– O que eu percebi – e bem – é que o presidente da República Portuguesa na sua alocução ao País, sagrou-se o novo chefe da oposição PPD e afins, com sintomatologia policial de investigação. Quem decide e escolhe sobre os governantes é o governo, não é o pR. Se algo está mal, é o governo que tem de emendar. É notório que, durante os governos cavaquistas, passistas e outros laranjas que tais, não existiu tanto pau de marmeleiro nas costas deles! O saudosismo é lixado para não entrar em conversa de taberna cavernácula! Ande lá pelas viagens pelo Mundo, que nós pagamos essas mudanças de ares! Ah! E não se esqueça das selfie’s…
🇵🇹 UMA QUESTÃO DE PERCEPÇÃO… !
Marcelo Rebelo de Sousa considera que abordou “tudo aquilo que quis abordar” e que os portugueses perceberam a sua mensagem.
O Presidente da República considerou este sábado que os portugueses compreenderam a sua declaração sobre a crise política, recusando-se a fazer reinterpretações, e sublinhou que esta é a fase de ser “o último fusível de segurança” política do sistema.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas na Embaixada de Portugal, em Londres, cidade à qual se deslocou para a coroação do rei Carlos III de Inglaterra.
“Aquilo que tinha a dizer, disse. Está dito. Não tenciono estar a pronunciar-me sobre essa matéria nem hoje, nem nos próximos dias, nem nas próximas semanas. Os portugueses ouviram e, naturalmente, ouviram atentamente e perceberam”, afirmou.
O chefe de Estado português justificou a decisão “não apenas por estar no estrangeiro”, mas por considerar que “o papel de um presidente não é estar a interpretar-se a si próprio”.
“Faço um grande esforço para ser muito claro, mesmo em matérias que são complicadas”, salientou, assinalando que abordou “tudo aquilo que quis abordar”.
Marcelo Rebelo de Sousa recordou que teve “uma fase” de vida durante a qual foi comentador, mas argumentou que este não é o momento para o ser: “Esta é a fase de ser responsável político. Como disse, o último fusível de segurança político do sistema”, destacou.
“Não vou estar a fazer releituras daquilo que disse, reinterpretações, esclarecimentos, elucidações. Os portugueses ouviram, entenderam, perceberam, têm a sua opinião sobre isso, certamente”, afirmou.
Na quinta-feira, na sua comunicação, o Presidente da República prometeu que estará “ainda mais atento e mais interveniente no dia a dia” para prevenir factores de conflito que deteriorem as instituições e “evitar o recurso a poderes de exercício excepcional”.
O chefe de Estado qualificou a sua discordância em relação à decisão do primeiro-ministro de manter João Galamba como ministro das Infra-estruturas como uma “divergência de fundo” e considerou que essa decisão de António Costa tem custos “na credibilidade, na confiabilidade, na autoridade do ministro, do Governo e do Estado”.
“O que sucedeu terá outros efeitos no futuro. Terei de estar ainda mais atento à questão da responsabilidade política e administrativa dos que mandam, porque até agora eu julgava que sobre essa matéria existia, com mais ou menos distância temporal, acordo no essencial. Viu-se que não, que há uma diferença de fundo”, considerou.
“Assim, para prevenir o aparecimento e o avolumar de factores imparáveis e indesejáveis de conflito, terei de estar ainda mais atento e mais interveniente no dia a dia, para evitar o recurso a poderes de exercício excepcional que a Constituição me confere e dos quais não posso abdicar”, prosseguiu.
D.N.
DN/Lusa
06 Maio 2023 — 17:10
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