SAÚDE/COVID-19/ESTATÍSTICAS
Desde 31 de Outubro que não havia menos de dois mil internados
Mais 38 mortes e 691 casos nas últimas 24 horas. Dados actualizados da DGS indicam que há agora 1.997 doentes com covid-19 internados.
No dia em que se assinala um ano desde que os primeiros casos de covid-19 foram detectados em Portugal, os dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS) indicam que o país registou, nas últimas 24 horas, 38 mortes e 691 novas infecções pelo novo coronavírus.
O boletim epidemiológico desta terça-feira (2 de Março) dá conta que a tendência de diminuição no número de internados mantém-se. Há agora nos hospitais portugueses 1.997 doentes com covid-19 internados, menos 170 do que ontem. Já nas unidades de cuidados intensivos, estão 446 pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2 (menos 23 face ao dia anterior).
O número de internamentos não estava abaixo dos dois mil desde 31 de Outubro, quando nos hospitais estavam internados 1.972 doentes com covid-19.
O boletim desta terça-feira indica que há mais 3.230 recuperados, com menos 2.577 casos activos. São agora 65.793 em todo o país. Há ainda 36.859 contactos em vigilância, o que representa menos 4.368 nas últimas 24 horas.
Desde o início da pandemia já foram contabilizados 805.647 casos de covid-19 em Portugal e 16.389 mortes.
O maior aumento de casos nas últimas 24 horas registou-se na região de Lisboa e Vale do Tejo, com mais 255 casos, seguido da região Norte, com 166. Há também mais 140 casos registados na Madeira, 73 no Centro, 27 no Alentejo, 19 nos Açores e 11 no Algarve.
Em relação aos mortos, há mais 18 na região de Lisboa e Vale do Tejo, dez no norte, sete no centro, dois no Algarve e um no Alentejo. Não há mortes por covid-19 a registar nas ilhas.
Reabertura de escolas
Um ano depois de terem sido detectados os primeiros casos de covid-19 em Portugal, a ministra da Saúde, em entrevista à Antena 1, considera que ainda não é altura para falar da reabertura das escolas em Portugal. “Não estamos ainda em condições de falar desse tema. Estamos condicionados a um conjunto de circunstâncias, audições e a um calendário”.
Marta Temido, tal como o ministro da Educação ao JN e DN, remeteu para a declaração do primeiro-ministro e para dia 11 essa análise e decisão, considera ainda que os números da pandemia ainda não estão no nível desejado. “Se determinados pressupostos se mantiverem, pois se aplicarão”, disse a ministra da Saúde.
Refira-se que António Costa prometeu para 11 de Março o anúncio do plano de desconfinamento. “Será gradual, progressivo, diferenciado consoante sectores de actividade e localizações e sempre guiado por critérios objectivos”, disse o chefe do Governo.
A ministra da saúde afirmou ainda que não há certezas sobre a eficácia da vacina da AstraZeneca em maiores de 65 anos. “Tudo o que sabemos vai no sentido de ser segura e de qualidade. A questão é saber a sua eficácia acima de determinadas faixas etárias”, explicou. “Ainda não há informação suficiente sobre essa faixa etária”, completou.
Refira-se que nesta terça-feira a França recuou e autorizou a utilização da vacina da AstraZeneca, de duas doses, em pessoas entre os 65 e os 74 anos.
Certificado digital europeu vai indicar “se a pessoa esteve doente, se foi vacinada ou se fez um teste PCR”
E no dia em que Portugal assinala um ano de pandemia, o comissário europeu para a Justiça, Didier Reynders, garantiu que o certificado digital para a covid-19, que permitirá viajar dentro da União Europeia, não prevê qualquer partilha de dados entre Estados-membros.
“Queremos evitar problemas de direitos fundamentais e violação da protecção de dados e também a discriminação entre cidadãos”, disse hoje Reynders, em conferência de imprensa, acrescentando que “se tratará de uma verificação muito simples de dados e que será coordenada através de um instrumento legislativo”.
“Será um certificado, não um passaporte, que dará conta da situação de cada pessoa em relação à doença: se esteve doente, se foi vacinada ou se fez um teste PCR”, sublinhou.
A Comissão Europeia está a preparar “um instrumento legislativo sobre os dados que constarão num certificado digital numérico” que permita a circulação na União Europeia (UE) de pessoas vacinadas, que tenham desenvolvido anticorpos ou que apresente um teste PCR negativo.
“Vamos continuar a trabalhar numa maneira de organizar a livre circulação”, disse o comissário, garantindo que “não haverá qualquer discriminação nestes certificados”.
Diário de Notícias
DN
02 Março 2021 — 14:05