17: PR acredita que portugueses perceberam a sua mensagem

 

– O que eu percebi – e bem – é que o presidente da República Portuguesa na sua alocução ao País, sagrou-se o novo chefe da oposição PPD e afins, com sintomatologia policial de investigação. Quem decide e escolhe sobre os governantes é o governo, não é o pR. Se algo está mal, é o governo que tem de emendar. É notório que, durante os governos cavaquistas, passistas e outros laranjas que tais, não existiu tanto pau de marmeleiro nas costas deles! O saudosismo é lixado para não entrar em conversa de taberna cavernácula! Ande lá pelas viagens pelo Mundo, que nós pagamos essas mudanças de ares! Ah! E não se esqueça das selfie’s

🇵🇹 UMA QUESTÃO DE PERCEPÇÃO… !

Marcelo Rebelo de Sousa considera que abordou “tudo aquilo que quis abordar” e que os portugueses perceberam a sua mensagem.

O Presidente da República considerou este sábado que os portugueses compreenderam a sua declaração sobre a crise política, recusando-se a fazer reinterpretações, e sublinhou que esta é a fase de ser “o último fusível de segurança” política do sistema.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas na Embaixada de Portugal, em Londres, cidade à qual se deslocou para a coroação do rei Carlos III de Inglaterra.

“Aquilo que tinha a dizer, disse. Está dito. Não tenciono estar a pronunciar-me sobre essa matéria nem hoje, nem nos próximos dias, nem nas próximas semanas. Os portugueses ouviram e, naturalmente, ouviram atentamente e perceberam”, afirmou.

O chefe de Estado português justificou a decisão “não apenas por estar no estrangeiro”, mas por considerar que “o papel de um presidente não é estar a interpretar-se a si próprio”.

“Faço um grande esforço para ser muito claro, mesmo em matérias que são complicadas”, salientou, assinalando que abordou “tudo aquilo que quis abordar”.

Marcelo Rebelo de Sousa recordou que teve “uma fase” de vida durante a qual foi comentador, mas argumentou que este não é o momento para o ser: “Esta é a fase de ser responsável político. Como disse, o último fusível de segurança político do sistema”, destacou.

“Não vou estar a fazer releituras daquilo que disse, reinterpretações, esclarecimentos, elucidações. Os portugueses ouviram, entenderam, perceberam, têm a sua opinião sobre isso, certamente”, afirmou.

Na quinta-feira, na sua comunicação, o Presidente da República prometeu que estará “ainda mais atento e mais interveniente no dia a dia” para prevenir factores de conflito que deteriorem as instituições e “evitar o recurso a poderes de exercício excepcional”.

O chefe de Estado qualificou a sua discordância em relação à decisão do primeiro-ministro de manter João Galamba como ministro das Infra-estruturas como uma “divergência de fundo” e considerou que essa decisão de António Costa tem custos “na credibilidade, na confiabilidade, na autoridade do ministro, do Governo e do Estado”.

“O que sucedeu terá outros efeitos no futuro. Terei de estar ainda mais atento à questão da responsabilidade política e administrativa dos que mandam, porque até agora eu julgava que sobre essa matéria existia, com mais ou menos distância temporal, acordo no essencial. Viu-se que não, que há uma diferença de fundo”, considerou.

“Assim, para prevenir o aparecimento e o avolumar de factores imparáveis e indesejáveis de conflito, terei de estar ainda mais atento e mais interveniente no dia a dia, para evitar o recurso a poderes de exercício excepcional que a Constituição me confere e dos quais não posso abdicar”, prosseguiu.

D.N.
DN/Lusa
06 Maio 2023 — 17:10


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🇨🇳 China usa proibições de saída para “intimidar jornalistas estrangeiros”

 

🇨🇳 CHINA // DITADURA // REPRESSÃO // JORNALISMO

Desde 2018, houve pelo menos quatros casos de jornalistas estrangeiros “alvo de ou ameaçados com proibições de saída”, incluindo correspondentes das televisões públicas inglesa BBC e australiana ABC, disse a ONG Safeguard Defenders.

© Lillian SUWANRUMPHA / AFP

A China tem aumentado o uso das proibições de saída do país, nomeadamente para “intimidar jornalistas estrangeiros”, de acordo com um relatório divulgado esta terça-feira por um grupo de defesa dos direitos humanos.

Desde 2018, houve pelo menos quatros casos de jornalistas estrangeiros “alvo de ou ameaçados com proibições de saída”, incluindo correspondentes das televisões públicas inglesa BBC e australiana ABC, disse a Safeguard Defenders.

A organização não-governamental (ONG), com sede em Madrid, disse acreditar que a potencial aplicação de proibições de saída a jornalistas faz parte da “diplomacia de reféns de Pequim, uma retaliação contra ou uma táctica para obter concessões de um governo estrangeiro”.

Em outros casos, “familiares são frequentemente mantidos como reféns na China com proibições de saída para forçar” o regresso de suspeitos de crimes económicos ou de activistas políticos, incluindo defensores dos direitos humanos, referiu o relatório.

A Safeguard Defenders deu como exemplo Daniel Hsu e os irmãos Cynthia e Victor Liu, cidadãos norte-americanos que foram impedidos de sair da China durante vários anos “para forçar os seus pais, suspeitos de crimes económicos”, a regressar ao país.

“Dezenas de estrangeiros estão também a ser impedidos de deixar a China se trabalharem para uma empresa envolvida numa disputa civil”, disse o grupo.

O empresário irlandês Richard O’Halloran foi impedido de deixar a China durante mais de três anos, entre 2019 e 2022, “embora ele nem estivesse a trabalhar para a empresa quando a disputa [comercial] começou”, referiu o relatório.

A Safeguard Defenders acredita que “dezenas de milhares de pessoas na China” estão impedidas de sair do país. “Muitas dessas proibições de saída são ilegítimas e violam o princípio da liberdade de movimento”, disse o grupo.

Em 2021, o activista Guo Feixiong foi impedido, já no aeroporto, de deixar a China para ver a esposa, Zhang Qing, que tinha sido hospitalizada nos Estados Unidos com cancro, “por motivos de segurança nacional”, disse a ONG.

Em Setembro, a Safeguard Defenders tinha também acusado a China de manter 54 esquadras de polícia clandestinas no estrangeiro, incluindo três em Portugal (Lisboa, Porto e Madeira).

A ONG disse que estes centros são utilizados para pressionar e ameaçar dissidentes, controlar fugitivos da China e procurar o seu regresso àquele país.

Na altura, a China reconheceu que mantém “esquadras de polícia de serviço” no estrangeiro, negando o exercício de “actividade policial”.

No final de Outubro, a Procuradoria-Geral da República garantiu estarem em curso investigações do Departamento Central de Investigação e Acção Penal ao caso do alegado funcionamento ilícito de “esquadras chinesas” em Portugal.

D.N.
DN/Lusa
02 Maio 2023 — 11:10

28.04.2023


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