152: Queixas dos utentes da Carris e Carris Metropolitana subiram 150% este ano

 

– Sejam quais forem as cores políticas que gerem a Câmara Municipal de Lisboa, responsável pela gestão da Carris, a incompetência é a mesma! Eles – políticos – não têm de estar ao frio, ao calor, à chuva ou ao vento com esperas intermináveis que apareça a carreira desejada! Querem lá saber de quem paga os títulos de transporte, que as viaturas tenham avarias no ar condicionado, os utentes sejam transportados como sardinhas em lata…!

🇵🇹 PORTUGAL // QUEIXAS // CARRIS

Atrasos, alterações de carreiras e má conduta dos motoristas dominam reclamações. A carreira 3710 – entre Costa da Caparica (Terminal) e Lisboa (Areeiro) – é a mais reclamada.

De acordo com a autarquia, os autocarros são assegurados pela CarrisTur
© RUI MINDERICO/LUSA

As reclamações dos utentes contra a Carris e a Carris Metropolitana aumentaram 150% entre Janeiro e 15 de Agosto deste ano, face ao período homólogo de 2022, estando a maioria das queixas relacionadas com atrasos.

De acordo com dados da plataforma Portal da Queixa, alterações de carreiras e má conduta dos motoristas estão também entre os principais motivos que levaram os utentes a reclamar.

As queixas dos utentes da Carris e Carris Metropolitana (que operam na Área Metropolitana de Lisboa) dispararam, sendo a carreira 3710 – entre Costa da Caparica (Terminal) e Lisboa (Areeiro) – a mais reclamada.

Este ano já foram registadas na plataforma 1.229 reclamações contra as duas entidades, um aumento na ordem dos 150%, em comparação com o período homólogo, quando se observaram 492 queixas.

A soma dá um total de 2.183 ocorrências, sendo que a Carris Metropolitana – que só iniciou a sua actividade em Junho de 2022 – foi responsável por 80% deste volume.

Entre Janeiro e Agosto, a Carris foi alvo de 382 queixas (em 2022) e, este ano, somou 1.009, verificando-se uma subida de 164%.

Já a Carris Metropolitana duplicou o número de reclamações: foram 110 as registadas em 2022, face às 220 recebidas este ano.

Segundo o Portal da Queixa, os meses onde se registaram mais queixas na Carris Metropolitana foram Janeiro (414), Fevereiro (155) e Março (108) e nos meses em que Lisboa recebeu a Jornada Mundial da Juventude, observando-se 127 reclamações (de Julho até 15 de Agosto).

No que diz respeito aos principais motivos dos passageiros contras as duas empresas de transportes públicos urbanos estão: os atrasos e as variações dos horários dos autocarros, a gerar 53,8% das queixas, a motivar 19% das reclamações a alteração de carreiras, com os consumidores a queixarem-se de “mudanças nos percursos e a remoção de carreiras sem a substituição adequada”.

A conduta dos motoristas é outro motivo de insatisfação, com 12,2% dos passageiros a denunciarem casos de motoristas que “não respeitam paragens, cometem infracções de trânsito e conduzem os veículos de forma perigosa”.

O quarto motivo mais evocado pelos utentes é a falta de autocarros, que representa 11,3% das queixas.

A carreira 3710 — entre Costa da Caparica (Terminal) e Lisboa (Areeiro), é das mais reclamadas, seguida da 4701 que liga Lisboa (Oriente) – Vale da Amoreira e da 4512 com partida de Alcochete (Freeport) – Setúbal (ITS).

Segundos os dados, os indicadores de performance da Carris e Carris Metropolitana no Portal da Queixa revelam que a primeira entidade tem um Índice de Satisfação (IS) avaliado pelos consumidores como “Razoável”, com 58,7 pontos (em 100).

Por seu turno, a Carris Metropolitana tem um “Insatisfatório” pontuado em 8,3 (em 100).

Lusa/DN
17 Agosto 2023 — 11:04


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator



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38: IVA Zero: centenas de reclamações dos consumidores no Portal da Queixa

 

🇵🇹 PORTAL DA QUEIXA // IVA ZERO // RECLAMAÇÕES

Em vigor há um mês, a isenção do IVA no cabaz de bens essenciais tem vindo a gerar indignação e confusão entre os portugueses.

Ao Portal da Queixa têm chegado centenas de reclamações motivadas por alegadas irregularidades das lojas face ao preço praticado e a não percepção dos consumidores relativamente à diferença de valor do produto com IVA zero.

Pastelarias e Cafetarias e os Hipermercados são as duas categorias com mais reclamações. O pão e a carne são os produtos mais mencionados nas queixas.

Os consumidores queixam-se de que há produtos onde não se verificam diferenças de preço. Implementada há um mês, a medida que isenta de IVA 46 produtos do cabaz de bens essenciais não está a convencer os portugueses.

No Portal da Queixa, a insatisfação dos consumidores não se fez esperar. Entre os dias 18 de Abril e 15 de Maio, foram registadas mais de duas centenas de reclamações relacionadas com o aumento dos preços e com a implementação da medida do IVA zero, verificando-se um crescimento de 107% no número de queixas, se compararmos com o mesmo período homólogo, onde as denúncias sobre a prática de preços geraram apenas 95 queixas.

De acordo com a análise do Portal da Queixa, as centenas de ocorrências registadas na plataforma referentes ao aumento dos preços e do custo de vida reportam como principais motivos de reclamação: as alegadas irregularidades das lojas face ao preço praticado sem IVA e a não percepção dos consumidores relativamente à diferença de valor do produto com IVA zero.

Os dados analisados aferiram que as duas categorias com maior número de reclamações, no período em análise, foram: as Pastelarias e Cafetarias e os Hipermercados. Já os produtos mais mencionados nas queixas como não tendo variação no seu preço final foram: o pão e a carne.

De referir que são inúmeras as reclamações no Portal da Queixa que reportam o mesmo preço aplicado ao produto – antes e após o IVA 0%.

Lamentavelmente, a subida de preços verificada em alguns produtos essenciais do cabaz (desde que foi aplicado o IVA 0%), veio mostrar que esta medida ficou cheia de intenções e vazia de sucessos, com os consumidores a manifestar publicamente a sua indignação e revolta. No que nos compete a nós – Portal da Queixa -, cá estaremos para continuar atentos a estes casos de insatisfação e transparecer, através da partilha da opinião dos consumidores em Portugal, a sua experiência acerca de uma medida que certamente trará, mais uma vez, inúmeras reclamações.”, sublinha Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa e CEO da Consumers Trust.

Recorde-se que esta medida, que visa combater os efeitos da alimentação no rendimento das famílias, estará em vigor até ao final de Outubro, com o Governo a estimar que terá um contributo de 0,2% na redução da taxa de inflação em 2023.

© PRODUÇÃO DE CONTEÚDO | Notícia

Portal da Queixa
18.05.2023


Web-designer, Investigador
e Criador de Conteúdos Digitais


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