Desde o início da campanha até dia 10 de Outubro está prevista a chegada de 175 mil doses de vacinas da gripe e de 205 mil doses o caso da covid-19, o que obrigou já a reagendar utentes.
As vacinas que vão chegar às farmácias nos primeiros dias da campanha de vacinação, que arranca no dia 29, não serão suficientes para dar resposta às reservas já feitas pelos utentes, escreve esta sexta-feira o Jornal de Notícias (JN).
Segundo o JN, as farmácias foram informadas esta semana de que, desde o início da campanha até dia 10 de Outubro está prevista a chegada de 175 mil doses de vacinas da gripe e de 205 mil doses o caso da covid-19, o que obrigou já a reagendar utentes.
Ao JN, a Direcção Executiva do Serviço Nacional de saúde (DE-SNS) disse, contudo, que não se esperam “desvios significativos” nas entregas.
A limitação maior, diz o jornal, é nas vacinas da gripe e “está relacionada com um problema de abastecimento global”.
A presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), Ema Paulino, diz que a informação disponível indica que a partir de 16 de Outubro “chegarão muitas doses”.
Farmacêuticos e gestores de grandes grupos de farmácias contactados pelo JN confirmaram os constrangimentos e admitem que a incerteza sobre as entregas das semanas seguintes gera “ansiedade”, uma vez que “não é a primeira vez que a indústria falha nas datas de distribuição de vacinas da gripe”.
Este ano, as farmácias vão, pela primeira vez, poder vacinar os utentes com 60 anos ou mais com ambas as vacinas, em simultâneo ou sem separado.
Segundo o JN, cada farmácia recebeu informação do número de vacinas covid e gripe que receberá entre 29 de Setembro e 10 de Outubro para melhor gerir as reservas, sendo que há diferenças significativas.
Questionada sobre se esta disparidade poderá pôr em causa a co-vacinação, Ema Paulino discorda: “O número não ser coincidente não nos preocupa porque temos feedback de que há pessoas que preferem fazer as vacinas em separado”.
Em resposta ao jornal, a DE-SNS assinala como “um facto muito positivo” a procura elevada dos utentes pelo agendamento da vacinação nas farmácias e garante que não se esperam “desvios significativos” nas entregas.
“O calendário está alinhado com a capacidade de fornecimento dos laboratórios farmacêuticos das vacinas aos vários países e com a própria capacidade de vacinação das instituições de saúde e das farmácias comunitárias”, explica, acrescentando que o plano de vacinação previsto para as próximas oito a 10 semanas “deverá ser cumprido sem constrangimentos relevantes”.
Segundo a norma da Direcção-Geral da Saúde, a campanha de vacinação contra a covid-19 e a gripe, que arranca no dia 29 de Setembro, abrange as pessoas com 60 anos ou mais – que pela primeira vez serão este ano vacinados nas farmácias -, residentes em lares, profissionais de saúde, trabalhadores dos lares e doentes crónicos.
Esta vacinação decorrerá em simultâneo nas farmácias comunitárias (para as pessoas com 60 ou mais anos) e nos estabelecimentos de saúde do Serviço Nacional de Saúde (para as pessoas com menos de 60 anos e com doenças de risco).
Sobre a possibilidade de alargar a vacinação sazonal a faixas etárias inferiores aos 60 anos, o coordenador da Comissão Técnica de vacinação, Luis Graça, ouvido esta semana na Comissão Parlamentar de Saúde, admitiu que essa hipótese poderá ser considerada desde que não prejudique a dos grupos de maior risco.
– Nem PPD nem PS merecem a minha simpatia porque enquanto governanças ou oposição, nunca se interessaram real e concretamente pelas condições de vida dos portugueses mais desfavorecidos, dos desempregados, dos idosos pensionistas e reformados. O mesmo para todos os outros partidos com assento no Parlamento que apenas lhes interessam os votos dos eleitores para chegarem ao poder e ao tacho. Gostaria – mas não tenho essa satisfação -, que o sr. António Costa e todos os restantes políticos desta governança, tivessem um salário de € 650,00, desta verba tivessem de dispensar 81% para o pagamento da renda da casa, mais electricidade, gás, água, farmácia, alimentação, passe social e algum extra adicional que surgisse e um IRS que levasse os subsídios de férias e de natal (que já nem chegam)! Não fosse os € 400,00 de pensão de “sobrevivência” (que também paga IRS), estaria com a minha filha que se encontra desempregada há mais de SETE ANOS, sem nenhum apoio social e a meu cargo, a “morar” num vão de escada, debaixo da ponte e a pedir esmola. ESBULHO FISCAL, EXTORSÃO, ROUBO é o que esta governança “socialista” tem feito ao meu rendimento de pensionista que, com menos o rendimento da esposa falecida há sete anos, PAGA MAIS DO DOBRO DO IRS DE QUANDO ELA ERA VIVA!!!
🇵🇹 PORTUGAL // 💸 GOVERNO PS // REDUÇÃO DO IRS 👪✂️
PS rejeitou todos os diplomas do PSD, mas aprovou recomendação do Livre que pede mais medidas de combate à evasão fiscal. Paulo Mota Pinto anunciou que irá apresentar uma declaração de voto em relação a todas as propostas dos sociais-democratas.
O PS rejeitou esta quarta-feira todos os diplomas do PSD de redução do IRS e, das doze iniciativas de vários partidos, apenas aprovou uma recomendação do Livre que pede mais medidas de combate à evasão fiscal.
O Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-Geral da República incentiva as pessoas a comunicar quaisquer mensagens suspeitas ao Ministério Público ou aos órgãos de polícia criminal.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) alertou para o aumento da apropriação indevida de credenciais de acesso a contas nas redes sociais, levando à promoção de plataformas fraudulentas de investimento em criptomoedas ou à exigência de resgates aos utilizadores.
Segundo uma nota divulgada esta semana pelo Gabinete Cibercrime da PGR, as redes sociais mais afectadas por este “furto” dos dados de acesso são o Instagram e o Facebook, nas quais os criminosos, depois de acederem às contas, alteram as credenciais e contactos associados, impossibilitando assim o utilizador de poder entrar ou recuperar o acesso.
“Os agentes criminosos remetem ao dono da conta uma mensagem de correio electrónico, ou WhatsApp, que simula ter origem no serviço de apoio ou no serviço de segurança do Facebook ou do Instagram.
Se a vítima responder, facultando as suas credencias e, sobretudo, enviando o código de segurança que recebeu no telemóvel, os agentes criminosos ficam habilitados a gerar uma nova ‘password’ de acesso à conta e a aceder à mesma”.
Os criminosos procuram sobretudo as contas dos denominados ‘influencers‘ e de produtores de conteúdos nas redes sociais – cuja actividade na Internet se traduz na obtenção de rendimentos económicos -, mas também de negócios de venda online, com o Gabinete Cibercrime a notar que “algumas destas páginas e destes negócios têm ficado irremediavelmente prejudicados” por esta situação.
“Quanto às contas Facebook e Instagram, numa boa parte dos casos identificados, as contas são utilizadas para difusão de mensagens de publicidade a plataformas de investimentos em criptomoedas. Invariavelmente, são plataformas fraudulentas”, pode ler-se no aviso.
“Em muitos outros casos, o dono da conta tem sido abordado pelos criminosos, que lhe pedem um resgate, para lhe serem devolvidas as credenciais de acesso à conta”, acrescenta.
De acordo com a nota divulgada, os criminosos aparentam ter ligações à Rússia ou à África Ocidental – apesar de serem detectados também de outras regiões internacionais -, e tiram proveito da “grande facilidade” de acesso às contas nos diferentes dispositivos, bem como do “impulso, quase instintivo, de reacção imediata a comunicações electrónicas” relacionadas com eventuais questões de segurança.
“Mensagens como as que acima se descreveram, solicitando o fornecimento de dados de autenticação de contas, devem ser cautelosamente avaliadas.
Os ‘links’ que indicam devem ser cuidadosamente verificados. Caso as mensagens se afigurem duvidosas, não deve responder-se às mesmas, devendo antes tais mensagens ser comunicadas ao Ministério Público ou aos órgãos de polícia criminal”, conclui o Gabinete Cibercrime da PGR.
– “… é “uma medida inteligente” as pessoas que estão infectadas ou têm sintomas como tosse, espirros, utilizarem por iniciativa própria, máscara para proteger os outros com os quais contacta no trabalho, nos transportes públicos, etc.”
🇵🇹 ⚕️ SAÚDE PÚBLICA // ⚰️ ÓBITOS // 🦠💀 COVID-19
Há 200 a 300 casos por dia, mas tal não representa a realidade. Prioridade é vacinar o máximo de pessoas de risco nas primeiras 10 semanas.
Portugal está com uma média diária de dez óbitos por covid-19 e entre 200 a 300 novos casos, números que representam “uma grande subestimação”, porque a maioria dos infectados já não reporta a situação, segundo o epidemiologista Carmo Gomes.
A poucos dias do arranque da campanha de vacinação sazonal de vacinação contra a covid-19 e a gripe (29 de Setembro), Manuel Carmo Gomes analisou a situação epidemiológica em Portugal do coronavírus SARS-CoV-2, que causa a covid-19.
“Durante o verão o número de notificações de casos positivos de covid-19 manteve-se bastante estável entre os 200 e os 300 novos casos por dia. São os casos que temos conhecimento e representam uma grande subestimação relativamente à realidade porque a maior parte das pessoas agora faz um auto-teste e não reporta”, disse à agência Lusa o professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Segundo o epidemiologista, os casos notificados derivam das pessoas que são internadas e fazem o teste à covid-19 que dá positivo ou de pessoas que estão mais preocupadas com o seu estado de saúde e vão aos cuidados de saúde primários e fazem o teste.
Analisando a circulação do vírus no verão, Manuel Carmo Gomes, membro da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19, disse que em Junho e Julho registou-se um número mínimo de casos diários, abaixo dos 180, tendo subido em Agosto, chegando a atingir 600 a 650 casos por dia.
“Não há uma explicação segura acerca das razões pelas quais subiram. Provavelmente foram os mega acontecimentos que ocorreram em Agosto, com grandes aglomerados de pessoas”, mas essa subida parou e, neste momento, “já uma reversão” e “as coisas parecem estar a normalizar”, adiantou.
Manuel Carmo Gomes destacou o facto de o vírus não ter apresentado este verão, e ao longo de 2023, uma sazonalidade muito forte, ao contrário, por exemplo, da gripe.
“A covid manteve-se sempre circular com uma actividade bastante notável ao longo de todos os meses do verão e é previsível que agora os casos venham a subir com a entrada do outono, porque evidentemente as pessoas começam a estar mais tempo em recintos fechados não arejados, as escolas e o trabalho recomeçam, etc. Portanto, é de esperar que os casos agora voltem a ter um ressurgimento”.
No que diz respeito às unidades de saúde, o especialista disse que “o verão também foi muito estável”, com aproximadamente cerca de 200 pessoas internadas diariamente a testar positivo para a covid-19, sendo que muitas delas estavam internadas por outras razões de saúde. Destas 200, cerca de 10% estavam em cuidados intensivos, não necessariamente por causa da covid-19.
“Também em Agosto, com a subida dos casos, houve uma ligeira subida nos hospitalizados que testaram covid-19”, assinalou.
De acordo com o epidemiologista, os óbitos também estiveram sempre muito estáveis ao longo de todo o verão e variaram entre os três a seis óbitos por dia, tendo-se registado um mínimo em Junho (uma média de três óbitos diariamente) e uma subida em Agosto associada ao aumento de casos.
“Em finais de Agosto, Portugal atingiu os 10 óbitos por dia e é aí que estamos neste momento”, com uma média de 10 mortes por dia.
“Portanto, a covid continuou entre nós, não deu sinal de desaparecer, ao contrário de muitas outras doenças respiratórias (…) e continuou a evoluir sempre no sentido de fugir aos nossos anticorpos”, comentou, adiantando que desde Março se tornou dominante a sub-variante XBB do coronavírus que teve “muitas descendentes”, sendo a XBB.1.5 uma das “mais abundantes” e que vai ser utilizada na vacina contra a covid-19.
Prioridade é vacinar o maior número de pessoas de risco nas primeiras 10 semanas
Manuel Carmo Gomes apontou como “primeira prioridade” na campanha de vacinação que arranca em 29 de Setembro imunizar logo no início o maior número possível de pessoas de “grande risco”, já que a covid-19 não vai desaparecer.
“Não vale a pena ter ilusões de que vamos conseguir interromper a circulação do vírus. Não há país nenhum neste momento que tenha essa ilusão.
Portanto, a primeira prioridade é tentar cobrir, o mais possível, as pessoas que são de grande risco nas primeiras 10 semanas [da campanha de vacinação]”, para prevenir a doença grave e não sobrecarregar os hospitais.
“Se evitarmos que haja um número muito grande de pessoas a ir parar aos hospitais, estamos a reduzir o impacto e o objectivo é esse: proteger vidas e proteger também o sistema nacional de saúde, portanto, daí a razão de se dar prioridade a estas pessoas e é isso que vai acontecer”, reiterou.
Carmo Gomes, membro da Comissão Técnica de Vacinação contra a covid-19, afirmou que o vírus que está a circular não é o mesmo do início do ano, com capacidade de fugir aos anticorpos, sendo que a maioria da população já foi vacinada ou infectada há vários meses, o que faz com que a concentração de anticorpos no sangue esteja muito baixa.
Contudo, explicou o professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a população continua protegida de doença grave, porque há uma parte do sistema imunitário que se mantém protector, o que se chama “imunidade celular”.
“Os anticorpos podem baixar, nós podemos ser infectados, mas a imunidade celular, que é uma segunda barreira de defesa do sistema imunitário, continua a proteger-nos contra doença grave e não há evidência (prova) que todo este novo jardim zoológico de sub-variantes do vírus seja capaz de vencer a nossa imunidade celular a não ser nas pessoas que têm doenças crónicas, as pessoas mais idosas que têm um sistema imunitário mais em baixo, imunocomprometido por qualquer razão. E são estas pessoas que nós priorizamos agora para a vacinação”, realçou.
Segundo o especialista, a vacina que vai ser administrada contra a covid-19 é monovalente, dirige-se apenas à sub-variante XBB.1.5 do coronavírus SARS-CoV-2, mas protege “contra a esmagadora maioria das variantes que estão a circular do vírus neste momento”, sendo que “não houve felizmente evidência (prova) de que estas novas sub-variantes sejam mais patogénicas”.
Manuel Carmo Gomes avançou que se sobrarem vacinas, provavelmente, serão disponibilizadas para toda a população que se queira proteger, mas ressalvou que a prioridade são as pessoas com risco significativo de ter doença severa.
“Nós sabemos que o risco de ir parar ao hospital de uma pessoa com mais de 70 anos, nomeadamente os mais idosos, os maiores de 70 e de 80, é muito maior do que uma pessoa de 50, 40, 30 anos”, vincou.
Questionado sobre se as pessoas mais vulneráveis deviam usar por sua iniciativa máscara em locais fechados com aglomerados de pessoas, o epidemiologista disse que é uma “medida inteligente” e que deve ser adoptada por “pessoas que não querem ser infectados de maneira nenhuma, e há 1.001 boas razões para não querer ser infectado, nomeadamente as pessoas que são mais frágeis ou que contactem com pessoas muito frágeis em casa, por exemplo”.
“Não creio que existam razões para estar a impor, excepto em situações muito particulares, como unidades de saúde, locais onde estão pessoas muito fragilizadas, a utilização de máscara neste momento. Não quer dizer que daqui a dois meses não mude de opinião (…).
Agora as pessoas têm que ter consciência de que têm que se proteger”, nomeadamente em locais onde o ar não está ventilado, espaços fechados com grandes concentrações de pessoas.
Por outro lado, também é “uma medida inteligente” as pessoas que estão infectadas ou têm sintomas como tosse, espirros, utilizarem por iniciativa própria, máscara para proteger os outros com os quais contacta no trabalho, nos transportes públicos, etc.
O director-geral da OMS lançou outro apelo à China para que permita a entrada no país de nova equipa de cientistas para investigarem a origem do vírus.
O que poderá significar esta atitude? O infecciologista António Silva Graça assume ao DN não perceber o interesse deste apelo tanto tempo depois. E defende: “É mais importante a vigilância do trabalho em laboratório com alguns vírus”.
Só no início de Setembro é que a China deixou de pedir teste negativo à covid-19 à entrada no país.
Mais de três anos e meio depois de o vírus SARS-CoV-2, detectado pela primeira vez na província de Wuhan, na China, ter invadido o resto do mundo, há uma questão que continua em aberto: qual a sua origem?
É verdade que, em 2021, a China permitiu a entrada no país de uma equipa de cientistas indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para que, juntamente com cientistas locais, investigassem a origem do novo coronavírus, mas até agora não há uma certeza.
Na altura, esta equipa da OMS tornou público não ter tido “acesso total” à informação, mas produziu conclusões, considerando não haver evidências que provassem que a origem estaria “na fuga de um laboratório” na cidade onde este tipo de vírus estava a ser estudado, privilegiando antes a hipótese de este coronavírus ter sido transmitido aos seres humanos por um animal que actuou como intermediário entre o morcego e os seres humanos, possivelmente num mercado da cidade chinesa.
Tempos depois da divulgação destas conclusões, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, veio declarar que “todas as hipóteses continuavam em cima da mesa”.
O assunto parecia estar esquecido, até porque a evolução da doença está mais controlada com a existência das vacinas e porque a própria OMS considerou estarem reunidas as condições para que se decretasse com segurança o fim da pandemia, mas novas declarações do director-geral da organização, neste fim-de-semana, numa entrevista ao Financial Times, voltaram a surpreender.
“Estamos a pressionar a China para que forneça acesso total [à informação] e estamos a pedir aos países que abordem o assunto nas suas reuniões bilaterais [para encorajar Pequim a cooperar]”, afirmou.
O que terá levado a OMS a voltar ao assunto, ao fim de tanto tempo? Tedros Adhanom explicou que tal aconteceu porque, até à data, “a comunidade internacional não conseguiu determinar com certeza a origem da covid-19” e, além disso, a OMS não irá desistir dessa investigação.
Na entrevista explicava que “a OMS já pediu à China, por escrito, que forneça informações e estamos prontos a enviar uma equipa, se nos autorizarem a fazê-lo”. Insistindo: “Pedimos à China que seja transparente na partilha de dados, que efectue as investigações necessárias e que partilhe os resultados”.
É difícil encontrar explicação para o regresso ao tema
Para o infecciologista português António Silva Graça, que tem acompanhado e estudado a evolução do SARS-CoV-2 e da covid-19, “é difícil encontrar uma explicação para se estar agora, depois de tanto tempo, a insistir num tema que já foi tratado previamente”.
A não ser que haja “outras razões que não sanitárias por detrás neste momento”, porque, explica, tendo em conta a situação actual, “parece-me mais importante criar condições para que se possa fazer vigilância e um controlo rigoroso sobre o trabalho que é feito em laboratório com agentes biológicos críticos.
Este controlo não se faz e deveria ser feito por entidades competentes, como a OMS”.
Silva Graça sublinha que, “independentemente da causa que esteve na origem da pandemia, é importante agora que se tomem medidas para haver uma maior vigilância e controlo em relação a alguma situações”.
“Por exemplo, sabemos que alguns países têm hábitos culturais de consumo de animais que podem ser transmissores de vírus.
O que estão estes países a fazer do ponto de vista da vigilância na cadeia alimentar para evitar que este tipo de situação volte a acontecer no futuro? A minha preocupação é esta, não tanto saber a origem do vírus”, diz.
António Silva Graça defende que trabalho em laboratório com alguns tipos de vírus deveria ser mais vigiado pela OMS.
Para o infecciologista “é imprescindível que se pense, efectivamente, nas medidas que possam evitar o tratamento deste tipo de vírus a nível laboratorial sem controlo por parte da OMS”. Isto, por um lado.
Por outro, “é imprescindível que se tomem medidas do ponto de vista do comércio de animais e sobre a proximidade destes com as pessoas nos mercados – porque sabemos que há um risco grande de fazerem parte da cadeia de transmissão -, para se evitar que um vírus do grupo dos coronavírus possa dar o salto para a espécie humana”.
Mais de 700 milhões de infecções e quase 7 milhões de mortes
O médico reforça mesmo que a sua grande preocupação “é se estão ou não a ser criadas as condições para impedir que outros vírus possam levar-nos a uma situação semelhante”.
Recorde-se que o SARS-CoV-2, e de acordo com dados da própria OMS, provocou desde o início da pandemia mais de 770 milhões de infecções no mundo e quase sete milhões de mortes, mas há duas semanas o director-geral da OMS alertou novamente para mais um aumento de casos na Europa.
“As hospitalizações e as mortes por covid-19 estão a aumentar na Ásia Oriental e no Médio Oriente, assim como as hospitalizações na Europa, o que mostra que a covid-19 está a aumentar”, frisou, lamentando que, nesta altura, “só 43 países continuam a reportar as mortes [por covid-19] e apenas 20 dão dados de hospitalizações”.
O infecciologista português concorda que os dados agora recolhidos pelas autoridades são apenas indicativos, “não têm o valor que já tiveram no passado”, precisamente porque hoje em dia muitas pessoas já não fazem testes de diagnósticos nas farmácias ou nos laboratórios para que os resultados possam ficar registados no sistema informático.
Mas, na análise que faz aos dados divulgados pela DGS, diz que se pode verificar que Portugal também registou um aumento de casos, quando se compara os meses de Julho e de Agosto e o número de óbitos.
“O número de casos em Agosto foi sensivelmente o dobro dos que foram registados em Julho, e convém sublinhar que não estamos no inverno. Pelo contrário, tivemos uma onda de calor. Ou seja, as condições eram pouco propícias para os vírus respiratórios, mas, mesmo assim, houve uma duplicação”.
As autoridades chegaram a apontar a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, que reuniu mais de um milhão de pessoas, e os festivais de verão com razões para tal, mas a verdade, alerta o médico, é “que o aumento de casos não cessou nas semanas imediatas a estes eventos.
O que se verificou foi que esse aumento foi secundado por mais transmissão, mais pessoas infectadas”.
Em parte, refere, porque a população também deixou de ter noção de quando corre riscos maiores, esquecendo medidas de protecção. “É claro que a vacinação dá protecção para formas graves da doença, mas continua a permitir a transmissão”.
Portanto, diz, “a vacinação deve ser dada aos mais vulneráveis, quer por razões clínicas quer por faixas etárias, mas não me parece aconselhável que este reforço seja feito de forma generalizada.
Devemos estar atentos e, se quisermos reduzir o número de casos, voltar a relembrar as medidas que devem ser tomadas para evitar a transmissão.
É neste aspecto que me parece que está a faltar alguma iniciativa da parte da Direcção-Geral da Saúde. É preciso relembrar à população as medidas que evitam a transmissão”.
Na opinião de Silva Graça, “as pessoas já esqueceram as medidas que as protegem a elas próprias e aos outros”, sublinhando ser preciso saber quando usar uma máscara e até o gesto de etiqueta respiratória quando espirramos.
“Falamos da vacinação, mas temos descurado a recomendação das medidas de protecção”, afirma.
Os Números da covid-19
770.563.467 – De acordo com a actualização feita pela OMS, a 13 de Setembro, o SARS-CoV-2 já tinha provocado quase 800 milhões de infecções em todo o mundo.
Sendo que nos sete dias anteriores, havia registo de mais 17.576 novos casos. Quanto a óbitos, há quase sete milhões (6.957.216).
5.610.180 – Os dados da OMS indicam ainda que em Portugal já se contabiliza mais 5,6 milhões de infecções e 27.247 mortes.
Nos últimos 15 dias, o número de casos registou alguma variabilidade, oscilando entre os 203, nesta segunda-feira, e os 922, a 28 de Agosto.
Passou-se o mesmo com o número de óbitos que oscilou entre os 4 e os 15 neste período.
Aviso amarelo em vigor para Viana do Castelo e Braga entre as 00:00 e as 06:00 de quinta-feira e para Porto e Aveiro entre as 03:00 e as 06:00 de quinta-feira.
Quatro distritos de Portugal continental vão estar sob aviso amarelo na quinta-feira devido à previsão de chuva por vezes forte, anunciou esta quarta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Os distritos de Viana do Castelo e Braga vão estar sob aviso amarelo devido à previsão de períodos de chuva por vezes forte entre as 00:00 e as 06:00 de quinta-feira.
O aviso amarelo para os distritos do Porto e Aveiro vai estar em vigor entre as 03:00 e as 06:00 de quinta-feira.
De acordo com o IPMA, o aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica.
Prevê-se chuva, vento forte, com rajadas que podem chegar aos 80 quilómetros por hora e agitação marítima.
Dez distritos do norte e centro do país estão este domingo sob aviso amarelo do IPMA devido à previsão de chuva, mas também de vento e agitação marítima, que obrigou ao encerramento e condicionamento de algumas barras.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos de Aveiro, Coimbra, Leiria, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Santarém estão sob aviso amarelo devido à previsão de “períodos de chuva ou aguaceiros por vezes fortes e acompanhados de trovoada”, até ao final do dia e início da noite.
Para os distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto, o mesmo alerta estende-se até às 00:00 de segunda-feira.
Além da previsão de chuva, os distritos do litoral, até Leiria, têm o mesmo alerta do IPMA para a previsão de vento forte, com rajadas que podem ir até aos 80 quilómetros por hora, e de agitação marítima, com ondas que podem chegar aos 4,5 metros.
Segundo a Autoridade Marítima Nacional, devido ao estado do mar, hoje encontram-se fechadas a toda a navegação, as barras de Vila Praia de Âncora e do Portinho da Ericeira, enquanto outras cinco estão condicionadas.
A barra da Figueira da Foz está fechada a embarcações com comprimento inferior a 11 metros e a de Aveiro está interdita a barcos com comprimento inferior a 15 metros.
Nas barras de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, as embarcações de calado superior a dois metros devem praticar barra apenas no período entre duas horas antes e até duas horas depois da preia-mar.
Relativamente à barra de Esposende, os barcos de calado superior a 0,3 metros devem praticar a barra apenas três horas antes até três horas depois da preia-mar.
O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica.
As temperaturas máximas previstas para hoje vão oscilar entre os 14ºC na Guarda e os 25ºC em Beja. As temperaturas mínimas andarão entre os 11ºC, em Viseu e Guarda, e os 23ºC em Setúbal.
🇵🇹🌦️ METEOROLOGIA // ⛈️ MAU TEMPO // AVISO AMARELO ⚠️
O IPMA pôs também sob aviso amarelo para domingo vários distritos devido ao risco de vento forte, com rajadas que podem chegar aos 80 quilómetros por hora.
Portugal continental está este sábado totalmente sob aviso amarelo devido à previsão de chuva, vento forte e agitação marítima, anunciou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Os alertas de períodos de “chuva ou aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoada”, vigoram desde as 06:23 deste sábado em todos os distritos, excepto no de Bragança, onde a chuva forte é esperada só a partir do meio-dia.
Nos casos de Castelo Branco, Guarda e Bragança, este aviso amarelo estende-se até às 21:00, enquanto nos distritos de Viseu, Vila Real, Santarém e Portalegre, a chuva deverá persistir até às 18:00.
Em Braga, Coimbra, Beja, Viana do Castelo, Porto e Évora a precipitação forte deve manter-se até às 15:00, em Aveiro, Leiria e Faro, até às 12:00, e em Lisboa e Setúbal está previsto parar a meio da manhã.
No caso dos distritos de Viseu, Guarda, Santarém, Leiria, Castelo Branco, Aveiro e Coimbra, está previsto o regresso da chuva forte no domingo.
O IPMA pôs também sob aviso amarelo para domingo vários distritos devido ao risco de vento forte do quadrante sul na faixa costeira, com rajadas que podem chegar aos 80 quilómetros por hora.
É o caso de Braga, Coimbra, Aveiro, Leiria, Viana do Castelo e Porto.
A previsão de forte agitação marítima, com ondas até 4,5 metros, na madrugada e manhã de domingo, nos distritos de Braga, Coimbra, Aveiro, Leiria, Lisboa, Viana do Castelo e Porto também levou o IPMA a emitir um aviso amarelo.
O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica.
As temperaturas máximas previstas para hoje em Portugal continental vão oscilar entre os 15 graus centígrados na Guarda, e os 25 em Beja, Setúbal, Santarém e Aveiro.
As temperaturas mínimas vão andar entre os 12 graus centígrados em Vila Real, Viseu e Guarda, e os 19 graus em Aveiro.
Em causa a chuva, vento forte e agitação marítima previstos para os próximos dias.
A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) avisou esta sexta-feira a população para adoptar medidas preventivas face ao esperado agravamento do estado do tempo, com chuva, vento forte e agitação marítima previstos para os próximos dias.
A Protecção Civil alerta, em comunicado, que podem ocorrer inundações em zonas urbanas, cheias devido ao transbordo de rios e ribeiras, deslizamentos de terras, contaminação de fontes de água potável ou arrastamento de objectos soltos e estruturas móveis para as estradas, aumentando dessa forma os riscos de acidentes de viação e recomenda que sejam desobstruídos os sistemas de escoamento e fixadas correctamente estruturas soltas ou suspensas.
As recomendações incluem ainda cuidado na circulação junto a áreas arborizadas ou perto do mar, não praticar actividades marítimas, reduzir a velocidade na condução nas estradas e não atravessar zonas que registem inundações.
“A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adopção de comportamentos adequados”, refere o comunicado.
Na mesma nota, a Protecção Civil indicou as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera para os próximos dias, que antecipa “períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes, acompanhados de trovoada e ocasionalmente de granizo” em todo o continente (em especial no Norte e no Centro), ventos de 55 quilómetros por hora e rajadas até 90 quilómetros por hora, e agitação marítima com ondas até quatro metros de altura no domingo no litoral Norte e Centro.
Previstos aguaceiros, por vezes fortes e com possibilidade de granizo, e de trovoadas frequentes e dispersas, nos distritos de Viseu, Guarda, Leiria, Castelo Branco e Coimbra.
Os distritos de Viseu, Guarda, Leiria, Castelo Branco e Coimbra estão esta quinta-feira sob aviso amarelo devido à previsão de aguaceiros, por vezes fortes e com possibilidade de granizo, e de trovoadas frequentes e dispersas, segundo o IPMA.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), estes cinco distritos de Portugal continental estão sob aviso amarelo entre as 15:25 e as 21:00 desta quinta-feira.
Durante este período, a previsão é de “aguaceiros, por vezes fortes e que poderão ser ocasionalmente de granizo, em especial em zonas de montanha”, e de trovoadas “frequentes e dispersas”.
Os restantes 13 distritos de Portugal continental estão “sem avisos” do IPMA, nomeadamente Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Vila Real, Bragança, Lisboa, Santarém, Portalegre, Setúbal, Évora, Beja e Faro.
O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica.