181: Tempestade na costa mediterrânica espanhola provoca danos e feridos

 

🇵🇫 ESPANHA // 🌩️🌨️ TEMPESTADE // DANOS

Rajadas de vento até 120 km/h e precipitações significativas, também com granizo, afectaram as ilhas Baleares, a Catalunha (nordeste) e a Comunidade Valenciana (leste).

© Twitter RTVE Baleares

A costa mediterrânica de Espanha, especialmente as ilhas Baleares, foi afectada neste domingo por fortes chuvas e ventos que causaram vários ferimentos leves, danos materiais e cancelamentos de voos.

Rajadas de vento até 120 km/h e precipitações significativas, também com granizo, afectaram as ilhas Baleares, a Catalunha (nordeste) e a Comunidade Valenciana (leste).

A Agência Meteorológica Nacional (Aemet) colocou essas três regiões em alerta laranja (risco alto).

Segundo a imprensa espanhola, várias pessoas tiveram ferimentos leves.

https://twitter.com/Top_Disaster/status/1695775354173157449?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1695775354173157449%7Ctwgr%5Ef7014adb446e6efa3dad9e116c814cd298c49297%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.dn.pt%2Finternacional%2Ftempestade-na-costa-mediterranica-espanhola-provoca-danos-e-feridos-16925386.html

O vento quebrou as amarras de um navio de cruzeiro turístico, de 330 metros de comprimento, que estava atracado em Palma. Ao mover-se, colidiu com um petroleiro no mesmo porto da capital das ilhas Baleares. Seis pessoas sofreram ferimentos leves no incidente, informou a Autoridade Portuária das ilhas Baleares em comunicado.

Nas três regiões afectadas, também houve ruas inundadas e árvores arrancadas pelo vento ou pela água.

A Aena, órgão responsável pelos aeroportos espanhóis, informou o cancelamento de 24 voos e a mudança de trajectória em 29 deles procedentes das ilhas Baleares.

Este episódio meteorológico, acompanhado por uma queda brusca das temperaturas, ocorre após o final, na quinta-feira, da quarta onda de calor deste verão boreal na Espanha.

DN/AFP
27 Agosto 2023 — 18:40


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
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142: Sem água da meia-noite às 7 da manhã. Medidas de urgência contra a seca em Espanha

 

– … e Espanha é já aqui ao lado…

🇵🇫 ESPANHA // 🥵🍂SECA // 💧ÁGUA // ✂️CORTES

A seca extrema é um problema especialmente grave em Espanha que está a enfrentar a terceira onda de calor excessivo do ano. A situação obriga a medidas de urgência e há cidades onde a água é cortada entre a meia-noite e as sete da manhã.

Luís Tosta / Wikipedia

Quase nove milhões de pessoas, em Espanha, já estão a sofrer com restrições ao consumo de água devido à seca que se verifica no país.

O número é avançado pelo jornal El País que refere que a Catalunha é a zona mais afectada, com cerca de 6,6 milhões de habitantes a viverem com limitações no uso de água.

Na Andaluzia, na fronteira com o Algarve e o Alentejo, há cerca de dois milhões de afectados, mas o problema chega a outras regiões.

Na Galiza, junto ao norte de Portugal, há municípios que proibiram o uso de água potável para actividades não essenciais, tais como regar jardins, encher piscinas ou lavar carros.

Em Badajoz, na fronteira com o distrito de Portalegre, “o consumo de água foi limitado a 189 litros por pessoa e por dia“, segundo o El País.

“Não é um aviso, o lobo já cá está”

Mas na cidade de El Borge, na região de Málaga que é banhada pelo Mediterrâneo, as medidas são ainda mais restritivas, com cortes de água todas as madrugadas, desde a meia-noite até às sete da manhã, “para dar tempo para que o depósito municipal se recupere” para poder abastecer a população durante o dia, como nota o El País.

“Isto é uma ruína, não é um aviso, o lobo já cá está”, alerta neste jornal o presidente da Câmara local, Raúl Vallejo, notando que o reservatório de água municipal está em mínimos históricos.

O corte no abastecimento de água durante a madrugada também se verifica em outras regiões, nomeadamente na Catalunha, onde “pelo menos 600 municípios” são afectados, segundo o El País.

A Península Ibérica está a ser afectada por ondas de calor intensas, com temperaturas superiores a 44 graus em várias localidades.

Espanha tem vivido especialmente este problema que agrava a crise da água. Mas Portugal também está a ser afectado pelo calor e pela seca extrema, em especial a região sul, nomeadamente o Algarve.

Em Junho passado, Portugal também anunciou restrições no consumo de água no sotavento algarvio.

Neste fim-de-semana, espera-se que o calor dê algumas tréguas. As temperaturas deverão começar a baixar – mas, ainda assim, vai continuar muito calor!

Susana Valente, ZAP //
12 Agosto, 2023


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Eleições. ‘Sites’ do Estado espanhol e da banca sob ataque de grupo pró-Kremlin

 

“… A VisionWare opera na área da cibersegurança em todo o mundo e é uma empresa credenciada pela NATO em soluções de segurança da informação e cibersegurança.

Não entendo! Onde está a “cibersegurança” desta empresa credenciada pela NATO se continuam a existir ataques cibernéticos russonazis?

🇷🇺 MOSCÓVIA // 🇷🇺 RUSSONAZIS // 🇷🇺☠️CRIMES CIBERNÉTICOS // 🇵🇫 ESPANHA

O ataque tem tido como alvos páginas de ministérios, da presidência do Governo, do Tribunal Constitucional, da Casa Real, de bancos e até de uma empresa de produção de material de Defesa.

© EPA/Sascha Steinbach

Um grupo cibercriminoso pró-Kremlin tem atacado nos últimos dois dias páginas oficiais na Internet de bancos e de organismos do Estado espanhol, a poucos dias das eleições legislativas no país, disse esta quinta-feira a empresa VisionWare.

O fundador e presidente executivo (CEO) desta empresa portuguesa especialista em cibersegurança, Bruno Castro, explicou à agência Lusa que os autores do ataque, detectado pela equipa da Visionware que em permanência monitoriza a designada ‘dark web‘, é “um grupo muito conhecido dentro do cibercrime”.

Como outros grupos, além da actividade “de cibercrime puro e duro”, também tem ligações ao Governo russo e faz “acções de guerra cibernética contra países pró-Ucrânia”, como está a acontecer em Espanha nos últimos dois dias, com “ataques massivos” a páginas na Internet de “pilares do Estado democrático”.

O ataque tem tido como alvos páginas de ministérios, da presidência do Governo, do Tribunal Constitucional, da Casa Real, de bancos e até de uma empresa de produção de material de Defesa.

Os ‘sites’ visados são “deitados abaixo” e reactivados com rapidez, porque o objectivo destes ataques, segundo Bruno Castro, é funcionarem como uma espécie de “pré-aviso” ou ameaça a instituições e administrações e não perturbar a prestação de serviços ou o funcionamento da sociedade.

“São inócuos em termos de operações, não interrompem o fornecimento de energia ou da banca, por exemplo”, mas expõem as vulnerabilidades de ‘sites’ e organismos que “deviam ser altamente seguros” e funcionam como uma ameaça de que os grupos têm capacidade de os atacar ou de fazer ataques de outra escala e mais violentos, explicou o presidente da VisionWare.

Bruno Castro acredita que esta forma de actuação explica a falta de repercussão mediática em Espanha dos ataques de quarta e quinta-feira a ‘sites’ institucionais no país.

Esta forma de actuação é habitual nestes grupos cibercriminosos pró-Kremlin e tem visado países da NATO (a aliança de Defesa entre países europeus e norte-americanos), segundo acrescentou Bruno Castro, que chamou a atenção para “o timing ideal”, do ponto de vista dos autores do ataque, para este caso de Espanha, que vai ter eleições legislativas antecipadas no próximo domingo.

Espanha tem tido uma postura “muito pró-Ucrânia”, com fornecimento de material de combate e outros apoios, além de declarações públicas de apoio a Kiev por parte de dirigentes espanhóis no âmbito da NATO, lembrou o representante.

A VisionWare opera na área da cibersegurança em todo o mundo e é uma empresa credenciada pela NATO em soluções de segurança da informação e cibersegurança.

A empresa, que tem escritórios em Portugal e Cabo Verde, é a mais antiga em Portugal na área da cibersegurança.

DN/Lusa

20 Julho 2023 — 19:58



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25: A história de Lana ou como a Ucrânia não largou Guterres em Yuste

 

🇵🇹🇺🇳 GUTERRES // 👏 PRÉMIO EUROPEU CARLOS V

O secretário-geral das Nações Unidas tornou-se o terceiro português a ganhar o Prémio Europeu Carlos V, que recebeu das mãos do rei de Espanha. Além dos habituais discursos, a cerimónia teve um testemunho que emocionou a assistência.

Felipe VI entrega o Prémio Carlos V a Guterres, sob os aplausos de Marcelo Rebelo de Sousa e de Guillermo Fernandez Vara, presidente do governo da Extremadura e também do júri do prémio.
© Pierre-Philippe MARCOU / AFP

António Guterres bem falou no seu discurso também da necessidade de salvar o planeta das alterações climáticas, igualmente das necessidades de desenvolvimento e ainda dos vários conflitos que assolam diferentes partes do mundo, mas foi a guerra na Ucrânia que dominou toda a cerimónia de entrega do Prémio Europeu Carlos V esta terça-feira em Yuste, no mosteiro-palácio onde viveu os seus últimos dias há meio milénio o monarca que dá nome à distinção e que era o mais poderoso da época.

O facto de a cerimónia coincidir com o Dia da Europa contribuiu para essa predominância do tema Ucrânia, pois este é o mais sangrento conflito no continente desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

E houve mesmo um momento muito emocional quando Lana Tryhub, uma refugiada ucraniana em Espanha, contou como acordou um dia num país em guerra, depois da invasão russa do ano passado, e sentiu não saber como lidar com uma situação destas, de terror permanente, ainda por cima quando, como ela, se tem filhas pequenas.

“A minha história poderia ser uma história normal, mas deixou de ser normal num dia normal, de um inverno normal, de um ano como muitos outros”, referindo-se a esse 24 de Fevereiro de 2022 em que as tropas russas entraram em território ucraniano.

“Levantámo-nos às cinco e meia da manhã por causa do som de um avião e pensei: a guerra começou. Não queria acreditar. O meu cérebro não podia aceitar.

A primeira semana foi terrível, quase sem dormir”, acrescentou a refugiada ucraniana, de 34 anos, que está a viver em Badajoz. Seguiu-se uma chuva de aplausos em Yuste que não ficou atrás daquelas que receberam os discursos oficiais.

Se é verdade que o Prémio Carlos V valoriza sobretudo o europeísmo, no caso de Guterres, devido ao actual cargo, o júri da Fundação Yuste destacou igualmente o empenho no multilateralismo e na defesa da paz, num incentivo tanto ao secretário-geral das Nações Unidas para procurar uma solução que pare a guerra, como uma condenação da invasão russa, que tanto o rei de Espanha como Marcelo Rebelo de Sousa, que também discursou, definiram de uma forma ou outra, como um ato de desrespeito pela carta das Nações Unidas.

Além do presidente português, esteve também neste famoso mosteiro-palácio da Extremadura espanhola o primeiro-ministro António Costa, mas na assistência, ao lado de figuras como Josep Borrell, alto responsável da política externa da UE, a ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, e muitos embaixadores, incluindo a de Espanha em Portugal, Marta Betanzos, e o de Portugal em Madrid, João Mira Gomes.

Na véspera da cerimónia, houve um jantar em Yuste com Felipe VI, Guterres, Marcelo e Costa e dificilmente não terá sido também falada a guerra na Ucrânia.

Aliás, horas antes, na reunião que Guterres teve em Madrid com Pedro Sánchez, presidente do governo espanhol, já a guerra no leste da Europa tinha sido ponto forte da agenda.

Guterres, que logo no primeiro momento criticou duramente a Rússia pela invasão do país vizinho, não tem deixado, por isso, de tentar minorar os efeitos da guerra, como é prova o acordo, conseguido com ajuda da Turquia, para ambos os beligerantes permitirem via Mar Negro a exportação de cereais e fertilizantes ucranianos e russos que tanta falta fazem à segurança alimentar do mundo.

Mas negociações de paz entre Moscovo e Kiev foi algo que o secretário-geral não pode anunciar em Yuste. E já muitos dos presentes tinham lido a entrevista do secretário-geral das Nações Unidas ao El País em que o título foi “Neste momento não é possível a paz na Ucrânia. As duas partes acreditam que podem ganhar”.

Nem de propósito, de Moscovo, onde a 9 de Maio se celebra todos os anos a vitória aliada sobre a Alemanha Nazi, o presidente Vladimir Putin acusou o Ocidente de querer destruir a Rússia e apelou à união do povo com “os heróis” que combatem na frente ucraniana de forma a vencer.

Já em Kiev, em que tradicionalmente o 9 de maio era também o Dia da Vitória sobre os nazis, este passou para 8 de Maio, como o fazem americanos e britânicos, e agora é mais o Dia da Europa que se assinala, pois mesmo a Ucrânia não sendo membro da UE, esta terça-feira foi visitada por Ursula Von der Leyen. Zelensky aproveitou para agradecer à presidente da Comissão Europeia a ajuda financeira para compra de munições para a artilharia. Também ele acredita que pode ganhar esta guerra que dura há 15 meses.

Em Yuste, Guterres, num belo discurso em espanhol – apesar da modéstia o ter levado a anunciar que falaria em portunhol – insistia que “em vez de balas, precisamos de arsenais diplomáticos”.

Numa alusão histórica a Carlos V, que foi imperador do Sacro Império Romano Germânico, senhor dos Países Baixos e rei de Espanha e dos seus vastíssimos domínios nas Américas, e pela mistura de casamentos, diplomacia e conquistas chegou a imaginar uma Europa Unida, Guterres lembrou e lamentou que “a guerra não é coisa do passado”, sublinhando que “nunca, desde a criação das Nações Unidas e da União Europeia, os valores europeus foram tão ameaçados”.

“Devemos levantar a voz e reafirmar esses valores. E, sobretudo, precisamos de paz”, disse o secretário-geral das Nações Unidas na cerimónia realizada no mosteiro que fica junto da vila de Cuacos de Yuste.

Criado em 1995, o Prémio Europeu Carlos V já vai na 16.ª edição e teve entre os galardoados figuras como o francês Jacques Delors, o russo Mikhail Gorbachev ou a alemã Angela Merkel.

Também dois portugueses foram distinguidos antes de Guterres, Jorge Sampaio e José Manuel Durão Barroso.

Curiosamente, na cerimónia de 2014, quando o ainda príncipe Felipe entregou o prémio ao então presidente da Comissão Europeia, os discursos falavam igualmente de crise na Europa, mas era uma crise financeira e de crença no próprio espírito de unidade europeia, mas que se acreditava iria ser ultrapassada.

“Durão diz que Europa tropeçou mas não caiu”, foi o título da reportagem do DN há nove anos. “Só uma Europa unida pode enfrentar os enormes desafios do presente e do futuro”, afirmou agora Guterres.

Muito parecido ao que disse então Durão Barroso. Mas meses depois, a Rússia anexava a Crimeia e uma rebelião separatista começava no Donbass, sem ninguém prever que a prazo causariam uma guerra de grande amplitude.

Marcelo Rebelo de Sousa, que passou do espanhol para o português quando fez uma síntese do percurso de vida de Guterres, chamou ao ex-primeiro-ministro português “o melhor da sua geração e da minha”, destacando o humanismo do antigo presidente da Internacional Socialista.

Felipe VI, que falou algumas frases em português, elogiou a “moderação e sensatez” de Guterres e como põe estas ao serviço dos melhores valores para procurar consensos. Por momentos, mas só por uns momentos, o tema Ucrânia pareceu desaparecer. Pura ilusão.

Para a Fundação Yuste, o secretário-geral das Nações Unidas e ex-primeiro-ministro português tem sido “uma figura fundamental para enfrentar um período de mudanças sem precedentes e com terríveis consequências para a Europa e para o mundo”.

Guillermo Fernández Vara, presidente do governo da Extremadura e também do júri do Prémio Carlos V, foi quem fez o discurso de abertura da cerimónia, destacando o europeísmo de Guterres. Este agradeceu o prémio e contou ter ficado maravilhado com o mosteiro de São Jerónimo de Yuste quando passou há muitos anos umas férias na Extremadura.

No final, Lana foi cumprimentada com simpatia por vários convidados. O seu testemunho pessoal caiu bem entre os discursos. Para ela a Extremadura não são férias, são “uma pausa” na sua vida, por muito bem acolhida que se sinta aqui.

leonidio.ferreira@dn.pt

D.N.
Leonídio Paulo Ferreira, em Cuacos de Yuste
09 Maio 2023 — 23:41


Web-designer, Investigador
e Criador de Conteúdos Digitais


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