237: Epidemiologista diz que Portugal tem média diária de 10 óbitos por covid-19

 

– “… é “uma medida inteligente” as pessoas que estão infectadas ou têm sintomas como tosse, espirros, utilizarem por iniciativa própria, máscara para proteger os outros com os quais contacta no trabalho, nos transportes públicos, etc.”

🇵🇹 ⚕️ SAÚDE PÚBLICA // ⚰️ ÓBITOS // 🦠💀 COVID-19

Há 200 a 300 casos por dia, mas tal não representa a realidade. Prioridade é vacinar o máximo de pessoas de risco nas primeiras 10 semanas.

Portugal está com uma média diária de dez óbitos por covid-19 e entre 200 a 300 novos casos, números que representam “uma grande subestimação”, porque a maioria dos infectados já não reporta a situação, segundo o epidemiologista Carmo Gomes.

A poucos dias do arranque da campanha de vacinação sazonal de vacinação contra a covid-19 e a gripe (29 de Setembro), Manuel Carmo Gomes analisou a situação epidemiológica em Portugal do coronavírus SARS-CoV-2, que causa a covid-19.

“Durante o verão o número de notificações de casos positivos de covid-19 manteve-se bastante estável entre os 200 e os 300 novos casos por dia. São os casos que temos conhecimento e representam uma grande subestimação relativamente à realidade porque a maior parte das pessoas agora faz um auto-teste e não reporta”, disse à agência Lusa o professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Segundo o epidemiologista, os casos notificados derivam das pessoas que são internadas e fazem o teste à covid-19 que dá positivo ou de pessoas que estão mais preocupadas com o seu estado de saúde e vão aos cuidados de saúde primários e fazem o teste.

Analisando a circulação do vírus no verão, Manuel Carmo Gomes, membro da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19, disse que em Junho e Julho registou-se um número mínimo de casos diários, abaixo dos 180, tendo subido em Agosto, chegando a atingir 600 a 650 casos por dia.

“Não há uma explicação segura acerca das razões pelas quais subiram. Provavelmente foram os mega acontecimentos que ocorreram em Agosto, com grandes aglomerados de pessoas”, mas essa subida parou e, neste momento, “já uma reversão” e “as coisas parecem estar a normalizar”, adiantou.

Manuel Carmo Gomes destacou o facto de o vírus não ter apresentado este verão, e ao longo de 2023, uma sazonalidade muito forte, ao contrário, por exemplo, da gripe.

“A covid manteve-se sempre circular com uma actividade bastante notável ao longo de todos os meses do verão e é previsível que agora os casos venham a subir com a entrada do outono, porque evidentemente as pessoas começam a estar mais tempo em recintos fechados não arejados, as escolas e o trabalho recomeçam, etc. Portanto, é de esperar que os casos agora voltem a ter um ressurgimento”.

No que diz respeito às unidades de saúde, o especialista disse que “o verão também foi muito estável”, com aproximadamente cerca de 200 pessoas internadas diariamente a testar positivo para a covid-19, sendo que muitas delas estavam internadas por outras razões de saúde. Destas 200, cerca de 10% estavam em cuidados intensivos, não necessariamente por causa da covid-19.

“Também em Agosto, com a subida dos casos, houve uma ligeira subida nos hospitalizados que testaram covid-19”, assinalou.

De acordo com o epidemiologista, os óbitos também estiveram sempre muito estáveis ao longo de todo o verão e variaram entre os três a seis óbitos por dia, tendo-se registado um mínimo em Junho (uma média de três óbitos diariamente) e uma subida em Agosto associada ao aumento de casos.

“Em finais de Agosto, Portugal atingiu os 10 óbitos por dia e é aí que estamos neste momento”, com uma média de 10 mortes por dia.

“Portanto, a covid continuou entre nós, não deu sinal de desaparecer, ao contrário de muitas outras doenças respiratórias (…) e continuou a evoluir sempre no sentido de fugir aos nossos anticorpos”, comentou, adiantando que desde Março se tornou dominante a sub-variante XBB do coronavírus que teve “muitas descendentes”, sendo a XBB.1.5 uma das “mais abundantes” e que vai ser utilizada na vacina contra a covid-19.

Prioridade é vacinar o maior número de pessoas de risco nas primeiras 10 semanas

Manuel Carmo Gomes apontou como “primeira prioridade” na campanha de vacinação que arranca em 29 de Setembro imunizar logo no início o maior número possível de pessoas de “grande risco”, já que a covid-19 não vai desaparecer.

“Não vale a pena ter ilusões de que vamos conseguir interromper a circulação do vírus. Não há país nenhum neste momento que tenha essa ilusão.

Portanto, a primeira prioridade é tentar cobrir, o mais possível, as pessoas que são de grande risco nas primeiras 10 semanas [da campanha de vacinação]”, para prevenir a doença grave e não sobrecarregar os hospitais.

“Se evitarmos que haja um número muito grande de pessoas a ir parar aos hospitais, estamos a reduzir o impacto e o objectivo é esse: proteger vidas e proteger também o sistema nacional de saúde, portanto, daí a razão de se dar prioridade a estas pessoas e é isso que vai acontecer”, reiterou.

Carmo Gomes, membro da Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19, afirmou que o vírus que está a circular não é o mesmo do início do ano, com capacidade de fugir aos anticorpos, sendo que a maioria da população já foi vacinada ou infectada há vários meses, o que faz com que a concentração de anticorpos no sangue esteja muito baixa.

Contudo, explicou o professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a população continua protegida de doença grave, porque há uma parte do sistema imunitário que se mantém protector, o que se chama “imunidade celular”.

“Os anticorpos podem baixar, nós podemos ser infectados, mas a imunidade celular, que é uma segunda barreira de defesa do sistema imunitário, continua a proteger-nos contra doença grave e não há evidência (prova) que todo este novo jardim zoológico de sub-variantes do vírus seja capaz de vencer a nossa imunidade celular a não ser nas pessoas que têm doenças crónicas, as pessoas mais idosas que têm um sistema imunitário mais em baixo, imunocomprometido por qualquer razão. E são estas pessoas que nós priorizamos agora para a vacinação”, realçou.

Segundo o especialista, a vacina que vai ser administrada contra a covid-19 é monovalente, dirige-se apenas à sub-variante XBB.1.5 do coronavírus SARS-CoV-2, mas protege “contra a esmagadora maioria das variantes que estão a circular do vírus neste momento”, sendo que “não houve felizmente evidência (prova) de que estas novas sub-variantes sejam mais patogénicas”.

Manuel Carmo Gomes avançou que se sobrarem vacinas, provavelmente, serão disponibilizadas para toda a população que se queira proteger, mas ressalvou que a prioridade são as pessoas com risco significativo de ter doença severa.

“Nós sabemos que o risco de ir parar ao hospital de uma pessoa com mais de 70 anos, nomeadamente os mais idosos, os maiores de 70 e de 80, é muito maior do que uma pessoa de 50, 40, 30 anos”, vincou.

Questionado sobre se as pessoas mais vulneráveis deviam usar por sua iniciativa máscara em locais fechados com aglomerados de pessoas, o epidemiologista disse que é uma “medida inteligente” e que deve ser adoptada por “pessoas que não querem ser infectados de maneira nenhuma, e há 1.001 boas razões para não querer ser infectado, nomeadamente as pessoas que são mais frágeis ou que contactem com pessoas muito frágeis em casa, por exemplo”.

“Não creio que existam razões para estar a impor, excepto em situações muito particulares, como unidades de saúde, locais onde estão pessoas muito fragilizadas, a utilização de máscara neste momento. Não quer dizer que daqui a dois meses não mude de opinião (…).

Agora as pessoas têm que ter consciência de que têm que se proteger”, nomeadamente em locais onde o ar não está ventilado, espaços fechados com grandes concentrações de pessoas.

Por outro lado, também é “uma medida inteligente” as pessoas que estão infectadas ou têm sintomas como tosse, espirros, utilizarem por iniciativa própria, máscara para proteger os outros com os quais contacta no trabalho, nos transportes públicos, etc.

DN/LUSA
20 Setembro 2023 — 13:49


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“É mais importante saber se estão a ser tomadas medidas para evitar situações idênticas”

 

⚕️ SAÚDE PÚBLICA // 🇨🇳☭ CHINA // 🦠COVID-19

O director-geral da OMS lançou outro apelo à China para que permita a entrada no país de nova equipa de cientistas para investigarem a origem do vírus.

O que poderá significar esta atitude? O infecciologista António Silva Graça assume ao DN não perceber o interesse deste apelo tanto tempo depois. E defende: “É mais importante a vigilância do trabalho em laboratório com alguns vírus”.

Só no início de Setembro é que a China deixou de pedir teste negativo à covid-19 à entrada no país.

Mais de três anos e meio depois de o vírus SARS-CoV-2, detectado pela primeira vez na província de Wuhan, na China, ter invadido o resto do mundo, há uma questão que continua em aberto: qual a sua origem?

É verdade que, em 2021, a China permitiu a entrada no país de uma equipa de cientistas indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para que, juntamente com cientistas locais, investigassem a origem do novo coronavírus, mas até agora não há uma certeza.

Na altura, esta equipa da OMS tornou público não ter tido “acesso total” à informação, mas produziu conclusões, considerando não haver evidências que provassem que a origem estaria “na fuga de um laboratório” na cidade onde este tipo de vírus estava a ser estudado, privilegiando antes a hipótese de este coronavírus ter sido transmitido aos seres humanos por um animal que actuou como intermediário entre o morcego e os seres humanos, possivelmente num mercado da cidade chinesa.

Tempos depois da divulgação destas conclusões, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, veio declarar que “todas as hipóteses continuavam em cima da mesa”.

O assunto parecia estar esquecido, até porque a evolução da doença está mais controlada com a existência das vacinas e porque a própria OMS considerou estarem reunidas as condições para que se decretasse com segurança o fim da pandemia, mas novas declarações do director-geral da organização, neste fim-de-semana, numa entrevista ao Financial Times, voltaram a surpreender.

“Estamos a pressionar a China para que forneça acesso total [à informação] e estamos a pedir aos países que abordem o assunto nas suas reuniões bilaterais [para encorajar Pequim a cooperar]”, afirmou.

O que terá levado a OMS a voltar ao assunto, ao fim de tanto tempo? Tedros Adhanom explicou que tal aconteceu porque, até à data, “a comunidade internacional não conseguiu determinar com certeza a origem da covid-19” e, além disso, a OMS não irá desistir dessa investigação.

Na entrevista explicava que “a OMS já pediu à China, por escrito, que forneça informações e estamos prontos a enviar uma equipa, se nos autorizarem a fazê-lo”. Insistindo: “Pedimos à China que seja transparente na partilha de dados, que efectue as investigações necessárias e que partilhe os resultados”.

É difícil encontrar explicação para o regresso ao tema

Para o infecciologista português António Silva Graça, que tem acompanhado e estudado a evolução do SARS-CoV-2 e da covid-19, “é difícil encontrar uma explicação para se estar agora, depois de tanto tempo, a insistir num tema que já foi tratado previamente”.

A não ser que haja “outras razões que não sanitárias por detrás neste momento”, porque, explica, tendo em conta a situação actual, “parece-me mais importante criar condições para que se possa fazer vigilância e um controlo rigoroso sobre o trabalho que é feito em laboratório com agentes biológicos críticos.

Este controlo não se faz e deveria ser feito por entidades competentes, como a OMS”.

Silva Graça sublinha que, “independentemente da causa que esteve na origem da pandemia, é importante agora que se tomem medidas para haver uma maior vigilância e controlo em relação a alguma situações”.

“Por exemplo, sabemos que alguns países têm hábitos culturais de consumo de animais que podem ser transmissores de vírus.

O que estão estes países a fazer do ponto de vista da vigilância na cadeia alimentar para evitar que este tipo de situação volte a acontecer no futuro? A minha preocupação é esta, não tanto saber a origem do vírus”, diz.

António Silva Graça defende que trabalho em laboratório com alguns tipos de vírus deveria ser mais vigiado pela OMS.

Para o infecciologista “é imprescindível que se pense, efectivamente, nas medidas que possam evitar o tratamento deste tipo de vírus a nível laboratorial sem controlo por parte da OMS”. Isto, por um lado.

Por outro, “é imprescindível que se tomem medidas do ponto de vista do comércio de animais e sobre a proximidade destes com as pessoas nos mercados – porque sabemos que há um risco grande de fazerem parte da cadeia de transmissão -, para se evitar que um vírus do grupo dos coronavírus possa dar o salto para a espécie humana”.

Mais de 700 milhões de infecções e quase 7 milhões de mortes

O médico reforça mesmo que a sua grande preocupação “é se estão ou não a ser criadas as condições para impedir que outros vírus possam levar-nos a uma situação semelhante”.

Recorde-se que o SARS-CoV-2, e de acordo com dados da própria OMS, provocou desde o início da pandemia mais de 770 milhões de infecções no mundo e quase sete milhões de mortes, mas há duas semanas o director-geral da OMS alertou novamente para mais um aumento de casos na Europa.

“As hospitalizações e as mortes por covid-19 estão a aumentar na Ásia Oriental e no Médio Oriente, assim como as hospitalizações na Europa, o que mostra que a covid-19 está a aumentar”, frisou, lamentando que, nesta altura, “só 43 países continuam a reportar as mortes [por covid-19] e apenas 20 dão dados de hospitalizações”.

O infecciologista português concorda que os dados agora recolhidos pelas autoridades são apenas indicativos, “não têm o valor que já tiveram no passado”, precisamente porque hoje em dia muitas pessoas já não fazem testes de diagnósticos nas farmácias ou nos laboratórios para que os resultados possam ficar registados no sistema informático.

Mas, na análise que faz aos dados divulgados pela DGS, diz que se pode verificar que Portugal também registou um aumento de casos, quando se compara os meses de Julho e de Agosto e o número de óbitos.

“O número de casos em Agosto foi sensivelmente o dobro dos que foram registados em Julho, e convém sublinhar que não estamos no inverno. Pelo contrário, tivemos uma onda de calor. Ou seja, as condições eram pouco propícias para os vírus respiratórios, mas, mesmo assim, houve uma duplicação”.

As autoridades chegaram a apontar a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, que reuniu mais de um milhão de pessoas, e os festivais de verão com razões para tal, mas a verdade, alerta o médico, é “que o aumento de casos não cessou nas semanas imediatas a estes eventos.

O que se verificou foi que esse aumento foi secundado por mais transmissão, mais pessoas infectadas”.

Em parte, refere, porque a população também deixou de ter noção de quando corre riscos maiores, esquecendo medidas de protecção. “É claro que a vacinação dá protecção para formas graves da doença, mas continua a permitir a transmissão”.

Portanto, diz, “a vacinação deve ser dada aos mais vulneráveis, quer por razões clínicas quer por faixas etárias, mas não me parece aconselhável que este reforço seja feito de forma generalizada.

Devemos estar atentos e, se quisermos reduzir o número de casos, voltar a relembrar as medidas que devem ser tomadas para evitar a transmissão.

É neste aspecto que me parece que está a faltar alguma iniciativa da parte da Direcção-Geral da Saúde. É preciso relembrar à população as medidas que evitam a transmissão”.

Na opinião de Silva Graça, “as pessoas já esqueceram as medidas que as protegem a elas próprias e aos outros”, sublinhando ser preciso saber quando usar uma máscara e até o gesto de etiqueta respiratória quando espirramos.

“Falamos da vacinação, mas temos descurado a recomendação das medidas de protecção”, afirma.

Os Números da covid-19

770.563.467 – De acordo com a actualização feita pela OMS, a 13 de Setembro, o SARS-CoV-2 já tinha provocado quase 800 milhões de infecções em todo o mundo.

Sendo que nos sete dias anteriores, havia registo de mais 17.576 novos casos. Quanto a óbitos, há quase sete milhões (6.957.216).

5.610.180 – Os dados da OMS indicam ainda que em Portugal já se contabiliza mais 5,6 milhões de infecções e 27.247 mortes.

Nos últimos 15 dias, o número de casos registou alguma variabilidade, oscilando entre os 203, nesta segunda-feira, e os 922, a 28 de Agosto.

Passou-se o mesmo com o número de óbitos que oscilou entre os 4 e os 15 neste período.

DN
Ana Mafalda Inácio
20 Setembro 2023 — 00:32


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157: Covid-19. OMS acompanha de perto nova variante do coronavírus

 

– O aumento de infectados em Portugal, deve-se ao festival da igreja católica, aos futebóis, aos concertos, à irresponsabilidade da sociedade e afins.

⚕️SAÚDE PÚBLICA // 🦠COVID-19 // OMS

A OMS decidiu classificar uma nova variante, que até agora só foi detectada em Israel, Dinamarca e EUA, “na categoria de variantes sob vigilância devido ao número muito grande (mais de 30) de mutações”.

© D.R

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou esta sexta-feira que está a acompanhar de perto uma nova variante do coronavírus responsável pela covid-19, mesmo que “o impacto potencial das numerosas mutações (…) seja desconhecido”.

A OMS decidiu classificar uma nova variante “na categoria de variantes sob vigilância devido ao número muito grande (mais de 30) de mutações”, de acordo com o boletim epidemiológico dedicado ao covid-19 e divulgado esta madrugada.

Até agora, esta nova variante só foi detectada em Israel, Dinamarca e Estados Unidos.

Nos EUA, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças confirmou que está também a acompanhar de perto a variante, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).

Actualmente, apenas quatro sequências conhecidas desta variante foram identificadas, sem ligação epidemiológica associada conhecida, explicou a OMS.

“O potencial impacto das mutações BA.2.86 é actualmente desconhecido e está a ser cuidadosamente avaliado”, referiu a organização.

A OMS tem actualmente sete variantes classificadas como sob vigilância e três como variantes de interesse, incluindo a EG.5, cuja identificação foi comunicada pela primeira vez em Fevereiro.

Na semana passada, a organização advertiu que esta variante pode provocar um aumento na incidência de infecções e tornar-se dominante em alguns países ou mesmo no mundo.

O boletim da OMS diz que, entre 17 de Julho a 13 de Agosto, foram notificados mais de 1,4 milhões de novos casos de covid-19, um aumento de 63% em comparação com o período de 28 dias anterior. Pelo contrário, o número de mortes caiu 56% para mais de 2.300.

Centro europeu classifica novas variantes e alerta para propagação

Na quinta-feira, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla em inglês) alertando para o aumento da propagação e da transmissão da covid-19 na Europa, “após vários meses de taxas de infecção muito baixas”, sem que de momento haja “sinais de aumento das hospitalizações ou de pressões sobre os sistemas de saúde”.

Numa nota de imprensa, o ECDC anunciou que tinha classificado as linhagens recombinantes da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 como variantes de interesse.

O centro sublinhou que estas linhagens “podem ter propriedades de fuga imunitária em comparação com as variantes que estavam anteriormente em circulação”, ou seja, as vacinas poderão ser menos eficazes.

O ECDC disse que “é pouco provável que os níveis atinjam os picos anteriores observados durante a pandemia de covid-19”, mas recordou que os indivíduos mais velhos e aqueles com doenças subjacentes podem desenvolver sintomas graves se forem infectados.

A agência europeia exortou os Estados-membros da União Europeia a alargarem a utilização das vacinas contra a covid-19.

Até 13 de Agosto, a OMS tinha registado mais de 769 milhões de casos confirmados e mais de 6,9 milhões de mortes causadas pelo covid-19 no mundo, embora a organização admita que os números reais sejam muito maiores.

DN/Lusa
18 Agosto 2023 — 09:14


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147: Casos de Covid-19 triplicaram na última semana em Portugal, mas sem gravidade

 

– SEM GRAVIDADE?? O que é que estes gajos entendem por GRAVIDADE?

“… Em Portugal, os últimos dados divulgados pela Direcção-Geral da Saúde dão conta de um pico no número de casos, desde o dia 6 Agosto até dia 10, de 152 casos diários para 448, quase que triplicaram em poucos dias, embora o número de óbitos se mantenha baixo, entre os 6 e 10 por dia.

Passar de 152 casos diários para 448 e de 6 a 10 mortos por dia, não é grave? Agradeçam ao festival da igreja católica e à completa indiferença com que a sociedade enfrenta esta pandemia!

🇵🇹 PORTUGAL // 🧑‍⚕️ SAÚDE PÚBLICA // 🦠 COVID-19

A OMS veio alertar os países para a nova sub linhagem da Ómicron, EG.5 Eris, que está a caminhar a passos largos para se tornar predominante, pedindo-lhes que não descurem os sistemas de vigilância.

No último mês, o número de casos a nível mundIal registou um aumento da ordem dos 80%.

Em Portugal, na última semana, os casos diários passaram de 152 para 448. O pneumologista Filipe Froes diz que tal pode estar associado à nova variante, mas também à JMJ.

Nova variante e JMJ podem ter levado a a um aumento de casos em Portugal.
© Álvaro Isidoro Global Imagens

Há quanto tempo não ouvia falar do coronavírus que no final de 2019 invadiu o mundo – o SARS-CoV-2 – ou da Covid-19? Provavelmente, desde há três meses, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o fim da pandemia numa reunião a 5 de Maio.

Mas o aparecimento de uma nova sub-linhagem do vírus, a EG.5, Eris, que deriva de uma sub-variante da ómicron, a XBB.1.9.2 – e que foi detectada em Fevereiro deste ano, tendo sido identificada em Portugal há cerca de um mês -, fez com que os alarmes soassem de novo junto do Comité de Peritos desta organização, que já veio pedir aos países para estarem atentos e não descurarem a vigilância.

O director-geral da OMS, Tedros Adhanom, fez na sexta-feira passada uma actualização do número de casos registados diariamente em todo o mundo – 1,5 milhões, no último mês, o que representa um aumento da ordem dos 80% em relação aos 28 dias anteriores, atingindo sobretudo países como a China, Estados Unidos da América, a Coreia do Sul e o Japão.

No entanto, no mesmo período, a mortalidade teve uma queda acentuada, da ordem dos 57%, ficando pelos 2.500 óbitos diários.

Em Portugal, os últimos dados divulgados pela Direcção-Geral da Saúde dão conta de um pico no número de casos, desde o dia 6 Agosto até dia 10, de 152 casos diários para 448, quase que triplicaram em poucos dias, embora o número de óbitos se mantenha baixo, entre os 6 e 10 por dia.

Ao DN, o pneumologista e ex-coordenador do Gabinete de Crise Contra a Covid-19 da Ordem dos Médicos, Filipe Froes, explica que este aumento pode derivar da nova variante EG.5, que se está a replicar rapidamente, devendo mesmo tornar-se predominante, mas também do evento que foi a Jornada Mundial da Juventude, que reuniu muitos milhares de jovens.

“Se estiveram reunidas condições para que fosse possível uma maior transmissibilidade, é certo e sabido que teremos um aumento de casos em Portugal e nos países de origem dos peregrinos na semana passada e que este continuará a sentir-se nos próximos dias”.

Mas, reforça, “a esmagadora maioria das pessoas que lá estiveram eram jovens e saudáveis, não integravam grupos de risco, e mesmo que haja aumento de casos não é expectável um aumento de hospitalizações”.

Filipe Froes argumenta que esta nova sub-linhagem da ómicron veio relembrar dois aspectos essenciais: “O primeiro é que o vírus veio para ficar e que deve permanecer integrado nos sistemas de vigilância mundiais; o segundo tem a ver com a necessidade de vacinar os grupos de risco sazonalmente”.

Ou seja, previsivelmente, no próximo outono-inverno “a campanha da vacinação contra a Gripe vai ter de incluir também uma campanha de vacinação contra o SARS- CoV-2”.

O médico acrescenta que em termos de gravidade, pelo menos até agora, “não há indicação que esta tenha aumentado com a EG.5”.

A própria OMS confirmou “não haver dúvida que o risco de doença grave e de morte é muito menor agora do que há um ano, graças ao aumento da imunidade da população obtida por meio da vacinação, infecção ou ambos, e ao diagnóstico precoce combinado a um atendimento clínico melhor”.

Mas, a verdade, sublinhava o director-geral na semana passada, é que “o risco da covid-19 para a saúde pública global ainda é alto”.

Ameaça futura

O pneumologista português destaca mesmo: “Vivemos um momento único” na luta contra o vírus, porque “a maior parte da população está vacinada com várias doses ou já teve a infecção, portanto está protegida para as variantes e sub-variantes da ómicron que vão aparecendo.

Daqui a um ano será diferente, porque, provavelmente, já não temos o nível de protecção que existe agora, tendo os países que preparar-se para uma possível variante de maior gravidade”.

Para Filipe Froes este é um dos aspectos a ter em conta para o futuro: “Variantes com maior gravidade devido à perda de imunidade da população. Daí a importância de os países manterem uma monitorizada apertada através dos sistemas de vigilância mundiais”.

Os EUA, onde os casos têm crescido, já avisaram que querem começar a vacinar a população no próximo mês com novas vacinas, mais adaptadas às sub-variantes e sub-linhagens da ómicron, mas os especialistas receiam que desta vez não haja uma adesão tão forte à vacinação.

Perante esta realidade, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom, realçou na sexta-feira que “os números divulgados não reflectem a situação real, já que os testes de diagnóstico e a monitorização da pandemia também diminuíram”.

Daí, reforçou, a necessidade de os países manterem “os programas nacionais para a covid-19 actualizados; manterem a manutenção da vigilância colaborativa para a doença, de forma a conseguir detectar alterações significativas no vírus e tendências sobre a gravidade da doença e imunidade da população, como manterem a continuidade da divulgação dos dados à OMS ou em fontes abertas, especialmente os relacionados com óbitos, casos graves, sequenciamento genético e eficácia das vacinas”.

DN
Ana Mafalda Inácio
15 Agosto 2023 — 00:17


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102: Novo surto de mpox com 37 casos em Lisboa e Vale do Tejo

 

🇵🇹 PORTUGAL // ⚕️SAÚDE PÚBLICA // 🦠MPOX // SURTO

Segundo os dados agora divulgados, 12 casos de infecção foram confirmados entre 12 e 30 de Junho e restantes 25 casos entre 01 e 20 de Julho.

Um total de 37 casos de infecção pelo vírus mpox foi detectado em Portugal desde Junho, um novo surto da doença registado na região de Lisboa e Vale do Tejo, anunciou a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

“Após três meses sem novos casos de mpox reportados em Portugal, confirmaram-se 37 novos casos desde 19 de Junho de 2023”, adianta um comunicado publicado no `site´ da DGS sobre este surto da doença anteriormente conhecida por monkeypox.

Segundo os dados agora divulgados, 12 casos de infecção foram confirmados entre 12 e 30 de Junho e restantes 25 casos entre 01 e 20 de Julho.

Estes novos casos são referentes a homens residentes na região de Lisboa e Vale do Tejo, a maior parte com idades entre os 20 e os 40 anos, avança ainda a Direcção-Geral, que recomenda o cumprimento das orientações previamente definidas para interromper as cadeias de transmissão e para a protecção dos mais vulneráveis.

Em maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da emergência de saúde pública internacional para a doença mpox, o mais alto nível de alerta que estava em vigor desde Julho de 2022.

Os últimos dados da DGS, disponibilizados em 30 de Junho, indicavam que Portugal tinha identificado 965 casos confirmados de mpox desde 03 de Maio de 2022, quando foi detectada a presença do vírus em Portugal, registando também uma morte.

De acordo com a OMS, entre 01 de Janeiro de 2022 a 11 de Julho, foram notificados à organização um total de 88.288 casos em 112 países e territórios e 149 mortes.

Os sintomas mais comuns da infecção são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.

O vírus transmite-se por contacto físico próximo, nomeadamente com as lesões ou fluidos corporais, ou por contacto com material contaminado, como lençóis, atoalhados ou utensílios pessoais.

DN/Lusa
22 Julho 2023 — 13:26



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