos submarinos Albacora e Barracuda.
No mar, exerceu o Comando dos Submarinos Delfim e Barracuda e da fragata NRP Vasco da Gama. Por falecimento do Comandante do Submarino NRP Tridente, foi o responsável embarcado pelas provas, testes e operações do período de garantia de um ano após a recepção do navio em Portugal.
Ao longo da sua carreira frequentou vários cursos, salientado, a especialização em Comunicações e Guerra Electrónica, o “International Diesel Electric Submarine Tracking Course” em Norfolk, Estados Unidos, Curso Geral Naval de Guerra, pós-graduação em “Information Warfare” na Universidade Independente, o Curso Complementar Naval de Guerra e o Curso de Promoção a Oficial General no Instituto de Estudos Superiores Militares.
Entre 1998 e 2002 liderou do Serviço de Treino e Avaliação da Esquadrilha de Submarinos e o Estado-Maior da Autoridade Nacional para o Controlo de Operações de Submarinos (SUBOPAUTH), assumindo mais tarde comando daquela esquadrilha.
Exerceu as funções de Chefe do Serviço de Informação e Relações Públicas do Gabinete do Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, 2º comandante da Flotilha de Navios, Director de Faróis, Director do Instituto de Socorros a Náufragos, Chefe de Gabinete do Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada e 2º Comandante Naval.
De 12 de Janeiro de 2017 a 14 de Janeiro de 2020 exerceu as funções de Comandante Naval, e durante dois anos deste mesmo período, de 19 de Setembro de 2017 a 19 de Setembro de 2019, exerceu funções de Comandante da EUROMARFOR.
No dia 17 de Janeiro de 2020 tomou posse como Adjunto para o Planeamento e Coordenação do Estado-Maior General das Forças Armadas. Cargo que exerceu até tomar posse como Chefe do Estado-Maior da Armada. Durante o desempenho deste cargo foi ainda nomeado, no dia 3 de Fevereiro de 2021, coordenador da Task Force para a Vacinação contra a Covid-19.
Tomou posse como Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional no dia 27 de Dezembro de 2021, data em que foi promovido a almirante.
No percurso da sua carreira, o Almirante Gouveia e Melo foi distinguido com diversas condecorações, salientando, a Ordem Militar de Avis – Grau Comendador, oito Medalhas Militares de Serviços Distintos, três de ouro e cinco de prata, Medalha Militar de Mérito Militar de 1ª, 2ª e 3ª Classe, Medalha da Defesa Nacional de 1ª Classe, Medalha Militar de Cruz Naval de 3ª Classe, Medalha Militar de Comportamento Exemplar – ouro, Medalha comemorativa da operação “Sharp Guard” âmbito Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e mais recentemente, a Ordem de Mérito Marítimo, por parte da Marinha Francesa e a Medalha da Ordem do Mérito Naval – Grau Grande Oficial, por parte da Marinha do Brasil.
25.09.2023
Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator
published in: 22 horas ago
– “… (Santana Lopes, candidato a Belém:) Pedro Passos Coelho. “É uma pessoa com muita obra feita, muito trabalho feito, muito respeitado e, portanto, se fosse candidato, provavelmente alguns de nós sentir-se-iam bem representados por uma candidatura dele“.
A obra da destruição de um país? A obra de mandar emigrar jovens? A obra de fazer falir milhares de empresas? A obra de colocar milhares de famílias no desemprego e na miséria? A obra de ser um servil e obediente da troika e do Merkelreich? Por favor! Tirem-me desta estória…!!!
🏃 CORRIDA A BELÉM // 🇵🇹 PRESIDENCIAIS 2026
As eleições presidenciais de 2026 aquecem a vida política nacional e prometem ser renhidas. Nesta altura, há vários pré-candidatos anunciados, mas nenhuma escolha consensual – e há um velho nome de quem se espera uma palavra.
“Como alguém dizia ontem no Twitter, eu agitei águas há uma semana, porque disse algo do mesmo tipo na SIC, e uma semana depois, uns dias depois, veio esse anúncio do comentador Luís Marques Mendes”, salienta o antigo primeiro-ministro em declarações à Rádio Renascença.
E já em modo de campanha presidencial, Santana Lopes fala ao ataque, frisando que uma candidatura de Marques Mendes “era algo já esperado” devido às “tentativas dominicais de uma receita que já se conhece: sugerir livros, enviar saudações para todo o país e para todo o mundo, com todo o respeito, mesmo para os vencedores do torneio da petanca, lá numa terra mais recôndita do país”.
“Já todos sabíamos que ele tinha esse propósito, essa intenção, agora foi também provocado um pouco pelo facto de eu o ter dito”, salienta ainda Santana Lopes, notando que Marques Mendes “teve de acelerar o passo”.
O antigo líder do PSD acredita que Paulo Portas também será candidato a Belém para suceder a Marcelo Rebelo de Sousa, mas já não acredita numa candidatura de Durão Barroso.
À espera de Passos Coelho
Certo é que Santana Lopes admite concorrer contra Marques Mendes e Paulo Portas. E só um nome o levará a recuar dessa intenção: Pedro Passos Coelho.
“É uma pessoa com muita obra feita, muito trabalho feito, muito respeitado e, portanto, se fosse candidato, provavelmente alguns de nós sentir-se-iam bem representados por uma candidatura dele”, assume Santana Lopes na Renascença sobre Passos Coelho que surgiu, numa sondagem realizada neste ano, como o candidato preferido na corrida a Belém.
Passos Coelho continua afastado da política, mas em Março passado, admitiu um eventual regresso. Um regresso que é muito esperado no PSD, onde se vê Passos Coelho como um D. Sebastião para o partido.
Mas após as sucessivas recusas em voltar à vida política do PSD, há muito quem acredite que Passos Coelho será o candidato do partido a Belém nas próximas eleições.
O próprio Marcelo Rebelo de Sousa já disse que Portugal ainda “deve esperar muito do contributo de Passos Coelho“. Quem sabe se não foi a forma de o Presidente da República lançar o nome do seu preferido à sucessão…
“Como escolher entre tuberculose e lepra”
Enquanto isso, André Ventura dá sinais de que vai concorrer também nas presidenciais de 2026 como o candidato do Chega. Até porque considera que os nomes de Marques Mendes e de Augusto Santos Silva, o candidato pré-anunciado do PS, não são boas escolhas para a Presidência da República.
No Twitter, rede social agora designada por X, há quem concorde com Ventura, notando que entre Marques Mendes e Santos Silva será como “escolher entre tuberculose e lepra”.
Há dias anunciava-se que o PS equaciona o nome de Mário Centeno como alternativa. Mas também há o de António Guterres que vem sendo citado, nos últimos anos, como um hipotético candidato a Belém.
E há ainda António Costa. Há muito que se especula sobre a sua saída da liderança do PS – e o seu coração pode estar a balançar entre um alto cargo na estrutura da União Europeia e a Presidência da República.
Certo é que, perante o cenário actual, Costa pode vir a ser o “peso-pesado” do PS na corrida a Belém – mas tudo depende da vontade do primeiro-ministro.
Uma corrida a duas voltas
Além destes nomes, é preciso ponderar ainda o do almirante Henrique Gouveia e Melo que se destacou no combate à covid-19 e que tem surgido como opção forte nas sondagens.
O que parece evidente, nesta altura, é que “o fantasma de um candidato único de esquerda que vence na primeira volta” não vai concretizar-se, segundo vaticina Santana Lopes na Renascença.
“Alguns candidatos [de centro-direita] terão capacidade de conquistar votos à esquerda, e, portanto, impedir mesmo que só haja um candidato de esquerda que tenha a maioria à primeira volta”, salienta o potencial candidato antecipando uma corrida renhida a Belém em 2026, e seguramente a duas voltas.
– O Povo está farto de leprosos e tuberculosos da política! O único nome credível para a Presidência da República Portuguesa é o do Almirante Gouveia e Melo!
Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator
published in: 4 semanas ago
– Tenho um familiar com 57 anos, desempregado há mais de sete anos por força de despedimento colectivo, terminado o subsídio de desemprego, o subsídio subsequente, encontra-se sem qualquer tipo de apoio social. Inclusive, nem o actual presidente da C.M.L., Carlos Moedas, se dignou inserir nos passes gratuitos dos transportes colectivos os desempregados! O que faz uma pessoa nestas condições? Vira sem-abrigo? Passa a dormir num vão de escada, debaixo da ponte? Onde vai alimentar-se? Como vai passar a cuidar da sua saúde já que é diabética tipo 1? É assim que se trata um ser humano que durante 38 anos trabalhou, pagou impostos ao Estado, descontou para a SS? Gostava de ver estes doutores engravatados nesta situação para saberem – e sentirem – o que é tentar (sobre)viver nestas condições desumanas!
SEGURANÇA SOCIAL // DESEMPREGADOS // APOIOS SOCIAIS
O número desempregados à procura de trabalho através do IEFP totalizou os 285.855 em Maio, mas apenas 168.475 beneficiários recebem as prestações de desemprego.
Havia em Maio 117 mil desempregados sem receber subsídio de desemprego, correspondendo a 41% dos inscritos nos Centros de Emprego e Formação Profissional (IEFP), de acordo com o cruzamento de dados divulgados pela Segurança Social nesta terça-feira.
O número de pessoas à procura de trabalho através do IEFP totalizou as 285.855 em Maio, havendo apenas 168.475 beneficiários das prestações de desemprego.
Os registados nos centros de emprego diminuíram tanto em relação a Abril (-9.567 pessoas, ou -3,2%) como na comparação com maio de 2022 (-10.539 pessoas, ou -3,6%).
Verificou-se igual movimento de queda no número de beneficiários das prestações de desemprego, tendo regredido 4% face a Abril e 15,4% em relação a maio do ano passado.
Já o valor médio do subsídio pago no último mês subiu para 575,31 euros, o que representa um ligeiro acréscimo de 0,5% num mês, mas um aumento de 6,5% num ano.
De acordo com o IEFP, havia 16.943 ofertas de emprego por satisfazer, no final de Maio, menos 4.948 face a um ano antes, mas mais 1.475 em relação a Abril.
A nível regional, só o Alentejo (+2,8%) e o Centro (+1%) viram o número de desempregado aumentar num ano.
– O que eu percebi – e bem – é que o presidente da República Portuguesa na sua alocução ao País, sagrou-se o novo chefe da oposição PPD e afins, com sintomatologia policial de investigação. Quem decide e escolhe sobre os governantes é o governo, não é o pR. Se algo está mal, é o governo que tem de emendar. É notório que, durante os governos cavaquistas, passistas e outros laranjas que tais, não existiu tanto pau de marmeleiro nas costas deles! O saudosismo é lixado para não entrar em conversa de taberna cavernácula! Ande lá pelas viagens pelo Mundo, que nós pagamos essas mudanças de ares! Ah! E não se esqueça das selfie’s…
🇵🇹 UMA QUESTÃO DE PERCEPÇÃO… !
Marcelo Rebelo de Sousa considera que abordou “tudo aquilo que quis abordar” e que os portugueses perceberam a sua mensagem.
O Presidente da República considerou este sábado que os portugueses compreenderam a sua declaração sobre a crise política, recusando-se a fazer reinterpretações, e sublinhou que esta é a fase de ser “o último fusível de segurança” política do sistema.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas na Embaixada de Portugal, em Londres, cidade à qual se deslocou para a coroação do rei Carlos III de Inglaterra.
“Aquilo que tinha a dizer, disse. Está dito. Não tenciono estar a pronunciar-me sobre essa matéria nem hoje, nem nos próximos dias, nem nas próximas semanas. Os portugueses ouviram e, naturalmente, ouviram atentamente e perceberam”, afirmou.
O chefe de Estado português justificou a decisão “não apenas por estar no estrangeiro”, mas por considerar que “o papel de um presidente não é estar a interpretar-se a si próprio”.
“Faço um grande esforço para ser muito claro, mesmo em matérias que são complicadas”, salientou, assinalando que abordou “tudo aquilo que quis abordar”.
Marcelo Rebelo de Sousa recordou que teve “uma fase” de vida durante a qual foi comentador, mas argumentou que este não é o momento para o ser: “Esta é a fase de ser responsável político. Como disse, o último fusível de segurança político do sistema”, destacou.
“Não vou estar a fazer releituras daquilo que disse, reinterpretações, esclarecimentos, elucidações. Os portugueses ouviram, entenderam, perceberam, têm a sua opinião sobre isso, certamente”, afirmou.
Na quinta-feira, na sua comunicação, o Presidente da República prometeu que estará “ainda mais atento e mais interveniente no dia a dia” para prevenir factores de conflito que deteriorem as instituições e “evitar o recurso a poderes de exercício excepcional”.
O chefe de Estado qualificou a sua discordância em relação à decisão do primeiro-ministro de manter João Galamba como ministro das Infra-estruturas como uma “divergência de fundo” e considerou que essa decisão de António Costa tem custos “na credibilidade, na confiabilidade, na autoridade do ministro, do Governo e do Estado”.
“O que sucedeu terá outros efeitos no futuro. Terei de estar ainda mais atento à questão da responsabilidade política e administrativa dos que mandam, porque até agora eu julgava que sobre essa matéria existia, com mais ou menos distância temporal, acordo no essencial. Viu-se que não, que há uma diferença de fundo”, considerou.
“Assim, para prevenir o aparecimento e o avolumar de factores imparáveis e indesejáveis de conflito, terei de estar ainda mais atento e mais interveniente no dia a dia, para evitar o recurso a poderes de exercício excepcional que a Constituição me confere e dos quais não posso abdicar”, prosseguiu.
– “… Marcelo decidiu então falar esta quinta-feira, antes de iniciar uma agenda política exaustiva no exterior: a partir desta sexta-feira estará em Londres, para a coroação de Carlos III, até sábado (6); depois segue para Yuste, Espanha, entre 8 e 9 de Maio; e Estrasburgo entre 9 e 10 de Maio.”
Não é tão cool andar a passear pelo Mundo à pala dos contribuintes?
🇵🇹 COMUNICAÇÃO AO PAÍS
Presidente manteve solução governativa, mas deixou claro que Costa deveria ter deixado cair Galamba e avisou que a partir de agora terá “de estar ainda mais atento à questão da responsabilidade política e administrativa dos que mandam”.
Esta imagem não corresponde à que foi dada na televisão.
“Continuo a preferir a estabilidade institucional. Portugueses dispensam sobressaltos”, resumiu Marcelo Rebelo de Sousa esta noite na comunicação ao país, depois
O presidente da República começou por avisar que deixaria “duas palavras, uma sobre passado outra sobre o futuro”.
E deixou vários recados fortes ao Governo, explicando porque, na sua opinião, João Galamba deveria ter sido demitido de ministro das Infra-estruturas.
“Um governante sabe que ao aceitar sê-lo aceita ser responsável por aquilo que faz e que não faz.
Como pode um ministro não ser responsável por um colaborador que escolheu manter na sua equipa mais próxima, a acompanhar um dossier tão sensível quanto o da TAP?”
“Como pode um ministro não ser responsável por situações rocambolescas, inadmissíveis e deploráveis desse colaborador – e palavras não são minhas – que levaram à actuação de serviço mais protector do Estado, que, como nome indica, está ao serviço do país e não do governo”, apontou, sobre a polémica actuação do SIS neste episódio do computador levado pelo ex-adjunto de Galamba.
“A responsabilidade política e administrativa é essencial para que portugueses confiem naqueles que os representam. Não basta pedir desculpas.
É uma realidade objectiva”, acrescentou Marcelo, assumindo: “Foi por isto que entendi que o ministro devia ser exonerado e que se abriu uma divergência com o primeiro-ministro. No passado foi sempre possível acertar agulhas, desta vez não. Foi pena. “
Aviso: “terei de estar ainda mais atento e interveniente no futuro”
Sobre o futuro, Marcelo deixou avisos sérios ao primeiro-ministro e ao Governo, prometendo ainda mais vigilância e intervenção: “Se tiro conclusões imediatas ou a prazo? Sim. Duas conclusões se tiram e completam entre si”, sublinhou Marcelo.
A primeira é a de que “tudo isto ponderado, continuo a preferir garantir a estabilidade institucional”, defendeu o Presidente. “Os portugueses dispensam estes sobressaltos”, reforçou, assegurando que da parte presidencial “não haverá vontade de juntar problemas aos problemas que os portugueses já têm”.
A segunda conclusão é de que terá “de estar ainda mais atento à questão da responsabilidade política e administrativa dos que mandam. Julgava que existia acordo no essencial. Viu-se que não, que há uma diferença de fundo”, assinalou, reforçando as críticas à opção de António Costa em manter Galamba no Governo.
A partir de agora, “terei de estar ainda mais atento e interveniente no dia-a-dia”, avisou Marcelo, ele que começara a intervenção a dizer que “apesar de números muito positivos da nossa economia, esses grandes números ainda não chegaram à vida dos portugueses, que esperam e precisam de mais e melhor.” “Isso exige capacidade, credibilidade, respeitabilidade e autoridade. E a autoridade para existir, tem de ser responsável”.
Antes da comunicação ao país, o Presidente da República recebeu António Costa em Belém para a habitual reunião semanal com o primeiro-ministro, cerca das 18:00, dois dias depois de ter manifestado a sua discordância em relação à decisão do primeiro-ministro de manter João Galamba como ministro das Infra-estruturas. Costa deixou Belém perto das 19.45, quinze minutos antes da declaração de Marcelo.
Na terça-feira à noite, após António Costa anunciar a decisão de manter o ministro, Marcelo Rebelo de Sousa fez divulgar uma nota na qual afirmou que “discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto à percepção deles resultante por parte dos portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem”.
O chefe de Estado salientou que “não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do primeiro-ministro”.
Nessa mesma nota, publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo mencionou que ao apresentar o seu pedido de demissão João Galamba invocou “razões de peso relacionadas com a percepção dos cidadãos quanto às instituições políticas” e que o primeiro-ministro “entendeu não o fazer, por uma questão de consciência, apesar da situação que considerou deplorável”.
Marcelo decidiu então falar esta quinta-feira, antes de iniciar uma agenda política exaustiva no exterior: a partir desta sexta-feira estará em Londres, para a coroação de Carlos III, até sábado (6); depois segue para Yuste, Espanha, entre 8 e 9 de Maio; e Estrasburgo entre 9 e 10 de Maio.
– Vamos lá por partes porque, como cidadão eleitor deste Portugal dos (muitos) Pequeninos, tenho direito à palavra, alicerçado no ateísmo partidário (e religioso). Não aprecio a actual governança de António Costa pelo facto de, como contribuinte com baixos recursos remuneratórios (leia-se pensão de reforma), estar a ser roubado indecentemente desde que minha esposa faleceu, no tocante ao pagamento do famigerado imposto do IRS. Não se encontra qualquer tipo de argumentação válida, quando um casal perde um dos conjugues e perde um rendimento, ficar a pagar o DOBRO de IRS quando eram dois elementos activos. Desde há seis anos que os subsídios de férias e de natal são completamente ABSORVIDOS pelo pagamento do IRS e já nem chegam. Ora, como pode alguém, no seu perfeito juízo, apreciar um governo que crucifica quem menos tem, favorecendo os que mais têm? Quanto ao sr. Marcelo, nunca tive qualquer tipo de simpatia por este político de direita que fez a sua campanha para PR durante os anos em que foi comentador da TV sem se chatear muito quando chegou a eleição respectiva. Agora, a sua actuação como PR deixa muito a desejar porque a moral dele é de um nível muito baixo quando assiduamente profere ameaças veladas e/ou bem posicionadas, sobre o que o governo deve ou não fazer, fazendo coro com o seu partido político. No fundo, esteve bem António Costa quando decidiu – nem que fosse por birra – que o Galamba ficasse no governo. Se Marcelo não gostou, paciência! Andar a ameaçar com eleições antecipadas e como o governo deve governar, isso não! Marcelo faz coro não só com os elementos do seu partido PPD, como com todos aqueles parlamentares que continua e repetidamente pedem eleições antecipadas, inclusive os reaccionários cronistas e afins, dos pasquins da comunicação social. Como diz o ditado: cada macaco no seu galho!
🇵🇹 PORTUGAL // GOVERNO // PR // GUERRA ABERTA
Marcelo queria o afastamento de Galamba e emitiu uma nota inédita onde discorda da decisão de Costa de segurar o Ministro. No PS e no Governo, diz-se que o primeiro-ministro está farto das ameaças de Belém.
Manuel de Almeida / Lusa O primeiro-ministro, António Costa, acompanhado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa
É um clima de guerra aberta entre António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa. Depois de ser noticiado o apoio do Presidente da República ao afastamento de João Galamba do Governo e de Marcelo ter recebido Costa em Belém para debater o assunto, o próprio Ministro das Infra-estruturas mostrou-se disposto a sair “em prol da necessária tranquilidade institucional”.
A surpresa surgiu quando António Costa decidiu não aceitar o pedido de demissão de Galamba, assumindo assim publicamente um choque com Marcelo.
“Trata-se de um gesto nobre que eu respeito, mas que em consciência não posso aceitar”, referiu o primeiro-ministro, que entende que Galamba não é culpado na polémica em torno das agressões e do roubo do computador por parte do seu ex-adjunto, Frederico Pinheiro.
“Seria seguramente mais fácil aceitar este pedido de demissão e fazer o que dizem os comentadores, mas entre a facilidade e a minha consciência, dou primazia à minha consciência”, disse ainda o chefe do Governo, recusando “entrar na dança com o populismo” e admitindo que “provavelmente, desta vez todos vão discordar de mim”.
Apesar de já ter várias vezes dado pistas em público da sua opinião sobre os vários escândalos que têm assolado o Governo — e de até ter deixado algumas ameaças veladas de que pode dissolver a Assembleia da República caso Costa não arrume a casa —, desta feita, Marcelo Rebelo de Sousa deixou bem clara a sua discordância com um comunicado inédito onde lamenta não poder demitir um membro do Governo.
“O Presidente da República, que não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do primeiro-ministro, discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto à percepção deles resultante por parte dos portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem”, lê-se na nota de Belém.
Já esta quarta-feira, António Costa comentou a polémica à margem de uma visita ao grupo Casais, no âmbito da iniciativa “Governo Mais Próximo”. O primeiro-ministro garante que não teme receber um telefonema de Marcelo e que “é sempre um gosto” falar com o chefe de Estado.
“A vida política é muito menos ficção do que normalmente julgam. Cada dia é um dia. O queficou decidido ontem está decidido. Ontem foi ontem, hoje é um novo dia e está tão bonito”, frisa.
“Já chega de ameaças”
Depois de terem tido uma relação cordial durante os mandatos da “geringonça”, o ambiente entre Belém e São Bento tem sido bem mais tenso no Governo maioritário do PS. Esta mudança na relação ficou logo evidente quando Marcelo se mostrou irritado por ter sabido do elenco do novo Governo através da comunicação social.
Na cerimónia de tomada de posse do Governo, o Presidente voltou a deixar recados a Costa, respondendo aos rumores de que o primeiro-ministro poderia sair a meio da legislatura para assumir um cargo em Bruxelas, dizendo que “a cara vencedora não deve ser substituída a meio do caminho“.
Desde então, têm sido várias as picardias, desde o anúncio da data da visita de António Costa à Ucrânia, o conflito sobre quem é que tem de responder ao inquérito de 36 perguntas feito aos membros do executivo, trocas de culpas sobre os atrasos na execução da “bazuca” e sucessivos pedidos de esclarecimento e críticas de Marcelo às polémicas e demissões que têm abalado a maioria socialista “requentada” e “cansada”, nas suas próprias palavras.
Fala-se agora até de uma recusa de Marcelo em fazer visitas oficiais com Costa, com o Presidente a assumir uma postura mais dura com o Governo.
Há um ano, uma fonte de Belém falava numa “guerra localizada” que “nunca se vai tornar numa guerra global”, mas, por estes dias, a tensão é cada vez mais latente.
De acordo com uma fonte do Governo ouvida pelo Expresso, António Costa “meteu o PR no bolso e ainda lhe deu uma lição de coragem e democracia“.
Uma outra fonte socialista acredita ainda que este choque assumido com Belém teve pouco a ver com Galamba e serviu mais como uma demonstração de força de Costa. “Quis libertar-se do PR e dizer ‘já chega de ameaças’”, afirma a fonte.
O Expresso lembra ainda que Costa já informou Marcelo de que está disposto a recandidatar-se caso o chefe de Estado dissolva a Assembleia.
No entender do primeiro-ministro, nada de significativo mudou no panorama político no último ano, pelo que os protagonistas seriam os mesmos na eventualidade de haver eleições legislativas antecipadas.
Ou seja, Costa não se quer submeter às ameaças de Marcelo e decidiu segurar o seu ministro mais fragilizado e evitar uma segunda demissão em cinco meses no mesmo Ministério, para evitar mergulhar o seu Governo no “pântano”.
Costa quer uma “vitimização”
Os partidos já foram reagindo à crise política ao longo da noite de ontem. Luís Montenegro ainda vai fazer hoje uma declaração mais elaborada sobre o caso, mas o PSD já emitiu um comunicado onde considera que a decisão de Costa “mostra que o Governo está de costas voltadas para o país e para as instituições”.
Do lado do Chega, André Ventura fala mesmo num “confronto institucional” entre o Governo e o Presidente e acusa o primeiro-ministro de tentar uma “vitimização” em busca de legislativas antecipadas.
Já Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, acredita que houve uma “humilhação pública” ao Presidente da República, que deve agora usar os poderes previstos na Constituição.
À esquerda, Catarina Martins também criticou a “declaração solene” de Costa “sobre o que foi uma coboiada” no Ministério das Infra-estruturas. A líder bloquista acusa ainda o ex-parceiro da geringonça de não garantir a “estabilidade” que prometeu com o seu Governo maioritário.
A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, preferiu desvalorizar a polémica, afirmando que o país tem outras prioridades e que o Governo se deve focar em políticas de apoio aos trabalhadores.
Já Rui Tavares, do Livre, fala numa “falta de liderança” de António Costa, mas afasta afastou a ideia de que o Parlamento deve ser dissolvido. Inês Sousa Real, do PAN, também prefere uma remodelação do elenco governativo a uma ida às urnas antecipada.