59: Subsídio não chega a 41% dos desempregados

 

– Tenho um familiar com 57 anos, desempregado há mais de sete anos por força de despedimento colectivo, terminado o subsídio de desemprego, o subsídio subsequente, encontra-se sem qualquer tipo de apoio social. Inclusive, nem o actual presidente da C.M.L., Carlos Moedas, se dignou inserir nos passes gratuitos dos transportes colectivos os desempregados! O que faz uma pessoa nestas condições? Vira sem-abrigo? Passa a dormir num vão de escada, debaixo da ponte? Onde vai alimentar-se? Como vai passar a cuidar da sua saúde já que é diabética tipo 1? É assim que se trata um ser humano que durante 38 anos trabalhou, pagou impostos ao Estado, descontou para a SS? Gostava de ver estes doutores engravatados nesta situação para saberem – e sentirem – o que é tentar (sobre)viver nestas condições desumanas!

SEGURANÇA SOCIAL // DESEMPREGADOS // APOIOS SOCIAIS

O número desempregados à procura de trabalho através do IEFP totalizou os 285.855 em Maio, mas apenas 168.475 beneficiários recebem as prestações de desemprego.

Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP)
© Global Imagens

Havia em Maio 117 mil desempregados sem receber subsídio de desemprego, correspondendo a 41% dos inscritos nos Centros de Emprego e Formação Profissional (IEFP), de acordo com o cruzamento de dados divulgados pela Segurança Social nesta terça-feira.

O número de pessoas à procura de trabalho através do IEFP totalizou as 285.855 em Maio, havendo apenas 168.475 beneficiários das prestações de desemprego.

Os registados nos centros de emprego diminuíram tanto em relação a Abril (-9.567 pessoas, ou -3,2%) como na comparação com maio de 2022 (-10.539 pessoas, ou -3,6%).

Verificou-se igual movimento de queda no número de beneficiários das prestações de desemprego, tendo regredido 4% face a Abril e 15,4% em relação a maio do ano passado.

Já o valor médio do subsídio pago no último mês subiu para 575,31 euros, o que representa um ligeiro acréscimo de 0,5% num mês, mas um aumento de 6,5% num ano.

De acordo com o IEFP, havia 16.943 ofertas de emprego por satisfazer, no final de Maio, menos 4.948 face a um ano antes, mas mais 1.475 em relação a Abril.

A nível regional, só o Alentejo (+2,8%) e o Centro (+1%) viram o número de desempregado aumentar num ano.

DN/Dinheiro Vivo
20 Junho 2023 — 20:53


Web-designer, Investigator, Astronomer
and Digital Content Creator


published in: 3 meses ago

Loading

50: Devem os governos tornar os transportes públicos gratuitos?

 

– Fico tremendamente indisposto quando leio certo tipo de comentários indignos de serem escritos por pseudo seres humanos! Ignorância, estupidez, cinismo, hipocrisia, egoísmo, falta de carácter, de sentimentos, de solidariedade para com todos os que tentam (sobre)viver nesta selva a que chamam de sociedade! E neste artigo original, é às carradas!

SOCIEDADE // TRANSPORTES PÚBLICOS GRATUITOS

É o país mais rico do mundo e, há cerca de três anos, tornou os transportes públicos gratuitos. Será que a decisão do Luxemburgo tem surtido efeitos e que lições podem os restantes países tirar deste caso de sucesso?

Em 2020, o Luxemburgo registou a maior densidade de automóveis da União Europeia: 696 carros por 1.000 pessoas, contra a média de 560. Em consequência, foi afectado por um desmedido volume de trânsito e por descontrolados níveis de emissões de gases com efeito de estufa.

Algures nesse ano, o país tornou oficial um projecto que vinha a testar desde 2019, tornando-se no primeiro do mundo a assegurar transportes públicos gratuitos, em todo o território.

Três anos depois da implementação da gratuitidade dos transportes públicos, já há resultados, e os feedbacks são muito favoráveis.

Afinal, o novo sistema permite “viajar facilmente” e é “muito positivo para o ambiente”. Para alguns cidadãos, os transportes gratuitos passaram até a ser vistos como “um direito fundamental”.

É uma boa iniciativa, favorece o sector público, reforça o sector público.

O transporte é um direito fundamental dos habitantes. Se se tem o direito de trabalhar, também se tem o direito de ir para o trabalho sem demasiados custos.

Opinou Ben Dratwicki, professor, no Luxemburgo.

Validando um dos principais objectivos da iniciativa, os habitantes confirmam que a gratuitidade dos transportes os incentivou a deixar os carros em casa.

Como é gratuito, é mais fácil tomar uma decisão rapidamente, escolher entre o transporte público ou o carro particular. Isto significa que é muito positivo para o ambiente e prático.

Partilhou o contabilista Edgar Bisenius, segundo a euronews.green.

François Bausch, vice-primeiro-ministro do Luxemburgo

Apesar do sucesso dos transportes públicos gratuitos, do ponto de vista dos cidadãos, Merlin Gillard, um investigador especializado em transportes públicos, vê que “a cultura do carro ainda está muito presente e ainda é bastante complicado atrair as pessoas do carro para o transporte público”.

Segundo François Bausch, vice-primeiro-ministro do Luxemburgo, esta iniciativa tem “um custo considerável, mas é pago por todos os contribuintes”. Além de que “há mais equidade, porque, obviamente, os que pagam poucos impostos não pagam nada ou pagam muito pouco neste sistema”.

Deveria a gratuitidade dos transportes públicos chegar a mais países?

Pplware
Autor: Ana Sofia Neto
13 Jun 2023

 


Web-designer, Investigador
e Criador de Conteúdos Digitais


published in: 4 meses ago

Loading