20: Ucranianos manifestam-se diante da Embaixada russa

 

– Em vez de “russismo”, eu chamaria de “russonazismo” dado que a invasão da Ucrânia pelo regime nazi da Moscóvia e do seu anão de saltos altos, com a destruição de residências e infra-estruturas civis em cidades, vilas e aldeias, o genocídio do povo de todas as idades, desde bebés a idosos, o bombardeamento diário com mísseis proibidos, é característico e próprio de um regime nazi de extrema violência!

– “... os manifestantes estenderam uma enorme bandeira com as cores da Ucrânia e desfilaram pacificamente rumo ao Clube Estefânia, onde uma organização pró-russa está a promover um concerto“.

E em Portugal, um país pretensamente democrático, membro da NATO e da UE, são permitidas estas sessões de propaganda russonazi?

🇵🇹 LISBOA // 🇺🇦 UCRÂNIA // EMBAIXADA DE MOSCÓVIA 🇷🇺

Manifestantes apelam a que o governo português reconheça o “russismo” de Putin.

Foto JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Cerca de meia centena de cidadãos ucranianos manifestaram-se este domingo diante da embaixada da Rússia em Lisboa, apelando ao parlamento português que, à semelhança da Ucrânia, reconheça o “Russismo” de Putin como uma nova “ideologia totalitária e de ódio”.

Foto JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

No protesto, que juntou homens, mulheres, adolescentes e crianças residentes em Portugal, foi feita uma roda em torno do presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, que esclareceu os presentes sobre o envio de uma carta para a Assembleia da República Portuguesa com o objectivo de que o parlamento português aprove e reconheça o designado “Russismo” de Putin como uma ideologia de natureza totalitária e anti-humanista das suas bases ideológicas e práticas políticas.

Foto JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Através da resolução de 2 de Maio último, os representantes eleitos do povo ucraniano pretendem que a comunidade internacional reconheça a política estatal russa como um “conjunto de ideias perigosas e destrutivas destinadas a minar a ordem internacional e os seus princípios, nomeadamente o reconhecimento da igualdade e soberania de todos os Estados e a primazia dos direitos humanos”.

A resolução do parlamento ucraniano também apela à Nações Unidas, ao Parlamento Europeu, à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, à Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e à Assembleia Parlamentar da NATO, bem como aos governos e parlamentos de países estrangeiros, para que condenem o “Russismo”, enquanto ideologia e prática política.

No local da manifestação, algumas pessoas exibiram cartazes alusivos à “vergonha” da guerra russa e ao “Estado terrorista” de Putin, enquanto outras mostravam fotografias ampliadas de crimes de guerra, com civis e carros carbonizados e cadáveres no meio da estrada ou do passeio das localidades ucranianas.

Em declarações aos jornalistas, Pavlo Sadokha referiu que a 8 de maio a Europa celebra o fim da Segunda Grande Guerra Mundial, aproveitando para lembrar que “oito milhões de ucranianos morreram” nessa guerra, contribuindo para que o “mundo se livrasse da ideologia nazi”.

“Agora, no século XXI temos outra ideologia que ameaça não só a Ucrânia como todo o mundo, que é o ‘Russismo’, a ideologia totalitária de Putin”.

Pavlo Sadokha revelou já ter enviado uma carta à Assembleia da República para que reconheça o “Russismo” como uma “ideologia desumana e de ódio”, acompanhando assim o entendimento e a resolução do parlamento ucraniano, numa altura a que se assiste ao genocídio do povo ucraniano, à morte de crianças e à violação de mulheres em território ucraniano.

Questionado sobre se existe alguma esperança na paz do conflito, Pavlo Sadokha contrapôs que a política de Putin é contra a paz e que o seu regime apelida esta invasão como uma “guerra santa”.

Depois de anunciar, diante da Embaixada da Rússia, o pedido feito ao parlamento português, os manifestantes estenderam uma enorme bandeira com as cores da Ucrânia e desfilaram pacificamente rumo ao Clube Estefânia, onde uma organização pró-russa está a promover um concerto, para aí, no exterior, demonstrar o seu desagrado pela existência de propaganda russa em Portugal. Pavlo Sadokha garantiu aos jornalistas que este protesto será pacífico, servindo apenas para manifestar indignação.

D.N.
DN/Lusa
07 Maio 2023 — 16:46


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