244: Aspartame: adoçante pode causar problemas de memória

 

– “… Os riscos do aspartame vão muito para além das capacidades cognitivas. Estudos anteriores relacionaram o seu consumo com a depressão, doenças cardíacas, demência, diabetes, cancro e enxaquecas. Agora, a comunidade científica está a explorar se os adoçantes artificiais podem aumentar a sensação de fome, levando a uma maior ingestão de calorias e ao aumento de peso.

Porra! O aspartame, que substitui o açúcar que, por sua vez também é mau, afinal como se pode adoçar, por exemplo, o café? Outra pergunta: pode respirar-se?

ASPARTAME // ADOÇANTE // CONSUMO

O aspartame – um adoçante muito usado em produtos sem açúcar, como refrigerantes dietéticos – pode ter um impacto negativo na aprendizagem e na memória. As alterações no cérebro podem mesmo ser transmitidas aos descendentes.

jhembach / Flickr

Uma equipa de cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual da Florida, nos Estados Unidos, descobriu que o aspartame pode causar um impacto negativo na aprendizagem e na memória.

De acordo com a ZME Science, o adoçante artificial é um dos mais utilizados para substituir o açúcar em produtos “zero” ou “diet”, como refrigerantes e sumos.

Em Julho, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o consumo de aspartame era seguro, apesar de algumas provas que o ligavam a um tipo comum de cancro do fígado.

No entanto, houve quem questionasse a classificação devido à falta de provas sólidas. A recente revisão da OMS não analisou os potenciais efeitos do aspartame nas capacidades de aprendizagem e memória.

Neste sentido, Pradeep Bhide e a sua equipa administraram doses de aspartame equivalentes a 7% a 15% do consumo máximo diário aconselhado pela Food and Drug Administration (FDA) em ratos machos. Depois, submeteram as cobaias a vários testes para avaliar as suas capacidades de memória e de aprendizagem.

Na experiência, os ratos tinham de aprender a encontrar uma caixa de fuga “segura” de entre 40 opções num espaço circular. Enquanto o grupo de controlo encontrou a caixa rapidamente, os ratos a quem foi administrado o adoçante demoraram muito mais tempo a completar a tarefa.

O estudo permitiu ainda apurar que os machos expostos que procriaram com fêmeas não expostas ao aspartame tiveram descendentes com deficiências semelhantes.

Estudos anteriores mostraram que o consumo de aspartame está associado a alterações neuro-comportamentais, incluindo ansiedade e défices de aprendizagem e de memória.

No entanto, não se sabia se os défices cognitivos, como os défices de aprendizagem e de memória associados ao aspartame, eram hereditários.

“O défice de memória de trabalho espacial é evidente às quatro semanas de consumo de aspartame e persiste pelo menos até às 12 semanas, a duração mais longa examinada”, escreveram os investigadores no artigo científico, publicado na Scientific Reports.

“Os défices cognitivos são transmitidos aos descendentes masculinos e femininos ao longo da linhagem paterna.”

Os riscos do aspartame vão muito para além das capacidades cognitivas. Estudos anteriores relacionaram o seu consumo com a depressão, doenças cardíacas, demência, diabetes, cancro e enxaquecas.

Agora, a comunidade científica está a explorar se os adoçantes artificiais podem aumentar a sensação de fome, levando a uma maior ingestão de calorias e ao aumento de peso.

ZAP //
24 Setembro, 2023



Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator



published in: 2 dias ago

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221: Inédito no mundo: salmão vegano impresso em 3D chega aos supermercados

 

🇦🇹 ÁUSTRIA // 🐟SALMÃO // VEGANO // 3D

O produto já está a ser vendido na Áustria. É feito com algas marinhas e outras substâncias à base de plantas que imitam a textura e sabor do salmão.

Revo Foods

Num movimento pioneiro, a Revo Foods, uma startup de tecnologia alimentar levou o “THE FILET – Inspirado pelo Salmão“, o primeiro marisco vegan impresso em 3D do mundo, para os supermercados austríacos.

O produto chegou às prateleiras esta quinta-feira, dia 14 de Setembro, e assinala a estreia de um produto alimentar impresso em 3D nos espaços de retalho.

A pesca convencional e a aquacultura têm sido alvo de escrutínio pelo seu impacto ambiental. A pesca excessiva ameaça levar à extinção de muitas espécies de peixes.

Os relatórios actuais indicam que quase 60% dos stocks de peixes globais estão a ser pescados de forma insustentável, explica o Interesting Engineering.

A Revo Foods visa oferecer uma alternativa ecológica, criando produtos de peixe que não prejudicam as populações de peixes selvagens. Os seus substitutos vegan para o peixe utilizam ingredientes como algas marinhas e outras substâncias à base de plantas para imitar a textura e sabor do peixe real.

O produto usa ainda uma micoproteína derivada de fungos filamentosos. Este ingrediente inovador não só garante um alto teor de proteína e Ómega-3, conferindo ao peixe vegan uma classificação Nutriscore de “A”, mas também oferece flexibilidade na cópia do sabor, textura e valor nutricional do peixe genuíno.

Estes peixes impressos em 3D podem ser adaptados para serem baixos em colesterol, ricos em gorduras saudáveis e isentos de contaminantes típicos dos peixes.

No entanto, replicar a textura e sabor genuínos do peixe continua a ser um desafio no domínio da impressão 3D. A Revo Foods fez avanços com o seu processo de extrusão inovador, que emula a autêntica “escamosidade” e suculência dos filetes de peixe.

A empresa também apresentou a primeira técnica de produção contínua do mundo para alimentos impressos em 3D através da sua tecnologia 3D-MassFormer.

Robin Simsa, CEO da Revo Foods, enfatizou o carácter revolucionário da sua conquista, afirmando: “Estamos a entrar numa revolução alimentar criativa… moldando o futuro da própria alimentação.”

À medida que a Revo Foods dá este passo audaz no mercado, o factor determinante para o seu sucesso será a aceitação do consumidor. Dada a novidade do produto, os consumidores poderão precisar de tempo para se adaptarem a esta tecnologia de fabrico única.

ZAP //
15 Setembro, 2023


Ex-Combatente da Guerra do Ultramar, Web-designer,
Investigator, Astronomer and Digital Content Creator



published in: 2 semanas ago

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