Uma equipa internacional de cientistas experimentou 100 mil remédios a fim de desvendar o mais eficaz na luta contra a diabetes. Conclusão: o melhor é um composto de nome harmina, que é extraída de uma planta do Médio Oriente e das videiras sul americanas. A explicação está publicada no El País.
A diabetes afecta 38 milhões de pessoas no mundo. Acontece quando as células beta do pâncreas deixam de fabricar insulina. Como consequência, os diabéticos tornam-se incapazes de controlar os níveis de açúcar sanguíneos, pelo que são obrigados a injectar insulina para compensar.
A solução que a comunidade científica procura passa por ser capaz de multiplicar as células beta produzidas pelo pâncreas dos doentes. Segundo os investigadores do Hospital Monte Sinai, em Nova Iorque, a molécula de harmina aumentou em três vezes essa produção de células beta em ratos geneticamente modificados para processar a informação da diabetes humana.
A descoberta foi possível graças a um sensor microscópico, através de um gene luminescente que brilhava perante a actuação de uma proteína responsável pela divisão celular. Das 100 mil amostras, 86 provocaram a expressão do gene, mas apenas a harmina provocou a proliferação das células.
O impacto terapêutico deste alcalóide é confirmado pelo biólogo Adolfo García Ocaña. O cientista afirma que a harmina pode ter efeitos noutros órgãos, pelo que um dos próximos passos é torná-lo mais preciso na actuação. O composto actua sobre uma proteína que impulsiona a divisão de outras células. Os investigadores acreditam que esta interacção aumentaria os níveis de outros promotores da divisão celular.
Segundo Andrew Stewart, autor da investigação e director do Instituto de Diabetes, Obesidade e Metabolismo do Hospital, “ainda há muito trabalho para aumentar a especificidade e potencial da harmina e dos compostos relacionados, mas os resultados são uma peça chave para o futuro do tratamento da diabetes”.
A descoberta surge cinquenta anos depois da experiência que revelou o medicamento mais eficaz na luta contra o cancro, o Paclitaxel, numa altura em que o Instituto Nacional do Cancro dos Estados Unidos da América decidiu investigar a actividade anti-tumoral de 35 mil plantas.
Jornal Observador online
10/03/2015
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