230: Uma questão de idiossincrasia

 

UMA QUESTÃO DE IDIOSSINCRASIA

Idiossincrásico é o termo apropriado a quem, no seu conforto socioeconómico, desdenha a ajuda a desempregados, nomeadamente aos de longa duração e que já não recebem qualquer ajuda social por ter terminado o prazo dos subsídios de desemprego e subsequentes.

Infelizmente ontem tive a prova desta afirmação e da idiossincrasia que grassa em tipos de gente, seres humanos que embora confortáveis na sua zona familiar, tecem reparos inadmissíveis numa sociedade humanitária e de solidariedade.

Numa breve troca de mensagens no Facebook, referi o artigo que publiquei no meu Blogue Cidadania, o facto do sr. António Costa, primeiro ministro de Portugal e da sua governança, ter decretado passe social gratuito nos transportes públicos para estudantes.

Ora, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, sr. Carlos Moedas, já tinha estabelecido essa gratuitidade para idosos com >65 anos e estudantes.

Reclamei a todos os grupos parlamentares com assento na Assembleia da República e respectivos partidos e ao sr. Carlos Moedas, porque razão os desempregados não tinham sido incluídos neste pacote.

Dos partidos não obtive resposta, da C.M.L., mais tarde, informaram que a coisa estava em “estudo”.

A notícia acima referida, levou-me a comentar no meu registo do FB o seguinte:

“– Porra, pá! E para quando a gratuitidade dos passes para DESEMPREGADOS DE LONGA DURAÇÃO, já sem subsídios de desemprego, subsequentes ou de qualquer outro apoio social, estando à mercê dos familiares (quem os tiver)?

PURA EXCLUSÃO SOCIAL que não beneficia quem TRABALHOU E DESCONTOU IMPOSTOS PARA O ESTADO DURANTE MAIS DE TRINTA ANOS!

O sr. Feliz da imagem (António Costa), está todo Contente por não ter de pagar passe social, por ter boas mordomias e não ter de viver no fio da navalha! Falácias atrás de falácias são os galhardetes desta governança e também do sr. Moedas da C.M.L. que apenas atribuiu passes gratuitos aos velhos e estudantes!”

O diálogo obtido entre mim e um conhecido de longa data:

“Francisco Gomes Mas os desempregados precisam do passe para k? Não têm trabalho. 😢

Francisco Gomes:

…estás redondamente enganado! A minha filha e todos os desempregados, precisam do passe para se deslocarem à procura de trabalho! Responderem a anúncios! Vão a pé?

Conhecido de longa data:

“Francisco Gomes Pensava que nessa situação era só inscrever-se no Centro de emprego e mandar curriculum. Mas está bem, depois têm de ir às entrevistas. Ok!

É que os transportes públicos já andam a abarrotar agora imagina os desempregados todos a passearem nas horas de ponta.

E são custos que todos nós suportamos com os nossos impostos, que já não são poucos.

São pontos de vista, aceito o teu.

Compreendo o teu desespero.

Abraço”

Francisco Gomes:

Ainda bem que nunca estiveste desempregado! Assim, o dizeres que os desempregados andam a “passear” nas horas de ponta é uma blasfémia! A minha filha está desempregada há mais de SETE ANOS, não tem qualquer tipo de apoio social, encontra-se sob a minha protecção financeira e no geral. Ela vai a caminho dos 58 anos e, na óptica dos “empregadores”, já está “velha” para trabalhar! E sim, continua inscrita no IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional) que até à data não se “mexeu” para a colocar nem que fosse num trabalho temporário! Quando estamos numa situação confortável, podem dizer-se este tipo de barbaridades.

Conhecido de longa data:

“Francisco Gomes Não percebeste o meu ponto de vista.

Não estou a ver que seja uma solução para os cerca de 300 mil desempregados.

Desejo-lhe boa sorte.”

— fim do diálogo —

 Pois… o problema é não percebermos os “pontos de vista” de cada um. Um desempregado de longa duração, sem qualquer tipo de apoio social, não ter direito à gratuitidade do passe social nos transportes públicos, é como um confinado em pandemia (neste caso social) onde terá forçosamente de ficar em casa, sem poder deslocar-se para desenvolver a sua vida normal – Centro de Saúde, Hospital, exames e análises clínicas, compras para a casa, farmácia, etc. -, dado que a minha filha é diabética tipo 1 e tem exames e análises a efectuar no exterior, com regularidade.

Pela óptica do “ponto de vista” de quem afirmou que “… É que os transportes públicos já andam a abarrotar agora imagina os desempregados todos a passearem nas horas de ponta.

Eu usufruo do passe social gratuito por obra de ser ex-Combatente da Guerra do Ultramar e não ando a “passear” nas horas de ponta contribuindo para o “abarrotamento” dos transportes públicos!

É triste, mas cada um tem direito às suas opiniões e como democrata que sou, ateu partidário e religioso, aceito essas opiniões mas também tenho o pleno direito ao contraditório quando a situação é plenamente justificável.

Se não fosse eu a pagar o passe social à minha filha, como tudo o resto que ela precisa, como é que ela sobreviveria? Será que a desumanidade ganhou raízes em gente que até nem eram assim no passado?

17.09.2023


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
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published in: 5 dias ago

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218: Costa prometeu, mas não esclareceu. Afinal, o passe gratuito é só para estudantes

 

– Porra, pá! E para quando a gratuitidade dos passes para DESEMPREGADOS DE LONGA DURAÇÃO, já sem subsídios de desemprego ou de qualquer outro apoio social, estando à mercê dos familiares (quem os tiver)? PURA EXCLUSÃO SOCIAL que não beneficia quem TRABALHOU E DESCONTOU IMPOSTOS PARA O ESTADO DURANTE MAIS DE TRINTA ANOS! O sr. Feliz da imagem, está todo Contente por não ter de pagar passe social, por ter boas mordomias e não ter de viver no fio da navalha! Falácias atrás de falácias são os galhardetes desta governança e também do sr. Moedas da C.M.L. que apenas atribuiu passes gratuitos aos velhos e estudantes!

🇵🇹 GOVERNANÇA // PASSES GRATUITOS

Afinal, a gratuitidade do passe sub-23 a entrar em vigor a partir de Janeiro é apenas válida para estudantes. Costa tinha-se esquecido de esclarecer esse “pormaior”.

José Sena Goulão / Lusa

Na semana passada, quando, anunciou o pacote de medidas dirigidas ao jovens, António Costa disse que, a partir de Janeiro do próximo ano os passes de transporte sub-23 passarão a ser gratuitos para todas as crianças e jovens até aos 23 anos.

Mas, afinal, havia outra condição não tão óbvia. Os passes vão ser gratuitos para quem tem até 23 anos, é verdade… mas apenas para os estudantes.

Este ‘pormenor significativo’ foi noticiado, esta sexta-feira, pelo jornal Expresso.

“O que está previsto é a fusão dos actuais passes 4_18 e sub-23 e a sua gratuitidade a todos os estudantes até aos 23 anos”, esclareceu, ao semanário, o gabinete do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.

Os actuais “passes 4_18 e sub-23” abrangem os estudantes dos 4 aos 18 anos, no ensino regular; e, no ensino superior, os estudantes até aos 23 anos – com excepção dos cursos de Medicina e Arquitectura, que têm direito a mais um ano -, mas não são gratuitos.

O que fazem então? Este tipo de passe confere um desconto de 60% a quem beneficiava de Acção Social Escolar e 25% aos restantes estudantes.

A nova medida, prevista no Orçamento do Estado para 2024, vai manter, então, os critérios dos actuais descontos, que requerem uma matrícula numa escola ou instituição de Ensino Superior.

 Miguel Esteves, ZAP //
15 Setembro, 2023


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published in: 7 dias ago

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146: ALERTA SOBRE AS ALDRABICES DE BAIXA DO IRS

 

GOVERNO // IRS // FALÁCIAS

“… João Torres afirmou que “é com o PS que os portugueses podem contar para baixar o IRS”, salientando que “assim tem sido desde o final de 2015”, quando o primeiro Governo liderado por António Costa tomou posse.

Como português e contribuinte, não posso contar com o partido do governo, contrariando o que o sr. João Torres afirmou acima!

Esta afirmação tem por base uma notícia publicada num online que pode ser lida no link a seguir: PS antecipa “monumental cambalhota” do PSD na Festa do Pontal.

Ora, como contribuinte, quando minha esposa era viva (faleceu há sete anos), dois rendimentos, pagávamos menos de metade de IRS do que hoje, como viúvo, pago. Foi “castigo” desta governança o facto de ter ficado viúvo?

Os subsídios de férias e de natal já nem chegam para pagar o famigerado IRS que, este ano e referente a 2022, está na ordem dos € 1.822,59 (€ 702,00 na retenção da fonte + € 1.120,59 a liquidar este ano).

Com uma pensão de reforma (Segurança Social) de € 681,14 + € 441,09 de pensão de sobrevivência por falecimento da esposa (€ 1.122,23), uma renda de casa de casa de € 531,00 (não dedutível no IRS por força do arrendamento estar em nome de minha filha, desempregada há mais de sete anos e a viver comigo), mais as despesas de electricidade, gás, água, alimentação, farmácia, passe social da filha que não foi “agraciada” pelo sr. Carlos Moedas quanto à gratuitidade do passe, só abrangendo idosos >65 anos e estudantes e que ainda está a “analisar” há mais de dois anos a gratuitidade para os desempregados (sem qualquer apoio social), como este sr. João Torres ter o descaramento de dizer que os portugueses podem contar com o PS para baixar o IRS?

Pessoalmente, já me habituei a este tipo de falácias e de oportunismo político. Eu, que fui militante do PS de 74 a 78 e que desisti da partidarite por não conseguir “encaixar-me” em certo tipo de contradições e oportunismos.

Mas também não andei oportunisticamente a saltar de partido em partido, tendo estabelecido o estatuto de ATEU partidário e religioso.

14.08.2023


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
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published in: 1 mês ago

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Cartão do Cidadão com ‘contactless’ é uma das 18 medidas do novo Simplex

 

– Esta governança, assim como todas as anteriores, de várias cores e feitios,  parecem andar eternamente em propaganda eleitoral. Mandam umas bocas para a populaça engolir e quando asseguram o tacho, “esquecem-se” do que prometeram ou andaram a dizer… É só facilidades, malta! Entretanto, o chefe da C.M.L., o sr. Moedas, ainda não se decidiu, nem se dignou a conceder GRATUITIDADE DE PASSES DE TRANSPORTE para os desgraçados dos DESEMPREGADOS que não possuem qualquer tipo de rendimento nem apoios sociais (desemprego de longa duração, por despedimento colectivo)! E assim vai a Nação!

CARTÃO CIDADÃO // CONTACTLESS // PROPAGANDA SIMPLEX

Com o Cartão de Cidadão ‘contactless‘ a “identificação pode tornar-se mais simples, basta aproximar o cartão da máquina”, quer numa Loja do Cidadão, quer num hospital, afirma o Secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa.

Agilizar a procura de emprego é outra das medidas do Simplex. O cartão poderá também ser utilizado como bilhete de transporte e dar acesso à conta bancária online.

© D.R.

O Simplex que é esta segunda-feira apresentado tem 18 medidas, uma delas é o novo Cartão do Cidadão que tem a particularidade de ser ‘contactless‘ (sem contacto), a pesquisa de emprego mais ágil e a desmaterialização do certificado multiusos.

“Vamos a partir do próximo ano alinhar o Simplex com o ano civil e, portanto, o compromisso de agora é compromisso com as medidas que implementaremos até ao fim deste ano.

Estas medidas, acima de tudo mais viradas para o cidadão, são aquelas que trazem valor acrescentado, de simplificação, de eficácia, ao cidadão e às empresas”, disse hoje à Lusa o secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa.

E “é neste espírito que identificámos 18 medidas, uma delas é seguramente muito paradigmática que é aquela do novo Cartão do Cidadão”, prosseguiu Mário Campolargo.

“E porque é que ela é paradigmática? Em alguns aspectos, que são obviamente de actualização das medidas de segurança”, mas “há um aspecto que me parece particularmente importante, que é o aspecto deste novo cartão ser ‘contactless‘”, apontou.

Actualmente, “estamos muito habituados a utilizar os cartões bancários que não necessitam de se meter” numa caixa para lê-los, mas “apenas aproximando do equipamento”, disse o governante.

“É isso que o nosso Cartão do Cidadão vai ter”, garantindo a “segurança contínua, o ‘update‘ tecnológico, a actualização tecnológica, e vai abrir um conjunto de perspectivas muito alargadas para casos de uso”, salientou Mário Campolargo.

Agora, avançou, a “identificação pode tornar-se mais simples, basta aproximar o cartão da máquina”, quer numa Loja do Cidadão, quer num hospital.

“É uma medida genérica para toda a população e vai ser progressivamente implementada”, referiu.

Agilizar a procura de emprego

Outra das medidas aplica-se a quem procura emprego.

“Vamos agilizar esta procura de emprego, vamos fazer cruzamento mais eficaz entre as ofertas e os pedidos de emprego. E fazemo-lo como? Reconhecendo de uma forma mais exaustiva as competências de quem anda à procura de emprego”, através de sistemas de algoritmos que permitem fazer o cruzamento dessa informação, segundo o governante.

– Esta é demais!!! Mesmo paradigmática!

“Isto vai ser oferecido a todos aqueles que estando inscritos no IEFP procuram emprego”, salientou.

Além disso, no caso das pessoas que necessitam de um atestado médico de incapacidade multiusos, vai ter uma utilização “mais intuitiva” e “mais rápida”, sublinhou o secretário de Estado, referindo que este documento passa a “ser reconhecido automaticamente por todos” os ministérios e serviços que necessitem dele para conceder benefícios de várias ordens.

A desmaterialização do certificado multiusos – ANIM resulta na implementação de um processo integrado centrado no cidadão com incapacidade que integre todos os ministérios associados, garantindo que o cidadão não tenha de obter informação de uma área da Administração Pública para entregar a outra.

Isto reduz as deslocações não relevantes sempre que possível, considerando especialmente a situação de fragilidade em que o utente se encontra, tendo como benefícios ainda a redução de tempo pelos destinatários e diminuição de interacções com múltiplas entidades no âmbito de um serviço.

Tratam-se de três exemplos que Mário Campolargo classificou de “emblemáticos” neste novo pacote Simplex.

“Complementaremos o trabalho que está a ser feito na área da habitação e do licenciamento industrial e vamos também avançar para outras áreas que nos permitirão de alguma maneira repetir este princípio: olhar para a legislação, torná-la mais simples, diminuir os custos de contexto para tornar Portugal mais atractivo para as empresas que estão cá e para aquelas” que pretendam instalar-se no país, rematou.

Entre outras medidas constam ainda a factura electrónica para empresários, o verificador do deferimento tácito, o OK morada (alargar a alteração de morada no cartão de cidadão à morada a considerar para efeitos de contas bancárias), e o Seguro Automóvel na Carteira Digital.

De acordo com o Jornal de Negócios, o cartão do cidadão poderá também ser utilizado como bilhete de transporte e dar acesso à conta bancária online.

DN/Lusa
10 Julho 2023 — 07:40



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published in: 2 meses ago

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