10: Montenegro não declarou nem diz quanto custou moradia com seis pisos

 

– Os moralistas do PPD que estão constante e diariamente a condenar tudo o que não seja do seu agrado e interesses partidários, com particular relevância para a actual governança, têm afinal bastantes telhados de vidro. O lixo vai-se acumulando…

POLÍTICA // MORALISTAS DE FACHADA // PPD // MONTENEGRO

Luís Montenegro não revela o preço do imóvel nem o declarou ao Tribunal Constitucional, embora fosse obrigado a fazê-lo.

O líder do PSD, Luís Montenegro, não declarou ao Tribunal Constitucional uma moradia com mais de 800 metros quadrados e seis pisos, avança o Expresso.

Tudo começou em 2016, quando Montenegro apresentou à Câmara Municipal de Espinho uma estimativa do que planeava gastar na construção da casa.

Embora o preço médio de venda de imóveis para habitação em todo o concelho rondasse os 1.000 euros por metro quadrado, o social-democrata estimava gastar metade disso.

A moradia ficou com 829,6 m2, distribuídos por seis pisos. Estava prevista uma piscina de 20 m2, mas a ideia acabou por não avançar.

Sabe o Expresso que quando o alvará de utilização foi emitido, em Setembro de 2021, o preço médio de venda de imóveis no concelho já estava em 2.000 euros. Contudo, contactado insistentemente pelo semanário, Luís Montenegro recusou dizer quanto custou o imóvel.

Aliás, nas declarações de rendimentos e património que entregou até 2022, não informou o Tribunal Constitucional sobre o valor efectivo da sua nova moradia e de onde veio o dinheiro para a pagar.

Tecnicamente, bastava o património imobiliário de Montenegro aumentar mais de 35.000 euros para que fosse obrigado a justificar ao Tribunal Constitucional.

Não foi isso o que aconteceu, denota o Expresso. Apesar disso, Montenegro insiste que cumpriu todas as suas “obrigações declarativas”.

A casa foi projectada pelo arquitecto Diogo Lacerda Machado. O imóvel conta com um jardim vertical, uma fachada de betão armado, casas de banho em pedra cerâmica, janelas com vidro duplo temperado e os pavimentos em soalho de madeira, descreve o Expresso.

Há até um elevador para facilitar a movimentação pelos seis pisos e ainda uma garagem com quatro lugares de estacionamento.

Com base na estimativa entregue em 2016, a obra iria custar 332.000 euros — 500 euros por metro quadrado. A este valor é preciso somar os 100.000 euros que Montenegro pagou um ano antes pelo imóvel que existia ali antes.

Arquitectos consultados pelo semanário garantem que a estimativa de custo entregue à Câmara de Espinho é “ridiculamente” barata.

ZAP //

5 Maio, 2023


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